| Mês: julho de 2023

O ato valida o modelo participativo da gestão das águas junto à sociedade nas Bacias PCJ

Mais de 800 participantes marcaram presença nas reuniões de eleição para as coordenações das 11 Câmaras Técnicas (CTs) temáticas dos Comitês PCJ – Piracicaba, Capivari e Jundiaí. Realizadas virtualmente em 19 de julho de 2023, as reuniões expressam a essência do modelo participativo de gestão das águas, estruturado para garantir a representatividade de órgãos públicos, municípios, usuários de recursos hídricos e organizações civis. As CTs temáticas desempenham um papel crucial no gerenciamento dos recursos hídricos, oferecendo uma variedade de visões técnicas fundamentais para embasar as decisões dos Comitês PCJ.

Durante a abertura, na qual houve a posse dos membros nas CTs, o secretário executivo dos Comitês PCJ, André Navarro, destacou que as câmaras técnicas desempenham um papel estratégico nos processos de discussão dentro dos Comitês PCJ e revelou a significativa representatividade do órgão. “Ao todo, cerca de 1,5 mil pessoas estão envolvidas nas atividades dos Comitês, incluindo CT-PL, Plenários e as câmaras técnicas temáticas. A relevância atribuída aos Comitês PCJ no cenário da governança das águas é consequência do nível do nível do debate que mantemos aqui, que se consolida cada vez mais como um exemplo notável de diálogo e cooperação entre os diversos setores que atuam em prol da gestão sustentável dos recursos hídricos da região”, afirmou Navarro. “Não temos notícia nem de um conselho estadual, ou mesmo o federal, que tenha tantas câmaras técnicas e pessoas envolvidas como nos Comitês PCJ, o que denota a voz que se dá para a sociedade nessa bacia”, completou.

Sergio Razera, diretor-presidente da Agência PCJ, avalia como um dos principais diferenciais dos Comitês PCJ o número de participantes das câmaras temáticas – mais de 1.000 pessoas – o que indica a grande representatividade e diversidade da organização. “Esse número de pessoas e técnicos das mais diversas instituições que integram os Comitês PCJ mostra a sua importância, pujança e dinamismo que resultam em um debate rico em diversidade de pontos de vista e ações sobre todos os temas voltados à gestão dos recursos hídricos. As Câmaras Técnicas têm conquistado espaços fundamentais, produzido documentos e discussões, sendo esse o grande diferencial dos Comitês PCJ. Assim, desejo aos novos coordenadores que tenham dois anos de mandato bastante prósperos, que possibilitem os resultados necessários para a manutenção da qualidade de vida, pois a gestão de recursos hídricos é bastante ativa e forte, já que os problemas existem, e juntos atuamos para minimizá-los e solucioná-los”, afirmou Razera.

Na ocasião, Navarro reforçou as competências das Câmaras Técnicas dos Comitês PCJ, além de explicar a estrutura e o funcionamento dos colegiados e as bases conceituais e legais da gestão dos recursos hídricos. No final da manhã e ao longo da tarde cada uma das câmaras elegeu seu coordenador e coordenador-adjunto para a gestão 2023-2025. A posse da coordenação aconteceu logo após a eleição, com a definição da agenda de reuniões para os próximos dois anos, a criação ou recomposição de grupos de trabalho (GTs), além da criação de grupo para a elaboração do Plano de Trabalho de cada CT.

As câmaras técnicas que elegeram suas coordenações foram as de Outorgas e Licenças (CT-OL); Conservação e Proteção dos Recursos Naturais (CT-RN); Monitoramento Hidrológico (CT-MH); Integração e Difusão de Pesquisas e Tecnologias (CT-ID); Águas Subterrâneas (CT-AS); Saneamento (CT-SA); Saúde Ambiental (CT-SAM); Educação Ambiental (CT-EA); Uso e Conservação da Água no Meio Rural (CT-Rural); Plano de Bacias (CT-PB) e Uso e Conservação da Água na Indústria (CT- Indústria).

A organização do evento é realizada pela Coordenação de Apoio ao Sistema de Gestão de Recursos Hídricos da Agência das Bacias PCJ, que agora assumiu também a secretaria de cada câmara técnica. 

COMITÊS PCJ

Os Comitês PCJ (CBH-PCJ) são formados por 12 Câmaras Técnicas. As CTs integram o processo de gestão descentralizada e participativa desenvolvido nos colegiados, que abrange o território de 76 municípios, sendo 71 paulistas e cinco mineiros.

Cada uma das 11 câmaras técnicas temáticas promove discussões e estudos e sugere ações aos Comitês. Essas Câmaras são formadas por representantes da sociedade civil, usuários dos sistemas de saneamento, empresas, entidades, prefeituras e órgãos dos governos paulista, mineiro e federal.

A única CT para a qual não houve eleição é a Câmara Técnica de Planejamento (CT-PL), que atua como instância preliminar dos Comitês PCJ na apreciação e consolidação das proposições aos Plenários, tais como programas de ação, priorizações de projetos e obras de interesse local e regional, entre outras competências dos colegiados. É o espaço de integração e articulação das ações das CTs para os Plenários. A composição da CT-PL, coordenada pelo Secretário-executivo dos Comitês PCJ, André Navarro, já ocorreu na reunião plenária realizada em março deste ano.

COORDENAÇÕES ELEITAS

Saiba mais sobre as CTs: www.comitespcj.org.br     

1. Câmara Técnica de Outorgas e Licenças (CT-OL) 

Coordenadora: Cecília de Barros Aranha (DAEE)

Coordenadora adjunta: Ariana Rosa Bueno Damiano (DAEE)

2. Câmara Técnica de Conservação e Proteção dos Recursos Naturais (CT-RN) 

Coordenador: João José Assumpção de Abreu Demarchi (IZ/Apta)

Coordenador adjunto: Miguel Madalena Milinski (AAMHOR)

3. Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico (CT-MH)

Coordenador: Alexandre Luís Almeida Vilella (Fiesp)

Coordenador adjunto: Paulo Roberto Szeligowski Tinel (Assemae)

2º Coordenador Adjunto: Luís Filipe Rodrigues (Assemae)

4. Câmara Técnica de Integração e Difusão de Pesquisas e Tecnologias (CT-ID)

Coordenador: Tadeu Fabrício Malheiros (EESC/USP)

Coordenador adjunto: Duarcides Ferreira Mariosa (Associação Ambiental Plantar)

5. Câmara Técnica de Águas Subterrâneas (CT-AS)

Coordenadora: Mariza Fernanda da Silva (Sabesp)

Coordenadora adjunta: Deborah do Valle Nuvens Lunardi (DAEE)

6. Câmara Técnica de Saneamento (CT-SA) 

Coordenador: Mateus Bento Batista Arantes (Prefeitura de Louveira)

Coordenadora adjunta: Patrícia Regina Siqueira Ferreira Calegari (Prefeitura de Louveira)

7. Câmara Técnica de Saúde Ambiental (CT-SAM)

Coordenadora: Roseane Maria Garcia Lopes de Souza (Abes-SP)

Coordenadora adjunta: Cassiana Maria Reganhan Coneglian (FT/Unicamp)

 8. Câmara Técnica de Educação Ambiental (CT-EA) 

Coordenadora: Ana Lúcia Floriano Rosa Vieira (Assemae)

Coordenadora adjunta: Adriana Sacioto Marcantonio (Apta/SAA)

 9. Câmara Técnica de Uso e Conservação da Água no Meio Rural (CT-Rural) 

Coordenador: João Primo Baraldi (Sindicato Rural de Rio Claro)

Coordenador adjunto: Denis Herisson da Silva (Secretaria de Agricultura e Abastecimento)

10. Câmara Técnica do Plano de Bacias (CT-PB) 

Coordenadora: Caroline Túbero Bacchin (DAEE)

Coordenadora adjunta: Raquel Eliana Metzner (IPSA-C)

11. Câmara Técnica de Uso e Conservação da Água na Indústria (CT-Indústria)

Coordenador: Jorge Antônio Mercanti (Ciesp – DR Campinas)

Coordenador adjunto: Vlamir Mitsuo Kanashiro (Ciesp – DR Campinas)

Saiba mais sobre as CTs: www.comitespcj.org.br     

Atividades serão por meio de videoconferência e marcam o encerramento do processo eleitoral dos colegiados

No próximo dia 19 de julho de 2023, os Comitês PCJ (Comitês das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) realizarão as eleições das coordenações de 11 de suas 12 Câmaras Técnicas (CTs) para a gestão 2023-2025. Essas atividades, que serão conduzidas por meio de videoconferência, marcam o encerramento do processo eleitoral dos colegiados e destacam a pluralidade e a gestão descentralizada presentes nos Comitês PCJ. O evento acontece a partir das 9h00 e pode ser acompanhado pelo YouTube, no link https://bit.ly/CTsComitêsPCJ

Atualmente, os Comitês PCJ contam com 1.352 membros. Desse total, 1.106 são integrantes das câmaras técnicas. Antes das eleições das coordenações, haverá a posse dos membros nas CTs. O período de inscrição das entidades terminou em 30 de junho. “As câmaras técnicas desempenham papel estratégico nos processos de discussão dentro dos Comitês PCJ, sendo a base de sustentação e de fornecimento de subsídios para as tomadas de decisões dos Plenários dos Comitês PCJ. São mais de mil pessoas comprometidas com a gestão dos recursos hídricos, com o meio ambiente e a sustentabilidade”, destacou Vanessa Bortolazzo Longato, coordenadora de Apoio ao Sistema de Gestão dos Recursos Hídricos da Agência das Bacias PCJ.

Às 10h30 e às 14h00, as reuniões específicas de cada CT serão realizadas por meio de plataforma fechada. Em cada uma delas, serão eleitos o coordenador e o coordenador-adjunto para a gestão 2023-2025. Logo após a eleição, ocorrerá a posse da coordenação, e serão definidos a agenda de reuniões para os próximos dois anos, a criação ou recomposição de grupos de trabalho e a criação de um grupo para a elaboração do Plano de Trabalho de cada CT.

Os Comitês PCJ abrangem um território de 76 municípios, sendo 71 paulistas e cinco mineiros, e contam com 12 Câmaras Técnicas que integram o processo de gestão descentralizada e participativa.  As CTs são as de: Águas Subterrâneas (CT-AS); Educação Ambiental (CT-EA); Integração e Difusão de Pesquisas e Tecnologias (CT-ID); Uso e Conservação da Água na Indústria (CT-Indústria); Monitoramento Hidrológico (CT-MH); Outorgas e Licenças (CT-OL); Plano de Bacias (CT-PB); Conservação e Proteção de Recursos Naturais (CT-RN); Uso e Conservação da Água no Meio Rural (CT-Rural); Saneamento (CT-SA); Saúde Ambiental (CT-SAM) e Planejamento (CT-PL).

Cada uma das 11 câmaras técnicas temáticas promove discussões e estudos e sugere ações aos Comitês. Essas Câmaras são formadas por representantes da sociedade civil, usuários dos sistemas de saneamento, empresas, entidades, prefeituras e órgãos dos governos paulista, mineiro e federal.

A única CT para a qual não haverá eleição é a CT-PL, que atua como instância preliminar dos Comitês PCJ na apreciação e consolidação das proposições aos Plenários, tais como programas de ação, priorizações de projetos e obras de interesse local e regional, entre outras competências dos colegiados. A composição da Câmara Técnica de Planejamento, coordenada pelo secretário-executivo dos Comitês PCJ, André Navarro, já ocorreu na reunião plenária realizada em março deste ano.

A organização do evento é realizada pela Coordenação de Apoio ao Sistema de Gestão de Recursos Hídricos da Agência das Bacias PCJ.

SERVIÇO

Reunião conjunta de posse dos membros e Eleição das coordenações das Câmaras Técnicas dos Comitês PCJ

DATA: Quarta-feira, 19 de julho de 2023

HORÁRIO: a partir das 9h

LINK: https://bit.ly/CTsComitêsPCJ (Obrigatório aos membros registrarem presença no chat da plataforma)

ORGANIZAÇÃO: Coordenação de Apoio ao Sistema de Gestão de Recursos Hídricos da Agência das Bacias PCJ

INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA: Assessoria de Comunicação da Agência das Bacias PCJ

E-mail: comunicapcj@agencia.baciaspcj.org.br    

RESUMO DA ATUAÇÃO DE CADA CÂMARA TÉCNICA:

1. A Câmara Técnica de Outorgas e Licenças (CT-OL) efetua diagnóstico, análise e proposição de critérios e procedimentos no que se refere a outorgas e licenças. Manifesta-se também sobre propostas de reenquadramento de corpos d´água.

2. A Câmara Técnica de Conservação e Proteção dos Recursos Naturais (CT-RN) promove conservação e proteção do solo, gestão florestal, proteção e recuperação dos mananciais.

3. A Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico (CT-MH) analisa dados e informações sobre a quantidade e a qualidade da água nas bacias hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. Também define regras operativas, adequações técnicas, execução de obras e implementação de medidas preventivas e corretivas para a operação e manutenção de reservatórios, captações de água e efluentes líquidos.

4. A Câmara Técnica de Integração e Difusão de Pesquisas e Tecnologias (CT-ID) promove a integração sinérgica entre trabalhos, pesquisas e desenvolvimento tecnológico nas áreas de recursos hídricos.

5. A Câmara Técnica de Águas Subterrâneas (CT-AS) propõe a coleta, sistematização e divulgação de informações sobre estudos, pesquisa, desenvolvimento tecnológico e trabalhos na área de recursos hídricos subterrâneos.

6. A Câmara Técnica de Saneamento (CT-SA) elabora estudos, promove a divulgação e debates acerca dos programas prioritários, ações, serviços e obras a serem realizadas na área de saneamento. Também propõe medidas para a integração entre os Planos Municipais de Saneamento.

7. A Câmara Técnica de Saúde Ambiental (CT-SAM) discute sobre a implementação de ações de melhoria e recuperação dos corpos d´água e da água tratada, visando à melhoria da saúde ambiental e humana.

8. A Câmara Técnica de Educação Ambiental (CT-EA) avalia, acompanha, propõe atualizações e promove a Política de Educação Ambiental das Bacias PCJ.

9. A Câmara Técnica de Uso e Conservação da Água no Meio Rural (CT-Rural) propõe ações para promover a integração e entre instituições que atuam no meio rural, visando a conservação e uso sustentável do solo e de seus recursos hídricos.

10. A Câmara Técnica do Plano de Bacias (CT-PB) acompanha a implementação das metas, programas, ações e investimentos preconizados no Plano de Bacias. Também propõe diretrizes, critérios e valores relacionados à revisão e aplicação da cobrança pelo uso dos recursos hídricos.

11. A Câmara Técnica de Uso e Conservação da Água na Indústria (CT-Indústria) estuda, discute e promove políticas relacionadas ao uso sustentável dos recursos hídricos na indústria.

Saiba mais: www.comitespcj.org.br   

FOTO: Plenária dos Comitês PCJ realizada em março de 2023 (Acervo/Agência das Bacias PCJ)

Seminário IV foi realizado no dia 6 de julho, por meio de videoconferência

A Agência das Bacias PCJ está desenvolvendo um plano para a Bacia Hidrográfica do Rio Capivari, com o objetivo de combater enchentes na região. Durante o Seminário IV, realizado no dia 6 de julho por meio de videoconferência, foram apresentadas sugestões de ações para reduzir as inundações.

O estudo, chamado oficialmente de Plano Diretor de Macrodrenagem da Bacia Hidrográfica do Rio Capivari (PDM-BHC), envolve os seguintes municípios: Campinas, Capivari, Elias Fausto, Hortolândia, Indaiatuba, Itupeva, Jundiaí, Louveira, Mombuca, Monte Mor, Rafard, Rio das Pedras, Tietê, Valinhos e Vinhedo. 

Foram propostas medidas estruturais e não estruturais, baseadas em análises da situação atual e levantamentos de campo. Durante o seminário, destacou-se a importância do planejamento diante das mudanças no padrão de chuvas e o papel dos Comitês PCJ e da Agência PCJ na busca por soluções. Também foi ressaltada a relevância da colaboração direta dos municípios no fornecimento de informações para obter resultados concretos.

O plano estabelece ações específicas para cada trecho/município do Rio Capivari, considerando a capacidade financeira e de implementação de cada localidade. Em agosto, deverão ser apresentadas as minutas de Termo de Referência para a elaboração ou revisão dos Planos Municipais de Drenagem.

O projeto incluiu a realização de quatro seminários e está prevista uma Audiência Pública para apresentação e discussão dos resultados. O investimento total é de R$ 1,2 milhão, provenientes da Cobrança PCJ Federal pelo uso da água.

O Plano de Macrodrenagem encontra-se em sua terceira etapa, com a apresentação das propostas de ações. A quarta e última etapa compreende a realização da Audiência Pública e a apresentação do Relatório Final e Relatório Síntese, previstos para ocorrerem até o final de 2023.

Foto: Profill – Rio Capivari, no município de Tietê (SP)

Assuntos foram tratados durante a 231ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico

5 de julho de 2022

Foi realizada na manhã de terça-feira, 05 de julho de 2022, a 231ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico no âmbito dos Comitês PCJ. No encontro, realizado por meio de videoconferência foram debatidos os tema previstos em pauta, entre eles a apresentação da Sala de Situação PCJ: chuvas/vazões em junho/2022 e perspectivas para os próximos meses; as previsões meteorológicas pelo GT-Previsão do Tempo; apresentação: Monitor de Secas pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico – ANA; e por fim a deliberação sobre as vazões a serem descarregadas do Sistema Cantareira às Bacias PCJ em atendimento as resoluções conjuntas ANA/DAEE nº 925 e 926/2017.

No princípio da reunião Alexandre Luis Almeida Vilella (FIESP), afirmou que atualmente os rios das Bacias PCJ  estão com  vazões baixas em níveis para julho que seriam observados apenas no fim da estiagem, o que de certa forma gera preocupação.  Por sua vez, Ricardo Ferreira Abdo, da Prefeitura de Jaguariúna afirmou que a tratabilidade da água no município ainda não se perdeu, apesar da baixa vazão no rio Jaguarí que o serve. “Ainda é possível conviver por mais que estejamos na estiagem. A questão da vazão começou a preocupar pois os índices esperados apenas para setembro e agosto já começaram a ser verificados. Não há ganho nenhum de vazão entre Buenópolis e Jaguariúna, o que indica um fator de estresse hídrico para toda a região, visto que o município registra já a vazão de 2m³/s”. E prosseguiu: “limpezas e manutenções feitas anteriormente permitem a captação de água, caso contrário a situação já estaria diferente. Ainda é muito cedo para vazões tão baixas. Acredito que os acréscimos de descarga serão necessárias, em volumes superiores a 0,25m³/s, visto que não estamos nem na metade de julho e estamos com a calha de rios bastante vazias” afirmou o representante da prefeitura.

Ao ocupar a palavra Sinézio de Toledo (Sanasa/Assemae) traçou o cenário do quadro atual para captação na ETA Capivari. “O trabalho ainda se mostra afetada em virtude de substâncias que deixam a água com odor desagradável. Mesmo com o tratamento o odor não deixa de existir. Há testes sendo feitos, mas nenhum com sucesso até o momento. Também notamos efluentes na região de Vinhedo com odor cítrico em virtude da presença de empresas de cosméticos e outros produtos químicos representando um problema o que tem demandado um trabalho intensificado para detecção e combate”, disse.

Houve na sequência a apresentação da Sala de Situação com relação a chuvas em junho de 2022 e perspectivas para os próximos meses. A apresentação foi feita POR Karoline de Goes Dantas. Dados pluviométricos e junho, a maior dos postos teve chuvas abaixo da média. No mapa de anomalia de precipitação foi verificado que nas Bacias PCJ houve predominância de anomalias negativas entre menos 25 e menos 49%. Em junho, 17 estações registraram acumulados abaixo da média histórica; Predomínio de chuvas pouco distribuídas; No âmbito das bacias PCJ, a normal climatológica período 1979-1995 não foi superada. Ao término desta apresentação a profissional Ísis Franco, da Sala de Situação PCJ comunicou o desligamento do Daee após 11 anos de serviços prestados. Os membros da reunião teceram palavras elogiosas referentes ao seu trabalho e fizeram votos de prosperidade e sucesso em sua nova empreitada profissional.

Ocorreu também, ainda na questão climatológica, a fala de Jorge Mercanti (GT-Previsão) que apresentou dados da previsão que indica tendencia de chuva apenas a partir de setembro em virtude da prevalência da estiagem causada, entre outros fatores, pelo fenômeno La Niña.
Logo depois ocorreu a deliberação sobre as vazões a serem descarregadas do Sistema Cantareira para as Bacias PCJ ficando estabelecido os seguintes volumes: Cachoeira com a manutenção dos atuais 6 m³/s; Atibainha permanecendo com os 4,5 m³/s; e Jaguari/Jacareí sendo elevado dos atuais 1 m³/s para 1,25 m³/s.

Momento elevado prestígio ao encontro foi verificado durante a apresentação do Monitor de Secas pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico por Priscila Monteiro (Monitor de Secas- ANA). Em linhas gerais, a mensagem da peça teve como mote: “A seca é uma doença crônica, para a qual a chuva é o remédio esperado. Porém, quanto mais grave (intensa), maior a dose (volume) requerida. O tempo do tratamento varia caso a caso, segundo o histórico (dados) do paciente (lugar afetado). O acompanhamento contínuo é vital enquanto durarem os sintomas (impactos), mas também recomendado para prevenção de novas crises”.

A próxima reunião da CT-MH está agendada para 03 de agosto de 2022. (FF)

Última reunião da atual composição da CT-MH revela dados e medidas para garantir o abastecimento de água na região

05 de julho de 2023

A 243ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico abordou diversos tópicos relevantes. Foram discutidas a situação dos mananciais, o Sistema Cantareira, as informações dos usuários e as condições hidrometeorológicas, além das ocorrências registradas durante o mês de maio de 2023. Também foram apresentados os produtos disponíveis na Sala de Situação PCJ, as chuvas e vazões ocorridas em maio de 2023, bem como as perspectivas para os próximos meses. Além disso, foram discutidas as previsões meteorológicas e o Boletim de Monitoramento da Qualidade nas bacias, apresentado pela Cetesb. Por fim, houve a deliberação sobre as vazões a serem descarregadas do Sistema Cantareira às Bacias PCJ e a apreciação de um parecer técnico conjunto do Plano de Ação do Planejamento Estratégico das Câmaras Técnicas CT-MH, CT-ID e CT-PB.

Alexandre Villella conduziu o encontro e expressou seu agradecimento pela confiança, participação e apoio de todos os membros da CT-MH. Ele ressaltou a importância do envolvimento, profissionalismo e dedicação de cada um, destacando que essa seria a última reunião da atual formação e mandato da CT-MH. Villella informou que, ainda em julho de 2023, ocorrerá a reformulação de todas as CT dos Comitês PCJ, incluindo a CT-MH.

Na sequência, foram apresentados os dados sobre as condições hidrometeorológicas dos rios das Bacias PCJ e do Sistema Cantareira. No dia 5 de julho, o Sistema Cantareira registrava os seguintes índices: Q nat de 15,01 m³/s, Qps de 0 m³/s e V.U. de 98%. O Q Jus era de 7,75 m³/s. Atualmente, o Sistema Cantareira opera dentro da faixa Normal, com um volume de armazenamento correspondente a 82,8% de sua capacidade. Há um ano, o volume armazenado era de 38,3%. Para São Paulo, a média de descarregamento é de 24,35 m³/s. Já o Sistema Integrado da RMSP apresenta um volume de 82,4%, sendo que há um ano esse valor era de 54,1%. Durante o ano, utiliza-se cerca de 30% a 35% da capacidade de reservação do Sistema Cantareira.

Posteriormente, Rafael Leite, engenheiro coordenador da Sala de Situação PCJ, apresentou os dados de chuvas e vazões ocorridas em junho de 2023, assim como as perspectivas para os próximos meses. Na sub-bacia do rio Atibaia, as chuvas foram ligeiramente acima da média histórica, com precipitação registrada em apenas três dias de junho. Já na sub-bacia do rio Jaguari, o acumulado ficou próximo do esperado para o mês. Na sub-bacia do rio Piracicaba, as chuvas foram mais intensas, com várias estações registrando valores acima da média.

Em seguida, Jorge Mercanti, coordenador do GT-Previsão, compartilhou os dados hidrometeorológicos para as Bacias PCJ. Ele destacou que o fenômeno El Niño já estava bem pronunciado no início de junho, com previsão de prevalência entre janeiro, fevereiro e março de 2024. A partir de agosto e setembro, espera-se o início das chuvas na região sul do Brasil, e não há previsão de secas tão drásticas para as Bacias PCJ nos próximos 6 meses. Marco Jusevicius, do Simepar, confirmou a evolução do domínio do El Niño, ressaltando que sua influência é mais incisiva no nordeste do Brasil e menos prevalente no sudeste. Segundo ele, o fenômeno não apresenta sinais claros de relação direta no país como um todo, e os dados indicam que seus efeitos serão minimizados.

Beatriz Durazzo Ruiz, gerente de águas interiores da Cetesb, apresentou os dados dos boletins de monitoramento da qualidade da água dos corpos hídricos das Bacias PCJ, referentes ao ano de 2021/2022 e ao 1º trimestre de 2023. Ela destacou que os índices de Qualidade de Água fornecem uma visão geral da qualidade da água, classificando os corpos hídricos em faixas de qualidade. Esses índices facilitam a comunicação com o público, auxiliam na tomada de decisão por parte dos gestores e operadores do saneamento em áreas críticas e permitem a comparação espacial e temporal.

Por fim, ocorreu a deliberação sobre as vazões a serem descarregadas do Sistema Cantareira para as Bacias PCJ durante o período seco. O comunicado da CT-MH ao Daee estabeleceu os seguintes indicadores: Cachoeira com 5m³/s, Atibainha com 2,5 m³/s (mantidos) e Jaguari/Jacareí com a descarga elevada de 0,25 m³/s para 0,50 m³/s. A próxima reunião da CT-MH está agendada para o dia 03 de agosto de 2023, de forma presencial em local ainda a ser definido.

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