| Mês: junho de 2021

Ações são realizadas desde 2016 nas Bacias PCJ por meio da Política de Mananciais PCJ

Plantio realizado em Analândia(SP), em 2018

O plantio de mais de 430 mil árvores é uma das atividades que faz parte do cotidiano dos Comitês PCJ e Agência das Bacias PCJ e pode ser destacada no Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho. Diversas ações de preservação do Meio Ambiente integram o trabalho desenvolvido pelos colegiados e pela fundação, que atua como sua secretaria executiva no gerenciamento dos recursos hídricos das Bacias PCJ (Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí).

Ao investir na melhoria da infraestrutura natural, utilizando-se de soluções baseadas na natureza para a recuperação, conservação e a proteção de mananciais, os Comitês PCJ e a Agência das Bacias PCJ contribuem para a melhoria da disponibilidade e da qualidade de água dos mananciais de abastecimento público das Bacias PCJ.

Das 432.542 mudas de árvores previstas, 150.839 já foram plantadas, sendo 28.339 em Holambra, entre 2016 e 2018, e outras 122.500 em Analândia, entre 2019 e 2021. Até 2023, outras 281.703 mudas serão plantadas nas Bacias PCJ, sendo 60 mil em Analândia e 15.003 em Salto até 2022 e mais 166.700 em Charqueada até 2023.

“A melhoria da disponibilidade e da qualidade da água, em qualquer bacia hidrográfica, demanda planejamento e implementação de ações em diversas áreas do conhecimento. Lidar com essa complexidade é um desafio que enfrentamos todos nós que atuamos na gestão de recursos naturais. Os Comitês PCJ têm atuado, a cada dia mais, buscando essa interdisciplinaridade. Os investimentos crescentes em proteção, conservação e recuperação de mananciais demonstram isso”, destacou o secretário-executivo dos Comitês PCJ, André Navarro.

Orientadas por dois principais instrumentos – a Política de Mananciais PCJ e o Plano Diretor para Recomposição Florestal (PDRF-PCJ) – as ações voltadas à melhoria da resiliência dos mananciais abrangem iniciativas de diagnóstico ambiental, restauração e preservação de fragmentos de vegetação, de maneira complementar ao manejo e conservação de solos e ao saneamento rural, com foco no diagnóstico integral da paisagem para adequação ambiental de áreas degradadas. O Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) também representa uma categoria de ação desenvolvida e voltada à adequação ambiental em propriedades rurais.

Até o momento, mais de 260 hectares de terras passam por reflorestamento em Holambra, Analândia, Salto e Charqueada, o que equivale a aproximadamente 260 campos de futebol. A partir do próximo ano, deve ocorrer a restauração de no mínimo 200 hectares nos municípios afetados pelo prolongamento da Rodovia dos Bandeirantes (Campinas, Cordeirópolis, Hortolândia, Limeira, Sumaré e Santa Bárbara D’Oeste) e aproximadamente 800 hectares nos municípios localizados na sub-bacia do Rio Corumbataí (Analândia, Charqueada, Corumbataí, Cordeirópolis, Ipeúna, Itirapina, Piracicaba, Rio Claro e Santa Gertrudes).

Além do reflorestamento, é realizado cercamento com o objetivo de proteger as nascentes. Até o momento, foram implantados aproximadamente 40 quilômetros de cercas. Outros 105 quilômetros serão implantados por execução indireta, via parceiros, pelo Banco de Áreas PCJ.

Na área de PSA, serão investidos R$ 1,1 milhão, além de R$ 184.189,47 de contrapartida dos municípios. Os investimentos beneficiarão 60 proprietários rurais, totalizando uma área de 2.513 hectares. 

OUTRAS AÇÕES

Em outras ações que também contribuem para o Meio Ambiente, os Comitês PCJ e a Agência das Bacias PCJ já investiram quase R$ 800 milhões nos últimos 27 anos, incluindo a contrapartida dos tomadores. Os recursos foram destinados principalmente para o tratamento de esgotos (R$ 361,3 milhões) e o combate à perda de água (R$ 300,8 milhões), entre outros, como investimentos em base de dados, cadastros, estudos e levantamentos, proteção dos corpos d’água, gerenciamento dos recursos hídricos e eventos hidrológicos extremos.

Os recursos são provenientes das cobranças pelo uso da água em rios de domínio da União e dos Estados de São Paulo e Minas Gerais (Cobranças PCJ Federal, Paulista e Mineira), além da Compensação Financeira pela Utilização dos Recursos Hídricos (CFURH) do setor hidrelétrico.

Desde 2018, a Agência das Bacias PCJ também aderiu voluntariamente à Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), programa do Ministério do Meio Ambiente que objetiva estimular os órgãos públicos do país a implementarem práticas de sustentabilidade.

A iniciativa nasceu com o objetivo de estimular a reflexão sobre a responsabilidade social a partir de práticas classificadas em cinco eixos temáticos: Gestão adequada dos resíduos gerados; Licitação Sustentável Compras públicas e sustentáveis; Qualidade de vida no ambiente de trabalho; Sensibilização e Capacitação dos Colaboradores Servidores; Uso racional dos recursos naturais e bens públicos; e Construções Sustentáveis. Como reconhecimento ao trabalho realizado, a Agência das Bacias PCJ conquistou, por dois anos consecutivos junto ao Ministério do Meio Ambiente, o Selo de Monitoramento da A3P.

SOBRE OS COMITÊS PCJ E A AGÊNCIA DAS BACIAS PCJ

A água tem diferentes usos – é fundamental em processos industriais, transporte, produção de alimentos, geração de energia, saneamento básico, entre outros.

Os três colegiados que formam os Comitês PCJ – Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (CBH-PCJ), Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ FEDERAL) e o Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba-Jaguari (CBH-PJ1) — são as instâncias máximas para a tomada de decisões sobre a gestão de recursos hídricos nas Bacias PCJ, com diretorias integradas.

No dia 18 de novembro, o comitê paulista (CBH-PCJ) comemorou 27 anos de instalação. Em março deste ano, o comitê federal completou 18 anos e o mineiro (CBH-PJ1), 13 anos.

Constituída em 2009, a Agência das Bacias PCJ é uma instituição de direito privado, sem fins lucrativos que completará 12 anos em 5 de novembro de 2021. As deliberações das ações a serem realizadas pela Agência das Bacias PCJ são feitas pelos Comitês PCJ. Gerenciar os valores arrecadados com a cobrança pelo uso dos recursos hídricos é uma das principais responsabilidades da Agência das Bacias PCJ.

As Bacias PCJ abrangem 71 municípios (66 paulistas e cinco mineiros). Os Comitês PCJ são compostos por representantes dos Governos Federal, dos Estados de São Paulo e de Minas Gerais, dos municípios, usuários dos recursos hídricos e da sociedade civil. Sua gestão é descentralizada e participativa, e busca a convergência das decisões desses colegiados como forma de garantir o desenvolvimento e a continuidade da gestão dos recursos hídricos nas Bacias PCJ.

A região das Bacias PCJ possui cerca de 5,7 milhões de habitantes e responde por cerca de 5% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro e 14% do PIB do estado de São Paulo.

Reunião foi realizada em 4 de junho

04 de junho de 2021

A discussão dos resultados da Política de Mananciais PCJ com base nas experiências de projetos executados e em andamento foi o principal assunto da 51ª Reunião Ordinária do Grupo de Trabalho (GT)-Mananciais dos Comitês PCJ. O encontro virtual aconteceu no dia 4 de junho. Os debates sobre “A Política de Mananciais na Prática” foram mediados pelo coordenador do GT-Mananciais, Henrique Bellinaso, e pela assessora ambiental da Agência das Bacias PCJ, Marina Barbosa.

Na mesma reunião também houve discussão sobre a situação atual dos editais da Política de Mananciais 2021 e dos editais relacionados ao Saneamento Rural. Os participantes também falaram sobre o II Workshop da Política de Mananciais programado para acontecer na 52ª reunião do GT-Mananciais, em 2 julho. O evento será por meio de videoconferência.

O grupo ainda debateu sobre Política de Mananciais/PSA que está sendo preparado para ser inscrito no XXIV Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos. Houve também uma conversa sobre as decisões quanto ao vínculo do GT-Mananciais com a CT-PL, de acordo com o Novo Regimento Geral das Câmaras Técnicas.

Decisão foi tomada durante reunião da CT-PL em 2 de junho

02 de junho de 2021

A minuta de deliberação que institui a “Operação de Estiagem PCJ – 2021” e cria Grupo de Trabalho para coordenação das atividades foi aprovada pelos Comitês PCJ no dia 2 de junho, durante a 81ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Planejamento (CT-PL). A composição do GT-Estiagem foi definida durante o encontro.

“A criação do grupo seria uma resposta para lidar com a estiagem em 2021 e pensar na estiagem em 2022”, declarou o secretário-executivo do CBH-PCJ e PCJ-Federal, André Navarro. O GT fará sua primeira reunião no dia 22 de junho. A decisão de reconstituí-lo é devido às atuais condições meteorológicas da região das Bacias PCJ, com chuvas abaixo da média e previsões de precipitações nos próximos meses também abaixo da média. O Grupo irá definir medidas coletivas e integradas para o uso da água nas Bacias PCJ envolvendo todos os setores usuários.

No encontro, os membros dos colegiados também apreciaram minuta de deliberação que define critérios gerais para a aplicação dos recursos da CFURH (Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos) e das Cobranças PCJ Paulista e Federal pelo uso dos recursos hídricos nas Bacias PCJ referentes aos exercícios de 2022 a 2025.

A CT-PL aprovou a minuta de deliberação que indica empreendimento para financiamento com recursos oriundos da Cobrança PCJ Paulista, referente ao exercício de 2021. Serão investidos R$ 7,2 milhões em prestação de serviços de manutenção no sistema de monitoramento hidrológico durante o período de três anos.  

Durante a reunião também foi apreciada minuta de deliberação que altera o Plano de Ação e o Programa de Investimentos (PA/PI) para a gestão dos recursos hídricos nas Bacias PCJ para o quadriênio 2020 a 2023.

Os membros da CT-PL também debateram sobre o funcionamento de Grupos de Trabalho com participação de membros de mais de uma CT, após o início da vigência do Regimento Geral das Câmaras Técnicas dos Comitês PCJ.

As deliberações serão encaminhadas para votação em Plenária, que acontecerá no próximo dia 24 de junho.

Objetivo é planejar e monitorar situação em período crítico

01 de junho de 2021

As incertezas climatológicas têm preocupado membros da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico (CT-MH). Oficialmente, o período de estiagem teve início no dia 1 de junho e a realidade do Sistema Cantareira não é animadora: o índice do reservatório está 11% abaixo do que foi registrado no mesmo período do ano passado.

Com o objetivo de buscar alternativas e traçar planejamento frente a situação, o GT-Estiagem (Grupo de Trabalho) será reativado. A informação foi apresentada pelo secretário-executivo dos Comitês PCJ, André Navarro durante reunião online da CT-MH, no dia 1 de junho. Os membros da equipe devem ser definidos até o fim desta semana e a primeira reunião ocorre ainda em junho.

“Vamos precisar de esforços conjuntos e de muito monitoramento, principalmente com foco nos municípios que estão fora da calha de descarga do Cantareira”, explicou Navarro.

No mês de maio, os eventos de chuva foram insignificativos – as precipitações não superaram 25 milímetros, quando o ideal seria 100 milímetros. Onze postos de monitoramento registraram chuvas abaixo da média – apenas dois ficaram com índices acima. Estes apresentam índices positivos porque estão próximos da descarga do Sistema Cantareira, que passam a ser orientadas e definidas pela CT-MH até novembro.

E as previsões não são boas: até agosto, não devem ocorrer chuvas expressivas nas Bacias PCJ, segundo informações explanaas durante encontro coordenado por Alexandre Vilella.

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