| Mês: novembro de 2025

Evento híbrido discutiu sustentabilidade, indicadores e gestão de recursos hídricos

26 de novembro de 2025

A 118ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Integração e Difusão de Pesquisas e Tecnologias (CT-ID), realizada em 26 de novembro de 2025, consistiu no acompanhamento do seminário “UrbanSus – Avanços e Desafios na Transição para a Sustentabilidade em Universidades Iberoamericanas”, uma das atividades do terceiro dia do evento Sustentare e WIPIS 2025: Workshop Internacional de Sustentabilidade, Indicadores e Gestão de Recursos Hídricos. 

Realizado de modo híbrido e gratuito, o seminário abordou a importância do engajamento das universidades nas discussões sobre a sustentabilidade e as experiências de universidades brasileiras (UNICAMP, UNESP, Universidade Federal de Lavras, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Universidade Federal de Pernambuco). 

O coordenador da CT-ID, Tadeu Fabrício Malheiros, fez a abertura do evento destacando a importância do modelo híbrido e online para ampliação da participação. “As atividades presenciais são poucas, mas importantes para o diálogo e construção de projetos e de ações na área de ensino e extensão nesse ambiente voltado para a sustentabilidade, onde as universidades têm um papel chave. Com o formato híbrido, alcançamos mais de 4500 inscrições e mais de 700 trabalhos e estamos muito satisfeitos com esse resultado.”

O Sustentare & WIPIS 2025 é um evento científico que tem como objetivo reunir pesquisadores, professores, estudantes, profissionais e entusiastas para debater temas relevantes para a compreensão da realidade atual, como a sustentabilidade, gestão dos recursos hídricos, cidades inteligentes e o necessário diálogo entre a academia, governo, sociedade, empresas e organizações públicas e privadas. Trata-se de um evento científico idealizado e realizado por integrantes da Universidade de São Paulo (USP), Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) e dos Comitês e da Agência das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Bacias PCJ).

O evento segue até o dia 28 de novembro de 2025. A programação completa e mais informações podem ser consultadas no site https://www.sustentarewipis.com.br/

A próxima reunião da CT-ID será realizada no dia 30 de janeiro de 2026, por videoconferência. 

 

Encontro contou com apresentação do Prof. Dr. Joaquin Ignacio Bonnecarrere Garcia, da USP

25 de novembro de 2025

Uma apresentação sobre o SSD PCJ (Sistema de Suporte a Decisões das Bacias PCJ) foi o principal item da pauta da 113ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica do Plano de Bacias (CT-PB), realizada nesta terça-feira, 25 de novembro, por videoconferência. A coordenadora da CT-PB, Raquel Metzner, conduziu as atividades do encontro.

O tema foi apresentado pelo Prof. Dr. Joaquin Ignacio Bonnecarrere Garcia, responsável pela equipe do LabSid (Laboratório de Sistemas de Suporte a Decisões em Engenharia Ambiental e de Recursos Hídricos), unidade vinculada ao Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo). O LabSid é a instituição contratada pela Agência das Bacias PCJ para desenvolver e gerenciar o SSD utilizado pelos Comitês PCJ.

A solicitação da palestra surgiu durante a elaboração do Termo de Referência para a contratação da revisão do Plano das Bacias PCJ 2020-2035, prevista para ter início em 2026. Membros do GT-Acompanhamento do Plano de Bacias pediram para conhecer melhor a ferramenta, tradicionalmente utilizada durante as revisões do Plano. O coordenador de Sistema de Informações da Agência PCJ, Eduardo Léo, explicou que, em vez de manter a discussão restrita ao grupo, optou-se por trazê-la para uma reunião da CT-PB, ambiente mais adequado para esclarecimentos e debates.

O SSD PCJ é resultado de uma parceria entre a Agência PCJ e o LabSid, para apoiar a Agência, os Comitês PCJ e os órgãos gestores no planejamento e na gestão dos recursos hídricos da região. O sistema integra dados atuais e históricos em gráficos e tabelas, com análises personalizadas ao longo do tempo. Também disponibiliza um mapa interativo com funcionalidades de SIG (Sistema de Informação Geográfica), diversas camadas e mapas de fundo, incluindo o Radar Agência SP Águas/SAISP e o monitoramento em tempo real, permitindo consultas e a visualização rápida da situação dos recursos hídricos — ampliando a democratização das informações.

“Esse sistema é extremamente importante para uma bacia hidrográfica. Quando olhamos para as Bacias PCJ, independentemente das dificuldades de planejamento e desenvolvimento das atividades, temos essa bacia como referência nacional em gestão de recursos hídricos. É com muita satisfação que o LabSid, da Escola Politécnica da USP, mantém essa parceria com vocês”, destacou Garcia. Ele reforçou ainda que, quando se trata de sistematização e suporte à decisão, o SSD PCJ é único no país — fruto de um trabalho iniciado há mais de 20 anos. Segundo o professor, o objetivo central da apresentação foi demonstrar as funcionalidades do sistema.

Garcia explicou que o SSD PCJ está passando por um processo de atualização, com uma “vantagem muito grande” em comparação ao modelo anterior. Segundo ele, o sistema deixou de ter uma visão puramente acadêmica e agora conta com maior flexibilidade, incorporando avanços tecnológicos e melhorias de precisão numérica, que podem fazer diferença em processos de tomada de decisão.

A próxima reunião da CT-PB (114ª) será presencial, no dia 10 de fevereiro de 2026, às 9h30, em Jaguariúna, em local ainda a ser definido. “Agradeço a todos por mais este ano de trabalho da CT-PB, em especial à equipe do Eduardo Léo, que sempre nos apoia muito. Agradeço também ao Diogo Pedrozo (coordenador de Projetos da Agência PCJ), à equipe da Secretaria Executiva e a todos os membros da CT-PB, sempre muito atuantes e participativos. Que no próximo ano tenhamos muitos avanços com a revisão do Plano”, finalizou Raquel.

Em parceria com a Oji Papeis, CATI e Prefeitura de Rio Claro, plantio celebrativo será realizado neste sábado, 29 de novembro, em área de nascentes do Ribeirão Claro

A proteção dos biomas e das nascentes tem sido pauta fundamental da COP30 para a sustentabilidade hídrica no Brasil e no mundo. Neste cenário, a restauração da vegetação nativa são ações fundamentais para garantir água em quantidade e qualidade para as próximas gerações. Com esse propósito, será realizado no dia 29 de novembro, às 9h, na Fazenda Água Branca, um plantio celebrativo de início do Projeto Nascentes Rio Claro, no município de Rio Claro (SP).

A iniciativa da Agência das Bacias PCJ reúne produtores rurais, poder público, iniciativa privada sob planejamento dos Comitês PCJ, para fortalecer práticas sustentáveis de uso do solo e promover a recuperação de áreas estratégicas para o abastecimento público. “A restauração florestal é uma das ações mais efetivas para garantir água no futuro. Ao apoiar projetos como o Nascentes Rio Claro, a Agência das Bacias PCJ reafirma seu compromisso com a sustentabilidade e com a proteção dos mananciais que abastecem milhões de pessoas na região”, destacou Sergio Razera, diretor-presidente da Agência das Bacias PCJ.

Ao todo, o Projeto Nascentes Rio Claro contempla 129 propriedades em três microbacias, com investimento superior a R$ 1,1 milhão e abrangência de mais de 3,1 mil hectares. Nesta primeira etapa, as ações se concentram na microbacia do Ribeirão Claro, que inclui 36 propriedades rurais, totalizando 1.383,26 hectares.

O início das atividades de plantio de mudas nativas nesta etapa conta com o apoio da empresa Oji Papéis e prevê o plantio de seis mil mudas, de um total de 140 mil previstas para a microbacia do Ribeirão Claro — o equivalente a cerca de 67 campos de futebol. Para a Oji Papéis, apoiar a restauração ecológica na Microbacia do Ribeirão Claro é mais do que uma iniciativa ambiental, é a continuidade de um compromisso que assumimos com Piracicaba e com as futuras gerações. Somos uma indústria instalada às margens do Rio Piracicaba e conhecemos profundamente a responsabilidade que isso nos traz. Por isso, projetos como este têm tanto significado para nós: eles reforçam nossos valores, nossa dedicação à sustentabilidade e o respeito às comunidades onde atuamos. Acreditamos que somente a união entre empresas, instituições públicas, organizações da sociedade e produtores rurais pode gerar impacto real e duradouro. Estamos aqui para somar, preservar e construir um futuro mais seguro, equilibrado e sustentável para toda a região”, ressaltou Agostinho Monsserroco, Presidente da Oji Papéis.

Também com apoio da Prefeitura de Rio Claro e da Diretoria de Assistência Técnica Integral – CATI, do governo do Estado de São Paulo, o projeto integra um conjunto de ações voltadas à preservação e conservação dos mananciais do Ribeirão Claro — responsável por cerca de 40% do abastecimento público de Rio Claro e principal afluente do Rio Corumbataí. Este, por sua vez, é essencial para o sistema hídrico regional, garantindo aproximadamente 80% da água consumida em Piracicaba. A sub-bacia do Corumbataí, com 1.710 km², desempenha papel estratégico dentro da Bacia do Rio Piracicaba, área de grande relevância socioeconômica e ambiental.

O prefeito de Rio Claro, Gustavo Ramos Perissinotto, agradeceu o investimento. “Este é um passo fundamental para assegurar a sustentabilidade dos recursos hídricos em Rio Claro e região, especialmente por conta do momento em que vivemos, momento de reflexão, em que a gente passou por uma estiagem muito grande. Então este programa veio em boa hora para a gente avançar na proteção e na manutenção dos recursos hídricos em Rio Claro”, declarou.

A iniciativa tem papel fundamental na proteção dos recursos hídricos, uma vez que a restauração da vegetação nativa protege as nascentes e cursos d’água, reduz o assoreamento e a contaminação, além de promover a biodiversidade, a estabilidade climática e o equilíbrio hidrológico da região. A Fazenda Água Branca fica no município de Rio Claro(SP), no bairro rural Ajapi, com acesso pela Estrada da Mata Negra, Km 2,5.

Sobre os PIPs
Os Projetos Integrais de Propriedades (PIPs) são estudos detalhados e projetos executivos que orientam intervenções para preservar as nascentes e mananciais que abastecem os municípios das bacias. Cada PIP identifica as necessidades de restauração, conservação de solo, saneamento rural e outras ações prioritárias para proteção hídrica.

Ao se inscreverem no edital da Agência PCJ, as prefeituras dos municípios das Bacias PCJ podem indicar suas microbacias de interesse para o abastecimento público para serem submetidas a um diagnóstico
ambiental e planejamento da adequação ambiental de propriedades rurais, em consonância com a Política de Proteção e Conservação dos Mananciais dos Comitês PCJ.

Para mais informações sobre a Política de Mananciais PCJ, acesse:
 https://agencia.baciaspcj.org.br/assessoria-ambiental/

Sobre a Oji Papéis Especiais
A Oji Papéis Especiais é uma das principais fabricantes de papéis térmicos e autocopiativos do Brasil, com uma trajetória marcada pela inovação, sustentabilidade e excelência industrial. Localizada em Piracicaba(SP), integra o grupo japonês Oji Holdings Corporation, que atua globalmente
nos setores de papel, celulose, embalagens e florestal. A empresa combina tecnologia de ponta e compromisso ambiental para oferecer soluções que fazem parte do dia a dia de milhões de pessoas, presentes em operações comerciais, sistemas logísticos, bilhetagem e outros segmentos essenciais.

Evento reuniu especialistas e membros dos colegiados para finalizar contribuições e ajustes que embasam as ações de proteção, conservação e recuperação dos mananciais das Bacias PCJ

18 de novembro de 2025

Os Comitês PCJ realizaram, em 18 de novembro, no Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo (CENA/USP), em Piracicaba, a Oficina de Revisão da Política de Recuperação, Conservação e Proteção dos Mananciais. A atividade marcou uma etapa decisiva do processo que vem sendo construído de forma contínua, participativa e integrada pela Câmara Técnica de Mananciais, instituições parceiras e membros dos colegiados. O encontro ocorreu no mesmo dia em que os Comitês PCJ completaram 32 anos de instalação, reforçando o papel histórico da entidade na ampliação do saneamento, na proteção dos mananciais e na segurança hídrica regional.

A oficina reuniu especialistas, gestores públicos, pesquisadores e organizações da sociedade civil para consolidar propostas que irão embasar a nova deliberação da política, originalmente aprovada em 2015 e revisada pela última vez em 2018. Após anos de implementação, os debates da CT-Mananciais apontaram avanços importantes — especialmente na integração entre manejo conservacionista do solo, conservação florestal, infiltração de água e recarga de aquíferos — ao mesmo tempo, em que identificaram pontos que precisam ser simplificados, aprimorados ou redirecionados para ampliar a efetividade das ações no território.

Segundo o secretário executivo dos Comitês PCJ, Denis Herisson da Silva, a data simbólica reforça a relevância da revisão. “A história dos Comitês é marcada por avanços no tratamento e abastecimento, e hoje ampliamos esse olhar para a preservação dos mananciais. A revisão da política busca facilitar o acesso dos municípios aos recursos e fortalecer ações de conservação da água e do solo, garantindo infiltração, recarga dos aquíferos e manutenção das vazões na bacia”, afirmou. Ele destacou ainda que a oficina fortalece a governança da política ao integrar diversas câmaras técnicas na construção de diretrizes mais eficientes para a sustentabilidade hídrica regional.

Para o coordenador da CT-Mananciais, João Demarchi, o processo de atualização é essencial diante da complexidade crescente dos desafios ambientais. “Avançamos muito nos últimos anos ao ampliar a visão de território, incorporando o manejo conservacionista de solos e florestas e reforçando a importância de reter água para garantir suprimento com qualidade e quantidade. Mas ainda há ajustes necessários — simplificar etapas, identificar o que não está funcionando e envolver diferentes atores é fundamental para ganhar escala e velocidade”, destacou. Demarchi também reforçou que áreas de contribuição de grandes reservatórios, incluindo o Sistema Cantareira, são estratégicas e exigem ações que vão além da infraestrutura cinza: “É preciso fazer a água chegar aos reservatórios em quantidade e qualidade.”

O coordenador-adjunto da CT-Mananciais, Miguel Milinski, ressaltou o caráter colaborativo da oficina e os próximos passos. “A importância da oficina está na participação ativa dos membros, pesquisadores e organizações presentes. A partir dessas contribuições, vamos finalizar a minuta da Política revisada junto à Secretaria Executiva e à Assessoria Ambiental, para encaminhá-la à CT-PL e, depois, aos plenários. Nossa expectativa é concluir essa etapa ainda em 2025 e apresentar o documento nas primeiras reuniões de 2026”, afirmou.

Como resultado da oficina, a empresa contratada pela Agência PCJ, G&B Ltda, entregará um relatório dos subsídios colhidos durante o evento. O documento será avaliado pela Secretaria Executiva e depois encaminhado à CT-Mananciais através do seu Grupo de Trabalho-Política, para que essas contribuições possam ser analisadas e inseridas na nova minuta da Política de Mananciais.

ATIVIDADES DA OFICINA

A programação da oficina foi estruturada para aprofundar a revisão da Política de Mananciais a partir de múltiplas perspectivas técnicas e institucionais. A abertura reuniu representantes dos Comitês PCJ, da Agência das Bacias PCJ e do CENA/USP. Na sequência, o secretário-executivo dos Comitês PCJ, Denis Herisson, apresentou um panorama da Política vigente e contextualizou sua trajetória desde 2015, preparando o grupo para os debates estratégicos do dia. A programação também incluiu uma análise histórica das ações, desafios e oportunidades conduzida por Felipe Requena, assessor ambiental da Agência PCJ, seguida por uma exposição do coordenador da CT-Mananciais, João Demarchi sobre os caminhos necessários para modernizar a estrutura da política diante das complexidades atuais da gestão hídrica.

No período da tarde, os participantes foram divididos em grupos de trabalho durante as Oficinas Temáticas conduzidas por Rafael Jó Girão, que orientou discussões voltadas aos quatro programas da política, que tratam da recuperação ambiental de áreas prioritárias, apoio a áreas com restrição de uso, proteção dos biomas Mata Atlântica e Cerrado e implementação de Projetos Integrados de Propriedade (PIPs). Nesta revisão, um quinto programa deverá ser criado, voltado ao monitoramento da Política, com indicadores e metas, tanto de processos quanto de resultados.

As equipes analisaram propostas, identificaram melhorias e elaboraram recomendações para simplificar processos, fortalecer ações no território e ampliar a integração entre diferentes setores. Os resultados foram consolidados em plenária, onde foram priorizadas ações e alinhados os encaminhamentos que irão compor a minuta da nova deliberação. O encontro foi encerrado com a definição dos próximos passos e o compromisso de apresentar a minuta de deliberação em 2026.

Evento na CATI Campinas vai apresentar nova ferramenta interativa no dia 28/11

A Câmara Técnica de Uso e Conservação de Água no Meio Rural (CT-Rural) dos Comitês PCJ, em conjunto com o Grupo de Trabalho Cartilha Rural (GT-Cartilha), realizará no dia 28 de novembro de 2025 (terça-feira), às 9h30, na sede da CATI/SAA (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, em Campinas (SP), o evento “Apresentação do Mapa Propriedade Rural Amiga da Água”.

A atividade acontecerá durante a 168ª Reunião Ordinária da CT-Rural e conta com a parceria da Câmara Técnica de Educação Ambiental (CT-EA) dos Comitês PCJ e da CATI/SAA. O Mapa “Propriedade Rural Amiga da Água” será utilizado como instrumento de acesso às informações sobre normativas e recomendações técnicas relacionadas às Boas Práticas Agropecuárias (BPA). A ferramenta visa facilitar a adequação ambiental das propriedades rurais e promover a conservação dos recursos hídricos e a sustentabilidade hídrica nos 76 municípios que compõem as Bacias PCJ.

A programação contará com duas apresentações técnicas, de 30 minutos cada, seguidas de espaço para debate e esclarecimento de dúvidas entre os participantes. O coordenador da CT-Rural, João Baraldi, reforçou a importância da iniciativa. “A cartilha vai ajudar o produtor a tornar sua propriedade ambientalmente legal. Ela tem uma função essencial, e precisamos garantir que chegue até o produtor rural”, afirmou.

Segundo Miguel Milinski, coordenador do GT-Cartilha, o material foi pensado para comunicar de forma simples e direta. “O trabalho é inovador, pois utiliza uma linguagem acessível e comunicação por imagem, o que facilita o entendimento do produtor. Nossa demanda é pela segurança da água na propriedade rural, e acreditamos que a cartilha ajudará também na adequação ambiental das propriedades”, destacou.

A coordenadora-adjunta da CT-Rural, Melissa Pin Luchetti, destaca que o novo material é resultado de um trabalho conjunto entre diversas entidades que integram os Comitês PCJ e que têm papel essencial no uso, na proteção e na conservação dos mananciais. Segundo ela, é fundamental fomentar e incentivar ações que cheguem até os produtores rurais — ou que sejam realizadas em parceria com eles — para colocar em prática medidas que assegurem a qualidade e a disponibilidade da água nas áreas rurais.

“Esse material vai trazer de forma muito prática informações importantes para que, no campo, através das ações dos produtores, a gente consiga ter uma água de qualidade e em quantidade acessível para todos”, afirma Melissa.

Ela acrescenta que o Mapa “Propriedade Rural Amiga da Água” foi desenvolvido para reunir, de maneira simples e acessível, as principais informações sobre boas práticas e exigências legais. “Muitos produtores se preocupam tanto com a produção e a comercialização que acabam não tendo tempo ou acesso a informações ambientais. O mapa traz tudo o que deve ser feito de acordo com as legislações vigentes, ajudando-os a tornar suas propriedades ambientalmente corretas, mais sustentáveis e produtivas”, complementa.

O evento também marca uma nova etapa do trabalho desenvolvido pelo GT-Cartilha, responsável pela criação da Cartilha “Propriedade Rural Amiga da Água”, aprovada por unanimidade em reunião da CT-Rural realizada em março deste ano. O material, elaborado com o apoio da Assessoria de Comunicação da Agência das Bacias PCJ, será distribuído aos produtores rurais com o apoio da CATI/SAA, sindicatos rurais e demais instituições parceiras.

As inscrições para o evento são gratuitas e podem ser realizadas pelo link https://bit.ly/inscricao_CT-RURAL_25.

Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail ctrural@comites.baciaspcj.org.br  

PROGRAMAÇÃO

09h30 – Apresentação e abertura

10h00 – Palestra sobre a elaboração da Cartilha pelo GT-Cartilha (CT-Rural)

10h30 – Palestra sobre o uso e divulgação da Cartilha “Propriedade Rural Amiga da Água”

11h00 – Apresentação dos próximos passos pela Fundação Agência das Bacias PCJ

11h30 – Perguntas, debate e considerações finais

12h00 – Encerramento

Encontro reunirá membros dos colegiados para atualização participativa de instrumento essencial à conservação das águas e à segurança hídrica da região

A Oficina para Revisão da Política de Recuperação, Conservação e Proteção de Mananciais dos Comitês PCJ será realizada no dia 18 de novembro, das 8h às 17h30, no Anfiteatro do CENA/USP (Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo), em Piracicaba (SP). O evento é promovido pela Câmara Técnica de Conservação e Proteção dos Mananciais (CT-Mananciais) e tem como objetivo atualizar de forma participativa e estratégica a Política de Mananciais PCJ — instrumento fundamental para a gestão integrada dos recursos hídricos nas Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí.

Durante o encontro, os participantes poderão contribuir com análises críticas e propostas de aprimoramento das ações voltadas à preservação e recuperação dos mananciais, em consonância com os objetivos do Plano de Bacias 2020-2035. A iniciativa busca incorporar novas demandas, metodologias e tecnologias que fortaleçam o planejamento e efetividade da Política, para que ela continue sendo um instrumento eficaz de gestão e proteção dos mananciais nas Bacias PCJ.

De acordo com o coordenador da CT-Mananciais, João Demarchi, a revisão da Política reflete o caráter colaborativo que marca a atuação dos Comitês PCJ. “A atualização da Política de Mananciais é um processo contínuo e participativo, que reflete os princípios democráticos dos comitês de bacias. A oficina representa um momento muito importante desse trabalho, reunindo contribuições já consolidadas para validarmos e aperfeiçoarmos a minuta da nova deliberação”, destaca.

A Política de Mananciais PCJ foi instituída em 2015, em um contexto marcado pela grave crise hídrica de 2014-2015, que afetou de forma significativa a disponibilidade de água e o desenvolvimento econômico da região. Aprovada pela Deliberação dos Comitês PCJ nº 238/2015 e revisada em 2018, pela Deliberação nº 307/2018, a política surgiu como resposta à necessidade de integrar as dimensões ambiental, econômica e social no enfrentamento dos desafios relacionados à escassez de água.

Ao longo dos anos, a Política consolidou-se como uma ferramenta de apoio à conservação das águas, do solo e da vegetação nativa, orientando iniciativas de restauração ecológica, proteção de nascentes e incentivo econômico por meio de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA). Sua estrutura está organizada em quatro programas temáticos que tratam da recuperação ambiental de áreas prioritárias, apoio a áreas com restrição de uso, proteção dos biomas Mata Atlântica e Cerrado e implementação de projetos integrados de propriedade (PIPs). Nesta revisão, um quinto programa será criado, voltado ao monitoramento da Política, com indicadores e metas, tanto de processos quanto de resultados.

Para o coordenador-adjunto da CT-Mananciais, Miguel Milinski, a oficina será um espaço estratégico para consolidar avanços e fortalecer a integração entre as ações dos Comitês. “Esperamos que a oficina traga contribuições estratégicas e participativas para atualizar e fortalecer a Política de Mananciais PCJ, alinhando-a aos desafios atuais da gestão hídrica e ao Plano de Bacias 2020–2035. Após uma década de implementação, buscamos revisar diretrizes, incorporar novas demandas, como adaptação às mudanças climáticas, e avaliar a efetividade das ações realizadas, consolidando propostas que ampliem a integração e o engajamento dos Comitês PCJ”, ressalta.

Demarchi complementa que o trabalho coletivo tem como meta garantir avanços concretos na gestão dos recursos hídricos. “Nosso objetivo é que a política revisada traga avanços reais na aplicação dos recursos da cobrança e outros que possam ser captados para que a transformação e a proteção dos nossos mananciais se efetivem, de forma a garantir o suprimento de água em qualidade e quantidade”, afirma. Após a oficina, o novo documento deverá ser apreciado e votado na Câmara Técnica de Planejamento e, em última instância, na Plenária dos Comitês PCJ.

A participação é gratuita, com inscrições limitadas, disponíveis pelo link: bit.ly/Inscrição_PolíticaMan

Dúvidas podem ser encaminhadas à coordenação da CT-Mananciais pelo e-mail ctmananciais@comites.baciaspcj.org.br

SERVIÇO

Oficina para Revisão da Política de Recuperação, Conservação e Proteção de Mananciais dos Comitês PCJ

Data: 18/11/2025 (Terça-feira)

Horário: das 8h30 às 17h30

Local: Anfiteatro “Prof. Admar Cervellini”, do CENA/USP (Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo), em Piracicaba (SP)

Endereço: Av. Centenário, 303 – São Dimas, Piracicaba – SP

Inscrições gratuitas: bit.ly/Inscrição_PolíticaMan

Realização: Câmara Técnica de Conservação e Proteção dos Mananciais (CT-Mananciais) / Comitês PCJ

Apoio: Agência das Bacias PCJ

Informações para a imprensa: comunicapcj@agencia.baciaspcj.org.br

PROGRAMAÇÃO

08h00 – 08h30 | Credenciamento e Café de Boas-Vindas

Recepção dos participantes 

08h30 – 09h00 | Abertura Institucional

Denis Herisson da Silva

Secretário-executivo dos Comitês PCJ

João José Assumpção de Abreu Demarchi

Coordenador da CT-Mananciais dos Comitês PCJ

Miguel Madalena Milinski

Coordenador-adjunto da CT-Mananciais dos Comitês PCJ

Sergio Razera

Diretor-Presidente da Agência das Bacias PCJ

Prof. Dr. Mauricio Cruz Mantoani

Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo (CENA/USP)

09h00 – 09h30 | Contextualização da Política

Tema: Apresentação sobre a Política de Mananciais PCJ

Palestrante: Denis Herisson da Silva (Secretário-executivo dos Comitês PCJ)

09h30 – 10h00 | Palestra Temática

Tema: Histórico de ações, desafios e possibilidades a partir da Política de Mananciais PCJ 

Palestrante: Felipe Requena (Assessoria Ambiental da Agência das Bacias PCJ)

10h10 – 10h30 | Intervalo / Café

10h30 – 12h00 | Palestra Temática

Tema: Desafios e Oportunidades na Atualização da Política de Mananciais. Debate entre representantes de instituições, prefeituras, usuários, ONGs e academia.

Palestrante: João José Assumpção de Abreu Demarchi (Coordenador da CT-Mananciais dos Comitês PCJ)

12h00 – 13h30 | Intervalo para Almoço

13h30 – 15h30 | Oficinas Temáticas (Grupos de Trabalho)

Divisão dos participantes em grupos para discussão e construção de propostas.

15h30 – 15h45 | Coffee Break

15h45 – 17h00 | Plenária de Consolidação das Propostas

Apresentação dos resultados dos grupos de trabalho e debate coletivo para priorização das ações e síntese dos encaminhamentos

17h00 – 17h30 | Encerramento

Próximos passos e agradecimentos finais.

Evento reuniu especialistas, gestores e sociedade civil para debater inovações na gestão hídrica

14 de novembro de 2025

Com o objetivo de discutir inovações e tecnologias voltadas às águas subterrâneas, a Câmara Técnica de Águas Subterrâneas (CT-AS) dos Comitês PCJ realizou, nos dias 13 e 14 de novembro de 2025, o VIII Workshop de Águas Subterrâneas. O evento aconteceu na UNESP Rio Claro e reuniu especialistas, gestores públicos e representantes da sociedade.

A abertura do workshop contou com palestras do engenheiro geólogo Clyvhik Camargo, que abordou a aplicação da inteligência artificial ao estudo e à gestão das águas subterrâneas, e do fundador e CEO da GeoInovações, Marcio Costa Alberto, que apresentou o uso de IA em modelos numéricos para a gestão dos recursos hídricos subterrâneos.

Além desses, o evento contou com as seguintes palestras:

  • “Ferramentas de Gestão e Monitoramento de Recursos Hídricos”, por Rafael Chasles (SP Águas);
  • “Do Sensor ao Resultado: Como o Monitoramento Hidrogeológico Transforma a Gestão da Água e Cria Novas Oportunidades de Negócio nas Bacias PCJ”, por Fernando Mancini Oliveira (Afira Tecnologia);
  • “Monitoramento do Aquífero Cristalino em Campinas com a Aplicação de Inteligência Artificial”, por Ana Elisa de Abreu (UNICAMP);
  • “Evoluções Recentes em Estudos Hidrogeológicos com Traçadores Naturais”, por Edson Wendland (USP);
  • “Uma Visão Holística do Ciclo Hidrológico para Apoiar a Gestão Integrada dos Recursos Hídricos”, por Carolina Quaggio (UNESP);
  • “Sistema de Suporte à Decisão como Solução Integrada para Crises Hídricas em Cidades Resilientes”, por Carlos Tadeu Gamba (IPT).

Julia Noale, coordenadora do Grupo de Trabalho de Comunicação da CT-AS e responsável pela organização do evento, destacou que a programação foi elaborada considerando a relevância e atualidade dos temas. “A gente está trazendo um tema que é destaque mundial, que é a inteligência artificial, mas voltada às águas subterrâneas. E o formato, com palestras e debates, permite momentos de troca e interação, sempre muito enriquecedores.”, afirmou.    

Deborah do Valle Nuvens Lunardi, coordenadora da CT-AS, ressaltou que a inteligência artificial contribui com o alcance de melhores resultados: “A IA nos ajuda a agilizar as análises e a sistematizar as informações, e isso consequentemente melhora os nossos resultados”.

Marcela Aragão de Carvalho Ramos, coordenadora-adjunta da CT-AS, enfatizou a importância da integração entre diferentes atores: “A escolha do local do evento já reflete essa busca pela integração entre os diferentes atores como instituições de pesquisa, setores produtivos e sociedade civil, para que possamos construir uma gestão de recursos hídricos cientificamente fundamentada e sustentável no curto e no longo prazo, pensando sempre na melhoria da governança dos recursos hídricos”, destacou. 

Por fim, Denis Herisson da Silva, secretário-executivo dos Comitês PCJ, parabenizou a CT-AS pela escolha do tema. “Quero parabenizar toda a Câmara Técnica de Água Subterrâneas por trazer um tema tão importante, que é a inovação. Com o advento da inteligência artificial, torna-se cada vez mais necessário tratarmos da questão do monitoramento, porque somente com monitoramento e dados confiáveis conseguimos subsidiar o sistema e obter resultados aplicáveis à gestão de recursos hídricos da nossa bacia.” completou.

Durante reunião conjunta e on-line, foram apreciados também os instrumentos Plano de Aplicação Plurianual, Planejamento Anual de Atividades, Plano de Integridade, Plano de Comunicação entre outros

7 de novembro de 2025

Sob a condução do secretário executivo dos Comitês PCJ, Denis Herrisson da Silva, foi realizada, em 7 de novembro de 2025, por videoconferência, a 15ª Reunião Extraordinária Conjunta da Câmara Técnica de Planejamento (CT-PL) e Câmara Técnica Plano de Bacias e (CT-PB) e a 98ª Reunião Ordinária da CT-PL, que resultaram em diversas aprovações e deliberações importantes.

Na 15ª Reunião Extraordinária Conjunta, a analista da Coordenação de Sistemas de Informações, Juliana Gonçalves, apresentou a síntese do Relatório de Situação 2025 (ano-base 2024). Ela destacou dados sobre a demanda de vazões outorgadas por tipo e finalidade, além do balanço de vazões e do esgotamento sanitário entre 2020 e 2024. Juliana informou que o sistema SP Águas passou por uma modernização na geração e armazenamento dos dados de outorga, o que corrigiu inconsistências e resultou em uma “queda bastante sensível”, de aproximadamente 25% nas vazões outorgadas em comparação com anos anteriores. Segundo ela, o ajuste sugere o início de uma nova série histórica a partir de 2023.

Em seguida, a analista Laice Correia, também da Coordenação de Sistemas de Informações, apresentou a proposta de atualização do Plano de Ação e Programa de Investimentos (PA/PI), com mudanças como o estabelecimento de metas de execução para o quadriênio, remanejamento de recursos para a CFURH e cobrança paulista, além da minuta do Relatório de Acompanhamento da Implementação do Plano das Bacias PCJ 2020-2035 (ano de análise 2025).

A analista Carolina Silva, da mesma coordenação, apresentou o Relatório de Acompanhamento da Implementação do Plano das Bacias PCJ 2020-2035, cujo objetivo é avaliar a evolução da implementação das ações previstas no PRH-PCJ 2020-2035. O relatório segue os critérios do Manual para Avaliação da Implementação de Planos de Recursos Hídricos, publicado pela ANA, e analisa o progresso alcançado em São Paulo e Minas Gerais em relação às metas do setor de saneamento previstas para 2025, consolidando o instrumento de gestão do Plano das Bacias PCJ.

Laice Correia também apresentou as etapas de atualização do Plano de Aplicação Plurianual (PAP-PCJ) 2026-2030 e a previsão de recursos financeiros. Ela destacou a nova lógica de planejamento do PAP, que traz inovações como a padronização e o acompanhamento baseado em desembolsos realizados, a unificação da base de ações e a transformação do POA em uma ferramenta gerencial dinâmica, que pode ser revisada sem necessidade de deliberação. A nova metodologia prevê ainda segurança administrativa e financeira, com reservas e provisões em caixa, além do estabelecimento de metas com marcos de medição, transparência por meio de painel gerencial e avaliações trimestrais.

Outro ponto debatido foi a adesão dos Comitês PCJ ao Programa IntegraBacias, promovido pela Diretoria de Recursos Hídricos (DRHI) em parceria com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), cujo objetivo é integrar o Plano de Bacias PCJ às diretrizes do programa e fortalecer ações conjuntas de gestão.

Em continuação da agenda, iniciando a 98ª Reunião Ordinária da CT-PL, foram debatidos diversos outros temas. O primeiro foi o Orçamento das Câmaras Técnicas dos Comitês PCJ para 2026, apresentado pela coordenadora da Secretaria Executiva, Vanessa Longato, que destacou a inclusão do Programa Jovem Vem para o PCJ, com aumento nas diárias destinadas ao custeio de viagens e à execução das atividades do programa.

Na sequência, Denis Herrisson da Silva apresentou o Planejamento Anual de Atividades (PA) dos Comitês PCJ para 2026 — indicador exigido pela ANA —, que prevê 77 reuniões ao longo do ano.

A coordenadora de Gestão, Katia Gotardi, expôs o Plano de Capacitação dos Comitês PCJ, que inclui atividades voltadas a sistemas de tratamento de água e esgoto, ao Programa Jovem Vem para o PCJ e ao Programa Propriedade Amiga da Água. Katia também apresentou o Plano de Integridade dos Comitês PCJ e da Agência das Bacias PCJ (2025-2027), voltado ao fortalecimento da governança institucional, ampliação da transparência, redução de riscos de corrupção e irregularidades e melhoria da eficiência na gestão dos recursos hídricos.

O assessor de comunicação, Everton Quiararia, apresentou o Plano de Comunicação dos Comitês PCJ (2026-2030), que estabelece diretrizes, definição de públicos (sociedade, usuários, setor hídrico e governos) e temas prioritários, inventário de ferramentas, previsão de campanhas e cronograma de revisões. Entre os temas estratégicos estão o Dia Mundial da Água, o Dia do Meio Ambiente, campanhas institucionais, eventos das Câmaras Técnicas, aniversário dos Comitês PCJ (múltiplos de cinco anos), períodos de estiagem, eleições e renovações das câmaras técnicas. O plano também prevê pesquisas de opinião em 2026, 2028 e 2030, monitoramento on-line e revisões periódicas do Plano 2028 e 2030.

O presidente da Agência das Bacias PCJ, Sergio Razera, e o diretor administrativo e financeiro, Ivens de Oliveira, apresentaram o Plano de Trabalho e a Proposta Orçamentária Anual da Fundação Agência das Bacias PCJ para 2026.

O coordenador de Projetos, Diogo Pedrozo, apresentou o cancelamento de indicações de empreendimentos com recursos da Cobrança PCJ Federal, destacando dois casos: o projeto básico do barramento VI no Córrego Bom Jardim, em Vinhedo, e a obra da estação elevatória de lodo da ETE Camanducaia, em Jaguariúna. Diogo também apresentou indicadores e instrumentos de avaliação da aplicação dos recursos da cobrança (atendendo ao Art. 13 da Deliberação 498/25) e o Painel de Investimentos PCJ, que permite navegação interativa por ano, município, fonte de recursos, entre outros.

Ainda na reunião, Diogo Pedrozo apresentou as novas regras para captação de recursos da Cobrança PCJ Paulista e CFURH, com base nas diretrizes da Deliberação PCJ nº 448/23 e nas Diretrizes Gerais para Gestão de Perdas. Entre as principais mudanças estão:

  • maior rigor quanto à situação dos tomadores;
  • regras mais restritivas sobre apresentação de licenças, outorgas e autorizações;
  • alteração dos valores máximos permitidos;
  • inclusão das diretrizes de controle de perdas;
  • limitação de uma proposta por tomador a cada período orçamentário;

Por fim, Sergio Razera apresentou o Contrato de Gestão e seus anexos — Termo de Referência (Anexo I) e Programa de Trabalho (Anexo II) —, a ser celebrado entre a ANA e a Fundação Agência das Bacias PCJ, com anuência dos Comitês PCJ, para o período 2026-2030. Ele destacou os indicadores de desempenho previstos no contrato, que abrangem aspectos como planejamento, atendimento aos encaminhamentos do CBH, implementação de instrumentos de gestão, execução financeira e transparência ativa.

Evento na CATI Campinas vai apresentar nova ferramenta interativa no dia 28/11

A Câmara Técnica de Uso e Conservação de Água no Meio Rural (CT-Rural) dos Comitês PCJ, em conjunto com o Grupo de Trabalho Cartilha Rural (GT-Cartilha), realizará no dia 28 de novembro de 2025 (terça-feira), às 9h30, na sede da CATI/SAA (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, em Campinas (SP), o evento “Apresentação do Mapa Propriedade Rural Amiga da Água”.

A atividade acontecerá durante a 168ª Reunião Ordinária da CT-Rural e conta com a parceria da Câmara Técnica de Educação Ambiental (CT-EA) dos Comitês PCJ e da CATI/SAA. O Mapa “Propriedade Rural Amiga da Água” será utilizado como instrumento de acesso às informações sobre normativas e recomendações técnicas relacionadas às Boas Práticas Agropecuárias (BPA). A ferramenta visa facilitar a adequação ambiental das propriedades rurais e promover a conservação dos recursos hídricos e a sustentabilidade hídrica nos 76 municípios que compõem as Bacias PCJ.

A programação contará com duas apresentações técnicas, de 30 minutos cada, seguidas de espaço para debate e esclarecimento de dúvidas entre os participantes. O coordenador da CT-Rural, João Baraldi, reforçou a importância da iniciativa. “A cartilha vai ajudar o produtor a tornar sua propriedade ambientalmente legal. Ela tem uma função essencial, e precisamos garantir que chegue até o produtor rural”, afirmou.

Segundo Miguel Milinski, coordenador do GT-Cartilha, o material foi pensado para comunicar de forma simples e direta. “O trabalho é inovador, pois utiliza uma linguagem acessível e comunicação por imagem, o que facilita o entendimento do produtor. Nossa demanda é pela segurança da água na propriedade rural, e acreditamos que a cartilha ajudará também na adequação ambiental das propriedades”, destacou.

A coordenadora-adjunta da CT-Rural, Melissa Pin Luchetti, destaca que o novo material é resultado de um trabalho conjunto entre diversas entidades que integram os Comitês PCJ e que têm papel essencial no uso, na proteção e na conservação dos mananciais. Segundo ela, é fundamental fomentar e incentivar ações que cheguem até os produtores rurais — ou que sejam realizadas em parceria com eles — para colocar em prática medidas que assegurem a qualidade e a disponibilidade da água nas áreas rurais.

“Esse material vai trazer de forma muito prática informações importantes para que, no campo, através das ações dos produtores, a gente consiga ter uma água de qualidade e em quantidade acessível para todos”, afirma Melissa.

Ela acrescenta que o Mapa “Propriedade Rural Amiga da Água” foi desenvolvido para reunir, de maneira simples e acessível, as principais informações sobre boas práticas e exigências legais. “Muitos produtores se preocupam tanto com a produção e a comercialização que acabam não tendo tempo ou acesso a informações ambientais. O mapa traz tudo o que deve ser feito de acordo com as legislações vigentes, ajudando-os a tornar suas propriedades ambientalmente corretas, mais sustentáveis e produtivas”, complementa.

O evento também marca uma nova etapa do trabalho desenvolvido pelo GT-Cartilha, responsável pela criação da Cartilha “Propriedade Rural Amiga da Água”, aprovada por unanimidade em reunião da CT-Rural realizada em março deste ano. O material, elaborado com o apoio da Assessoria de Comunicação da Agência das Bacias PCJ, será distribuído aos produtores rurais com o apoio da CATI/SAA, sindicatos rurais e demais instituições parceiras.

As inscrições para o evento são gratuitas e podem ser realizadas pelo link https://bit.ly/inscricao_CT-RURAL_25.

Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail ctrural@comites.baciaspcj.org.br  

PROGRAMAÇÃO

09h30 – Apresentação e abertura

10h00 – Palestra sobre a elaboração do Mapa pelo GT-Cartilha (CT-Rural)

10h30 – Palestra sobre o uso e divulgação do Mapa “Propriedade Rural Amiga da

Água”

11h00 – Perguntas, debate, considerações finais e encerramento

Medida foi tomada durante a 273ª Reunião Ordinária, que marcou também a 1ª Reunião do GT-Estiagem 2025

5 de novembro de 2025

Muito próximo do fim do chamado “período seco” de 2025 e já com um olhar atento para a estiagem de 2026, os membros da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico (CT-MH) dos Comitês PCJ se reuniram no dia 5 de novembro, em Campinas, para a realização da 273ª Reunião Ordinária da CT-MH, que também marcou a 1ª Reunião do GT-Estiagem 2025, com o objetivo de discutir medidas futuras de enfrentamento a períodos críticos de estiagem.

Durante o encontro, que contou com a presença da diretoria da Agência SP Águas, os membros deliberaram sobre as vazões a serem descarregadas do Sistema Cantareira para as Bacias PCJ, conforme as Resoluções Conjuntas ANA/DAEE nº 925 e 926/2017, optando pela ampliação dos volumes. As novas definições ficaram assim estabelecidas:

  • Aumento da descarga a jusante do reservatório Atibainha para 2,5 m3/s.
  • Aumento da descarga a jusante do reservatório Cachoeira para 4,5 m3/s.
  • Manutenção da descarga a jusante do reservatório Jaguari/Jacareí em 0,25 m3/s.

“Estamos vivenciando um período de muitas dificuldades, com o Sistema Cantareira operando hoje com 26,5% de sua capacidade. Isso mostra o tamanho do desafio que temos para o próximo ano. Ações que deem previsibilidade e permitam mostrar à sociedade se a situação está melhorando, em virtude das chuvas, ou piorando, são fundamentais. Seguimos com nosso papel de decidir sobre as vazões que saem do Cantareira e abastecem a região, garantindo as condições mínimas de fornecimento até que as chuvas se tornem mais regulares”, afirmou Alexandre Luis Almeida Vilella, coordenador da CT-MH.

Durante a reunião, a engenheira Karoline Dantas, da Sala de Situação PCJ, apresentou dados atualizados sobre as Bacias PCJ, incluindo informações sobre precipitação pluviométrica de outubro, monitor de secas (que classificou a intensidade entre fraca e grave), dados fluviométricos, afluências médias ao Sistema Cantareira por década, volume utilizado e vazões médias nos principais postos de controle — como Rio Atibaia, Rio Atibaia Captação Valinhos e Rio Jaguari em Buenópolis. Jorge Mercanti complementou as informações com previsões meteorológicas, apontando a presença de frentes frias dispersas na região e tendências climáticas para os próximos meses.

O secretário-executivo dos Comitês PCJ, Denis Herisson da Silva, ressaltou o caráter estratégico do encontro: “Com o Sistema Cantareira operando em 23,6% da capacidade, enfrentamos um cenário desafiador para o próximo ano. Caso as chuvas previstas para o verão não se confirmem, poderemos ter escassez hídrica em 2026. Por isso, é fundamental que os Comitês PCJ se antecipem e reúnam o GT-Estiagem, envolvendo gestores, usuários, sociedade civil e órgãos responsáveis pela outorga e fiscalização. A reunião foi bastante produtiva, com muitos esclarecimentos trazidos pela SP Águas. O protocolo será elaborado pelos Comitês e divulgado aos municípios e órgãos gestores, buscando nivelar informações e propor ações conjuntas para enfrentar a possível escassez.”

SP Águas presente

A reunião também marcou a apresentação do Protocolo de Escassez, instrumento de gestão deliberado em 23 de setembro de 2025, desenvolvido pela SP Águas como um experimento regulatório para definir procedimentos a serem adotados em momentos de crise hídrica.

De acordo com Rafael Grinberg Chasles, gerente de Inovação e Sustentabilidade da SP Águas, o protocolo é estruturado em três pilares: monitoramento, avaliação e fundamentação da escassez, e medidas de contingência. Essas medidas envolvem ações relacionadas às outorgas — como adequação, redução ou suspensão — e à fiscalização.

“A importância do protocolo é dar um direcionamento de gestão para que o Estado de São Paulo saiba como agir em situações de crise aguda. Em 2014, não existiam instrumentos desse tipo, e enfrentamos uma crise sem saber quais seriam os próximos passos. Agora, buscamos antecipar as ações e dar previsibilidade ao setor, garantindo os usos múltiplos e o abastecimento humano e animal, que são prioritários por lei”, destacou Chasles.

O diretor de Segurança Hídrica da SP Águas, Anderson Esteves, avaliou o encontro como produtivo: “Começamos hoje um processo de diálogo e escuta ativa para aprimorar a atuação da Agência. O Protocolo de Escassez e as demais ferramentas que estamos desenvolvendo são instrumentos vivos e dinâmicos. Nosso objetivo era comunicar e envolver o Comitê, e isso foi alcançado — mas sempre há espaço para evoluir.”

A próxima reunião da CT-MH será realizada no dia 3 de dezembro, por videoconferência.

Edições anteriores

Page Reader Press Enter to Read Page Content Out Loud Press Enter to Pause or Restart Reading Page Content Out Loud Press Enter to Stop Reading Page Content Out Loud Screen Reader Support