| Mês: maio de 2019

A criação do Fundo Municipal de Saneamento caracteriza-se como importante instrumento de política pública que visa a universalização dos serviços de saneamento básico

A Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) divulga a Deliberação nº 870 e o Relatório Circunstanciado sobre os critérios e as condições para reconhecimento, nas tarifas, de repasse de recurso para os Fundos Municipais de Saneamento Básico, para que os municípios paulistas ampliem os investimentos no setor.

A proposta final da Arsesp é que até 4% da receita operacional direta obtida com a prestação dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário no município possa ser repassado ao Fundo Municipal de Saneamento (FMS), com a finalidade de custear ações de responsabilidade das prefeituras, previstas nos Planos Municipais de Saneamento Básico, visando a universalização dos serviços. Esse repasse será feito pelo prestador de serviços e o montante de recursos será reconhecido na tarifa paga pelos usuários, cujo limite regulatório não ultrapassará o valor correspondente a quatro por cento da receita operacional.

O componente financeiro a ser repassado na tarifa será calculado quando da realização das revisões tarifárias periódicas, a cada quatro anos.

Visto a relevância do assunto, a proposta passou por Consulta Pública (nº02/2019) para participação da sociedade no processo regulatório, proporcionando aos usuários dos serviços públicos regulados e demais interessados no setor de saneamento básico a oportunidade de manifestar sua opinião, conferindo, assim, maior grau de confiabilidade, clareza e segurança ao processo de tomada de decisão da Agência.

FMS e os municípios regulados pela Arsesp:

Vale ressaltar que a criação de mecanismo de reconhecimento nas tarifas dos prestadores regulados referente aos repasses para os fundos municipais de saneamento básico (FMSB) foi estabelecido pela Arsesp no âmbito da 2ª Revisão Tarifária Ordinária da Sabesp, finalizada em maio/18.

FMS e a Universalização dos Serviços:

A criação do Fundo Municipal de Saneamento caracteriza-se como importante instrumento de política pública que visa a universalização dos serviços de saneamento básico. A universalização exige ações conjuntas entre os municípios e o prestador, entretanto, algumas delas competem aos municípios e não aos prestadores de serviços diretamente, como por exemplo: ações de remoção de moradias irregulares de fundos de vale; urbanização de favelas e assentamentos precários; regularização fundiária, canalização de córregos; atendimento de regiões fora da área de concessão dos contratos.

Requisitos para o Fundo Municipal de Saneamento Básico

O repasse aos fundos municipais de saneamento básico poderá ser reconhecido na tarifa dos municípios atendidos por prestador regulado pela Arsesp, desde que cumpram com os seguintes requisitos:

I. Possuir fundo municipal de saneamento básico legalmente instituído;

II. Possuir Plano Municipal de Saneamento Básico atualizado e em vigor;

III. Possuir contrato de programa, de prestação de serviço ou de concessão vigente; e

IV. Possuir Órgão Gestor, que deverá ter competências para definição das diretrizes e mecanismos de acompanhamento, gestão, fiscalização e controle do fundo municipal de saneamento básico e contar com a participação de representante da sociedade civil ligado, direta ou indiretamente, ao setor de saneamento básico.

Confira a no link a Deliberação nº 870Nota Técnica e o Relatório Circunstanciado sobre os critérios e as condições para reconhecimento, nas tarifas, de repasse de recurso para os Fundos Municipais de Saneamento Básico.

FONTE: http://www.arsesp.sp.gov.br/SitePages/noticia-resumo.aspx?Identificacao=FUNDOS_MUNICIPAIS

Reunião foi realizada nesta quarta-feira (15/05/2019), na entidade responsável pela gestão dos recursos hídricos nas Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí; diagnóstico servirá de base para o planejamento das ações

O estudo de alternativas de abastecimento de água na Bacia do Rio Corumbataí avançou nesta semana com a apresentação do diagnóstico da Bacia, documento que servirá de base para o planejamento de ações futuras. A reunião foi realizada em Piracicaba, na Agência das Bacias PCJ, entidade que contratou o projeto em outubro de 2018, após deliberação dos Comitês PCJ. O investimento é de cerca de R$ 480 mil, com recursos da Cobrança PCJ Federal (cobrança pelo uso da água em rios de domínio da União).

O estudo abrange um total de nove municípios – Piracicaba, Rio Claro, Santa Gertrudes, Corumbataí, Cordeirópolis, Analândia, Ipeúna, Itirapina e Charqueada. Trata-se de um projeto de prevenção à crise hídrica e levantamento de formas alternativas para se garantir o abastecimento de água. A empresa responsável é a Engecorps Engenharia.

O diagnóstico teve como finalidade obter uma ampla e fidedigna caracterização de toda a Bacia do Rio Corumbataí, levando em consideração diversos aspectos, como clima, hidrografia, geologia, entre outros, descrição dos biomas e remanescentes florestais, unidades de conservação, e áreas protegidas; além de dados como população atual, tendências de crescimento humano; caracterização do saneamento básico e de recursos hídricos como disponibilidade, consumo, captações superficiais e subterrâneas.

A empresa visitou todos os nove municípios e levantou informações com as prefeituras e os serviços de água e esgoto, além de percorrer aproximadamente 300 quilômetros de rios da Bacia do Rio Corumbataí para uma coleta de dados in loco de parâmetros físico-químicos.

A coordenadora de Projetos da Agência das Bacias PCJ, Elaine Franco de Campos, explicou que o diagnóstico servirá de base para a próxima etapa do estudo, que é a elaboração das alternativas de abastecimento de água para os municípios da Bacia do Rio Corumbataí. “As alternativas de abastecimento compreendem ações estruturais e não estruturais para compatibilizar as disponibilidades e demandas para solucionar conflitos em horizontes de curto prazo (5 anos) até longo prazo (20 anos)”, explicou Elaine.

As alternativas, segundo ela, deverão, no mínimo, considerar a possibilidade de reúso de água, novos barramentos e captação subterrânea (aquífero Guarani ou outros aquíferos). Para cada conflito deverão ser apresentadas no mínimo duas alternativas. Após a aprovação das alternativas, deverão ser apresentadas as ordens de prioridades das obras e ações a serem implantadas.

Além de representantes dos municípios e das companhias de saneamento localizados na Bacia do Rio Corumbataí, participaram da reunião a Diretora Técnica da Agência PCJ e colaboradores da Coordenação de Projetos; da Coordenação de Sistema de Informação e da Assessoria Ambiental da Agência das Bacias PCJ, bem como representantes da empresa contratada, responsável pelos estudos.

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