| Mês: setembro de 2024

Na 161ª Reunião Ordinária, realizada por videoconferência, foram nomeados novos membros do grupo

27 de setembro de 2024

Com o objetivo de discutir e aprofundar questões relacionadas ao saneamento rural, a Câmara Técnica de Uso e Conservação de Água no Meio Rural (CT-Rural), dos Comitês PCJ, criou o novo Grupo de Trabalho (GT) Saneamento Rural. Esse grupo surgiu como resultado do Webinar “Planos Municipais de Saneamento Rural: Caminhos para a Sustentabilidade e a Saúde”, realizado em 21 de agosto. Durante a 161ª Reunião Ordinária da CT-Rural, realizada por videoconferência na sexta-feira, 27, João Baraldi, atual coordenador da CT-Rural, foi nomeado coordenador também do GT-Saneamento, e Ana Lúcia Brasil, da ABES, foi nomeada relatora. Outros membros voluntários também foram incluídos no grupo.

Na mesma reunião, foi apresentado o Projeto Nascentes Ibitinga, uma iniciativa que envolve a Prefeitura Municipal de Rio Claro, o DAAE, o Sindicato Rural, a Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CATI-SAA/SP), a Fundação Florestal (APA Corumbataí e Piracicaba – SEMIL/SP), a UNESP/IGCE e a Agência das Bacias PCJ. O projeto visa recuperar parte da microbacia do Ibitinga, ligada à Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (FEENA), responsável pelo abastecimento do lago do interior da unidade. Serão elaborados Projetos Integrais de Propriedade (PIPs)  para diagnósticos ambientais em 15 propriedades da Bacia do Córrego Ibitinga. A ação será coordenada pela UGP Rio Claro.

Outro tema discutido na reunião foi o combate às queimadas. Os participantes manifestaram preocupação com os casos de crimes ambientais na região e discutiram ferramentas para auxiliar os produtores rurais atingidos por incêndios. Uma das ferramentas mencionadas foi o Radar Ambiental, aplicativo lançado em 26 de setembro pela Comissão do Meio Ambiente do Conselho Nacional do Ministério Público (CMA/CNMP), que facilita denúncias de crimes ambientais. O Radar Ambiental faz parte do Plano Estratégico Nacional de Atuação do Ministério Público no Combate aos Incêndios, lançado em setembro, e tem como objetivo coordenar ações estratégicas contra queimadas em todo o país. As denúncias feitas pelo aplicativo são processadas pela Ouvidoria Nacional e encaminhadas ao Ministério Público responsável pela investigação.

A coordenadora adjunta da CT-Rural, Melissa Sampaio, apresentou a Declaração de Ocorrência de Incêndio (DOI), instituída por resolução da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo – SAA (Decreto nº 68.805). Essa declaração é usada para notificar áreas atingidas por incêndios em propriedades rurais paulistas, com o objetivo de promover a recuperação das áreas afetadas e possibilitar a retomada das atividades produtivas em situação de emergência. A DOI também pode ser utilizada para inscrição em programas e projetos administrados pelo Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (FEAP) e para procedimentos relacionados a ocorrências de incêndio, conduzidos pelas coordenadorias da SAA. Produtores rurais podem procurar as Casas de Agricultura de seus municípios para mais informações. O site oficial da CATI disponibiliza os endereços.

Na reunião, também foi aprovada a inclusão de dois novos membros: a Prefeitura de Indaiatuba, representada por Ivan Perez Aninger (titular), Ildo de Souza Dias, Natalia Domingues da Mata e Larissa Santi Del Conte(suplentes); e a Associação Amigos do Horto Florestal Navarro de Andrade (AAMHOR), representada por Gilda Carneiro Ferreira (titular) e Milton José Hussni Machado Luz(suplente).

A 162ª Reunião Ordinária da CT-Rural está prevista para o dia 27 de novembro, às 9h, por meio de videoconferência.

Webinário realizado no dia 26/09/2024 aprofundou discussões sobre o tema

Um diálogo sobre a situação atual, planejamento de ações e projeções futuras marcou o webinário “Resiliência e enfrentamento à estiagem nas Bacias PCJ”, promovido pela Câmara Técnica de Planejamento (CT-PL) dos Comitês PCJ nesta quinta-feira, dia 26 de setembro de 2024.

A abertura do evento foi feita pelo secretário-executivo do CBH-PCJ e do PCJ Federal, Denis Herisson da Silva, pela 1ª vice-presidente do PCJ Federal e presidente do CBH-PJ1, Mylena Nascimento Rodrigues; pelocoordenador da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico, Alexandre Vilella; pelo diretor-presidente da Agência das Bacias PCJ, Sergio Razera, e pelo presidente dos Comitês PCJ e prefeito de Piracicaba, Luciano Almeida.

Luciano aproveitou a ocasião para falar sobre a atual situação do Rio Piracicaba. “Hoje terei que falar como prefeito e não como presidente dos Comitês. A situação é muito grave. Não é mais uma questão de só discutir políticas públicas. Nós precisamos agir. Nossa cidade de Piracicaba, por ser o fim da linha do nosso Rio Piracicaba – a última que capta – está pegando esgoto puro dada as condições de estresse hídrico, de vazão, dessa falta de chuvas. Até o Rio Corumbataí está em suas piores vazões e a gente não pode mais admitir e ficar pagando um preço. É inadmissível que a gente não tome uma postura mais séria com relação a esses municípios a montante que continuam jogando esgoto ao ar livre”, criticou o prefeito.

Razera comentou o assunto e conclamou todos a se envolverem. “O desabafo e cobrança do prefeito têm muito sentido, dada a situação do nosso rio. A gente sabe que, quem tem poder de polícia, quem tem poder para fazer acontecer, precisa usar essas ferramentas (disponíveis no sistema de gestão). Não é o comitê da bacia, que tem o papel mais de fomento, de estabelecer metas e fazer debates públicos a respeito desses problemas, que será a solução desses problemas. Nosso papel é articular, porque não existe solução única. Tudo está articulado, as diversas políticas públicas. É importante que as pessoas que participam dos comitês ou que estão fora dos comitês percebam isso e nos ajude a trabalhar e a pensar cada vez mais as soluções possíveis para uma situação difícil. Não é simples e não é fácil”, comentou o diretor-presidente da Agência PCJ.  

A primeira palestra foi sobre o Plano Estadual de resiliência à estiagem do Governo do Estado de São Paulo e ações preventivas adotadas em nível estadual, com Dante Ragazzi Pauli, representante da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (SEMIL).

Em seguida, a apresentação foi sobre as ações da Secretaria de Agricultura e Abastecimento na mitigação dos impactos da estiagem sobre a agricultura, com Antoniane Arantes de Oliveira Roque, assistente de Coordenador da CATI (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral).

A terceira palestra foi sobre o “Panorama sobre a estiagem nas Bacias PCJ em 2024 e perspectivas para 2024 e 2025”, com Alexandre Vilella, coordenador da CT-MH, e Karoline de Goes Dantas, assessora técnica da Sala de Situação PCJ/SP Águas.

Na quarta apresentação do webinário, o coordenador de Projetos da Agência das Bacias PCJ, Diogo Bernardo Pedrozo, explanou sobre os editais abertos para o financiamento de ações em Saneamento Básico, no contexto da estiagem.

BARRAGENS

Durante o evento, Denis Silva comunicou que as obras das barragens de Amparo (Duas Pontes) e Pedreira serão retomadas pela SP Águas (DAEE) nos próximos dias e deverão levar 22 meses para serem concluídas. As duas represas vão aumentar a segurança hídrica para 5,5 milhões de pessoas, elevando a oferta de água em âmbito regional, por meio da regularização da vazão dos rios Jaguari e Camanducaia. As barragens deverão ter capacidade de armazenamento útil de 85 bilhões de litros de água, beneficiando direta e indiretamente mais de 20 municípios na região do PCJ. “Isso não isenta o papel que cada município e seus respectivos operadores de saneamento têm que fazer na redução de perdas de água do abastecimento e na melhoria do tratamento de esgoto. Cada município tem que fazer sua parte”, ressaltou o secretário-executivo dos Comitês PCJ.

O webinário completo pode ser assistido no canal da Agência das Bacias PCJ no YouTube:

Prefeituras e autarquias municipais podem se inscrever para obter financiamentos com recursos da Cobrança PCJ Federal

Dois editais estão abertos pela Agência das Bacias PCJ para financiamento de ações da Política de Recuperação, Conservação e Proteção dos Mananciais no âmbito da área de atuação dos Comitês PCJ. Com essas ações, é possível proteger os ecossistemas e preservar a qualidade da água nos municípios. Os recursos são da cobrança pelo uso da água em rios de domínio da união, situados nas Bacias PCJ (Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) – Cobrança PCJ Federal, e estão disponíveis para os municípios priorizados conforme o Plano das Bacias PCJ 2020-2035.

“As diretrizes da Política de Mananciais PCJ são fundamentais para a proteção e a gestão sustentável dos recursos hídricos. As ações desenvolvidas por meio da política visam preservar a água em quantidade e qualidade, proteger os ecossistemas e promover o uso consciente dos recursos naturais. A implementação de medidas visando a recuperação de áreas degradadas, melhorias nos sistemas de saneamento rural e o aperfeiçoamento do uso do solo nas áreas de mananciais é crucial para evitar a contaminação dos recursos hídricos e a escassez de água”, explica o assessor ambiental da Agência PCJ, Felipe Requena.

As prefeituras e autarquias municipais podem obter mais informações pelo site da Agência PCJ, na área da Assessoria Ambiental: https://agencia.baciaspcj.org.br/assessoria-ambiental/. A inscrição deve ser feita pelo e-mail: editalmananciais@agencia.baciaspcj.org.br. Os prazos variam de acordo com o tipo de edital. Os dois editais podem ser acessados neste link: https://agencia.baciaspcj.org.br/assessoria-ambiental/editais/ . Nos editais estão estabelecidos o valor mínimo e o valor máximo que podem ser pleiteados, conforme cada ação.

Requena ressalta que o fortalecimento da gestão integrada dos recursos hídricos nos municípios das Bacias PCJ tem promovido uma abordagem mais eficaz na evolução das ações de preservação e proteção ambiental. “É fundamental a participação ativa dos municípios nos pleitos de recursos junto aos Comitês PCJ, o que possibilita a realização de iniciativas que trazem melhorias, como diagnósticos das situações de degradação, intervenções em restauração florestal, saneamento rural e incentivos ao Pagamento por Serviços Ambientais, contribuindo para a segurança hídrica da região”, concluiu.

EDITAL PIPs -O primeiro edital visa a seleção de áreas para elaboração de Projetos Integrais de Propriedade (PIPs) e recebe inscrições somente de prefeituras até dia 10/06/2025. Ao se inscreverem, as prefeituras dos municípios das Bacias PCJ podem indicar suas microbacias de interesse para o abastecimento público para que sejam submetidas a um diagnóstico ambiental e planejamento da adequação ambiental de propriedades rurais.

Os PIPs consistem em um diagnóstico detalhado e projeto executivo com direcionamento de intervenções necessárias para preservar as nascentes e mananciais que abastecem os municípios. De acordo com o perfil de cada área, o PIP identifica as necessidades de intervenções de restauração, conservação de solo, saneamento rural, entre outras voltadas à preservação das águas. A deliberação dos Comitês PCJ que determinou a abertura e as regras deste edital pode ser conferida neste link: https://bit.ly/DeliberaçãoPCJ3982021.

EDITAL PROGRAMAS I E II – O segundo edital é para o desenvolvimento das ações dos Programas I e II previstos na Política de Mananciais PCJ. Neste caso, o prazo de inscrição vai até 28/02/2025, aberto para prefeituras e autarquias municipais.

A Política de Mananciais pode ser consultada no site da Agência PCJ por este link: https://agencia.baciaspcj.org.br/assessoria-ambiental/politica-de-mananciais/. O Programa I diz respeito à Recuperação, Conservação e Proteção Ambiental em Áreas de Interesse, e o Programa II é relacionado ao Pagamento por Serviços Ambientais (PSA).

Com foco na preservação de áreas de mananciais, o segundo edital é para a inscrição de propostas de empreendimentos para intervenções de adequação ambiental de propriedades rurais, além de projetos de PSA.  A deliberação dos Comitês PCJ que determinou a abertura e as regras deste edital pode ser acessada neste link:  https://bit.ly/DeliberaçãoPCJ4832024. A lista de priorização dos municípios pode ser conferida no Anexo I desta deliberação, a partir da página 38. A ordem prioritária é a de 5(muito alta) para 1(muito baixa), conforme a demanda.

AÇÕES DOS PROGRAMAS I e II da POLÍTICA DE MANANCIAIS PCJ

Programa I – Recuperação, Conservação e Proteção Ambiental em Áreas de Interesse:

1) UCE-Prospecção: Mobilização de proprietários rurais para elaborar PIPs, visando diagnosticar ações de proteção de mananciais.

2) Restauração Florestal: Cercamento, plantio e combate à erosão em áreas de restauro, conforme PIPs e a Política de Mananciais PCJ.

3) Saneamento Rural: Intervenções de saneamento em áreas prioritárias, conforme os PIPs e a Política de Mananciais.

Programa II – Pagamento por Serviços Ambientais (PSA):

1)    Restauração Florestal: Cercamento, plantio e combate à erosão em áreas de restauro, conforme PIPs e a Política de Mananciais PCJ, ligados a projetos de PSA.

2)    Saneamento Rural: Intervenções de saneamento rural, conforme PIPs e a Política de Mananciais PCJ, ligados a projetos de PSA.

3)    UCE-Monitoramento: Ações de monitoramento de projetos de PSA para subsidiar o pagamento de incentivo econômico aos proprietários.

4)    Pagamento de Incentivo:  Incentivo econômico aos proprietários que participam de projetos de PSA e produzem serviços ambientais.

SERVIÇO

Editais abertos da Área Ambiental da Agência das Bacias PCJ – 2024/2025

Inscrições pelo e-mail: editalmananciais@agencia.baciaspcj.org.br

  • Edital para a Seleção de Áreas, visando a elaboração dos PIPs:

Prazo de inscrição para prefeituras municipais até 10 de junho de 2025.

  • Edital para as ações dos Programas I e II da Política de Mananciais:

Prazo de inscrição para prefeituras e autarquias municipais até o dia 28 de fevereiro de 2025.

Acesso aos editais: https://agencia.baciaspcj.org.br/assessoria-ambiental/editais/

Informações: editalmananciais@agencia.baciaspcj.org.br

Reunião também serviu para apresentar os resultados parciais do Relatório de Acompanhamento da Implementação do Plano das Bacias PCJ para o ano 2024

24 de setembro de 2024

Propostas do Grupo de Trabalho de Cobrança quanto à revisão dos mecanismos e valores das Cobranças PCJ Paulista e Federal foram analisadas e discutidas durante a 107ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica do Plano de Bacias, realizada nesta terça-feira, dia 24 de setembro, por meio de videoconferência. O encontro foi comandado pelo coordenador da CT-PB, Gustavo Prado (Assemae) e pela coordenadora-adjunta, Raquel Metzner (IPSA-C).

As propostas foram apresentadas pelo coordenador do GT-Cobrança, André Navarro. O trabalho de revisão das cobranças tem sido realizado desde 2020 e deve ser concluído em 2025. “A gente chegou em um ponto que tem diversos consensos realizados”, observou Navarro. Ele informou que apenas poucas questões que ficaram abertas deverão ser resolvidas na próxima reunião do grupo, agendada para o dia 15 de outubro, também por videoconferência.

Depois disso, as propostas deverão ser analisadas na 14ª Reunião Extraordinária Conjunta da CT-PL (Planejamento) e CT-PB, que será realizada no dia 1º de novembro, no Instituto Pecege, em Piracicaba (SP). Após passar pela instância dessas duas câmaras técnicas, o parecer técnico da CT-PB e a deliberação sobre o assunto serão votadas em uma reunião plenária extraordinária dos Comitês PCJ, que deverá ser agendada para fevereiro de 2025.

Com a aprovação final, os documentos serão encaminhados para o CNRH (Conselho Nacional de Recursos Hídricos) e CRH (Conselho Estadual Recursos Hídricos). A expectativa é que os conselhos aprovem até o final do primeiro semestre ou início do segundo semestre de 2025 e que os novos valores passem a valer a partir de 2026. “A proposta sendo enviada no final de fevereiro permitiria quatro meses de tramitação no CNRH e atenderia norma do CRH para eventual aplicação em 2026”, explicou Navarro.

Pelas propostas, os valores da Cobrança PCJ Federal deverão sofrer acréscimo de 30% e os da Cobrança PCJ Paulista, em torno de 90%, de forma gradativa. A estimativa do GT-Cobrança é a de que, com a revisão, a arrecadação com as duas cobranças poderá ser de R$ 250 milhões a mais entre 2026 e 2035. Esse acréscimo de receita deverá ser destinado para obras e serviços e poderão ser aplicados em projetos se estes estiverem integrados à execução de obras. No mesmo período, a arrecadação total estimada seria de R$ 395 milhões da Cobrança PCJ Federal e outros R$ 351 milhões da Paulista.

O parecer da CT-PB, que será apreciado em 1º de novembro, trata da aplicação de recursos arrecadados com as cobranças pelo uso da água; revisão dos mecanismos de cobrança; revisão de preços públicos unitários (PPUs) e preços unitários básicos (PUBs) e recomendações.  Entre as recomendações, está a campanha de divulgação e disponibilização de simulador para usuários, que deverá ocorrer entre novembro de 2024 e fevereiro de 2025.  

Na mesma reunião, foram divulgados e discutidos os resultados parciais do Relatório de Acompanhamento da Implementação do Plano das Bacias PCJ 2020 a 2035 para o ano 2024.   A apresentação foi realizada pelas analistas técnicas Kátia Cezarino e Carolina Silva, da Coordenação de Sistema de Informações(CSI) da Agência das Bacias PCJ. O Plano das Bacias PCJ possui seis temas estratégicos (Garantia do Suprimento Hídrico; Enquadramento dos Corpos de Água; Águas Subterrâneas; Conservação e Uso da Água e do solo no Meio Rural e Recomposição Florestal; Educação Ambiental, Integração e Difusão de Pesquisas e Tecnologias; e Gestão de Recursos Hídricos.

Dentro desses temas estratégicos, existem 19 eixos temáticos, 46 programas e 120 ações previstas. A CSI acompanha todas as ações e as metas de vários parâmetros em cada um dos 76 municípios das Bacias PCJ. A minuta do relatório será enviada por e-mail aos membros da CT-PB, que terão até 24 de outubro para fazerem contribuições. O relatório final será apreciado na 108ª Reunião Ordinária da CT, em 26 de novembro, e deve ser publicado em janeiro de 2025.

HOMENAGEM

No início da reunião da CT-PB, a pedido de Raquel Metzner, todos os participantes fizeram um minuto de silêncio e deram uma salva de palmas em homenagem ao ambientalista e um dos fundadores dos Comitês PCJ, Waldemar Bobbo, que faleceu aos  89 anos no último sábado, dia 21 de setembro, em Rio Claro(SP). 

Evento reuniu atores que participam da história de recuperação do primeiro curso d’água reenquadrado no país

Um importante diálogo sobre o Rio Jundiaí foi realizado na segunda-feira, dia 23 de setembro de 2024, pela Câmara Técnica de Outorgas e Licenças dos Comitês PCJ. Tratou-se do 5º Webinário “Conversando sobre o Rio Jundiaí”, que teve como tema “Nosso papel na despoluição”, com mais de 440 visualizações no YouTube. A iniciativa foi da CT-OL e do seu Grupo de Trabalho de Enquadramento dos Corpos d’água (GT-Enquadramento), com o apoio da Agência das Bacias PCJ.

Em comemoração aos cinco anos em que o evento é realizado, foram apresentadas diferentes ações praticadas por organizações públicas e sociedade civil, ao longo do Rio Jundiaí, que passa por diversas cidades e tem como cenário o seu reenquadramento, além de promover diálogos entre diferentes atores da comunidade que vivenciaram e vivenciam o rio, o primeiro do país a ser reenquadrado de classe 4 para classe 3.

Na abertura do webinário, fizeram o uso da palavra o secretário-executivo do CBH-PCJ e do PCJ FEDERAL, Denis Herisson da Silva; a coordenadora da CT-OL, Cecília de Barros Aranha, e a coordenadora-adjunta, Ariana Rosa Bueno Damiano.

Denis destacou a importância do assunto. “O enquadramento dos corpos hídricos é um dos instrumentos da Gestão de Recursos Hídricos, assim como a cobrança, outorga, Plano de Bacias, que veio para proteger e melhorar os nossos mananciais. Mas, é um assunto complicadíssimo porque ao decidir uma meta de melhoria da qualidade isso envolve custos e investimentos muitas vezes elevadíssimos.  Então, muitas vezes o rio que nós queremos, não é o rio que podemos ter de forma imediata. Mas, podemos estabelecer metas graduais para melhoria para atingir essa meta. Recuperar a qualidade de água e garantir que ela seja útil a todos, seja para consumo humano, seja para conservação da natureza, envolve uma coordenação disciplinada e, principalmente, engajamento de todos, especialmente nesse momento de estiagem prolongada que, devido à baixa vazão, há um aumento da concentração de poluentes”, ressaltou Denis.  “O Rio Jundiaí é o primeiro rio do Brasil totalmente reenquadrado, resultado dos esforços que levaram a evolução dessa classe de qualidade. Esse é um motivo de muito orgulho, não só para a gente dos Comitês PCJ, mas para todos os municípios da Bacia do Rio Jundiaí”, completou.

Cecília enfatizou a união de todos em torno da recuperação do rio. “Nesse evento quero destacar a importância da rede de pessoas que foi construída ao longo de cinco anos. São nossos parceiros, que representam aqui as instituições de ensino, a sociedade civil, os usuários de recursos hídricos e as entidades públicas e privadas da Bacia do Rio Jundiaí. Nesses cinco anos, nós lutamos juntos pela ampliação da participação na divulgação do conhecimento sobre o Relatório de Atendimento às Metas de Atualização do Enquadramento em trechos do Rio Jundiaí”, comentou a coordenadora da CT-OL.  

“O enquadramento dos corpos d’água representa um papel central no novo marco da gestão da qualidade da água por se tratar de um instrumento de planejamento, que possui interface com os demais aspectos da gestão dos recursos hídricos e da gestão ambiental.  Nós, da CT-OL, temos percebido ao longo desses anos o desconhecimento sobre tal instrumento. Vimos também as dificuldades metodológicas para sua aplicação na prática e a prioridade de aplicação de outros instrumentos de gestão, como outorga e cobrança dentro do Plano de Bacia. Destaco aqui que esse processo envolve uma mudança em relação ao modo como a gestão da qualidade da água vem sendo feita no Brasil ao longo das últimas décadas. Cremos que essa gestão nas Bacias PCJ, nos próximos anos, será um procedimento que exigirá um grande esforço em termos institucional, técnico e de participação social”, observou Ariana.

Nesta edição, o objetivo da CT-OL foi o de integrar diferentes atores que vivenciam e vivenciaram o Rio Jundiaí e seus afluentes, desde o cidadão aposentado que nadou e pescou quando jovem, até representantes de universidades, empresas de saneamento e meio ambiente, entre outros. Com isso, foi possível dialogar sobre o papel de cada um para a melhoria da qualidade do Rio Jundiaí.

Depois da abertura, um dos organizadores do webinário, o educador ambiental, Danilo Resende de Moraes, fez uma recapitulação sobre os quatro primeiros webinários “Conversando sobre o Rio Jundiaí”, realizados entre 2020 e 2023. Assim como Cláudio da Cunha, coordenador do curso de Gestão Ambiental da Fatec (Faculdade de Tecnologia) de Jundiaí, falou sobre a formação do rio e seus 123 quilômetros, sua história, municípios, matas e nascentes.

Em seguida, foram apresentados diversos vídeos com falas municipais e institucionais sobre as ações que estão sendo praticadas no decorrer do rio Jundiaí em diversos municípios e atores envolvidos nesta questão.

No evento, houve também uma apresentação do gerente da Agência Ambiental da Cetesb em Jundiaí, Domênico Tremaroli, que explanou sobre um panorama geral do assunto e falou sobre os dados do Relatório Técnico “Acompanhamento do atendimento às metas de atualização do enquadramento em trechos do Rio Jundiaí” (2021-2022).  A assessora técnica da Sala de Situação PCJ/DAEE, Karoline Dantas, explicou as bases normativas e recomendações deste relatório; ações que estão sendo adotadas na Bacia do Rio Jundiaí nos últimos anos, e destacou a atuação do GT-Qualidade, da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico.  “Muito obrigado, Domenico e Karol. São informações riquíssimas para dar um direcionamento das ações que precisamos desenvolver”, comentou Resende.

No final do webinário, foi realizada uma Roda de Conversa com todos os participantes sobre o “nosso papel na despoluição”, com diversas sugestões de ações nas variadas áreas da Gestão dos Recursos Hídricos.

O webinário completo pode ser acessado no canal da Agência das Bacias PCJ no YouTube:

Encontro foi sexta-feira, 20/09, na Escola de Economia e Negócios da PUC-Campinas

20 de setembro de 2024

Quatro palestras foram proferidas durante a 111ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Integração e Difusão de Pesquisas e Tecnologias, realizada na sexta-feira, dia 20 de setembro de 2024, na Escola de Economia e Negócios da PUC (Pontifícia Universidade Católica) – Campinas. As três palestrantes mulheres participaram do encontro por videoconferência.

A primeira apresentação foi sobre a “Tarifa dos serviços de abastecimento de água no Brasil e impactos nas populações de baixa renda”, realizada pela doutoranda Thalita Salgado Fagundes, da Escola de Engenharia de São Carlos – Universidade de São Paulo (EESC/USP) e do Instituto Superior Técnico – Universidade de Lisboa (IST/ULISBOA).

A segunda palestra foi sobre “Tecnologias inovadoras para o monitoramento da segurança hídrica das Bacias PCJ”, com o professor Orandi M. Falsarella, da PUC-Campinas. Na terceira apresentação, a professora Maria Mercedes Gamboa Medina, do Instituto de Estudos Avançados da USP, falou sobre o “Aprendizado de máquina para gerenciamento de redes de distribuição de água”.  A última palestra foi com Cristina Doritta (IEA/USP), que explanou sobre “Ambientes de inovação e startups de base tecnológica no  setor de recursos hídricos e saneamento”.

O coordenador da CT-ID, professor Tadeu Malheiros, ressaltou a importância das palestras como forma de fomentar a difusão de novas tecnologias. “Essa atividade está alinhada à competência e ao desafio da nossa câmara. A CT-ID tem como objetivo promover e estimular a difusão de novas tecnologias que estão lá fora e novas tecnologias também que estão sendo desenvolvidas dentro da própria bacia. É importante estimular a inovação na gestão da bacia e no gerenciamento dela lá nas pontas das empresas. Então, essas palestras elas, primeiro, mostram como que a universidade está fazendo isso por meio dos seus programas de pós, como esses programas de pós têm potencial para dialogar com as instituições, por exemplo, o caso da Maria Gamboa, da Cris Doritta. Com o trabalho de São José dos Campos, da Thalita, como é que ela fez isso, inclusive, com outros atores, pra mostrar que é possível essa integração. E a turma conhece, vê como é possível e isso tudo estimula também a mais pessoas participarem e se envolverem”, explicou.

Durante o encontro, houve ainda debate sobre os programas de pós-graduação (mestrado, doutorado e pós-doutorado) das universidades PUC e USP,  relacionadas ao PPPP-FAPESP (Programa de Pesquisa em Políticas Públicas da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).  “Nós temos dois projetos aprovados na parceria das universidades PUC, USP e com a Agência das Bacias PCJ. Um deles é voltado para a questão das perdas, educação ambiental e a criação de benchmarking, para administrar o que existe, tanto de recurso acadêmico quanto de experiência profissional. No outro projeto temos a questão da incorporação de tecnologias inovadoras, basicamente de informação e comunicação, na perspectiva de controle de segurança hídrica, assim por diante, e gestão de recursos hídricos. Estamos fazendo contatos. Fizemos ontem com a DAE Jundiaí e hoje com a Sanasa Campinas. Para levar a eles a possibilidade de que caso haja interesse deles em desenvolver um mestrado, um doutorado, um pós-doutorado para aqueles que têm, que eles possam desenvolver projetos pessoais de investigação utilizando a experiência que eles têm no campo com os projetos que nós já temos aqui”, comentou o coordenador-adjunto da CT-ID, Duarcides Mariosa.

Os participantes do encontro também aprovaram a entrada de um novo membro na Câmara Técnica: Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP – DR Bragança Paulista), que terá como representantes Michele Consolmagno (titular) e Luís Bernardino Arnal de Barrio (suplente).

A reunião ainda contou com a participação de Luan Otaviano, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (RJ), que falou sobre sua pesquisa de doutorado, que trata de um conjunto de indicadores relacionados à contaminação da água por agrotóxicos.  Otaviano ressaltou que adotará as Bacias PCJ como uma das áreas de seu estudo e buscou estreitar laços com os membros da CT-ID.  

Neste 21 de setembro, comemoramos o Dia da Árvore, um recurso essencial para a manutenção da vida na Terra, assim como a água. Das copas às raízes, as árvores desempenham um papel vital na regulação dos ciclos hidrológicos e na preservação da qualidade da água e do ar. Elas realizam, de maneira natural, um processo de filtragem que retém poluentes e substâncias químicas, impedindo que cheguem aos cursos d’água e aos nossos pulmões. Esse fenômeno contribui diretamente para a redução da poluição de rios e lagos, melhora a saúde dos ecossistemas aquáticos e garante a disponibilidade de água limpa para o consumo humano e animal.

Pensando na preservação desses recursos, os Comitês PCJ, por meio da Agência das Bacias PCJ, investem constantemente em projetos que promovem a conservação ambiental nos 76 municípios que compõem nossa bacia. Nos últimos anos, o setor “verde” tem ganhado cada vez mais destaque nas atividades dos Comitês PCJ, com a Assessoria Ambiental da Agência liderando esforços significativos na proteção dos mananciais.

As decisões dos Comitês PCJ envolvem discussões no âmbito da Câmara Técnica de Conservação e Proteção dos Mananciais, que reúne mais de 80 pessoas comprometidas com esse tema. Desde a criação da Política de Mananciais PCJ, em 2015, revisada em 2018, diversos instrumentos e ferramentas foram desenvolvidos e implementados com esse objetivo. Até o momento, estima-se que aproximadamente R$ 21,5 milhões tenham sido investidos. Desse montante, cerca de R$ 9 milhões são oriundos da cobrança pelo uso da água, sendo alavancados também R$ 9,5 milhões oriundos de parcerias, totalizando R$ 18,5 milhões em ações de proteção aos mananciais.

Através dos Programas I e II da Política, são realizados estudos, diagnósticos, mapeamentos e restaurações em 15 municípios localizados em microbacias prioritárias, conforme o Plano de Bacias PCJ. As ações envolvem a restauração e o plantio de mais de 300 mil árvores, a construção de mais de 80 mil metros de cercas e a substituição de cerca de 240 sistemas rudimentares por sistemas com biodigestores.

O Programa II da Política realiza os Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA), atendendo 121 propriedades rurais, com plantios, cercamentos, incentivos econômicos (repasse direto de recursos ao proprietário), monitoramento e saneamento rural.

Outro instrumento importante da Política é o diagnóstico ambiental de propriedades rurais, conhecido como PIP (Projeto Integral de Propriedade), que aponta fatores a serem adequados nas propriedades, especialmente nas áreas de restauração florestal, saneamento rural e conservação do solo. Até o momento, mais de 500 propriedades rurais já foram diagnosticadas, com um investimento total aproximado de R$ 4,5 milhões.

Destaca-se também o uso do geoprocessamento, que permite o mapeamento e a orientação inteligente das áreas verdes para recuperação ambiental. Aproximadamente R$ 3,5 milhões foram investidos nessa área, o que tem sido essencial para o desenvolvimento de softwares de ponta, aplicativos de coleta de dados em campo e o acesso a informações georreferenciadas de qualidade, promovendo maior assertividade nos projetos e planejamentos.

Nosso olhar cuidadoso também se volta ao reflorestamento, já que as florestas contribuem imensamente para a regulação do clima local e global. Ao “sequestrar” dióxido de carbono da atmosfera e liberar oxigênio, as árvores ajudam a moderar as temperaturas globais, favorecendo climas mais estáveis e previsíveis. Isso, por sua vez, contribui para a manutenção dos recursos hídricos e para a segurança hídrica em nossas bacias.

A busca pela estabilidade climática é uma responsabilidade de todos nós. O planeta é nosso, e, ao refletirmos, percebemos que ele nos fornece todos os recursos necessários para viver. É nosso dever retribuir esse cuidado com ações concretas de preservação. Ao proteger e expandir nossas áreas verdes, garantimos não apenas a conservação dos recursos hídricos, mas também um ambiente mais saudável e resiliente para as futuras gerações.

Evento será no dia 26 de setembro, das 9h às 12h, no canal de YouTube da Agência das Bacias PCJ

“Resiliência e enfrentamento à estiagem nas Bacias PCJ” é o tema do webinário que será promovido pela Câmara Técnica de Planejamento (CT-PL) dos Comitês PCJ no dia 26/09/2024 (quinta-feira), das 9h às 12h. A transmissão será pelo canal de YouTube da Agência das Bacias PCJ, no link https://bit.ly/WebinárioEstiagemBaciasPCJ. Não é necessário fazer inscrição antecipadamente. Estão confirmadas as presenças de representantes das Secretarias do Estado de São Paulo de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) e de Agricultura e Abastecimento (SAA) como palestrantes. (ver programação abaixo)

O evento busca promover uma discussão sobre as ações necessárias para o enfrentamento à estiagem prolongada nas Bacias PCJ, explorando estratégias que minimizem os riscos de disponibilidade hídrica. Além disso, como o webinário visa promover a sustentabilidade dos recursos hídricos e segurança hídrica da região, serão abordadas medidas de mitigação para reduzir os impactos e o papel das respostas emergenciais frente a este fenômeno climático.

O secretário-executivo dos Comitês PCJ, Denis Herisson Silva ressaltou a importância e a finalidade do evento. “Estamos enfrentando um momento de estiagem prolongada, na qual o Rio Piracicaba está com uma vazão abaixo da média histórica. Há previsão de um atraso no começo da época das chuvas que, aliado ao aumento da temperatura, torna nossos mananciais ainda mais escassos, comprometendo a segurança hídrica.  Assim, os Comitês PCJ por meio da CT-PL, chamam os representantes de duas importantes secretarias de governo do Estado ligadas ao tema, bem como a Agência PCJ, para apresentar planos, programas e políticas para garantir maior resiliência da população das Bacias PCJ no enfrentamento a estes eventos climáticos extremos”, declarou.

Para o coordenador da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico (CT-MH) dos Comitês PCJ, Alexandre Vilella, é fundamental discutir as ações integradas e de adaptação as mudanças climáticas para unir esforços para enfrentamento da severa estiagem de 2024 e próximos anos. “O conjunto de precipitações abaixo da média histórica, baixa umidade relativa do ar, altas temperaturas, demandas e desafios ligados a qualidade das águas, trazem de um cenário de grande complexidade para todos os usuários nas Bacias PCJ, seja para os 3,5 milhões de habitantes que se abastecem diretamente do sistema Cantareira, assim como, aos demais 57 municípios que possuem outros mananciais como córregos, barramentos municipais, águas subterrâneas e outras concepções. O momento é de atenção, uma vez que, as previsões climatológicas indicam um ligeiro atraso do início do período chuvoso, assim como, o cenário para 2025 dependerá e muito do comportamento das precipitações e usos ao longo do verão 2024/2025”, comentou.

O diretor-presidente da Agência PCJ, Sergio Razera, destacou que o evento é uma oportunidade para discutir e buscar soluções. “As estiagens aqui nas Bacias PCJ não são nenhuma novidade. O problema é que, a cada ano que passa, elas são mais profundas, mais longas, e isso obviamente numa região que já tem grandes problemas com quantidade e qualidade das águas nos deixam cada vez mais preocupados e em busca de soluções que possam ser realizadas no curto, no médio e no longo prazo. Então, o evento é uma oportunidade de a gente discutir e se aprofundar nessas soluções que podem aliviar, que podem minimizar e criar a resiliência, criar então a nossa estratégia para suportar cada vez mais essas estiagens que se aprofundam ano a ano”, comentou.

MONITORAMENTO

Nos Comitês PCJ é a CT-MH – composta por mais 180 membros de diversos setores usuários, governamentais e sociedade civil -, que monitora diariamente as condições das captações. No período seco, entre junho e novembro, a CT-MH também é responsável por deliberar sobre as vazões a serem descarregadas do Sistema Cantareira para as Bacias PCJ. Os dados de chuva/nível/vazões em tempo real em mais de 50 trechos de rio podem ser acessados através do link: https://bit.ly/SiteSAISP.   

Os dados de armazenamento do Sistema Cantareira podem ser acessados aqui: https://mananciais.sabesp.com.br/Situacao. Os dados da rede automática de monitoramento da qualidade da CETESB ficam neste endereço: https://simqua.cetesb.sp.gov.br/

SERVIÇO

Webinário dos Comitês PCJ: “Resiliência e enfrentamento à estiagem nas Bacias PCJ”

DATA: 26.09.2024 (Quinta-feira)

HORÁRIO: Das 9h às 12h

LOCAL: Transmissão pelo canal da Agência das Bacias PCJ no YouTube: https://bit.ly/WebinárioEstiagemBaciasPCJ

REALIZAÇÃO: Comitês PCJ

ORGANIZAÇÃO: Câmara Técnica de Planejamento (CT-PL)

APOIO: Agência das Bacias PCJ

DÚVIDAS: Secretaria Executiva dos Comitês PCJ (se.pcj@comites.baciaspcj.org.br)

INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA: comunicapcj@agencia.baciaspcj.org.br

PROGRAMAÇÃO

9h – Abertura

Denis Herisson da Silva – Secretário-executivo do CBH-PCJ e do PCJ FEDERAL

9h10 – Introdução ao tema

9h30 – Palestra 1: Plano Estadual de resiliência à estiagem do Governo do Estado de São Paulo

Dante Ragazzi Pauli – Representante da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (SEMIL)

10h – Palestra 2: Ações da SAA na mitigação dos impactos da estiagem sobre a agricultura

 Antoniane Arantes de Oliveira Roque, assistente de Coordenador da CATI, representante da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA). 

10h30 – Palestra 3: Panorama sobre a estiagem nas Bacias PCJ 2024

Alexandre Luis Almeida Vilella – Coordenador da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico dos Comitês PCJ

Karoline de Goes Dantas – Assessora Técnica da Sala de Situação PCJ/DAEE

11h – Palestra 4: Editais abertos para o financiamento de ações em Saneamento Básico, no contexto da estiagem

Diogo Bernardo Pedrozo – Coordenador de Projetos da Agência das Bacias PCJ

11h20 – Interação / Mesa de discussão

Secretaria Executiva dos Comitês PCJ

11h40 – Encerramento

Evento será no dia 26 de setembro, das 9h às 12h, no canal de YouTube da Agência das Bacias PCJ

“Resiliência e enfrentamento à estiagem nas Bacias PCJ” é o tema do webinário que será promovido pela Câmara Técnica de Planejamento (CT-PL) dos Comitês PCJ no dia 26/09/2024 (quinta-feira), das 9h às 12h. A transmissão será pelo canal de YouTube da Agência das Bacias PCJ, no link https://bit.ly/WebinárioEstiagemBaciasPCJ. Não é necessário fazer inscrição antecipadamente. Estão confirmadas as presenças de representantes das Secretarias do Estado de São Paulo de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) e de Agricultura e Abastecimento (SAA) como palestrantes. (ver programação abaixo)

O evento busca promover uma discussão sobre as ações necessárias para o enfrentamento à estiagem prolongada nas Bacias PCJ, explorando estratégias que minimizem os riscos de disponibilidade hídrica. Além disso, como o webinário visa promover a sustentabilidade dos recursos hídricos e segurança hídrica da região, serão abordadas medidas de mitigação para reduzir os impactos e o papel das respostas emergenciais frente a este fenômeno climático.

O secretário-executivo dos Comitês PCJ, Denis Herisson Silva ressaltou a importância e a finalidade do evento. “Estamos enfrentando um momento de estiagem prolongada, na qual o Rio Piracicaba está com uma vazão abaixo da média histórica. Há previsão de um atraso no começo da época das chuvas que, aliado ao aumento da temperatura, torna nossos mananciais ainda mais escassos, comprometendo a segurança hídrica.  Assim, os Comitês PCJ por meio da CT-PL, chamam os representantes de duas importantes secretarias de governo do Estado ligadas ao tema, bem como a Agência PCJ, para apresentar planos, programas e políticas para garantir maior resiliência da população das Bacias PCJ no enfrentamento a estes eventos climáticos extremos”, declarou.

Para o coordenador da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico (CT-MH) dos Comitês PCJ, Alexandre Vilella, é fundamental discutir as ações integradas e de adaptação as mudanças climáticas para unir esforços para enfrentamento da severa estiagem de 2024 e próximos anos. “O conjunto de precipitações abaixo da média histórica, baixa umidade relativa do ar, altas temperaturas, demandas e desafios ligados a qualidade das águas, trazem de um cenário de grande complexidade para todos os usuários nas Bacias PCJ, seja para os 3,5 milhões de habitantes que se abastecem diretamente do sistema Cantareira, assim como, aos demais 57 municípios que possuem outros mananciais como córregos, barramentos municipais, águas subterrâneas e outras concepções. O momento é de atenção, uma vez que, as previsões climatológicas indicam um ligeiro atraso do início do período chuvoso, assim como, o cenário para 2025 dependerá e muito do comportamento das precipitações e usos ao longo do verão 2024/2025”, comentou.

O diretor-presidente da Agência PCJ, Sergio Razera, destacou que o evento é uma oportunidade para discutir e buscar soluções. “As estiagens aqui nas Bacias PCJ não são nenhuma novidade. O problema é que, a cada ano que passa, elas são mais profundas, mais longas, e isso obviamente numa região que já tem grandes problemas com quantidade e qualidade das águas nos deixam cada vez mais preocupados e em busca de soluções que possam ser realizadas no curto, no médio e no longo prazo. Então, o evento é uma oportunidade de a gente discutir e se aprofundar nessas soluções que podem aliviar, que podem minimizar e criar a resiliência, criar então a nossa estratégia para suportar cada vez mais essas estiagens que se aprofundam ano a ano”, comentou.

MONITORAMENTO

Nos Comitês PCJ é a CT-MH – composta por mais 180 membros de diversos setores usuários, governamentais e sociedade civil -, que monitora diariamente as condições das captações. No período seco, entre junho e novembro, a CT-MH também é responsável por deliberar sobre as vazões a serem descarregadas do Sistema Cantareira para as Bacias PCJ. Os dados de chuva/nível/vazões em tempo real em mais de 50 trechos de rio podem ser acessados através do link: https://bit.ly/SiteSAISP.   

Os dados de armazenamento do Sistema Cantareira podem ser acessados aqui: https://mananciais.sabesp.com.br/Situacao. Os dados da rede automática de monitoramento da qualidade da CETESB ficam neste endereço: https://simqua.cetesb.sp.gov.br/

SERVIÇO

Webinário dos Comitês PCJ: “Resiliência e enfrentamento à estiagem nas Bacias PCJ”

DATA: 26.09.2024 (Quinta-feira)

HORÁRIO: Das 9h às 12h

LOCAL: Transmissão pelo canal da Agência das Bacias PCJ no YouTube: https://bit.ly/WebinárioEstiagemBaciasPCJ

REALIZAÇÃO: Comitês PCJ

ORGANIZAÇÃO: Câmara Técnica de Planejamento (CT-PL)

APOIO: Agência das Bacias PCJ

DÚVIDAS: Secretaria Executiva dos Comitês PCJ (se.pcj@comites.baciaspcj.org.br)

INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA: comunicapcj@agencia.baciaspcj.org.br

PROGRAMAÇÃO

9h – Abertura

Denis Herisson da Silva – Secretário-executivo do CBH-PCJ e do PCJ FEDERAL

9h10 – Introdução ao tema

9h30 – Palestra 1: Plano Estadual de resiliência à estiagem do Governo do Estado de São Paulo

Dante Ragazzi Pauli – Representante da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (SEMIL)

10h – Palestra 2: Ações da SAA na mitigação dos impactos da estiagem sobre a agricultura

 Antoniane Arantes de Oliveira Roque, assistente de Coordenador da CATI, representante da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA)

10h30 – Palestra 3: Panorama sobre a estiagem nas Bacias PCJ 2024

Alexandre Luis Almeida Vilella – Coordenador da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico dos Comitês PCJ

Karoline de Goes Dantas – Assessora Técnica da Sala de Situação PCJ/DAEE

11h – Palestra 4: Editais abertos para o financiamento de ações em Saneamento Básico, no contexto da estiagem

Diogo Bernardo Pedrozo – Coordenador de Projetos da Agência das Bacias PCJ

11h20 – Interação / Mesa de discussão

Secretaria Executiva dos Comitês PCJ

11h40 – Encerramento

Nazareno Araújo também debateu outras questões relacionadas à gestão dos recursos hídricos

Em visita institucional à Agência das Bacias PCJ, em Piracicaba (SP), na manhã desta sexta-feira, 13 de setembro, o diretor interino da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Nazareno Araújo, discutiu ações quanto à estiagem nas Bacias PCJ (Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) e várias outras questões relacionadas à gestão de recursos hídricos. Participaram do encontro representantes da Agência das Bacias PCJ, Comitês PCJ, Coordenadoria dos Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto) e Prefeitura de Piracicaba.

Araújo ressaltou que a ANA tem acompanhado de perto a situação da estiagem na região. “Nós temos uma preocupação sempre com a definição e o cumprimento das regras da outorga do Sistema Cantareira, que é importante para a gente. As questões da estiagem nós estamos monitorando muito de perto, assim como o pessoal dos Comitês PCJ, especialmente agora no mês de outubro e novembro, onde a gente precisa verificar como fica a chegada do período chuvoso e com qual a intensidade ele vem para que possamos recuperar os nossos níveis de reservação”, explicou.

Além da situação da estiagem, foram debatidos vários outros assuntos relacionados à gestão dos recursos hídricos, como coleta e tratamento de esgoto, exigências dos municípios a montante do Rio Piracicaba para que melhorem a eficiência de seus tratamentos a fim de evitar novos problemas como a grande mortandade de peixes que ocorreu em julho, e também evitar mortandades menores que acontecem por conta da falta de oxigênio em períodos de estiagem.

“Também é importante para nós resolver os problemas concretos que acontecem na bacia, como é o caso da mortandade de peixes. O Governo Federal também precisa estar preocupado com isso. A ANA, enquanto reguladora federal, precisa conversar com os agentes da região para compreender e poder fazer um diálogo junto à esfera federal, com o Ministério da Integração, com o Ministério da Cidade, para que a gente possa, de maneira conjunta, como sempre a ANA faz, por meio do diálogo, encontrar alternativas e soluções para a mitigação desses danos. Nossa vinda aqui pôde esclarecer um pouco mais sobre os fatos. Vamos conversar agora no âmbito do Governo Federal, conversar com todos os agentes da bacia para a gente mitigar a situação”, completou o diretor da Agência Nacional.

No início da visita, o presidente dos Comitês PCJ e prefeito de Piracicaba, Luciano Almeida, fez considerações sobre a situação atual do Rio Piracicaba no município de Piracicaba e falou sobre a mortandade de peixes. Na avaliação dele, a reunião representou um avanço para que os problemas possam ser resolvidos.

“Nós saímos com uma lição de casa a todos, principalmente a ANA, de como é que ela pode formalmente entrar nessa discussão e cobrar que esses municípios e que as entidades fiscalizadoras e agências reguladoras tomem uma providência de fato contra os municípios que são poluidores. Não se trata mais só das indústrias, mas principalmente dos municípios, que continuam não tratando esgoto, jogando in natura nos nossos rios, e aí gerando nessas épocas de estiagem esse limite muito tênue de ficar com oxigenação zero no nosso rio Piracicaba. Ele (Araújo) saiu daqui com o compromisso de buscar alternativas para que a gente consiga ter um compromisso assumido por esses municípios, de fazerem os investimentos para que não haja essa poluição, que gera essa situação que estamos vivenciando. O sentimento é que essa estiagem vai acontecer repetitivamente nos próximos anos. Então, precisa começar agora uma ação mais contundente”, defendeu Luciano.

Na opinião do diretor-presidente da Agência PCJ, Sergio Razera, a atividade foi muito importante para mostrar à Agência Nacional os avanços e as dificuldades das Bacias PCJ. “A visita da diretoria da ANA aqui hoje foi importante, primeiro para a gente colocar alguns avanços que nós tivemos nas Bacias PCJ, mas também algumas dificuldades que nós estamos tendo, seja por conta da grave estiagem, seja por conta da situação peculiar das Bacias PCJ, com seus desafios, mas também para que a ANA possa nos ajudar a melhorar os instrumentos, a outorga, a fiscalização, para evitar mortandades como a que houve. Para ajudar a fazer com que os municípios coletem e tratem mais o esgoto, para a gente minimizar a situação, especialmente nessa época de estiagem que sabemos que é sempre muito grave e muito trabalhosa, aumentando os riscos, seja para o abastecimento público, seja para o abastecimento das indústrias, seja para a vida dos peixes e da população”, declarou Razera.

RESULTADOS

Durante o encontro, o secretário-executivo dos Comitês PCJ, Denis Herisson Silva, explicou como funciona a gestão integrada dos Comitês PCJ, que reúne três colegiados: o paulista, o federal e o mineiro. Em seguida, o coordenador da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico, Alexandre Vilella, explanou sobre a estiagem de 2024 e perspectivas para 2024 e 2025, além de explanar sobre a gestão do Sistema Cantareira, que é realizada pelos Comitês PCJ durante o período seco, entre junho e novembro.

Razera apresentou aos participantes a aplicação dos recursos das cobranças pelo uso da água paulista e federal que, entre 1994 e 2022, somaram R$ 855 milhões de investimentos em 891 projetos, considerando também a CFURH (Compensação Financeira pela utilização dos Recursos Hídricos para Fins de Geração de Energia Elétrica). O presidente da Agência PCJ destacou os resultados desse trabalho como, por exemplo, o tratamento de esgoto que saltou de 6%, em 1993, para 82%, em 2023, nas Bacias PCJ.

O diretor da ANA enalteceu o trabalho da Agência PCJ que, em novembro, completará 15 anos de atuação. “É importante o trabalho da Agência PCJ porque é um braço executivo, onde a gente consegue, por meio da agência, modificar e melhorar a qualidade de vida das pessoas. Então, ter esse modelo consolidado há 15 anos já é importante porque dá força para o sistema e projeta um futuro ainda melhor, que tenha mais recursos, que tenha maiores possibilidades de resolver problemas concretos no âmbito da bacia”, reforçou.

Araújo foi acompanhado pelo superintendente Humberto Gonçalves e a chefe de gabinete da Presidência da ANA, Cláudia Kattar. Também participaram da reunião o coordenador de recursos hídricos do Estado de São Paulo, César Louvison; os diretores da Agência PCJ, Ivens de Oliveira (administrativo e financeiro) e Patrícia Barufaldi (técnica); a presidente do Comitê Mineiro e 1ª Vice-presidente do PCJ Federal, Mylena Nascimento, e o presidente do Semae Piracicaba, Raul de Morais.

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