| Mês: maio de 2022

Até 30 de novembro, as decisões e avaliações sobre as descargas de água serão diárias

Um dos reservatórios do Sistema Cantareira – Foto Profill/Rhama

A partir desta quarta-feira, dia 1º de junho, os Comitês PCJ assumem a gestão das descargas de água do Sistema Cantareira para as Bacias PCJ (Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí). O modelo de gestão ocorre anualmente no “período seco” (junho a novembro), com o objetivo de promover o uso eficiente da água de forma a liberar somente os volumes necessários para o abastecimento dos diversos usos da água na região.

Neste ano, o desafio é ainda maior, pois os volumes de chuvas abaixo da média esperada registrados no último verão resultaram em menor recuperação do Sistema Cantareira, que atualmente está com seu nível em 41,6% (31/05/2022). Entre junho e novembro, é a Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico (CT-MH) dos Comitês PCJ que monitora, realiza previsões e decide diariamente qual a vazão de água do Cantareira para as Bacias PCJ, buscando garantir o cumprimento das regras e condições para o abastecimento de 19 municípios do interior – cerca de 3,5 milhões de habitantes – que dependem diretamente do sistema de reservatórios.

Para Luciano Almeida, presidente dos Comitês PCJ e prefeito de Piracicaba, as previsões estavam certas. “Em 2021 percorremos uma estiagem que exigiu muita atenção e, como previmos, o cenário para 2022 está se caracterizando acentuado e preocupante. Mantemos nossos trabalhos técnicos de monitoramento para conduzir o melhor uso dos recursos alocados no Sistema Cantareira e reforçamos junto a todos os gestores, tanto da iniciativa pública quanto privada que se preparem para o momento, usem água com responsabilidade, ou seja somente o necessário. Juntos vamos conciliar providências e alinhamento futuro para essa nova característica das nossas Bacias PCJ”, comentou.

As águas que correm nos rios das Bacias PCJ atendem a 5,7 milhões de pessoas nas cidades, além de impulsionar negócios nas indústrias e no setor agro. O consumo é diário, mas as chuvas que reabastecem os rios e aquíferos não têm sido. Para isso, 19 municípios podem contar com a água acumulada nos reservatórios do Sistema Cantareira, que divide atenção entre fornecer água tanto à Região Metropolitana de São Paulo quanto para o interior.

Este é o sexto ciclo deste trabalho que, desde 2017, quando foi publicada a nova outorga do Sistema Cantareira, garante a gestão compartilhada entre os Comitês PCJ, os órgãos gestores ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico) e DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo), assim como a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). Os Comitês PCJ têm garantidos 158 bilhões de litros para utilização de junho a novembro.

“Neste momento, é importante que todos os usuários de água – nas cidades, na indústria e no campo – entendam a importância de se usar a água com eficiência, seja sua origem do Sistema Cantareira, de fontes subterrâneas ou de outros cursos d’água, pois viveremos um período realmente seco”, ressaltou André Navarro, secretário-executivo dos Comitês PCJ.

Para essa gestão, a CT-MH conta com ferramentas de previsão, critérios técnicos e discussões de especialistas e usuários de água entre os mais de 130 representantes de diversos segmentos que fazem parte do grupo. Os Comitês PCJ vem investindo em aperfeiçoamento nas ferramentas de previsões meteorológicas e hidrológicas futuras. Para embasar as decisões, a CT-MH conta também com os dados on-line fornecidos pela Sala de Situação PCJ/DAEE (www.sspcj.org.br).

SITUAÇÃO ATUAL

O nível do Sistema Cantareira em 31 de maio está em 41,6%, o que é considerado estado de atenção. As chuvas registradas no último trimestre deste ano foram abaixo da média e, para os próximos meses, há tendência de reduzidas precipitações. “A CT-MH é o espaço onde os usuários e a sociedade debatem e decidem pelas vazões a serem descarregadas. A convivência com os efeitos das mudanças climáticas tem trazido desafios adicionais nos períodos secos para a segurança hídrica de todos os usos da água nos 19 municípios que dependem diretamente do Sistema Cantareira, assim como para cerca de 45 cidades que se abastecem de outros mananciais. Os trabalhos possuem um olhar plurianual e buscam zelar pela máxima eficiência do uso desta água reservada”, segundo Alexandre Vilella, coordenador da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico dos Comitês PCJ.

No interior, as 19 cidades onde o abastecimento é influenciado pelas descargas de água do Sistema Cantareira são: Americana, Atibaia, Bom Jesus dos Perdões, Bragança Paulista, Campinas, Hortolândia, Jaguariúna, Jundiaí, Itatiba, Limeira, Monte Mor, Morungaba, Nazaré Paulista, Paulínia, Pedreira, Piracaia, Piracicaba, Sumaré e Valinhos.

Nas Bacias PCJ, há outros 45 municípios que não dependem diretamente das calhas dos rios influenciadas pelo Cantareira para abastecimento e, portanto, utilizam outros mananciais que também necessitam de atenção e incentivo ao uso eficiente da água.

GT-ESTIAGEM

Em junho de 2021, os Comitês PCJ instituíram Grupo de Trabalho voltado a coordenar a “Operação de Estiagem PCJ – 2021”, com o objetivo de discutir ações voltadas ao planejamento e enfrentamento de possíveis problemas decorrentes da estiagem aos usuários de recursos hídricos das Bacias PCJ. Em 2022, o grupo foi novamente criado, tendo em vista a continuidade de registros de precipitações e vazões abaixo das médias históricas. Entre os trabalhos em curso, destaca-se a criação do “Movimento PCJ pelo Uso Eficiente da Água”, destinado a sensibilizar os atores locais sobre a problemática, bem como reunir, em seu hotsite (movimentopcj.org.br), documentos e outros materiais produzidos nas operações de estiagem.

ATUAÇÃO

Há mais de 28 anos, os Comitês PCJ e a Agência das Bacias PCJ que, entre outras funções, atua como secretaria executiva dos colegiados, têm realizado diversas ações para garantir quantidade e qualidade de água na região, especialmente com distribuição de recursos provenientes da cobrança pelo uso dos recursos hídricos. Trabalhar pela água das próximas décadas sempre foi o desafio diário das duas entidades. O fomento sempre foi diversificado entre proteger as nascentes, reflorestar, coletar e tratar esgoto e combater as perdas de água nas 76 cidades nas Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí.

O trabalho também está no estudo do uso da água pelas cidades, pelas indústrias e pelo agronegócio que, precisam igualmente do bem natural para respectivamente manterem suas vidas, empregos e alimentos, para hoje e para futuras gerações. Ao longo destes anos, incluindo as contrapartidas dos tomadores, mais de R$ 800 milhões foram destinados para administrações públicas dispostas em estabelecer uma relação eficiente do uso da água e criar um legado para o futuro dos recursos hídricos.

Outro assunto tratado foi o alinhamento sobre a realização de reuniões presenciais

26 de maio de 2022

Orientações gerais para a discussão, pelas câmaras técnicas (CTs), sobre a implementação de Iniciativas Estratégicas previstas no Planejamento Estratégico dos Comitês PCJ foi um dos temas tratados na 6ª Reunião do GT-Integração, no âmbito da Câmara Técnica de Planejamento (CT-PL). O encontro ocorreu nesta quinta-feira, dia 26 de maio, por meio de videoconferência.

Na reunião, o secretário-executivo André Navarro relembrou que o processo de elaboração do Planejamento Estratégico teve início em 2019. Em fevereiro de 2020, foi concluída a primeira fase (Visão, Missão e Valores, e Análise de SWOT). No ano passado, foi concluída a segunda fase, com a elaboração do Mapa Estratégico e Plano de Ações, com diversas iniciativas estratégicas para as quais há prazos.

Com isso, foram colocadas propostas dentro das minutas dos Planos de Trabalho das CTs e elaborada uma metodologia para iniciar a implementação das iniciativas para o período de 2021 a 2025. “A gente pensou (essa reunião) como o início da discussão desse detalhamento. Colocar as Câmaras Técnicas para discutir nessa perspectiva, acho que é o melhor caminho para isso”, comentou Navarro.

Para a implementação das ações foram criados grupos transitórios. Há ações com três CTs envolvidas, uma das CTs foi escolhida como anfitriã e as outras duas indicaram membros para participar do GT. “Já avançamos nesse sentido. Foi o primeiro passo para tocar esse trabalho”, observou o secretário-executivo. Além das CTs envolvidas, para cada ação há também um ou mais setores da Agência das Bacias PCJ responsáveis pelo suporte e operacionalização, como a Secretaria Executiva, Coordenações Financeira, de Sistema de Informações, e de Projetos e as Assessorias de Comunicação e Ambiental. As discussões contaram com a participação do coordenador de Instâncias Colegiadas do SINGREH da ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico), Osman Fernandes, e com a diretora técnica da Agência das Bacias PCJ, Patrícia Barufaldi.

No encontro, houve também a apreciação de minuta da Nota Técnica nº 04/2022 (suporte da SE/PCJ à realização de eventos pelas CTs) e de minuta para atualização da Nota Técnica no 03/2021 (suporte da SE/PCJ ao funcionamento das CTs).

O grupo ainda debateu o alinhamento sobre a realização de reuniões presenciais, o que deve ocorrer a partir do mês de outubro. E discutiu sobre o balanço de participação de representantes dos Comitês PCJ em capacitações, como eventos, cursos e palestras em Câmaras Técnicas.

Na primeira reunião de 2022, grupo de trabalho debateu ações para enfrentamento da estiagem

25 de maio de 2022

Marcando oficialmente o início do período seco de 2022 quando os Comitês PCJ intensificam suas ações para o enfrentamento da estiagem, foi realizada na quarta-feira, 25 de maio de 2022, a primeira reunião do GT-Estiagem do ano de 2022. Durante o encontro os participantes debateram as previsões da meteorologia, que apontam para chuvas escassas pelo menos até setembro, bem como as medidas a serem adotadas para minimizar os efeitos deletérios do consumo hídrico no período marcado pelo já reduzido volume de água armazenada nas fontes naturais.  

Anualmente, nota-se a redução significativa do volume do Sistema Cantareira que apresenta em maio, início da estiagem, os seguintes índices anuais: maio/2019: 57,7%; maio/ 2020: 58,4%; maio 2021: 47,7%; maio 2022: 42,2%. Assim como ocorreu nos quatro anos anteriores, 2022 terá, a partir de 1º de junho, o início do quinto ciclo em que as descargas de água do Sistema Cantareira para as Bacias PCJ é assumido pelos Comitês PCJ. No ciclo 2021/2022 foram descarregados 111,43 hm³.

Alexandre Luis Almeida Vilella (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) iniciou sua fala abordando as ferramentas existentes para monitoramento dos afluentes na região das Bacias PCJ. “Essas ferramentas aproximam os Comitês dos usuários. Notamos que o cidadão e a imprensa acessam a rede telemétrica, nos enviam questionamentos, etc. Isso é um sinal de que as ferramentas dos Comitês estão sendo bem utilizadas”, afirmou. O Sistema Cantareira descarrega hoje 12m³/s no PCJ. Isso garante os mínimos de 5m³/s no Atibainha; 6m³/s no Cachoeira e 1m³/s no Jaguari. Considerando a retirada de 12m³/s, mais os 23m³/s pra região metropolitana de SP, estamos falando de um total de 35m³/s. Isso gera uma queda aproximada de 0,1% a cada dia no índice de reservação – isso sem chuva. Portanto, significa, no Cantareira, especificamente – que abastece até 9,5 milhões de pessoas – consumos em média, de 30% do reservatório. “Se ele tem 41% (de reserva) hoje, indica que chegaremos ao fim do período com 11%. Temos que estar cientes que o que plantarmos em 2022, terá reflexos em 2023. Isso nos coloca bastante reféns das chuvas do próximo ciclo”, disse.

Para dar um contexto de como o período seco se encontra, a reunião contou com  uma contextualização sobre as condições hidrometeorológicas e de reservação e previsões para este ano. Tal apresentação foi feita por Isis Franco (Daee/Sala de Situação). “Tivemos dez postos (de medição) que registraram chuva abaixo, na comparação dos ciclos de 2020/2021, com o de 2022. Isso denota que o período úmido de 2020/2021 foi pior. Notamos que a região das Bacias PCJ teve de outubro a dezembro de 2020 anomalia negativa, variando de 50 a 100mm . No período de janeiro a março de 2021, também tivemos anomalia negativa acentuada. De outubro de 2021 a março de 2022 também tivemos anomalias, porém, mais suaves que o primeiro período analisado. Como destaque para o período úmido de 2020 a março de 2021, tivemos anomalias negativas de 6 meses. No período úmido de ou 2021 a março 2022, a ocorrência de anomalias foi observada em três meses”, relatou.

Jorge Mercanti (CT-Previsão) apresentou dados da previsão hidrometeorológica para a região das Bacias PCJ. “Com relação aos fenômenos meteorológicos, neste ano vivenciamos mais uma edição da La Niña que traz outono e inverno maios frios, como temos visto. Junho, julho e agosto teremos chuvas abaixo da média. Apenas para setembro, outubro e novembro teremos as chuvas dentro da normalidade”, explicou.

O Consorcio PCJ tem trabalhado para enfrentamento dos períodos críticos, segundo informou Flávio Forti Stenico, do Consórcio PCJ. “Existe uma série de ações de infraestrutura, gestão e planejamento para que os eventos decorrentes da estiagem sejam minimizados. Fizemos um plantão técnico sobre estiagem e eventos climáticos extremos. E mesmo com a transposição, temos números que não trazem tranquilidade”, disse.

Sergio Razera, diretor presidente da Agência das Bacias PCJ considera oportuno implementar uma mudança a fim de discutir o indicador consumo per capta/dia, ou um volume que chamo de Volume Outorgado per capta. “Porque esse indicador, na nossa região, quando o município pede um aumento na outorga, ainda usa ‘litros por habitante/dia’, e tem muita disparidade. Acima desse indicador não se dá outorga pois está tendo mais água que os demais. Isso seria corrigido com a adoção do indicador de ‘litros por habitante/dia’, pois consegue equiparar a demanda.

AÇÕES DE ENFRENTAMENTO – A pauta prosseguiu com a aprovação do Plano de Trabalho para Enfrentamento da Estiagem 2022. “Ano passado nosso plano tinha 9 ações, e para este pensamos em promover um enxugamento, alinhado com as necessidades de momento a fim de modernizar e dar agilidade aos trabalhos”, disse André Navarro, secretário executivo dos Comitês PCJ.

Desta forma, o Plano ficou da seguinte forma:  envolve trabalho de comunicação sobre a estiagem nas Bacias PCJ como atualização do conteúdo do hotsite ‘Movimento PCJ pelo uso eficiente da água’; realização de campanha publicitaria relacionada ao enfrentamento da estiagem; atualização da publicação digital elaborada em 2021, tratando sobre a estiagem e suas características específicas nas Bacias PCJ; atualização do conteúdo de Orientação Técnica para professores, contextualizando sobre as causas da estiagem na região e incentivando para o uso eficiente da água; elaboração de  boletins informativos mensais contendo informações: hidrometeorológicas, de acompanhamento sobre impactos da estiagem, e relativas à divulgação de ações institucionais.

Reunião também serviu para debater andamento das atividades do GT-Ajuste PAP

24 de maio de 2022

O andamento da elaboração do Relatório de Situação dos Recursos Hídricos nas Bacias PCJ (Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) de 2022 (ano base 2021) foi um dos itens de pauta da 95ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Plano de Bacias (CT-PB). O encontro ocorreu nesta terça-feira, dia 24 de maio, por videoconferência, e foi comandado pela coordenadora da CT-PB, Caroline Túbero Bacchin.

 A elaboração do Relatório de Situação dos Recursos Hídricos é uma obrigação estabelecida no artigo 19 da Lei Estadual Paulista nº 7.663/91, que instituiu a Política Estadual de Recursos Hídricos e o Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos. É uma ferramenta de gestão destinada à avaliação da eficácia dos Planos de Recursos Hídricos, visando subsidiar as ações dos poderes executivo e legislativo de âmbito municipal, estadual e federal. Nas Bacias PCJ, esse relatório é elaborado anualmente desde 1994. A apresentação foi realizada pelo coordenador de Sistema de Informações da Agência das Bacias PCJ, Eduardo Léo, que informou que a aprovação e entrega do relatório foi prorrogada até 30 de setembro de 2022.

Na reunião, o grupo também discutiu sobre o andamento das atividades do GT-Ajuste PAP 2021-2025 (Plano de Aplicação Plurianual das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí de 2021 a 2025). A apresentação foi feita pelo secretário-executivo do CBH-PCJ e PCJ FEDERAL, André Navarro.

Ainda houve a criação do Grupo de Trabalho (transitório) Plano de Ação do Planejamento Estratégico (GT-Plano de Ação), com representantes indicados pela Câmara Técnica. A CT-PB também debateu sobre reuniões de mobilização com municípios, relacionadas ao Plano das Bacias PCJ 2020-2035, e outros eventos e atividades previstos no Plano de Trabalho da Câmara Técnica. Outro assunto tratado foi o estudo de atualização da Cobrança PCJ Paulista, apresentado pelo diretor Administrativo e Financeiro da Agência das Bacias PCJ, Ivens de Oliveira. O Termo de Referência foi aprovado pela CT-PB e foi encaminhado para contratação por meio da Agência PCJ.  O edital será publicado no Diário Oficial da União na próxima segunda-feira, dia 30 de maio.

Prognóstico foi traçado durante a 11ª Reunião do GT-Previsão Hidrometeorológica

24 de maio de 2022

O início da estiagem trará consigo longos períodos de seca e temperaturas levemente abaixo da média em virtude da La Niña. Este foi o prognóstico apresentado na terça-feira, 24 de maio de 2022, durante a 11ª Reunião do GT-Previsão Hidrometeorológica (CT-MH). A reunião ocorreu por meio de videoconferência e contou com a participação de membros e ouvintes da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico, responsável pelo referido Grupo de Trabalho.

O encontro teve início com a apresentação de Jorge Antonio Mercanti (Ciesp DR-Campinas), que elogiou os prognósticos realizados pelo Simepar. “Nessa mais recente onda de frio o Simepar está de parabéns pois acertou com precisão a queda considerável na temperatura que verificamos desde a semana passada. O Simepar se diferencia de outros institutos visto que muitos anunciavam chuvas para este período, o que não ocorreu”, disse. Mercanti, então, apresentou dados da meteorologia para os próximos dias. “Existe a previsão de chuva perto de 30 de maio e 2 de junho. Mapas apontam que a temperatura está abaixo da média climatológica, indicando a presença do La Niña. E para os próximos meses continua tendência da persistência do mesmo fenômeno até dezembro. Para junho, julho e agosto não há previsão de altos volumes de chuva. Chuva esta que vem apenas a partir de setembro, outubro e novembro para a nossa região”, afirmou.

Com relação ao volume pluviométrico no Rio Jaguari, no posto situado à rodovia SP-322, a média climatológica anual é de 1.377mm, sendo que em 2014, no auge da crise hídrica o índice atingido foi de 1.022mm. Por sua vez, o acumulado entre junho de 2021 e maio de 2022, ficou em 983mm. A precipitação pluviométrica média em outros 10 pluviômetros da região também entre junho de 2021 e maio de 2022 ficou em 1.007mm. No Sistema Cantareira a média climatológica anual é de 1.543mm. Em 2014, no pico da estiagem o volume de chuva ficou em 964mm. Agora, entre junho de 2021 e maio de 2022 o volume ficou em 1.093mm. De acordo com a Sabesp, o nível dos reservatórios da Grande São Paulo, sem a reserva técnica são os seguintes: Cantareira 981 hm³; Alto Tietê 560 hm³; Guarapiranga 171 hm³; Rio Grande 112 hm³; São Lourenço 89 hm³; Alto Cotia 17 hm³; Rio Claro 14 hm³.

Também sobre a La Niña, Marco Jusevicius (Simepar) teceu seus comentários. “. A princípio os modelos mostram que continuaremos com forte predominância de La Niña. Recentemente, comentei na Sala de Crise do Sul, com o pessoal do Semadem, que indicava cenário climático de tendência de seguir com La Niña até o fim do ano. A questão é saber como isso vai modular as chuvas e temperaturas. Temos regularidade acumulada de chuva regularizada. Agora temos que ver para frente. Em são Paulo entramos num período de seca além do que deve. Se estiver entrando um fluxo normal de frentes, a chuva vem, mesmo que em pouco volume. Mas se os sistemas não entrarem, teremos anomalia negativa de seca extrema”, disse.

De acordo com Jusevicius, uma das consequências do La Nina é ter mais entradas de massa de ar com maior frequência e intensidade recuando a temperatura para baixo do normal. “Isso, em grande parte, teve influência do ciclone que se instalou sobre o estado do Rio Grande do Sul. Houve muito vento, frio, sensação térmica baixíssima. Um pouco atípica a forma como esfriou. Tivemos muita advecção de ar frio, mas o centro da frente fria veio depois”, explicou.

Quanto aos índices de reservação de água, Paulo Tinel informou que o Sistema Metropolitano da Grande São Paulo se encontra com 57% de sua capacidade e o Cantareita com 43%. “A Sabesp integra o sistema, mas o que não é integrado e depende do Cantareira, como o Alto da Cotia (Rio Grande da Serra) tá com 85%. Temos Tietê e Guarapiranga na faixa de 75% e 80%. Temos duas represas em construção (Pedreira e Amparo) que estão com as obras em andamento e bem executadas, mas sabemos que em cinco anos vamos conviver com o problema da eutrofização. Estamos estudando via Cetesb e Plano de Bacias a exigir a eliminação dos elementos causadores, mas isso não é tão barato e demanda tecnologia”, disse.

Por fim, José Eduardo Gonçalves (Simepar) comentou as informações da SPI com dados da estação meteorológica da Replan, referente a totalidade do mês de abril. “Os valores negativos representam períodos secos e os positivos os mais úmidos. É uma série que reflete o que realmente vem acontecendo. Em três meses, olhando o histórico desde 1987 até o presente, reflete uma melhora, deixando de ficar negativos. Ao olhar períodos mais longos do passado, seis meses, por exemplo, a influência de 2021 fica mais evidente”, afirmou.

Público do evento pôde conhecer de perto projeto de Educação Ambiental dos Comitês PCJ e da Agência das Bacias PCJ

A descida virtual de bote pelos principais pontos das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Bacias PCJ) em um jogo fez sucesso entre o público que frequentou a 37ª Festa das Nações de Piracicaba, entre os dias 18 e 22 de maio. O lançamento do projeto de Educação Ambiental dos Comitês PCJ e da Agência das Bacias PCJ, com o apoio da Sanasa Campinas, foi realizado oficialmente na noite de sexta-feira, dia 20.

“Este é um momento muito esperado por todos nós. Trabalhamos muito tempo na elaboração desse projeto. Tem uma infinidade de possibilidades. A gente quer utilizar muito bem essa ferramenta, fazendo com que ela possa ser bastante educomunicativa. A ideia é trazer patrocinadores da iniciativa privada para que a gente consiga atender as escolas”, destacou o diretor-presidente da Agência das Bacias PCJ, Sergio Razera.

O jogo pôde mostrar as nascentes mais distantes do Rio Piracicaba, que estão no bairro rural Juncal de Sapucaí-Mirim, no extremo sul de Minas Gerais. A atividade foi realizada com óculos de realidade virtual e buscou a conscientização em torno da proteção dos mananciais. Os visitantes ainda puderam ganhar um cardboard, como é chamado os óculos 3D de dobradura, e levá-lo para a casa. O PCJ Virtual foi idealizado pela Câmara Técnica de Educação Ambiental (CT-EA) dos Comitês PCJ e formatado pela Agência das Bacias PCJ. Nos próximos meses, o projeto deverá percorrer 24 dos 76 municípios que integram as Bacias PCJ. O cronograma geral está sendo revisado de acordo com a retomada das agendas festivas das cidades e estará disponível em breve na página do projeto.

“É um projeto que vem falar para a gente de pertencimento, de olhar para os nossos rios, desde as suas nascentes até sua foz. E traz essa questão da inovação, da tecnologia para educação, que é algo superimportante que a própria Câmara Técnica de Educação Ambiental discute, entre outros temas”, comentou o secretário-executivo dos Comitês PCJ, André Navarro.

A coordenadora da CT-EA, Ana Lúcia Vieira, destacou a importância do projeto. “A gente faz uma viagem agradável nas águas. É uma ferramenta que tem muito potencial para ser desenvolvida. Todos os municípios do nosso território podem receber essa ferramenta e difundi-la”, disse.

“Para nós é motivo de muito orgulho ver essa iniciativa. Eu também sou professor então eu sei o quanto esse tipo de iniciativa causa um impacto na vida das pessoas. O processo educativo quando é interativo ele tem uma experiência muito mais marcante do que ler um folheto. A nossa estrutura está à disposição para isso seja difundido”, ressaltou Alex Gama Salvaia, secretário de Defesa do Meio Ambiente de Piracicaba.

O projeto também foi bastante elogiado por Samuel Barreto, gerente nacional de água da The Nature Conservancy (TNC). “Parabéns pelo trabalho. Cada vez mais as Bacias PCJ – Comitê e Agência – são uma referência para todos nós no Brasil. Acho que essa iniciativa muito importante, pois estamos numa situação muito desafiadora, mesmo no Cantareira, em todas as regiões, mas ao mesmo tempo temos inspirações com todo esse trabalho de governança, de participação, de construção, de somar os esforços. O trabalho que a Agência e o Comitê têm feito de trazer esse elemento da educação é uma parte fundamental para mexer com corações e mentes, dialogar com outros públicos. Contem com a gente para fazer a diferença”, enfatizou.

Para o ex-coordenador de recursos hídricos do Estado de São Paulo e representante do Rotary, Rui Brasil, o PCJ Virtual ajuda a enriquecer os debates. “É uma alegria muito grande estar aqui. Queria enaltecer o trabalho da Câmara Técnica. Essa pegada mais lúdica é muito importante para ‘vender’ esse assunto para outros públicos, porque nós estamos sempre acostumados a falar dentro da caixinha, para nós mesmos. Eu acho que trabalhar com recursos hídricos e ter ferramentas como essa para ‘contaminar’ as pessoas com isso, enriquecer nossos debates, a gente vai conseguir fazer muito mais”, destacou.  

O lançamento presencial do PCJ Virtual iria ocorrer em março de 2020, mas teve que ser suspenso devido à pandemia de COVID-19. Houve o lançamento virtual em dezembro de 2020 e agora, finalmente, ocorreu a estreia presencial do projeto. Ainda com a visão 360°, é possível fazer um tour virtual em vários pontos das Bacias PCJ, guiado com narração e muita informação em tela sobre a estrutura natural, tecnologias aplicadas e resultados obtidos por nossa atuação na gestão dos recursos hídricos. Fique por dentro através do site da Agência das Bacias PCJ.

Projeto de Educação Ambiental estreou no final de semana, na Festa das Nações de Piracicaba

23 de maio de 2022

Os próximos passos do PCJ Virtual foram debatidos nesta segunda-feira, dia 23 de maio, durante a 19ª Reunião do GT-Educomunicação da Câmara Técnica de Educação Ambiental (CT-EA). O projeto de Educação Ambiental dos Comitês PCJ e da Agência das Bacias PCJ foi lançado neste fim de semana, na Festa das Nações de Piracicaba. A intenção é que, nos próximos 12 meses, a atividade percorra 24 dos 76 municípios das Bacias PCJ.  Serão escolhidas grandes festas municipais e escolas.

“Estamos com 26 municípios que manifestaram interesse na lista elaborada em 2019. Se tiver um município interessado, pode mandar um e-mail para a Agência PCJ (comunicapcj@agencia.baciaspcj.org.br)”, comentou a coordenadora da CT-EA, Ana Lúcia Floriano Vieira

No encontro, o GT-Educomunicação também discutiu sobre a atualização de documento do GT-Estiagem 2022 de Orientação Técnica para as escolas. A apresentação, em PowerPoint, foi avaliada por todos os participantes da reunião. Após a conclusão, o material será encaminhado para a Rede de Ensino da região das Bacias PCJ.  

O grupo também tomou algumas providências para a Revisão da Política de Educação Ambiental dos Comitês PCJ (Deliberação dos Comitês PCJ nº 231/15). Uma oficina será promovida no segundo semestre para finalizar a revisão da política.

O GT-Educomunicação ainda falou sobre a elaboração de um e-book do ‘Jovem vem para o PCJ’ do ano passado e o evento que será retomado em novembro deste ano, além do Plano de Trabalho do Planejamento Estratégico dos Comitês PCJ. “Vai ter muita demanda para a CT-EA”, ressaltou Ana Lúcia.

Encontro foi realizado por meio de videoconferência e contou com apresentação de dois projetos de pesquisa, entre outros temas

20 de maio de 2022

A fim de promover a discussão de uma série de temas relevantes inerentes à  gestão dos recursos hídricos, foi realizada na manhã de sexta-feira, 20 de maio de 2022, a 98ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Integração e Difusão de Pesquisas e Tecnologias. Por meio de videoconferência, os participantes abordaram os assuntos presentes na pauta, entre eles a apresentação dos projetos de pesquisa ‘Inovação e Pesquisa & Desenvolvimento na Sanasa’; ‘Aplicação da circularidade no setor de saneamento; apresentação dos resultados preliminares – Mapeamento de inovações nas Bacias PCJ; bem como a criação de comissão organizadora do Seminário ‘Demandas do Saneamento’; a criação do Grupo de Trabalho (transitório) Plano de Ação do Planejamento Estratégico (GT-Plano de Ação) e indicação para  GT-Plano de Ação da CT-EA; e a coordenação plena do GT-Indicadores e Monitoramento (conjunto com a CT-RN).

Ainda no início do encontro houve a apresentação do projeto de pesquisa Aplicação da circularidade no setor de saneamento, feito por Sabrina de Oliveira Anicio. Na sequência ocorreu a apresentação do trabalho Mapeamento de inovações tecnológica em recursos hídricos, por Dafne Fernanda Alves e Silva. Este trabalho teve como objetivo coletar informações sobre demandas por inovações e tecnologias no setor de recursos hídricos e saneamento básico no âmbito do convênio com o Consórcio de Bacias PCJ e com as Câmaras Técnicas pertencentes aos Comitês das Bacias PCJ; mapear as demandas e ações que já vêm sendo empreendidas, no sentido de inovar produtos e processos, para melhoria do desempenho dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário; e contribuir para a maior colaboração entre instituições que atuam nas Bacias PCJ, bem como maior aproximação com universidades na região.

Ocorreu também a criação de comissão organizadora do Seminário ‘Demandas do Saneamento’, bem como a criação do Grupo de Trabalho (transitório) Plano de Ação do Planejamento Estratégico (GT-Plano de Ação) e indicação para  GT-Plano de Ação da CT-EA. Este grupo ficou composto, inicialmente, da seguinte forma: Tadeu Malheiros (EESC/USP); João Demarchi (IZ/IAPTA); Duarcides Mariosa / Orandi Falasarella (PUC Campinas); e Maria das Graças Martini (DAE Jundiaí).

Por fim, houve a aprovação por unanimidade dos participantes da transferência da coordenação plena do GT-Indicadores e Monitoramento (conjunto com a CT-RN). Tadeu Fabricio comentou: “isso se trata de uma ação forte envolvendo pesquisa, alinhado ao plano de Bacias voltado a ideia da sustentabilidade das bacias. Isso ficou sob o guarda-chuva da CT-RN, para posteriormente migrar para a CT-ID”. 

Projeto de educação ambiental dos Comitês PCJ e da Agência das Bacias PCJ ficará exposto entre os dias 20 e 22 de maio, no Engenho Central

Uma descida virtual de bote pelas corredeiras das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari, e Jundiaí é uma das opções de aventura entre os dias 20 e 22 de maio na 37ª Festa das Nações de Piracicaba. Trata-se do PCJ Virtual, um projeto de educação ambiental da Agência das Bacias PCJ e Comitês PCJ, com o apoio da Sanasa Campinas. A estrutura, com uma tenda e um jogo interativo, será montada no Engenho Central durante três dias da festa. A solenidade de lançamento será na sexta-feira, 20 de maio, a partir das 19h30.

A atividade, que é aberta ao público e passará pelos principais pontos das Bacias PCJ, será com óculos de realidade virtual. Cada interessado poderá passar por esta experiência, em um jogo interativo virtual especialmente produzido para o projeto, que busca a conscientização em torno da proteção dos mananciais. A atração conta com monitores formados em Educação Ambiental. Os visitantes ainda poderão ganhar um cardboard, como é chamado os óculos 3D, e levá-lo para a casa.

O projeto foi idealizado pela Câmara Técnica de Educação Ambiental (CT-EA) dos Comitês PCJ e formatado pela Agência das Bacias PCJ. Nos próximos meses, o projeto deverá percorrer 24 dos 76 municípios que integram as Bacias PCJ. O cronograma ainda está sendo elaborado.  “Os Comitês e a Agência das Bacias PCJ estão usando essa tecnologia virtual para chegar mais próximos da população, em especial das crianças e adolescentes. A gente quer trazer essa experiência para os jovens para que eles conheçam nossas bacias. É uma tecnologia nova, um jeito novo de a gente aprender as coisas”, destacou o diretor-presidente da Agência das Bacias PCJ, Sergio Razera.

O secretário-executivo dos Comitês PCJ, André Navarro, falou sobre os planos da entidade em levar o PCJ Virtual aos demais municípios que integram as Bacias PCJ. “Pretendemos levar a iniciativa a festas com grande circulação de público e grandes eventos, porém, como o foco é educacional, as escolas estão entre as prioridades desta ação. O objetivo é levar a mensagem da preservação dos recursos naturais, utilizando uma linguagem acessível a todos os grupos, de forma clara e simples. Por isso o jogo eletrônico se mostrou uma alternativa eficiente para esta finalidade, já que se comunica bem com os jovens”, disse. Navarro salientou que as ações voltadas a educação ambiental estão permanentemente foco dos Comitês PCJ, dada a importância da formação de indivíduos conscientes de seu papel para o equilíbrio na relação da sociedade com o meio ambiente. “Nossa Câmara Técnica de Educação Ambiental engloba cerca de 60 instituições da região e conta com cerca de 150 membros de diversos setores. O objetivo é levar a mensagem de que é possível o convívio harmônico entre os mais diversos segmentos da sociedade aliando o desenvolvimento social e econômico com respeito e preservando nossos recursos naturais”, disse.

O lançamento presencial do PCJ Virtual iria ocorrer em março de 2020, mas teve que ser suspenso devido à pandemia de COVID-19. Houve o lançamento virtual em dezembro de 2020 e agora, finalmente, ocorrerá a estreia presencial do projeto. 

Ainda com a visão 360°, é possível fazer um tour virtual em vários pontos das Bacias PCJ, guiado com narração e muita informação em tela sobre a estrutura natural, tecnologias aplicadas e resultados obtidos por nossa atuação na gestão dos recursos hídricos. Fique por dentro através do site da Agência das Bacias PCJ (https://agencia.baciaspcj.org.br/pcjvirtual ) e das redes sociais Facebook e Instagram (@agenciapcj). Informações sobre a 37ª Festa das Nações de Piracicaba: https://festadasnacoes.org.br/

SERVIÇO

PCJ Virtual (Projeto de Educação Ambiental da Agência das Bacias PCJ e Comitês PCJ) na Festa das Nações de Piracicaba

DATA: 20 a 22 de maio (sexta a domingo)

HORÁRIO: A solenidade de lançamento: sexta-feira, 20 de maio, a partir das 19h30. A tenda também estará aberta para visitação no sábado e no domingo, dias 21 e 22, durante o funcionamento da festa.

LOCAL: Engenho Central de Piracicaba (SP)

ENDEREÇO: Av. Dr. Maurice Allain, 454 – Vila Rezende – Piracicaba (SP)

APOIO: SANASA CAMPINAS

INFORMAÇÕES: https://agencia.baciaspcj.org.br/pcjvirtual

INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA: comunicapcj@agencia.baciaspcj.org.br ou (19) 3437-2102

INFORMAÇÕES SOBRE A FESTA DAS NAÇÕES: https://festadasnacoes.org.br/

SOBRE A AGÊNCIA DAS BACIAS PCJ E OS COMITÊS PCJ

A Agência das Bacias PCJ é uma fundação criada pelos Comitês PCJ, em novembro de 2009, para prestar apoio ao seu funcionamento e atuar como sua secretaria executiva. É responsável pelo gerenciamento financeiro tanto dos recursos arrecadados com a cobrança pelo uso das águas nos rios de domínio da União como dos recursos arrecadados nos rios de domínio do estado de São Paulo.

Todas as demais ações da Agência das Bacias PCJ na área de comunicação, sistema de informações, projetos, gestão, assessoria ambiental, elaboração e implementação do Plano de Bacias, entre outras, também são deliberadas pelos Comitês PCJ.

Os três colegiados que formam os Comitês PCJ – Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (CBH-PCJ), Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ FEDERAL) e o Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba-Jaguari (CBH-PJ1) — são as instâncias máximas para a tomada de decisões sobre a gestão de recursos hídricos nas Bacias PCJ, com diretorias integradas.

O comitê paulista (CBH-PCJ) completa 29 anos de instalação no próximo mês de novembro. Em março deste ano, o comitê federal completou 19 anos e o mineiro (CBH-PJ1), 14 anos.

Os Comitês PCJ abrangem 76 municípios (71 paulistas e cinco mineiros) e são compostos por representantes dos Governos Federal, dos Estados de São Paulo e de Minas Gerais, dos municípios, usuários dos recursos hídricos e da sociedade civil. Sua gestão é descentralizada e participativa, e busca a convergência das decisões desses colegiados como forma de garantir o desenvolvimento e a continuidade da gestão dos recursos hídricos nas Bacias PCJ.

A região das Bacias PCJ é formada por cerca de 5,7 milhões de habitantes e responde por cerca de 5% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro e 14% do PIB do estado de São Paulo.

SOBRE A SANASA

Sanasa foi fundada em 14 de março de 1974, e é uma Sociedade de Economia Mista com capital aberto, responsável pelo saneamento básico no município de Campinas (SP).

Considerada uma empresa de vanguarda, a Sanasa sempre esteve à frente em projetos de saneamento. Foi a primeira empresa municipal de saneamento do país a utilizar membranas de ultrafiltração. Foi eleita, por quatro vezes consecutivas pela revista Saneamento Ambiental, a maior e melhor empresa municipal de saneamento do Brasil. Esse reconhecimento se deve, em grande parte, ao trabalho e qualidade de seu quadro operacional. Campinas tem uma das melhores águas do Brasil. Foi uma das primeiras empresas do País a adicionar flúor na água tratada, o que auxiliou no combate à cárie.

Os índices de saneamento básico da cidade colocam a Sanasa entre as grandes empresas do País. Hoje, atende 99,81% da população com água potável encanada, coleta e afasta o esgoto de 96,42% da população e trata 89,94% do esgoto de Campinas.

No encontro foi tratada a atualização da Política de Proteção dos Mananciais, a Transição do GT-Mananciais para CT-PL

13 de maio de 2022

Com o objetivo de debater temas contidos na pauta, como a atualização da Política de Proteção dos Mananciais, a Transição do GT-Mananciais para CT-PL, entre outros, foi realizado na sexta-feira, 13 de maio de 2022, a 61ª Reunião do GT-Mananciais. O encontro, feito por meio de videoconferência, reuniu membros permanentes e visitantes das CT-RN e CT-Rural, dos Comitês PCJ.

Entre os temas abordados no encontro, esteve o Módulo de Regularização Ambiental (MRA) do SICAR. De acordo com Denis Herisson Silva (CATI/SAA), as Informações sobre os sistemas CAR/PRA, bem como as principais dúvidas sobre a ferramenta são encontradas na região de Piracicaba. Segundo ele, o produtor rural, efetua o cadastramento e acessa as informações referentes ao CAR que estarão no portal CAR/PRA, com atenção para o cadastro no site estadual, salientando que é importante não confundir com o Federal.

Outro item tratado foi a transição do GT-Mananciais para CT-PL. Segundo João José Demarchi (APTA/SAA), esse tema parte da política de mananciais. “Já havia um incentivo e apoio da Secretaria Executiva atual de que alguns grupos de trabalho que são complexos e envolvem a atuação de mais uma CT deveria estar vinculados não a uma CT específica, visto que a política de mananciais não é da CT-RN, mas de outras, como a CT RURAL). Essa reconstrução foca na parte organizacional dos próprios comitês pensando na melhore gestão possível”, relatou. De acordo com Demarchi, esta seria a primeira experiência no âmbito da CT-PL, e visa melhorar o organograma institucional. “A ideia é facilitar o entendimento que é um grupo multi-câmaras e não uma exclusividade da CT-RN, como ocorre atualmente. É um processo a médio e longo prazo, que dependemos de retomada de uma atualização do regimento interno da CT-PL que é um grupo que está sendo discutido há um certo tempo que estava em recesso em função da pandemia, por exemplo”, disse.

Por sua vez, Denis Herisson Silva afirmou que o GT-Mananciais ganhou contornos de Câmara Técnica e com isso viu crescer em sua importância e demandas. “O grupo foi crescendo e a vantagem dessa subordinação a CT-PL está, entre outros, no ganho em agilidade. A minha preocupação é que quanto mais se sobe, mais distante ficamos do ‘chão de fábrica’. Me pergunto se continuaremos com essa atuação tão próxima que mantemos do publico alvo de nossas ações. Confesso que tenho um pouco de preocupação quanto a isso, mas certamente aprovo a mudança”, afirmou.

Por fim, foi tratado também da atualização da Política de Proteção dos Mananciais, o que para Denis poderá ensejar a montagem de uma agenda para a discussão deste tema. Miguel Milinsk (Daee/Rio Claro) alertou para outra questão salutar. “Estamos vendo acontecer na prática que a Agência PCJ lança editais que não aparecem inscrições. Pode ser que tenhamos que analisar e simplificar ao máximo possível os processos”, disse.

No que Denis Herisson Silva complementou: “até mesmo a carência de profissionais técnicos nos municípios sobre a carência de habilidades técnicas para essa finalidade e elaboração de projetos”, relatou.

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