| Mês: setembro de 2024

Obra contou com investimento de mais de R$ 2,3 milhões da Cobrança PCJ Paulista e permitirá o tratamento de 100% dos lodos das ETAs no município.

Na terça-feira, 10 de setembro, representantes da Agência das Bacias PCJ participaram da inauguração da nova Estação de Tratamento de Lodo (ETL) de Santa Bárbara d’Oeste. Financiada com recursos da Cobrança PCJ Paulista (fonte constituinte do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro) e de contrapartida do DAE, a obra foi construída para dar o tratamento e destinação correta dos resíduos de lodo gerados no processo de tratamento de água na Estação de Tratamento de Água (ETA II). Com esse investimento, a cidade agora trata 100% do lodo gerado, além de reaproveitar as águas que passam pelo sistema. O projeto beneficia cerca de 105 mil pessoas.

A cerimônia de inauguração aconteceu na sede da ETA II, na Vila Aparecida, e foi presidida pelo diretor-superintendente do DAE, Laerson Andia Júnior. Também estiveram presentes o coordenador de sistema de informações da Agência das Bacias PCJ, Eduardo Leo, a analista de projetos, Lívia Modolo (representando o Coordenador de Projetos, Diogo Pedrozo) e representantes municipais de Santa Bárbara d’Oeste.

“A inauguração desta Estação de Tratamento de Lodo é um marco para o município, pois agora 100% do nosso lodo é descartado de forma ecologicamente sustentável, sem gerar resíduos nocivos nos rios. Esperamos que outros municípios também implementem empreendimentos deste porte”, afirmou Laerson Andia Júnior.

“Estamos muito satisfeitos em ver mais uma obra concluída que trará benefícios às Bacias PCJ”, destacou Eduardo Leo.

Indicada pelos Comitês PCJ em 2018, a obra teve início em dezembro de 2019 e foi concluída em junho de 2023, gerando resultados significativos para o município. Anteriormente, as águas de lavagem dos filtros e decantadores da ETA II eram descartadas sem tratamento na rede de águas pluviais, o que causava poluição nos corpos d’água onde o efluente era lançado.

Com a ETL, essas águas retornam ao início do processo de tratamento na ETA, permitindo seu reaproveitamento. Os sólidos retidos no processo passam por desaguamento e são adequadamente dispostos, o que contribui para a melhoria da qualidade das águas dos córregos.

A estrutura da ETL inclui um tanque de equalização, estação elevatória para o encaminhamento das águas de lavagem de volta ao início da ETA, estação elevatória de lodo, adensamento mecânico, tanque de lodo adensado, desidratação por centrífuga e um reservatório para retenção de parte das águas de lavagem, sendo que o lodo final é transportado ao aterro para correta disposição.

Evento on-line tem como tema “Nosso papel na despoluição” e acontece no dia 23/09

Os Comitês PCJ vão promover no dia 23 de setembro de 2024 (segunda-feira) o 5º Webinário “Conversando sobre o Rio Jundiaí”, com o tema “Nosso papel na despoluição”. O evento on-line será transmitido ao vivo pelo YouTube, a partir das 14h. A organização é da Câmara Técnica de Outorgas e Licenças (CT-OL) dos colegiados e do seu Grupo de Trabalho de Enquadramento dos Corpos d’água (GT-Enquadramento). A atividade tem o apoio da Agência das Bacias PCJ.

Em comemoração aos cinco anos em que o evento é realizado, serão apresentadas diferentes ações praticadas por organizações públicas e sociedade civil, ao longo do Rio Jundiaí, que passa por diversas cidades e tem como cenário o seu reenquadramento, além de promover diálogos entre diferentes atores da comunidade que vivenciaram e vivenciam o rio, o primeiro do país a ser reenquadrado de classe 4 para classe 3.

“O enquadramento é um instrumento de gestão que demonstra o planejamento e gestão dos recursos hídricos. O reenquadramento, de uma classe maior para uma menor é instrumento de planejamento, tendo os resultados que só são conseguidos ao longo do tempo e precisam do olhar atento de toda a comunidade que pode se beneficiar desta despoluição. O objetivo do webinário ao longo destes cinco anos é o engajamento dos diferentes atores da bacia para a rediscussão deste tema e acompanhamento dos resultados obtidos”, explicou Maria Carolina Hertel Dutra Simões, coordenadora do GT-Reenquadramento.

O público-alvo é formado por estudantes, pesquisadores, profissionais de saneamento, lideranças políticas e demais interessados.  O educador ambiental Danilo Resende de Moraes, um dos organizadores do webinário, explicou que a intenção do evento deste ano é integrar todos os públicos que ajudam a cuidar do Rio Jundiaí.

“Nós, que vivemos e atuamos em sua bacia hidrográfica, somos responsáveis pelo cuidado do Rio Jundiaí. São milhões de pessoas com poderes de decisões e impactos diferentes umas das outras. Nesta edição, buscamos integrar diferentes atores que vivenciam e vivenciaram o Rio Jundiaí e seus afluentes, desde o cidadão aposentado que nadou e pescou quando jovem, até representantes de universidades, empresas de saneamento e meio ambiente, entre outros. E assim dialogarmos sobre o papel de cada um para a melhoria da qualidade do Rio Jundiaí. Esta integração foi um dos objetivos desta edição, permeando entre conhecimento técnico e popular”, comentou Danilo.

INSCRIÇÕES GRATUITAS

Para participar é necessário realizar inscrição pelo link bit.ly/Inscricao_CT-OL2024 Os inscritos receberão, ao final do preenchimento do formulário, o link para acesso à transmissão pelo YouTube. Em caso de dúvidas, os interessados devem entrar em contato com a CT-OL dos Comitês PCJ pelo e-mail: ctol@comites.baciaspcj.org.br.

SERVIÇO

5º Webinário “Conversando sobre o Rio JundiaíNosso papel na despoluição”

DATA: 23/09/2024 (segunda-feira)

HORÁRIO: A partir das 14h, no canal da Agência das Bacias PCJ no YouTube

INSCRIÇÕES GRATUITAS: bit.ly/Inscricao_CT-OL2024

REALIZAÇÃO: Comitês PCJ

ORGANIZAÇÃO: Câmara Técnica de Outorgas e Licenças (CT-OL)

APOIO: Agência das Bacias PCJ

INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA: comunicapcj@agencia.baciaspcj.org.br/ (19) 3437-2102

PROGRAMAÇÃO:

14h00 – Abertura e Boas-Vindas

Denis Herisson da Silva – Secretário-executivo do CBH-PCJ e do PCJ FEDERAL

Cecília de Barros Aranha – Coordenadora da CT-OL 

Ariana Rosa Bueno Damiano – Coordenadora-Adjunta da CT-OL 

14h15 Recapitulação dos webinários “Conversando sobre o rio Jundiaí” (2020-2023)

Danilo Resende de Moraes – DAE Jundiaí 

Cláudio da Cunha – Coordenador do curso de Gestão Ambiental da FATEC Jundiaí

14h25 – Falas Municipais e Institucionais

Apresentações de ações que estão sendo praticadas no decorrer do rio Jundiaí em diversos municípios.

15h10 – Panorama geral e Relatório Técnico “Acompanhamento do atendimento às metas de atualização do enquadramento em trechos do Rio Jundiaí” (2021-2022)

Domenico Tremarolli – CETESB

Karoline Dantas Assessora Técnica da Sala de Situação PCJ/DAEE

15h40 – Intervalo

15h50 Roda de Conversa

Roda de conversa sobre o “nosso papel na despoluição”.

16h50 – Encerramento

Evento on-line tem como tema “Nosso papel na despoluição” e acontece no dia 23/09

Os Comitês PCJ vão promover no dia 23 de setembro de 2024 (segunda-feira) o 5º Webinário “Conversando sobre o Rio Jundiaí”, com o tema “Nosso papel na despoluição”. O evento on-line será transmitido ao vivo pelo YouTube, a partir das 14h. A organização é da Câmara Técnica de Outorgas e Licenças (CT-OL) dos colegiados e do seu Grupo de Trabalho de Enquadramento dos Corpos d’água (GT-Enquadramento). A atividade tem o apoio da Agência das Bacias PCJ.

Em comemoração aos cinco anos em que o evento é realizado, serão apresentadas diferentes ações praticadas por organizações públicas e sociedade civil, ao longo do Rio Jundiaí, que passa por diversas cidades e tem como cenário o seu reenquadramento, além de promover diálogos entre diferentes atores da comunidade que vivenciaram e vivenciam o rio, o primeiro do país a ser reenquadrado de classe 4 para classe 3.

“O enquadramento é um instrumento de gestão que demonstra o planejamento e gestão dos recursos hídricos. O reenquadramento, de uma classe maior para uma menor é instrumento de planejamento, tendo os resultados que só são conseguidos ao longo do tempo e precisam do olhar atento de toda a comunidade que pode se beneficiar desta despoluição. O objetivo do webinário ao longo destes cinco anos é o engajamento dos diferentes atores da bacia para a rediscussão deste tema e acompanhamento dos resultados obtidos”, explicou Maria Carolina Hertel Dutra Simões, coordenadora do GT-Reenquadramento.

O público-alvo é formado por estudantes, pesquisadores, profissionais de saneamento, lideranças políticas e demais interessados.  O educador ambiental Danilo Resende de Moraes, um dos organizadores do webinário, explicou que a intenção do evento deste ano é integrar todos os públicos que ajudam a cuidar do Rio Jundiaí.

“Nós, que vivemos e atuamos em sua bacia hidrográfica, somos responsáveis pelo cuidado do Rio Jundiaí. São milhões de pessoas com poderes de decisões e impactos diferentes umas das outras. Nesta edição, buscamos integrar diferentes atores que vivenciam e vivenciaram o Rio Jundiaí e seus afluentes, desde o cidadão aposentado que nadou e pescou quando jovem, até representantes de universidades, empresas de saneamento e meio ambiente, entre outros. E assim dialogarmos sobre o papel de cada um para a melhoria da qualidade do Rio Jundiaí. Esta integração foi um dos objetivos desta edição, permeando entre conhecimento técnico e popular”, comentou Danilo.

INSCRIÇÕES GRATUITAS

Para participar é necessário realizar inscrição pelo link bit.ly/Inscricao_CT-OL2024 Os inscritos receberão, ao final do preenchimento do formulário, o link para acesso à transmissão pelo YouTube. Em caso de dúvidas, os interessados devem entrar em contato com a CT-OL dos Comitês PCJ pelo e-mail: ctol@comites.baciaspcj.org.br.

SERVIÇO

5º Webinário “Conversando sobre o Rio JundiaíNosso papel na despoluição”

DATA: 23/09/2024 (segunda-feira)

HORÁRIO: A partir das 14h, no canal da Agência das Bacias PCJ no YouTube

INSCRIÇÕES GRATUITAS: bit.ly/Inscricao_CT-OL2024

REALIZAÇÃO: Comitês PCJ

ORGANIZAÇÃO: Câmara Técnica de Outorgas e Licenças (CT-OL)

APOIO: Agência das Bacias PCJ

INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA: comunicapcj@agencia.baciaspcj.org.br/ (19) 3437-2102

PROGRAMAÇÃO:

14h00 – Abertura e Boas-Vindas

Denis Herisson da Silva – Secretário-executivo do CBH-PCJ e do PCJ FEDERAL

Cecília de Barros Aranha – Coordenadora da CT-OL

 Ariana Rosa Bueno Damiano – Coordenadora-Adjunta da CT-OL

14h15 – Recapitulação dos webinários “Conversando sobre o Rio Jundiaí” (2020-2023)

Danilo Resende de Moraes – DAE Jundiaí

Cláudio da Cunha – Coordenador do curso de Gestão Ambiental da FATEC Jundiaí

14h25 – Falas Municipais e Institucionais

Apresentações de ações que estão sendo praticadas no decorrer do Rio Jundiaí, em diversos municípios.

15h10 – Panorama geral e Relatório Técnico “Acompanhamento do atendimento às metas de atualização do enquadramento em trechos do Rio Jundiaí” (2021-2022)

Domenico Tremarolli – CETESB

15h40 – Intervalo

15h50 – Roda de Conversa

Roda de conversa sobre o “nosso papel na despoluição”.

16h50 – Encerramento

Ação é pré-requisito para participação nas eleições internas do biênio 2025-2027

O processo eleitoral dos Comitês PCJ para o biênio 2025-2027 teve início neste ano com a abertura de inscrições para usuários de recursos hídricos não associados (do setor de Abastecimento Público), entidades representativas de usuários de recursos hídricos e organizações civis. O prazo começou no dia 15 de julho e se estende até o dia 27 de dezembro de 2024.  A partir de 17 de janeiro de 2025 será aberto o período para a inscrição das chapas e a partir de 18 de fevereiro serão realizadas as votações. 

As entidades interessadas devem enviar a documentação exigida para o e-mail se.pcj@comites.baciaspcj.org.br. Todos os documentos referentes ao Processo Eleitoral estão disponíveis neste link do site da Agência das Bacias PCJ: https://bit.ly/ComitêsPCJEleições2025   As atividades estão sob a responsabilidade da Coordenação de Apoio ao Sistema de Gestão de Recursos Hídricos da Agência PCJ.

As eleições são para dois dos três colegiados que integram os Comitês PCJ; o CBH-PCJ (Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí), o comitê paulista; e o CBH PCJ FEDERAL, o comitê federal. No CBH-PJ1 (Comitê da Bacia Hidrográfica dos Rios Piracicaba e Jaguari), o comitê mineiro, as eleições são realizadas separadamente. Nos atuais mandatos do CBH-PCJ, PCJ FEDERAL e CBH-PJ1 há mais de 270 entidades participantes. Nos Comitês PCJ, entre plenários e câmaras técnicas,  participam cerca de mil pessoas.

O secretário-executivo do CBH-PCJ e PCJ FEDERAL, Denis Herisson Silva, destacou a importância da atuação dos colegiados e do envolvimento das instituições “Os Comitês PCJ são reconhecidos como um dos mais antigos do país. Eles representam o nosso Parlamento das Águas, onde, há mais de 30 anos, usuários de recursos hídricos, organizações civis e o poder público atuam na gestão participativa e integrada das águas. A atuação desses grupos é crucial, pois são responsáveis por decidir e discutir a aplicação dos investimentos provenientes da cobrança pelo uso dos recursos hídricos. Esses recursos voltam para os usuários em investimentos na gestão de enchentes, estiagens e à conservação da água, desde o plantio de matas ciliares que começa lá na nascente do rio até a infraestrutura necessária que permite seu uso e tratamento. Com o aumento da frequência dos eventos climáticos extremos, fica ainda mais importante um planejamento preventivo e adaptativo, cuja eficácia depende do envolvimento cada vez maior de seus membros”, ressaltou Silva.  

As regras do processo eleitoral estão previstas na Deliberação dos Comitês PCJ nº 482/2024, disponível neste link:https://bit.ly/ComitêsPCJEleições2025regras

SOBRE OS COMITÊS PCJ

Os três colegiados que formam os Comitês PCJ – Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (CBH-PCJ), Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ FEDERAL) e o Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba-Jaguari (CBH-PJ1) — compartilham uma diretoria integrada e são as instâncias máximas para a tomada de decisões sobre a gestão de recursos hídricos nas Bacias PCJ.

O comitê paulista (CBH-PCJ) completará 31 anos de instalação no dia 18 de novembro de 2024. Em março deste ano, o comitê federal completou 21 anos e o mineiro (CBH-PJ1), 16 anos.

As Bacias PCJ abrangem 76 municípios (71 paulistas e cinco mineiros). Os Comitês PCJ são compostos por representantes dos Governos Federal, dos Estados de São Paulo e de Minas Gerais, dos municípios, usuários dos recursos hídricos e da sociedade civil. Sua gestão é descentralizada e participativa, e busca a convergência de decisões como forma de garantir o desenvolvimento e a continuidade da gestão dos recursos hídricos nas Bacias PCJ.

A região das Bacias PCJ possui cerca de 5,9 milhões de habitantes e responde por cerca de 5% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro e por 14% do PIB do Estado de São Paulo. A Agência das Bacias PCJ, entre outras funções, atua como braço executivo dos Comitês PCJ e foi criada em novembro de 2009.

Evento gratuito aconteceu no dia 03 de setembro na Casa do Advogado da OAB Piracicaba

Com objetivo de discutir de forma técnica as especificidades do triste episódio de mortandade de peixes que resultou na morte de mais de 235 mil espécimes na região urbana de Piracicaba em 7 de julho e na Área de Proteção Ambiental (APA) Tanquã em 15 de julho, a OAB Piracicaba promoveu a Palestra “Mortandade dos Peixes na Bacia do Rio Piracicaba – Causas e consequências”. O evento aconteceu no dia 03 de setembro, na sede da Unidade, e contou com palestras do Doutor em Direito e Professor Universitário, Paulo Afonso Leme Machado; do promotor de Justiça, Ivan Carneiro Castanheiro; do diretor-presidente da Agência das Bacias PCJ, Sergio Razera e do coordenador da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico dos Comitês PCJ, Alexandre Vilella; esteve presente também o secretário executivo dos Comitês PCJ, Denis Herisson da Silva, além de representantes do Ministério Público, Legislativo, Instituições ligadas ao meio ambiente e população em geral.

Mediado pelas advogadas Mariana Portijo Costa e Aline Meme Gallo, o evento dialogou sobre aspectos jurídicos e técnicos para proteção do Rio Piracicaba. Machado iniciou o diálogo expondo um pouco da sua trajetória no campo do Direito e ressaltou a importância do Plano da Bacia Hidrográfica como instrumento de informação. “Nós, que trabalhamos com direito, a gente usa os números para se situar, então a existência de um Plano bem embasado é fundamental para promover informação, incentivar o chamamento público e a participação popular para um bem comum que é o meio ambiente. Para podermos acreditar no futuro nós precisamos de um presente sadio, de coragem e lucidez”. Enfatizou, ainda, que o Ministério Público não deve ficar apenas buscando “acordos”, mas, sim, a responsabilização plena daqueles que cometem crimes ambientais.

Ivan Carneiro contextualizou o ocorrido, deu detalhamentos do processo que está sob condução do Ministério Público e ressaltou a importância da seriedade nas investigações e análises dos laudos, que deve ser condizente com o grau do prejuízo gerado. “A quantidade de peixes mortos vai afetar a cadeia alimentar, a própria fauna, e vai ocasionar desequilíbrio no sistema. A Cetesb adotou as providências dela, fez constatações, coletas de amostras, apresentou dois pareceres técnicos nos autos e o Dr. Evandro, gerente local da agência, me pediu mais dez dias para apresentar um parecer final consolidativo de todos os exames feitos. Essas informações serão um ponto de continuidade importante para a gente dimensionar o dano e dar mais robustez em busca de um acordo para reparação não só dos danos ambientais, repovoamento, mas dos danos turísticos, e os danos causados aos pescadores. Do Ministério Público podem esperar muita luta. A gente não pode garantir o resultado, mas a gente pode garantir a utilização de todos os meios que estiverem ao nosso alcance para ajudar a população, esse é o nosso papel”, concluiu.

Razera, apresentou o trabalho da Agência das Bacias PCJ, e sua estrutura que contempla 76 municípios e já supera seis milhões de habitantes. Relembrou ações e movimentos que vêm desde a década de 70 para salvar o Rio Piracicaba. “Antigamente era impossível ficar na beira do rio, devido à poluição. “Naquela época, em 1993, quando foi instalado o Comitê Paulista, nós tínhamos 50% de coleta de esgoto da população urbana e 6% de tratamento de esgoto. No final do ano passado, contabilizamos 90% de coleta de esgoto da população urbana e 80% passando por tratamento. Podemos analisar que houve evolução e crescimento, o que ajudou muito a qualidade da água, mas a situação ainda continua preocupante. A preservação da água é um trabalho contínuo, que precisa da união e colaboração de todos, população, instituições e poder público”, ressaltou o presidente da Agência PCJ.

Representando a Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico dos Comitês PCJ (CT-MA), Alexandre Vilella, apresentou aspectos técnicos e desafios da gestão da água pelo Sistema Cantareira, que abastece 19 municípios de forma direta. “Quase 25% do PIB brasileiro está nas mãos do Cantareira, por isso é importante para nós, ter uma previsibilidade, e é isso que tentamos fazer com excelência na operacionalização utilizando de forma séria e responsável todos os nossos recursos para garantir a disponibilidade da água em todos os municípios abrangentes por nós”, finalizou.

Encontro presencial na Embrapa Meio Ambiente também debateu mortandade de peixes no Rio Piracicaba

04 de setembro de 2024

A situação da estiagem nas Bacias PCJ (Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) foi um dos principais assuntos da 258ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico (CT-MH), realizada nesta quarta-feira, dia 4 de setembro, no auditório da Embrapa Meio Ambiente, em Jaguariúna (SP).

“A estiagem está se mostrando severa. Nós estamos atravessando. O quanto vai durar, é difícil assinar embaixo, mas eu acredito que nós estamos trabalhando com parcimônia, fazendo as manobras adequadas, necessárias para manter o sustento e também manter uma reserva no nosso Sistema Cantareira”, comentou o coordenador-adjunto da CT-MH, Paulo Tinel.

No período seco, entre junho e novembro, os Comitês PCJ, por meio da CT-MH, é que são responsáveis pelas descargas do Canteira para as Bacias PCJ. O sistema abastece diretamente cerca de 3,9 milhões de pessoas em 19 municípios. Na terça-feira (03.09.2024), o armazenamento do Cantareira era de 56,7% do volume útil total. Há um ano, este percentual era de 78.3. As Bacias PCJ tem direito a 158 bilhões de litros de água nesse período de seis meses. Até agosto, foi utilizada metade desse volume. Em agosto deste ano, o total utilizado foi 7% maior que o mesmo mês de 2023.

Na opinião de Tinel, a Câmara Técnica terá uma melhor noção quanto a estiagem de 2025 na próxima reunião, 3 de outubro, por videoconferência. “O Alexandre (Vilella, coordenador da CT-MH) nos disse hoje que a reunião de outubro vai ser um balizador do que teremos. Porque se você tiver, a partir de outubro, a precipitação das chuvas, eu acredito que vai ser um balizador. Eu acho que ameniza o problema. Mas, se você tiver uma postergação do período chuvoso, 2025 entra no estado de atenção”, comentou o coordenador-adjunto.

Em apresentação sobre chuvas/vazões em agosto/2024 e perspectivas para os próximos meses, Karoline Dantas, da Sala de Situação PCJ, informou que dos 31 dias de agosto, 27 dias não tiveram registro de chuvas. Segundo ela, o cenário geral nas Bacias PCJ, é de seca fraca, mas em alguns municípios a seca moderada, avançando para seca grave, conforme classificação do Monitor de Secas. Na reunião, o coordenador do GT-Previsão do Tempo, Jorge Mercanti, falou sobre as previsões meteorológicas e climáticas para a região e também país e mundo.

Outro assunto discutido no encontro foi sobre uma das responsabilidades que os Comitês assumiu em relação à mortandade de peixes ocorrida em julho no Rio Piracicaba e na APA Tanquã: a ampliação da rede de monitoramento da qualidade da água, com a instalação de novas estações automáticas no trecho de 70 quilômetros entre Americana (SP) e o Tanquã. A previsão é que isso aconteça até o final de 2025. A ação será com recursos da cobrança pelo uso da água (Cobrança PCJ Paulista/Fehidro) e em parceria com a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo).

“As estações preveem acompanhar a qualidade da água do rio, principalmente a questão do oxigênio dissolvido, permitindo uma rápida ação dos órgãos fiscalizadores, no caso a CETESB, e também do DAEE quando a questão for quantidade. São essenciais essas estações. Acredito que seja o primeiro rio do Brasil tão monitorado quanto a nossa necessidade em função da escassez”, ressaltou Tinel.

Houve ainda apresentações sobre a situação dos mananciais, Sistema Cantareira, informações dos usuários e das condições hidrometeorológicas, assim como relato de ocorrências registradas durante o mês de agosto de 2024. Um dos relatos foi do SAAE de Atibaia, que constatou espuma branca em um trecho da cabeceira do Rio Atibaia no dia 16 de agosto, em uma ocorrência de curta duração.

Na deliberação sobre as vazões a serem descarregadas do Sistema Cantareira às Bacias PCJ em atendimento às resoluções conjuntas ANA/DAEE nº 925 e 926/2017, os membros da CT-MH decidiram manter os atuais volumes de 5 metros cúbicos/segundo no Rio Cachoeira; 4,5 m3/s no Atibainha; e 1,5 m3/s na Represa Jaguari/Jacareí.

No encontro, representantes da SIMEPAR (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná) fizeram duas apresentações. A primeira, do coordenador de operação, Marco Josevicius, foi sobre um vídeo da plataforma de visualização de eventos de focos de calor, em 23 de agosto, com propagação de queimadas principalmente na região de Ribeirão Preto. “É um evento de muito impacto que eu nunca tinha visto. Não é  diretamente relacionado com a água, mas deve ter havido problemas quanto à qualidade da água” comentou Josevicius.

O pesquisador Danilo Mildemberger apresentou as campanhas de monitoramento hidrométrico nas Bacias dos Rios Jaguari e Atibaia. Os objetivos da atividade contratada pela Agência PCJ e deliberada pelos Comitês PCJ, são o reconhecimento detalhado dos principais corpos hídricos que compõem o sistema;  identificação de áreas com regularizações que podem impactar nos resultados do modelo; medições de descargas liquidas para comparação com os dados telemétricos; verificação das descargas liberadas pelos reservatórios; identificação de possíveis retiradas não consideradas pelo modelo; e geração de seções topobatimétricas em pontos específicos dos corpos hídricos. Os principais resultados e conclusões foram: divergência entre os volumes de água descarregados pelos reservatórios e os volumes medidos (Bacia do Jaguari); boa correlação entre os dados medidos e calculados pelas estações telemétricas; identificação de retiradas de água não contabilizadas no modelo; e identificação de áreas com regularização (barramentos) não consideradas pelo modelo.

Na abertura da reunião, o pesquisador-chefe da Embrapa Meio Ambiente, Robson Barizon, deu as boas-vindas e apresentou a instituição aos participantes. Além de Vilella e Tinel, a coordenação da CT-MH é formada também por Luís Filipe Rodrigues, da Assemae (Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento). 

1ª Reunião Ordinária do CBH-PJ1 de 2024 foi realizada por videoconferência

03 de setembro de 2024

O panorama do Plano Diretor de Recursos Hídricos (PDRH) e a proposta de Enquadramento dos Corpos de Água (ECA) da Circunscrição Hidrográfica-PJ1 foram os destaques da 1ª Reunião Ordinária de 2024 do Comitê PCJ mineiro (CBH-PJ1), realizada nesta terça-feira, dia 3 de setembro, por meio de videoconferência.

A apresentação sobre os assuntos foi feita pela engenheira ambiental  Júlia Nunes Costa Gomes, da Gerência de Planejamento de Recursos Hídricos (GPLAN) do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM). Inicialmente, Júlia falou sobre o Plano Estadual de Recursos Hídricos e sobre o Painel de Indicadores do Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) de Minas Gerais. O tema principal abordado pela palestrante foi sobre o Enquadramento dos Corpos d’água. No caso da proposta do PJ1, ainda faltam complementações.

“O enquadramento é o nosso maior desafio. Diferente dos Planos de Recursos Hídricos, não conseguimos implementar em todo o Estado”, comentou Júlia. Em Minas Gerais, a questão do enquadramento na plataforma GIS pode ser consultada neste link. A engenheira ambiental também ressaltou que muitas ações vão depender dos municípios. O Plano das Bacias PCJ, incluindo o Plano Diretor de Recursos Hídricos da UPGRH PJ1, pode ser acessado neste link.

Entre os representantes do CBH-PJ1, estiveram presentes a presidente Mylena Oliveira; o secretário-executivo Adilson Ramos de Souza e o secretário-executivo adjunto, Maurício Djalles Costa.

A Agência PCJ foi representada na reunião pela diretora-técnica, Patrícia Barufaldi, e pelos coordenadores Eduardo Léo (Sistema de Informações) e Vanessa Longato (Apoio ao Sistema de Gestão de Recursos Hídricos). O encontro também contou com a participação do secretário-executivo do CBH-PCJ e PCJ FEDERAL, Denis Herisson Silva.

EVENTOS

Nos informes, Mylena destacou a participação de representantes do CBH-PJ1 em dois importantes eventos. Um deles foi o 1º Encontro Regional dos Comitês de Bacias Hidrográficas da Região Sudeste (ERCOB/SE), de 8 a 10 de julho, em Belo Horizonte (MG). O outro evento, foi o 1º Fórum Brasil das Águas, entre 5 e 9 de agosto, em Foz do Iguaçu (PR). “Acredito que esses eventos impulsionam a governança dos comitês de bacias”, disse Mylena. “Foi enriquecedor para nós, houve muita troca de experiências. Foi um aprendizado muito bom”, concluiu Adilson.

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