| Mês: abril de 2022

 Falecimento foi na manhã desta quinta-feira(28.04.2022); Mendes Thame foi presidente do CBH-PCJ (Comitê Paulista) nos dois primeiros mandatos, entre 1995 e 1997

Primeiro presidente dos Comitês PCJ,  o ex-deputado federal e ex-prefeito de Piracicaba (1993 e 1996), Antonio Carlos de Mendes Thame, faleceu, aos 75 anos, na manhã desta quinta-feira,  28 de abril. Ele estava internado e sofreu uma parada cardiorrespiratória irreversível.

Mendes Thame foi presidente do CBH-PCJ (Comitê Paulista) nos dois primeiros mandatos da entidade, entre 1993 e 1997. Era engenheiro agrônomo formado pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP) e advogado formado pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas).

Em entrevista ao jornal Tribuna Piracicabana, em dezembro de 2018, Mendes Thame falou sobre a atuação nos Comitês PCJ. “Tive o privilégio de ter sido o primeiro presidente do primeiro Comitê de Bacias formado no Estado de São Paulo, que se tornou uma referência para comitês criados posteriormente por todo o país. Nós tínhamos a visão de que questões ligadas a recursos hídricos deveriam ser tratadas em um projeto coletivo, e não apenas por uma cidade. Os comitês seriam eficientes por permitirem a participação de todos, com envolvimento e corresponsabilidade. Os representantes dos poderes constituídos (federal, estadual e municipal), das empresas e dos usuários dariam sua contribuição. E o tempo provou que estávamos certos”, disse Thame à época.

Com forte atuação em pautas relacionadas a preservação do meio ambiente e sustentabilidade, foi secretário de Recursos Hídricos, Saneamento e Obras do estado de São Paulo durante os governos Mário Covas/Geraldo Alckmin entre 1999 e 2002, além de deputado federal por sete mandatos. No setor hídrico,  também coordenou as obras de aprofundamento da calha do Tietê e a construção de piscinões, para enfrentar as enchentes na capital.

DEPOIMENTOS – Atual presidente dos Comitês PCJ, Luciano Almeida, prefeito de Piracicaba, destacou que uma marca importante da atuação de Mendes Thame foi a preocupação com o meio ambiente. “O ex-prefeito e ex-deputado Thame foi precursor da agenda ambiental. Ter sido o primeiro presidente dos Comitês PCJ mostra esse engajamento. Foi um grande defensor do meio ambiente e um grande prefeito”, disse Luciano Almeida, que decretará luto oficial de três dias no município de Piracicaba.

Sergio Razera, diretor presidente da Agência das Bacias PCJ disse ter recebido com comoção a notícia do falecimento de Mendes Thame. “Ele deixa um grande legado com o amplo de sua atuação em defesa do meio ambiente e uma expressiva contribuição para a gestão de recursos hídricos no Brasil. Pioneiro ao tratar do tema, ainda nos anos 90, organizou o livro ‘A cobrança pelo uso da água’, tratando com olhar maduro da gestão descentralizada e participativa de recursos hídricos como também fruto de uma democracia representativa e eficiente em políticas públicas. Hoje, neste setor, nos sentimos órfãos, pois Mendes Thame estruturou o Sistema de Gestão de Recursos Hídricos no Brasil”, afirmou.

Secretário executivo à época da implantação dos Comitês PCJ, o engenheiro Rui Brasil Assis atuou junto a Mendes Thame na criação do órgão. Ele lamentou o falecimento do ex-parlamentar. “Mendes Thame, com quem tive o privilégio de trabalhar nas duas primeiras gestões do Comitê PCJ e depois na então Secretaria de Recursos Hídricos, foi um grande amigo, professor, político honrado e acima de tudo um líder que se apaixonou pela gestão das águas e pelo sistema de recursos hídricos. Deixa um imenso legado em todas as áreas que atuou e, para mim o ensinamento de fazer das divergências oportunidades de agregação e enriquecimento coletivo”, afirmou.

Mendes Thame deixa a esposa Nancy Thame, ex-vereadora e atual secretária de Agricultura e Abastecimento da Prefeitura de Piracicaba, e a filha Sofia Ferruzzi Thame, de 24 anos. O velório foi realizado na Câmara Municipal de Piracicaba e o sepultamento no Cemitério da Saudade.

Palestra foi com o geólogo Júlio Perroni, da GeoWater

28 de abril de 2022

Um dos principais itens de pauta da 73ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Águas Subterrâneas (CT-AS) foi o “diálogo” “As águas subterrâneas no contexto dos municípios”, com o palestrante Júlio Perroni, geólogo da GeoWater Assessoria, Projetos e Comércio, de Araraquara (SP). O encontro foi realizado na manhã desta quinta-feira, dia 28 de abril, por meio de videoconferência.

“São pouquíssimas as prefeituras no interior de São Paulo que possuem um geólogo em seu corpo técnico e isso dificulta bastante a comunicação com o órgão gestor”, comentou o coordenador da CT-AS, Vinicius Rosa Rodrigues. “Realmente temos uma série de problemas relacionados às águas subterrâneas nos municípios. Esse do corpo técnico é um deles. Um dos mais graves”, observou Perroni.

“As águas subterrâneas no contexto dos municípios” foi um dos assuntos sugeridos por membros da CT por meio de um formulário enviado pela coordenação. Ao longo deste e dos próximos dois anos, outros temas sugeridos pelos membros serão tratados nas reuniões da CT-AS. Entre eles, “Locação/Projetos/Construção de Poços e Manutenção e Reabilitação de Poços”, “Reservas, disponibilidade e potencialidade das águas subterrâneas”, “Recarga Artificial de Aquíferos: Legislação e Experiências no Brasil e no mundo”, entre outros.

Outro assunto debatido na reunião foi a elaboração de Termo de Referência (TR) sobre a “Execução de estudos hidrogeológicos para delimitação de áreas de restrição e controle nas Bacias do PCJ: Americana e Nova Odessa (SP)”. Os estudos serão contratados pela Agência das Bacias PCJ, através de processo licitatório. O assunto já havia sido discutido na 5ª Reunião do Grupo de Trabalho de Controle da CT-AS, na segunda-feira, dia 25 de abril.  O TR está em sua fase final, na qual está sendo definido o perfil da equipe que vai desenvolvê-lo.

No encontro houve também aprovação, por aclamação, da geóloga Sibele Ezaki, que era membro da CT-AS pelo Instituto Geológico e agora passa a integrar a CT como representante do IPA (Instituto de Pesquisas Ambientais). O IPA foi criado em 2021, a partir da junção de três instituições seculares, Institutos de Botânica, Florestal e Geológico, que atuaram fortemente na área ambiental desde a década de 1980. 

Informação foi passada durante a 10ª Reunião do GT-Previsão do Tempo

28 de abril de 2022

As chuvas na região das Bacias PCJ no curto e médio prazos estarão dentro da média prevista para o período. A informação foi transmitida durante a 10ª Reunião do Grupo de Trabalho de Previsão Hidrometeorologica da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico (CT-MH) dos Comitês PCJ. O encontro ocorreu na quinta-feira, 28 de abril de 2022, por meio de videoconferência e envolveu os membros e ouvintes da CT-MH.

De acordo com Jorge Antonio Mercanti (Ciesp/Campinas), há previsão tem chuvisco previsto para o dia 30 de abril, e depois, no dia 4 de maio ocorrerá um pouco mais de chuva. “Mas bem pouco, especialmente no interior do Estado de São Paulo. Quanto ao nível de precipitação, de acordo com o WRF do CPTEC, observa-se que a partir do dia 4 de maio teremos um acumulado de cerca de 10mm. No Simepar indicam os gráficos e mapas a mesma coisa. A chuva de 3 a 4 mm e no máximo 15 mm no posto de Buenópolis a partir do dia 4 de maio, o mesmo para o posto de Atibaia/Captação Valinhos”, disse.

Ainda segundo Mercantim a previsão do posto Replan e SP 332 indica média de chuva de 1377mm, e neste ano já foram registrados 896mm (maio 21 – abril22). A previsão pluviométrica no Sistema Cantareira indica média climatológica anual de 1.543mm, volume superior ao verificado entre maio 2021 e abril 2022 que foi de 1.099mm.

De acordo com Marco Jusevicius do Simepar não é possível afirmar que vai chover acima da média. “Mas podemos afirmar que teremos chuva dentro da média. Não temos muito o que contestar visto que La Niña é uma realidade. Mas ao menos aqui no estado do Paraná tivemos uma mudança no padrão de chuvas. Chuvas fortes e inesperadas estão acontecendo. No caso do PCJ, logico que se chover mais, muito bom, mas não podemos dar um prognóstico. O mais correto é continuar baseados no La Niña, lembrando que estamos entrando na seca”, disse.

Prazo foi informado durante visita de representantes da Agência PCJ, Comitês PCJ, Consórcio PCJ às obras em Amparo, SP

Com o objetivo de verificar o andamento da construção da barragem Duas Pontes, situada no município de Amparo/SP, representantes da Agência das Bacias PCJ, Comitês PCJ, Consórcio PCJ e membros de prefeituras e de órgãos de saneamento da região das Bacias PCJ realizaram uma vistoria técnica no canteiro de obras. A ação, realizada no dia 26 de abril de 2022, foi conduzida pelo Daee (Departamento de Águas e Energia do Estado de São Paulo) que assegurou que o cronograma aponta para que todos serviços estarão concluídos até o segundo semestre de 2023, quando a barragem poderá começar a operar.

A barragem Duas Pontes terá capacidade de 53,4 milhões de metros cúbicos com vazão regularizada de 8,7 mil litros de água por segundo. Junto com o Reservatório de Pedreira, também em construção, o sistema poderá apresentar vazões regularizadas de 17 mil litros de água por segundo para as Bacias PCJ.

Presente na visita, Sergio Razera, diretor presidente da Agência PCJ destacou os aspectos de segurança presentes no empreendimento. “Esta obra foi muito planejada, esperada e agora, celebrada a cada etapa. Estamos felizes por vê-la sair do papel. Além de toneladas de concreto e ferragens, ela atende à risca a toda política de preservação ambiental e sustentabilidade. Somado a isso, chama atenção a segurança presente em cada detalhe do projeto como por exemplo, a operação de um sismógrafo para detecção de qualquer movimentação no solo reforçando assim o princípio da segurança máxima do projeto”, afirmou. Sergio celebrou o que considera a realização de um sonho para parte considerável das Bacias PCJ. “Esta obra, depois de pronta, vai possibilitar um aumento no abastecimento público, industrial e rural de toda uma região. Quando sonhamos juntos, sonhamos melhor, e aqui vemos todos os elos envolvidos trabalhando de forma alinhada e focada e em alto nível técnico, de segurança e transparência”, disse.

Secretário executivo do Consórcio PCJ, Francisco Lahoz, participou da visita técnica e avaliou positivamente a concretização de uma ideia nascida há três décadas. “O que vimos hoje é a realização de algo que nasceu em 1992, com o Plano Diretor do Consórcio PCJ e Daee. A ansiedade é grande visto que enfrentamos eventos climáticos extremos com a perspectiva de uma estiagem avassaladora. Mas a boa notícia é o que constatamos aqui com as obras em andamento. Levando em conta que esta espera já se estende há 30 anos, aguardar mais alguns meses para conclusão é um tempo irrisório pois a alegria será de todos”, afirmou Lahoz.

A gerente socioambiental do Daee, Lígia Fernandes de Oliveira elogiou a adesão e participação de todos os órgãos presentes na visita. “O maior objetivo é dar transparência às nossas ações principalmente por se tratar de uma obra pública que é fruto de uma luta de muitos anos. Abrir o canteiro de obras nos ajuda a divulgar como o empreendimento é feito, a relevância da obra e toda a segurança envolvida, desde a concepção do projeto até a execução”, finalizou Lígia.

A OBRA – Assinada em agosto de 2020, a Ordem de Serviço para a construção da barragem de Duas Pontes, no Rio Camanducaia, em Amparo, é fruto de um investimento do governo do Estado de São Paulo de R$ 271 milhões na implantação do reservatório, sendo R$ 196 milhões nas obras e R$ 75 milhões na desapropriação da área. O reservatório conta com uma área de proteção ambiental permanente (APP) com 100 metros de largura ao longo de toda a margem, totalizando 391 hectares. A implantação do projeto conta com um conjunto de ações ambientais, destacando-se o programa de Revegetação e Enriquecimento Florestal. O Daee já iniciou o reflorestamento deste espaço, com o plantio de 340 mil mudas de espécies nativas.

Junto à Barragem de Pedreira, já em construção, o reservatório de Duas Pontes beneficiará mais de cinco milhões de pessoas nos municípios de Amparo, Americana, Arthur Nogueira, Campinas, Campo Limpo, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Itupeva, Jaguariúna, Jundiaí, Limeira, Louveira, Monte Mor, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Piracicaba, Sumaré, Valinhos, Várzea Paulista e Vinhedo.

Miguel Milinski foi o nome escolhido; Petrus Weel deixou o cargo por motivos particulares e de saúde

27 de abril de 2022

A Câmara Técnica de Conservação e Proteção de Recursos Naturais (CT-RN) conta agora com um novo coordenador adjunto. O técnico agrícola Miguel Milinski foi eleito nesta quarta-feira, dia 27 de abril, durante a 106ª Reunião Ordinária da CT. O encontro ocorreu por meio de videoconferência. Milinski, que é o coordenador-adjunto do GT-Mananciais, assumiu o lugar de Petrus Weel, que atua há 28 anos nos Comitês PCJ e alegou motivos particulares e de saúde.

“Foi muito bom trabalhar neste cargo”, ressaltou o ambientalista, que atua em outros nove postos em conselhos, CTs e outras entidades. “Foi uma necessidade de readequação pessoal de suas inúmeras atividades”, justificou o coordenador João José Demarchi, que elogiou o trabalho de Petrus na CT-RN. Demarchi também comentou sobre a futura restruturação da CT-RN e seus GTs. Uma das mudanças seria a transferência do GT-Indicadores e Monitoramento para a Câmara Técnica de Integração e Difusão de Pesquisas e Tecnologias (CT-ID). Outra mudança em estudo é a transferência do GT-Mananciais para a Câmara Técnica de Planejamento (CT-PL).

Outro item de pauta cumprido na reunião foi a criação do Grupo de Trabalho Transitório Plano de Ação do Planejamento Estratégico (GT-Plano de Ação). Os membros da CT-RN também debateram sobre um produto do GT-Áreas Protegidas, o Termo de Referência dos PMMA (Planos Municipais da Mata Atlântica), que está em andamento e foi apresentado pelos colaboradores da Assessoria Ambiental da Agência das Bacias PCJ, Ivan Gerdzijauskas e Fabio Coca. Uma pesquisa sobre o assunto foi feita entre os municípios das Bacias PCJ. O produto deve ser encaminhado para processo licitatório no mês de maio.

Trabalho é para delimitação de áreas de restrição e controle nas Bacias do PCJ

25 de abril de 2022

A elaboração e discussão de um Termo de Referência (TR) sobre a “Execução de estudos hidrogeológicos para delimitação de áreas de restrição e controle nas Bacias do PCJ: Americana e Nova Odessa (SP)” foi o principal item de pauta da 5ª Reunião do Grupo de Trabalho de Controle da Câmara Técnica de Águas Subterrâneas (CT-AS). O encontro foi realizado na manhã desta segunda-feira, dia 25 de abril, por meio de videoconferência. Os estudos serão contratados pela Agência das Bacias PCJ, através de processo licitatório.

Na justificativa, o TR apresenta que nas Bacias PCJ, a população já atingiu cerca de 5,7 milhões de habitantes e o uso da água subterrânea intensificou-se na última década, com vazão outorgada passando de 2,59 m3/s (2010) para 10,49 m3/s (2020).

Nesse sentido, as águas subterrâneas representam recurso estratégico para sustentar o crescimento populacional, a expansão industrial e a ampliação do mercado imobiliário, uma vez que os corpos d’água, considerados mananciais de abastecimento público no âmbito das Bacias PCJ, encontram-se em situação de degradação, com registros de perda de qualidade e consequente diminuição do potencial de aproveitamento. Constata-se, entretanto, que a tendência de aumento da população é acompanhada por uma redução da disponibilidade hídrica subterrânea per capta, passando de 126 m3/habitante/ano, em 2016, para cerca de 122 m3/habitante/ano em 2020. Há também uma preocupação com indícios de problemas localizados de rebaixamento dos níveis de água subterrânea, devido ao adensamento e/ou ao regime de exploração de poços, que possam vir a limitar o aproveitamento das águas subterrâneas.

Desta forma, o TR destaca que se torna premente avaliar o cenário atual de utilização das águas subterrâneas no contexto hidrogeológico das Bacias PCJ, identificando-se as áreas críticas em relação ao uso das águas subterrâneas, e que possam ser classificadas como Áreas Prováveis (ARC-PR) e/ou Áreas comprovadas de Restrição e Controle (ARC-CO), visando estabelecer medidas e ações de proteção e de uso racional, buscando a gestão sustentável do recurso.

Como resultado do projeto Regionalização de Diretrizes de Utilização e Proteção das Águas Subterrâneas, realizado por DAEE/UNESP (2013), foram identificadas nas Bacias PCJ, em escala regional, quatro áreas críticas a partir da avaliação da intensidade de uso e da qualidade da água subterrânea. Estas áreas englobam parte dos seguintes municípios:  1) Americana, Nova Odessa, Santa Bárbara D’Oeste; 2) Capivari, Rafard; 3) Jundiaí, Várzea Paulista; 4) Campinas, Hortolândia, Sumaré, Valinhos e Vinhedo. Os primeiros estudos serão realizados em Americana e Nova Odessa.

Apresentação foi feita por Camila Aida Campos Couto, da Tropical Water Research Alliance (TWRA)

20 de abril de 2022

O Monitoramento da Integridade Ecológica de Riachos foi um dos temas da 24ª Reunião do Grupo de Trabalho de Indicadores e Monitoramento (CT-RN e CT-ID) dos Comitês PCJ. O encontro aconteceu nesta quarta-feira, dia 20 de abril, por meio de videoconferência.  

O assunto foi apresentado pela bióloga e doutora em Ecologia, Camila Aida Campos Couto, da Tropical Water Research Alliance (TWRA) – Aliança Tropical de Pesquisa da Água e técnica da ADASA (Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal).

“O conceito de saúde de rio está relacionado à integridade ecológica. Isso me interessou muito. Eu entendi que eu queria caminhar por essa abordagem. Os distúrbios (nos rios) podem ser avaliados e seus efeitos monitorados”, comentou Camila Couto, ao apresentar seu trabalho aos participantes do GT. A área do estudo foi no Distrito Federal e seu entorno, envolvendo três bacias hidrográficas.  O trabalho pode ser acessado neste link.

Na reunião, o coordenador da Câmara Técnica de Conservação e Proteção de Recursos Naturais (CT-RN), João José Demarchi, também falou sobre mudanças para o GT-Indicadores e Monitoramento em decorrência de futura reestruturação da CT-RN. O grupo ainda analisou artes elaboradas pela Assessoria de Comunicação da Agência das Bacias PCJ para o seminário internacional Wipis/Sustentare que será promovido em novembro –  uma realização dos Comitês PCJ, PUC Campinas e Escola de Engenharia da USP São Carlos, com o apoio da Agência das Bacias PCJ. Também foram discutidas questões relacionadas à organização do evento.

Projeto de educação ambiental dos Comitês PCJ e Agência das Bacias PCJ estava com as atividades suspensas devido à pandemia

19 de abril de 2022

A retomada do projeto PCJ Virtual foi um dos principais assuntos debatidos durante a 111ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Educação Ambiental (CT-EA) dos Comitês PCJ, realizada por meio de videoconferência na manhã desta terça-feira, dia 19 de abril. A ideia é que o PCJ Virtual seja retomado no mês de maio, durante a Festa das Nações, que acontece em Piracicaba de 18 e 22 do próximo mês.

O projeto, que utiliza a ferramenta de “Realidade Virtual” e de jogos eletrônicos para disseminar conhecimentos, consiste em uma descida virtual de bote que vai desde as nascentes mais distantes do Rio Piracicaba, na zona rural de Sapucaí-Mirim/MG (Bairro Juncal), pelas águas do Rio Camanducaia Mineiro, que encontra o Rio Jaguari, no município de Extrema, ainda em Minas Gerais, passa pelas represas do Jaguari/Jacareí (Sistema Cantareira) e chega em Piracicaba. O PCJ Virtual chegou a ser lançado pela Agência das Bacias PCJ em dezembro de 2020. Na ocasião, o lançamento foi somente pela internet devido à pandemia. O projeto é da CT-EA e da Agência das Bacias PCJ, com o apoio da Sanasa Campinas.  

A apresentação detalhada sobre a retomada da tecnologia foi feita por Everton Quiararia, assessor de comunicação da Agência PCJ. “Estamos satisfeitos em obter a anuência do grupo para retomarmos o projeto e os encaminhamentos que havíamos feito até antes da pandemia, quando o tema foi abordado em outros encontros. Entre os diferenciais do projeto está no fato dele ser itinerante e pela utilização de óculos de realidade virtual, educar, ensinar e conscientizar. Após participar da atividade, o indivíduo será convidado a montar uma dobradura que ao término resulta em novos óculos de realidade virtual, desta vez, reciclável”, disse Everton que salientou que já foram adquiridas 30 mil unidades das dobraduras de óculos para esta ação.

Na reunião também houve um debate sobre os Comitês PCJ e CT-EA no licenciamento ambiental, com palestra de Isis Akemi, do Ibama, sobre Educação Ambiental em licenciamento e Política de Educação Ambiental dos Comitês PCJ. O colaborador da Coordenação de Apoio ao Sistema de Gestão dos Recursos Hídricos da Agência das Bacias PCJ, Douglas Brunelli, abordou a introdução sobre a participação dos Comitês PCJ no licenciamento ambiental.

Houve ainda a apresentação, pelo empreendedor, do Programa de Educação Ambiental das Centrais Geradoras Hidrelétricas “Monte Serrat e Quilombo I” e a discussão do PEA do empreendimento com base no contexto da EA em recursos hídricos. No encontro, ocorreu também a apresentação do artigo “Análise de Pesquisas sobre Educação Ambiental em Recursos Hídricos”, pela acadêmica Natália Silva Daneluzzi e sua orientadora Maria Luísa Bonazzi Palmieri. “A quantidade e a qualidade da água são fundamentais para o meio ambiente e a vida humana, e o Brasil é conhecido por sua disponibilidade e grande potencial hídrico. Nesse contexto, a Educação Ambiental tem a função de criar processos de construção de valores, conhecimentos e competências, habilidade e atitudes relacionada a conservação ambiental”, afirmou Natália.

Houve ainda a apresentação do Plano de Ação do Planejamento Estratégico dos Comitês PCJ, além da criação do Grupo de Trabalho (transitório) Plano de Ação do Planejamento Estratégico (GT-Plano de Ação); e a indicação de representantes para o GT-Plano de Ação da CT-RN.

95ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Outorgas e Licenças ocorreu virtualmente

18 de abril de 2022

Com o objetivo de debater as políticas de outorgas e licenças, foi realizada na manhã de 18 de abril de 2022, a 95ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Outorgas e Licenças. Na ocasião foram discutidos, por meio de videoconferência, temas como o enquadramento, apresentação dos temas, definição da priorização dos temas e subtemas pela coordenadora do GT, além da Criação do GT Transitório – Plano de Ação do Planejamento Estratégico.

Ainda na abertura dos trabalhos, o engenheiro agrônomo Denis Herisson (SAA/Cati) abordou a política de outorgas em seus  procedimentos finais e encaminhamentos salientando tratar-se de uma “política mutável e passível de alterações com o passar do tempo”.

Houve ainda a apresentação do estudo ‘Antimicrobianos em corpos hídricos: Um estudo de caso e enquadramento de recursos hídricos’. O objetivo deste trabalho foi avaliar os impactos no meio ambiente e na sociedade e a questão da produção avícola e a utilização de antibióticos e seus impactos nos cursos d’água no entorno dos ambientes produtores. Na ocasião foi informado sobre a inexistência, em registros no Conama, quanto ao limite individual da concentração e antibióticos na água e a disponibilidade hídrica nas Bacias PCJ. Há relevante contaminação ambiental por fluorquinolionas em granjas produtoras de frango de corte devido a elevada quantidade utilizada do químico. A pesquisa objetivou medir eventual poluição de mananciais nas áreas adjacentes às granjas.

Como saldo, foi apontado que “o maior nível de concentração de microbianos foi encontrado no solo, na cama de frango, em virtude da urina das aves pelo descarte desse produto. Nos mananciais adjacentes há menor concentração. É pouco o que vai para os cursos d’água, mas ainda assim preocupante. Não há enquadramentos sobre concentração, mas há um alerta de risco”, concluiu a pesquisa.

Posteriormente, em outro típico, quanto ao GT- Enquadramento, houve o acompanhamento do índice de conformidade ao enquadramento. Na ocasião, foi apontada a necessidade de Provocar a CETESB para que o impacto ao enquadramento de novos empreendimentos seja avaliado; retomada das conversas sobre implantação do Observando Rios na Bacia do rio Jundiaí com a SOS Mata Atlântica bem como a busca de financiadores do programa. Foi tratada ainda a capacitação de professores sobre o instrumento de enquadramento de corpos d’água bem como a criação de redes para atualização de informações sobre o enquadramento.

Assunto foi apresentado pela equipe de Coordenação de Projetos da Agência das Bacias PCJ

14 de abril de 2022

O andamento do Projeto Piloto Giswater, a ser implantado no município de Capivari, foi um dos principais assuntos debatidos na 107ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Saneamento (CT-SA) dos Comitês PCJ. O encontro ocorreu nesta quinta-feira, dia 14 de abril, por meio de videoconferência, comandado pela coordenadora da CT-AS, Ariella Montebello, e pelo coordenador adjunto Luís Eduardo Grisotto.  

O andamento do Giswater foi apresentado pela coordenadora Elaine Franco de Campos e pelo analista técnico Danilo Costa, da equipe da Coordenação de Projetos da Agência das Bacias PCJ, responsável pela implantação do empreendimento. O Software Giswater é um sistema de informação geográfica que ajuda a gerenciar os dados das companhias de saneamento para controle de perdas hídricas no sistema de abastecimento público.

A escolha pelo município de Capivari ocorreu em julho de 2021. Atualmente a Coordenação de Projetos está na etapa de finalização da pré-coleta de preços para iniciar, em breve, o processo licitatório para contratar uma empresa responsável pela implantação da ferramenta. A licitação será por técnica e preços e a abertura dos envelopes deve ocorrer na segunda quinzena de maio. O processo deve ser finalizado em junho. 

O Projeto Piloto do Giswater está em consonância com a implantação da Plataforma de Benchmarking para gestão e controle de perdas em Sistemas de Abastecimento de Água, que visa estabelecer um ambiente de troca de experiências e boas práticas no setor. O projeto será contratado com recursos da Cobrança PCJ Federal e gerenciado pela Coordenação de Projetos da Agência PCJ.

Outro assunto tratado na reunião foi sobre alterações nos Grupos de Trabalho permanentes e transitório. Atualmente, a CT-SA possui quatro GTs (GT-Água, GT-Esgotos, GT-Resíduos Sólidos, GT-Drenagem). Todos os GTs passaram a ser transitórios, para que o secretariado seja realizado pelo próprio GT e não por colaboradores da Secretaria Executiva, que terão muita demanda devido ao retorno das reuniões presenciais no segundo semestre. Em casos específicos, quando um GT planejar fazer um evento, a partir dessa demanda o GT pode solicitar apoio à Secretaria Executiva. A proposta foi aprovada por todos os participantes.

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