| Dia: 28/04/2022

 Falecimento foi na manhã desta quinta-feira(28.04.2022); Mendes Thame foi presidente do CBH-PCJ (Comitê Paulista) nos dois primeiros mandatos, entre 1995 e 1997

Primeiro presidente dos Comitês PCJ,  o ex-deputado federal e ex-prefeito de Piracicaba (1993 e 1996), Antonio Carlos de Mendes Thame, faleceu, aos 75 anos, na manhã desta quinta-feira,  28 de abril. Ele estava internado e sofreu uma parada cardiorrespiratória irreversível.

Mendes Thame foi presidente do CBH-PCJ (Comitê Paulista) nos dois primeiros mandatos da entidade, entre 1993 e 1997. Era engenheiro agrônomo formado pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP) e advogado formado pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas).

Em entrevista ao jornal Tribuna Piracicabana, em dezembro de 2018, Mendes Thame falou sobre a atuação nos Comitês PCJ. “Tive o privilégio de ter sido o primeiro presidente do primeiro Comitê de Bacias formado no Estado de São Paulo, que se tornou uma referência para comitês criados posteriormente por todo o país. Nós tínhamos a visão de que questões ligadas a recursos hídricos deveriam ser tratadas em um projeto coletivo, e não apenas por uma cidade. Os comitês seriam eficientes por permitirem a participação de todos, com envolvimento e corresponsabilidade. Os representantes dos poderes constituídos (federal, estadual e municipal), das empresas e dos usuários dariam sua contribuição. E o tempo provou que estávamos certos”, disse Thame à época.

Com forte atuação em pautas relacionadas a preservação do meio ambiente e sustentabilidade, foi secretário de Recursos Hídricos, Saneamento e Obras do estado de São Paulo durante os governos Mário Covas/Geraldo Alckmin entre 1999 e 2002, além de deputado federal por sete mandatos. No setor hídrico,  também coordenou as obras de aprofundamento da calha do Tietê e a construção de piscinões, para enfrentar as enchentes na capital.

DEPOIMENTOS – Atual presidente dos Comitês PCJ, Luciano Almeida, prefeito de Piracicaba, destacou que uma marca importante da atuação de Mendes Thame foi a preocupação com o meio ambiente. “O ex-prefeito e ex-deputado Thame foi precursor da agenda ambiental. Ter sido o primeiro presidente dos Comitês PCJ mostra esse engajamento. Foi um grande defensor do meio ambiente e um grande prefeito”, disse Luciano Almeida, que decretará luto oficial de três dias no município de Piracicaba.

Sergio Razera, diretor presidente da Agência das Bacias PCJ disse ter recebido com comoção a notícia do falecimento de Mendes Thame. “Ele deixa um grande legado com o amplo de sua atuação em defesa do meio ambiente e uma expressiva contribuição para a gestão de recursos hídricos no Brasil. Pioneiro ao tratar do tema, ainda nos anos 90, organizou o livro ‘A cobrança pelo uso da água’, tratando com olhar maduro da gestão descentralizada e participativa de recursos hídricos como também fruto de uma democracia representativa e eficiente em políticas públicas. Hoje, neste setor, nos sentimos órfãos, pois Mendes Thame estruturou o Sistema de Gestão de Recursos Hídricos no Brasil”, afirmou.

Secretário executivo à época da implantação dos Comitês PCJ, o engenheiro Rui Brasil Assis atuou junto a Mendes Thame na criação do órgão. Ele lamentou o falecimento do ex-parlamentar. “Mendes Thame, com quem tive o privilégio de trabalhar nas duas primeiras gestões do Comitê PCJ e depois na então Secretaria de Recursos Hídricos, foi um grande amigo, professor, político honrado e acima de tudo um líder que se apaixonou pela gestão das águas e pelo sistema de recursos hídricos. Deixa um imenso legado em todas as áreas que atuou e, para mim o ensinamento de fazer das divergências oportunidades de agregação e enriquecimento coletivo”, afirmou.

Mendes Thame deixa a esposa Nancy Thame, ex-vereadora e atual secretária de Agricultura e Abastecimento da Prefeitura de Piracicaba, e a filha Sofia Ferruzzi Thame, de 24 anos. O velório foi realizado na Câmara Municipal de Piracicaba e o sepultamento no Cemitério da Saudade.

Palestra foi com o geólogo Júlio Perroni, da GeoWater

28 de abril de 2022

Um dos principais itens de pauta da 73ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Águas Subterrâneas (CT-AS) foi o “diálogo” “As águas subterrâneas no contexto dos municípios”, com o palestrante Júlio Perroni, geólogo da GeoWater Assessoria, Projetos e Comércio, de Araraquara (SP). O encontro foi realizado na manhã desta quinta-feira, dia 28 de abril, por meio de videoconferência.

“São pouquíssimas as prefeituras no interior de São Paulo que possuem um geólogo em seu corpo técnico e isso dificulta bastante a comunicação com o órgão gestor”, comentou o coordenador da CT-AS, Vinicius Rosa Rodrigues. “Realmente temos uma série de problemas relacionados às águas subterrâneas nos municípios. Esse do corpo técnico é um deles. Um dos mais graves”, observou Perroni.

“As águas subterrâneas no contexto dos municípios” foi um dos assuntos sugeridos por membros da CT por meio de um formulário enviado pela coordenação. Ao longo deste e dos próximos dois anos, outros temas sugeridos pelos membros serão tratados nas reuniões da CT-AS. Entre eles, “Locação/Projetos/Construção de Poços e Manutenção e Reabilitação de Poços”, “Reservas, disponibilidade e potencialidade das águas subterrâneas”, “Recarga Artificial de Aquíferos: Legislação e Experiências no Brasil e no mundo”, entre outros.

Outro assunto debatido na reunião foi a elaboração de Termo de Referência (TR) sobre a “Execução de estudos hidrogeológicos para delimitação de áreas de restrição e controle nas Bacias do PCJ: Americana e Nova Odessa (SP)”. Os estudos serão contratados pela Agência das Bacias PCJ, através de processo licitatório. O assunto já havia sido discutido na 5ª Reunião do Grupo de Trabalho de Controle da CT-AS, na segunda-feira, dia 25 de abril.  O TR está em sua fase final, na qual está sendo definido o perfil da equipe que vai desenvolvê-lo.

No encontro houve também aprovação, por aclamação, da geóloga Sibele Ezaki, que era membro da CT-AS pelo Instituto Geológico e agora passa a integrar a CT como representante do IPA (Instituto de Pesquisas Ambientais). O IPA foi criado em 2021, a partir da junção de três instituições seculares, Institutos de Botânica, Florestal e Geológico, que atuaram fortemente na área ambiental desde a década de 1980. 

Informação foi passada durante a 10ª Reunião do GT-Previsão do Tempo

28 de abril de 2022

As chuvas na região das Bacias PCJ no curto e médio prazos estarão dentro da média prevista para o período. A informação foi transmitida durante a 10ª Reunião do Grupo de Trabalho de Previsão Hidrometeorologica da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico (CT-MH) dos Comitês PCJ. O encontro ocorreu na quinta-feira, 28 de abril de 2022, por meio de videoconferência e envolveu os membros e ouvintes da CT-MH.

De acordo com Jorge Antonio Mercanti (Ciesp/Campinas), há previsão tem chuvisco previsto para o dia 30 de abril, e depois, no dia 4 de maio ocorrerá um pouco mais de chuva. “Mas bem pouco, especialmente no interior do Estado de São Paulo. Quanto ao nível de precipitação, de acordo com o WRF do CPTEC, observa-se que a partir do dia 4 de maio teremos um acumulado de cerca de 10mm. No Simepar indicam os gráficos e mapas a mesma coisa. A chuva de 3 a 4 mm e no máximo 15 mm no posto de Buenópolis a partir do dia 4 de maio, o mesmo para o posto de Atibaia/Captação Valinhos”, disse.

Ainda segundo Mercantim a previsão do posto Replan e SP 332 indica média de chuva de 1377mm, e neste ano já foram registrados 896mm (maio 21 – abril22). A previsão pluviométrica no Sistema Cantareira indica média climatológica anual de 1.543mm, volume superior ao verificado entre maio 2021 e abril 2022 que foi de 1.099mm.

De acordo com Marco Jusevicius do Simepar não é possível afirmar que vai chover acima da média. “Mas podemos afirmar que teremos chuva dentro da média. Não temos muito o que contestar visto que La Niña é uma realidade. Mas ao menos aqui no estado do Paraná tivemos uma mudança no padrão de chuvas. Chuvas fortes e inesperadas estão acontecendo. No caso do PCJ, logico que se chover mais, muito bom, mas não podemos dar um prognóstico. O mais correto é continuar baseados no La Niña, lembrando que estamos entrando na seca”, disse.

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