| Mês: maio de 2020

Secretário executivo dos Comitês PCJ, Luiz Roberto Moretti

Tema foi debatido durante webinar que contou com a presença do secretário-executivo dos Comitês PCJ, Luiz Roberto Moretti

Diante de pandemias como a que enfrentamos atualmente, sobressai a necessidade e importância do acesso à água. E como manter mobilizados e ativos, em tempos de Covid-19, as ações dos colegiados participativos (Comitês de Bacias) que têm poder decisório sob a gestão dos recursos hídricos?

O tema foi debatido na manhã desta quinta-feira, 21 de maio, durante o webinar promovido pelo Observatório de Governança das Águas (OGA). A iniciativa, que contou com a participação do secretário-executivo dos Comitês PCJ (rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí), Luiz Roberto Moretti, também abordou a importância do desenvolvimento tecnológico ao longo destes 60 dias de isolamento, assim como a necessidade da “alfabetização” frente à necessidade de uso destas novas tecnologias.

Isto porque, grande parte das reuniões, discussões e decisões tem sido feitas online. “As ações e trabalhos relacionadas a gestão de recursos hídricos não param. Entre as atividades desenvolvidas pela Agência das Bacias PCJ e Comitês PCJ, destaque para o Sistema de Informação das Redes Telemétricas, que atualmente contam com 50 pontos, Previsões Hidrometeorológicas e Sistema de Suporte de Decisões, que nos direciona quando o assunto é descarga do Sistema Cantareira”, explica Moretti, que acrescenta: “Além disso, continuamos com o acompanhamento de projetos, serviços ambientais e do Plano de Bacias, assim como a comunicação mantém suas atividades”, afirma Moretti.

Intitulado “Colegiados participativos: como nos manter mobilizados e ativos em tempo de Covid-19”, o webinar também contou com a participação de Volney Zanardi Júnior, coordenador de Instâncias Colegiados do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos da Agência Nacional de Águas (ANA), José Arimathéia Oliveira, coordenador do Fórum Fluminense de Comitês de Bacias, e Hideraldo Buch, coordenador do Fórum Nacional de Comitês de Bacias.

Atualmente, os Comitês PCJ estão debatendo uma deliberação para regulamentar as reuniões online de suas Câmaras Técnicas e Grupos de Trabalhos. “Mas é importante ressaltar que as reuniões remotas não substituem encontros presenciais. Muitas decisões demandam a presença dos membros”, afirmou Moretti.

Opinião também defendida por Hideraldo Buch. “A votação dos membros da diretoria dos Comitês, por exemplo, não pode ser realizada de forma remota”, assegurou.

A iniciativa teve a participação de mais de 100 pessoas, durou cerca de duas horas e apresentou boas práticas que estão se consolidando, busca-se sobretudo estimular comitês e conselhos a manterem-se ativos, utilizando-se de ferramentas tecnológicas, que permitam sua mobilização e atuação durante o período de distanciamento social por conta da pandemia.

José Arimathéia Oliveira, coordenador do Fórum Fluminense de Comitês de Bacias
Volney Zanardi Júnior, coordenador de Instâncias Colegiados do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos da Agência Nacional de Águas (ANA)
Hideraldo Buch, coordenador do Fórum Nacional de Comitês de Bacias

Evento, promovido pelo Observatório de Governança das Águas, será às 10h desta quinta, dia 21 de maio

O secretário-executivo dos Comitês PCJ (rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí), Luiz Roberto Moretti, participa nesta quinta-feira, dia 21 de maio, do webinar “Colegiados participativos: como nos manter mobilizados e ativos em tempos da Covid-19”. O evento virtual, entre 10h e 11h30, é promovido pelo Observatório de Governança das Águas (OGA). O objetivo é discutir o funcionamento de colegiados participativos de recursos hídricos – sobretudo comitês de bacia hidrográfica e conselhos de recursos hídricos – em tempos de pandemia da Covid-19.

Para participar, acesse o link: bit.ly/WebinarOga. Além de Moretti, os outros convidados são Volney Zanardi Júnior, da Agência Nacional de Águas (ANA), José Arimathéa Oliveira, coordenador do Fórum Fluminense de Comitês de Bacias, e Hideraldo Buch, coordenador do Fórum Nacional de Comitês de Bacias.

Os Conselhos de Recursos Hídricos e os Comitês de Bacia Hidrográfica são compostos por representantes dos três níveis do poder público (municipal, estadual e federal, caso a bacia envolva mais de um estado ou país), usuários da água e organizações da sociedade civil. São esses organismos que possibilitam a construção da gestão descentralizada e participativa das águas – prevista na Constituição de 1988 e instituída pela Lei Federal 9433/97 e pelas leis estaduais de recursos hídricos-, com importantes atribuições deliberativas na elaboração das políticas para gestão das águas, em particular em regiões com problemas de escassez hídrica e de qualidade de água.

Atualmente, no Brasil, existem 10 comitês interestaduais e cerca de 220 comitês estaduais, além do Conselho Nacional de Recursos Hídricos e de 27 conselhos estaduais. Esses organismos têm reuniões presenciais como regra e prática de funcionamento.

Considerando a importância do funcionamento dos colegiados em tempos de pandemia, especialmente porque a água é um elemento central para a defesa contra a Covid-19, e diante das incertezas da duração do distanciamento social, o OGA Brasil se propõe a observar como organismos colegiados estão se adaptando para dar continuidade à sua atuação coletiva.

Com base em boas práticas que estão se consolidando, busca-se sobretudo estimular comitês e conselhos a manterem-se ativos, utilizando-se de ferramentas tecnológicas, que permitam sua mobilização e atuação durante o período de distanciamento social por conta da pandemia. Moretti vai falar sobre o funcionamento dos Comitês PCJ e também da Agência das Bacias PCJ que, entre outras funções, atua como braço executivo dos Comitês PCJ.

SOBRE O OGA:

O OGA é um movimento multissetorial em rede que reúne 48 instituições do poder público, setor privado e organizações da sociedade civil e 10 pesquisadores(as) que atuam na gestão das águas no Brasil. O OGA reconhece a necessidade de monitorar o desempenho dos Sistemas Nacional e Estaduais de Gerenciamento de Recursos Hídricos, por serem considerados os motores para o fortalecimento da gestão das águas no Brasil.

Para saber mais: www.observatoriodasaguas.org

SOBRE A AGÊNCIA DAS BACIAS PCJ E OS COMITÊS PCJ

A Agência das Bacias PCJ é uma fundação criada pelos Comitês PCJ, em novembro de 2009, para prestar apoio ao seu funcionamento e atuar como sua secretaria executiva. É responsável pelo gerenciamento financeiro tanto dos recursos arrecadados com a cobrança pelo uso das águas nos rios de domínio da União como dos recursos arrecadados nos rios de domínio do estado de São Paulo.

Os três colegiados que formam os Comitês PCJ – Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (CBH-PCJ), Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ FEDERAL) e o Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba- Jaguari (CBH-PJ1) — são as instâncias máximas para a tomada de decisões sobre a gestão de recursos hídricos nas Bacias PCJ, com diretorias integradas.

O comitê paulista (CBH-PCJ) completou 26 anos de instalação em novembro de 2019. Em março deste ano, o comitê federal completou 17 anos e o mineiro (CBH-PJ1), 12 anos. Os Comitês PCJ abrangem 76 municípios (71 paulistas e cinco mineiros) e são compostos por representantes dos Governos Federal, dos Estados de São Paulo e de Minas Gerais, dos municípios, usuários dos recursos hídricos e da sociedade civil. Sua gestão é descentralizada e participativa, e busca a convergência das decisões desses colegiados como forma de garantir o desenvolvimento e a continuidade da gestão dos recursos hídricos nas Bacias PCJ.

A região das Bacias PCJ é formada por cerca de 5,7 milhões de habitantes e responde por cerca de 5% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro e 14% do PIB do estado de São Paulo.

Para saber mais: www.agencia.baciaspcj.org.br

www.comitespcj.org.br

Reconhecimento do MMA ocorreu após análise das ações sustentáveis implantadas na entidade

As boas práticas de gestão baseadas em conceitos de sustentabilidade, implantadas na Agência das Bacias PCJ, foram reconhecidas pelo Ministério do Meio Ambiente que concedeu, a entidade, o Selo de Monitoramento A3P. A congratulação referente ao ano de 2019 atesta o empenho da instituição no cumprimento com a finalização do preenchimento do Sistema de Monitoramento da A3P e com a entrega do Relatório de Monitoramento Anual de Implementação da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) – esta ocorreu no último dia 31 de março.

Por meio do RESSOA (sistema virtual de monitoramento de gestão socioambiental) foram analisados o consumo de água, papel, copos descartáveis e gastos com transporte aéreo e terrestre da Agência das Bacias PCJ ao longo de 12 meses, e as ações desenvolvidas visando a sustentabilidade. Entre os resultados obtidos, destaque para implantação do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) que definiu os procedimentos necessários para o manejo e destinação ambientalmente adequados dos resíduos gerados na instituição.

No período, o consumo de copos descartáveis plásticos, utilizados para consumo de água e café, diminuiu 86%. Também foi constatado a redução de 40% na quantidade de folhas de papel sulfite adquiridas.

A adesão voluntária da Agência das Bacias PCJ à A3P, ocorreu em 2018. A iniciativa nasceu com o objetivo de estimular a reflexão sobre a responsabilidade social a partir de práticas classificadas em cinco eixos temáticos: Gestão adequada dos resíduos gerados; Licitação Sustentável Compras públicas e sustentáveis; Qualidade de vida no ambiente de trabalho; Sensibilização e Capacitação dos Colaboradores Servidores; Uso racional dos recursos naturais e bens públicos; e Construções Sustentáveis.

A3P

Criado há duas décadas, o programa A3P tem como objetivo promover e incentivar as instituições públicas no país a adotarem e implantarem ações na área de responsabilidade socioambiental em suas atividades internas e externas. A adesão é voluntária e demanda engajamento pessoal e coletivo.

As instituições e seus funcionários são incentivados a adotar ações sustentáveis no ambiente de trabalho, desde pequenas mudanças de hábito, até atitudes que geram economia, com base em cinco eixos temáticos: uso racional dos recursos naturais e bens públicos, gestão adequada dos resíduos gerados, qualidade de vida no ambiente de trabalho, sensibilização e capacitação e licitações sustentáveis.

Mais informações https://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/a3p.

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