| Mês: janeiro de 2025

Reunião da Câmara Técnica de Integração e Difusão destacou desafios de saneamento e gestão da água na Amazônia, com ênfase na necessidade de cooperação entre Brasil e Peru

31 de janeiro de 2025

A 113ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Integração e Difusão de Pesquisas e Tecnologias (CT-ID), realizada por videoconferência no dia 31 de janeiro, promoveu um espaço de sensibilização sobre os problemas hídricos e sanitários enfrentados por comunidades da Amazônia. O encontro contou com a apresentação da tese de doutorado: “A Governança das Águas como Instrumento da Resiliência Socioecológica em Regiões Transfronteiriças da Amazônia”, desenvolvida pelo professor Ciderjânio Farling Salvador da Costa, da Universidade Federal do Amazonas (UFAM).

O estudo aborda a governança das águas como uma estratégia essencial para enfrentar os desafios socioecológicos nas áreas de fronteira entre Brasil e Peru. As cidades de Islândia (Peru) e Benjamin Constant (Brasil), conhecidas por sua biodiversidade e complexidade ecológica, sofrem com infraestrutura precária, saneamento deficiente e gestão inadequada de recursos hídricos, fatores que impactam diretamente a saúde pública e a qualidade de vida da população local.

Segundo Costa, a gestão dos recursos hídricos precisa ser uma prioridade, pois os problemas ambientais não se restringem a um único país, exigindo uma abordagem colaborativa entre as nações vizinhas. “A gestão dos resíduos não depende apenas das capacidades internas dos municípios do Brasil e do Peru, mas também de uma cooperação efetiva entre as cidades vizinhas. Se essas comunidades não entenderem a necessidade de uma política pública para resolver esses graves problemas ambientais, de saúde pública e saneamento, a situação continuará se perpetuando”, alertou.

O pesquisador destacou ainda as dificuldades enfrentadas por essas localidades. Em Javarizinho, um dos bairros de Benjamin Constant, os problemas de saneamento persistem há décadas. “Vou fazer 45 anos e essa questão já existia quando nasci. Como é possível que, mesmo com conhecimento e instrumentos adequados, o problema ainda não tenha sido resolvido?”, questionou.

Em Islândia, a situação é ainda mais crítica. A cidade não possui nenhum sistema de esgotamento sanitário, e a coleta de lixo é extremamente precária. Os resíduos são transportados em carroças e carrinhos de mão devido à falta de infraestrutura e muitas vezes descartados em áreas de mata. A geografia da região, caracterizada por zonas alagadas, agrava o problema, pois, durante os períodos de cheia, os resíduos são levados pelas águas, contaminando os recursos hídricos e comprometendo a saúde das comunidades vulneráveis.

Diante desse cenário, membros da CT-ID apoiaram a iniciativa do doutorando, de dar luz ao tema, visto que a ausência de saneamento adequado pode levar ao aumento de doenças e mortes evitáveis. A governança ambiental foi apontada por Costa como um caminho para enfrentar esses desafios, promovendo o diálogo e a cooperação entre os municípios que compartilham os mesmos recursos naturais e dificuldades. A integração de políticas públicas entre Brasil e Peru foi destacada como essencial para garantir soluções eficazes e sustentáveis.

A reunião também abordou o alinhamento sobre a apresentação dos Projetos PPPP FAPESP na reunião do GT-Integração (CT-PL), prevista para fevereiro, e a programação do evento Sustentare & WIPIS 2025.

A próxima reunião da CT-ID (114ª) será presencial e está agendada para o dia 21 de março, às 9h30, no Consórcio PCJ, em Americana.

Primeira reunião de trabalho foi realizada no dia 24 de janeiro; ordem de serviço será emitida no início de fevereiro

A utilização das águas subterrâneas nos municípios de Americana e Nova Odessa (SP) será objeto de estudo, contratado recentemente pela Agência das Bacias PCJ, conforme previsão do Plano das Bacias PCJ (Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí). A primeira reunião de trabalho foi realizada no dia 24 de janeiro, nas dependências da Agência, em Piracicaba (SP), e contou com a participação de representantes da empresa contratada, membros da Câmara Técnica de Águas Subterrâneas(CT-AS) dos Comitês PCJ e colaboradores da Coordenação de Projetos da instituição. A ordem de serviço deverá ser emitida no início de fevereiro.  O objetivo da iniciativa é o de estabelecer medidas e ações de proteção e de uso racional, buscando a gestão sustentável das águas subterrâneas.

O contrato de estudo hidrogeológico para delimitação de áreas de restrição e controle do uso das águas subterrâneas nos municípios de Americana e Nova Odessa foi firmado com a empresa vencedora da licitação, Água e Solo Estudos e Projetos Ltda, de Porto Alegre (RS). O investimento é de cerca de R$ 685,5 mil, com recursos provenientes da cobrança pelo uso da água em rios de domínio da União localizados nas Bacias PCJ (Cobrança PCJ Federal).  O prazo para conclusão é de 18 meses a partir da emissão da ordem de serviço.

Os dois municípios das Bacias PCJ escolhidos estão entre as quatro áreas críticas identificadas no projeto Regionalização de Diretrizes de Utilização e Proteção das Águas Subterrâneas, realizado por DAEE/UNESP (2013), a partir da avaliação da intensidade de uso e da qualidade da água subterrânea, as quais foram classificadas como Áreas Potenciais de Restrição e Controle (ARC-PO) conforme sistema de classificação estabelecido pela Deliberação do CRH(Conselho Estadual de Recursos Hídricos) nº 52/2005.

Entre os produtos previstos no contrato, estão o Plano de trabalho; Levantamento de dados e preparação de bases cartográficas; Caracterização geral da área, da geologia e hidrogeologia; Avaliação da quantidade das águas subterrâneas; Delimitação de áreas críticas; Proposição de medidas de gestão de recursos hídricos e Relatório Final.

“Esse projeto é um marco, a concretização de um sonho para nós da CT-AS, porque é o primeiro estudo que a gente vai fazer na nossa região, em relação às áreas de uso intensivo de águas subterrâneas. É uma inovação para nós aqui nas Bacias PCJ. É um estudo que precisamos muito iniciar, para ter um desenvolvimento desse tema, que não é comum e recorrente dentro das discussões das câmaras técnicas e dos comitês em geral. É muito importante, porque as águas subterrâneas são um recurso essencial para nós. A gente identificou uma região crítica e precisa dar andamento em um entendimento melhor que a gente não tem hoje sobre a situação dessas águas subterrâneas na região”, destacou a coordenadora da câmara técnica, Mariza Fernanda da Silva.

A coordenadora-adjunta da CT-AS, Deborah Lunardi, também comemorou o novo contrato. “A gente fica muito contente quando consegue alinhar pensamentos que são voltados ao conjunto, entre todos os setores participantes para que possam, assim, colocar as dificuldades, trabalharem juntos para ter um resultado final, para contribuir para todos os que precisam das águas subterrâneas”, afirmou. A CT-AS criou um Grupo Técnico de Acompanhamento (GTA) desse estudo, formado por 10 membros de diversas instituições.

O coordenador de Projetos da Agência PCJ, Diogo Pedrozo, ressaltou a importância do novo estudo.  “A importância desse trabalho para as Bacias PCJ vai muito ao encontro da necessidade de a gente entender os aspectos da água subterrânea. Acho que é um tema que ainda tem muito para ser explorado, mas com poucos resultados de conhecimento geral. A água subterrânea está longe do nosso visual, então ainda tem muita coisa que precisa ser estudada. Acho que esse trabalho vai enriquecer muito o conhecimento da própria bacia em relação aos aspectos da água subterrânea”, comentou Pedrozo.

RECURSO ESTRATÉGICO

O uso da água subterrânea intensificou-se na última década nas Bacias PCJ, com vazão outorgada passando de 2,59 m3/s (2010) para 10,49 m3/s (2020).  Nesse sentido, as águas subterrâneas representam recurso estratégico para sustentar o crescimento populacional, a expansão industrial e a ampliação do mercado imobiliário, uma vez que os corpos d’água, considerados mananciais de abastecimento público no âmbito das Bacias PCJ, encontram-se em situação de degradação, com registros de perda de qualidade e consequente diminuição do potencial de aproveitamento. Constata-se, entretanto, que a tendência de aumento da população é acompanhada por uma redução da disponibilidade hídrica subterrânea per capta, passando de 126 m3/habitante/ano, em 2016, para cerca de 122 m3/habitante/ano em 2020. Há também uma preocupação com indícios de problemas localizados de rebaixamento dos níveis de água subterrânea, devido ao adensamento e/ou ao regime de exploração de poços, que possam vir a limitar o aproveitamento das águas subterrâneas.

Processo eleitoral avançou nesta semana, com a realização de mais uma etapa

Secretário-executivo dos Comitês PCJ, Denis Silva, e colaboradores da Agência das Bacias PCJ em atuação no processo eleitoral

As eleições dos Comitês PCJ para o biênio 2025-2027 contarão com 38 entidades participantes, entre usuários e entidades representativas de usuários de recursos hídricos e organizações civis. O número foi definido na quarta-feira, 15 de janeiro, durante reunião da Comissão Eleitoral destinada à análise dos pedidos de impugnação e de recursos referentes às inscrições dessas categorias de participantes. No total, são 17 organizações civis e 21 de usuários de recursos hídricos.  

As atividades foram coordenadas pelo vice-Presidente do CBH-PCJ e 2º Vice-Presidente do PCJ Federal, Marco Antonio dos Santos, coordenador da Comissão Eleitoral, e acompanhadas pelo secretário-executivo do CBH-PCJ e PCJ Federal, Denis Herisson Silva. O processo eleitoral, iniciado em julho de 2024, teve a abertura das inscrições até 27 de dezembro. Entre 8 e 13 de janeiro, entidades com inscrições indeferidas puderam apresentar recursos ou complementações. 

A análise dos recursos e a divulgação da lista final de entidades habilitadas, em 15 de janeiro, concluiu a fase inicial das eleições, possibilitando articulações para a formação e a inscrição de chapas para disputar vagas nos plenários do CBH-PCJ e PCJ Federal. O prazo para a inscrição das chapas vai até 27 de janeiro.  A organização do processo está a cargo da Coordenação de Apoio ao Sistema de Gestão de Recursos Hídricos da Agência das Bacias PCJ, que dá suporte à Secretaria Executiva dos Comitês PCJ.

“A Plenária dos Comitês das Bacias PCJ é o parlamento das águas do nosso território, que abrange 76 municípios, e tem a função de promover a gestão de recursos hídricos de forma participativa e decentralizada com participação do governo, organizações civis, usuários de recursos hídricos, cada um trazendo sua visão, discutindo e deliberando e de forma coletiva.  Portanto, a cada processo de renovação de membros, que ocorre a cada dois anos, é importante que essas entidades venham buscar a sua participação, porque assim, juntos, podemos planejar e deliberar ações que protejam nossos rios e promover a melhoria da qualidade de água bem como sua disponibilidade em quantidade para todos. Assim, pedimos atenção nos prazos regimentais e não hesitem em nos procurar em caso de dúvidas”, ressaltou Denis.

As eleições envolvem dois dos três colegiados que integram os Comitês PCJ; o comitê paulista, CBH-PCJ (Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí); e o comitê federal, CBH PCJ Federal. No CBH-PJ1 (Comitê da Bacia Hidrográfica dos Rios Piracicaba e Jaguari), o comitê mineiro, as eleições são realizadas separadamente.

Nos atuais mandatos do CBH-PCJ e do PCJ Federal há um total de 132 instituições integrando os plenários, entre usuários, organizações civis, prefeituras e órgãos públicos estaduais e federais. Nos Comitês PCJ, entre plenários e câmaras técnicas, participam mais de mil pessoas.

As regras do processo eleitoral estão previstas na Deliberação dos Comitês PCJ nº 482/2024, disponível neste link: https://bit.ly/ComitêsPCJEleições2025regras. Os documentos referentes ao Processo Eleitoral estão disponíveis neste link do site da Agência das Bacias PCJ: https://bit.ly/ComitêsPCJEleições2025.  

PRÓXIMAS ETAPAS PRINCIPAIS:

  • 17 a 27/01/2025: inscrições das chapas de usuários de recursos hídricos e organizações civis.
  • 18/02/2025: votações para a eleição das chapas representantes do segmento Organizações Civis e das Assembleias Geral e Setoriais para apuração dos votos, e homologação pela Comissão Eleitoral.
  • 20/02/2025: votações para eleição das chapas representantes do segmento Usuários de Recursos Hídricos.
  • 21/02/2025:  realização da Assembleia Geral e Setoriais para apuração dos votos e homologação dos resultados das votações do segmento Usuários de Recursos Hídricos, pela Comissão Eleitoral, e divulgação pela Secretaria Executiva dos Comitês PCJ.
  • Até 03/03/2025: indicação, pelas entidades eleitas para os segmentos Usuários de Recursos Hídricos e Organizações Civis, dos seus representantes nos Plenários.
  • 28/03/2025: posse dos novos membros e a eleição para os cargos de presidentes, vice-presidentes, secretário-executivo do CBH-PCJ e do PCJ FEDERAL e secretário-executivo adjunto do CBH-PCJ ocorrerão em Reunião Ordinária dos Comitês PCJ (33ª Reunião Ordinária dos Comitês PCJ – CBH-PCJ, PCJ FEDERAL, CBH-PJ1), que será realizada no Instituto Pecege, em Piracicaba (SP), a partir das 9h30.

SOBRE OS COMITÊS PCJ

Os três colegiados que formam os Comitês PCJ – Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (CBH-PCJ), Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ FEDERAL) e o Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba-Jaguari (CBH-PJ1) — compartilham uma diretoria integrada e são as instâncias máximas para a tomada de decisões sobre a gestão de recursos hídricos nas Bacias PCJ.

O comitê paulista (CBH-PCJ) completará 32 anos de instalação no dia 18 de novembro deste ano. No mês de março, o comitê federal completará 22 anos e o mineiro (CBH-PJ1), 17 anos.

As Bacias PCJ abrangem 76 municípios (71 paulistas e cinco mineiros). Os Comitês PCJ são compostos por representantes dos Governos Federal, dos Estados de São Paulo e de Minas Gerais, dos municípios, usuários dos recursos hídricos e da sociedade civil. Sua gestão é descentralizada e participativa, e busca a convergência de decisões como forma de garantir o desenvolvimento e a continuidade da gestão dos recursos hídricos nas Bacias PCJ.

Entre outros pontos relevantes que marcam a história dos Comitês PCJ está a forte participação da comunidade por meio de suas 12 câmaras técnicas, hoje formadas por mais de 900 pessoas atuantes em diversas áreas.

A região das Bacias PCJ possui cerca de 5,9 milhões de habitantes e responde por cerca de 5% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro e por 14% do PIB do Estado de São Paulo. A Agência das Bacias PCJ, entre outras funções, atua como braço executivo dos Comitês PCJ e foi criada em novembro de 2009.

Processo eleitoral avançou nesta semana, com a realização de mais uma etapa

Secretário-executivo dos Comitês PCJ, Denis Silva, e colaboradores da Agência das Bacias PCJ em atuação no processo eleitoral

As eleições dos Comitês PCJ para o biênio 2025-2027 contarão com 38 entidades participantes, entre usuários e entidades representativas de usuários de recursos hídricos e organizações civis. O número foi definido na quarta-feira, 15 de janeiro, durante reunião da Comissão Eleitoral destinada à análise dos pedidos de impugnação e de recursos referentes às inscrições dessas categorias de participantes. No total, são 17 organizações civis e 21 de usuários de recursos hídricos.  

As atividades foram coordenadas pelo vice-Presidente do CBH-PCJ e 2º Vice-Presidente do PCJ Federal, Marco Antonio dos Santos, coordenador da Comissão Eleitoral, e acompanhadas pelo secretário-executivo do CBH-PCJ e PCJ Federal, Denis Herisson Silva. O processo eleitoral, iniciado em julho de 2024, teve a abertura das inscrições até 27 de dezembro. Entre 8 e 13 de janeiro, entidades com inscrições indeferidas puderam apresentar recursos ou complementações. 

A análise dos recursos e a divulgação da lista final de entidades habilitadas, em 15 de janeiro, concluiu a fase inicial das eleições, possibilitando articulações para a formação e a inscrição de chapas para disputar vagas nos plenários do CBH-PCJ e PCJ Federal. O prazo para a inscrição das chapas vai até 27 de janeiro.  A organização do processo está a cargo da Coordenação de Apoio ao Sistema de Gestão de Recursos Hídricos da Agência das Bacias PCJ, que dá suporte à Secretaria Executiva dos Comitês PCJ.

“A Plenária dos Comitês das Bacias PCJ é o parlamento das águas do nosso território, que abrange 76 municípios, e tem a função de promover a gestão de recursos hídricos de forma participativa e decentralizada com participação do governo, organizações civis, usuários de recursos hídricos, cada um trazendo sua visão, discutindo e deliberando e de forma coletiva.  Portanto, a cada processo de renovação de membros, que ocorre a cada dois anos, é importante que essas entidades venham buscar a sua participação, porque assim, juntos, podemos planejar e deliberar ações que protejam nossos rios e promover a melhoria da qualidade de água bem como sua disponibilidade em quantidade para todos. Assim, pedimos atenção nos prazos regimentais e não hesitem em nos procurar em caso de dúvidas”, ressaltou Denis.

As eleições envolvem dois dos três colegiados que integram os Comitês PCJ; o comitê paulista, CBH-PCJ (Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí); e o comitê federal, CBH PCJ Federal. No CBH-PJ1 (Comitê da Bacia Hidrográfica dos Rios Piracicaba e Jaguari), o comitê mineiro, as eleições são realizadas separadamente.

Nos atuais mandatos do CBH-PCJ e do PCJ Federal há um total de 132 instituições integrando os plenários, entre usuários, organizações civis, prefeituras e órgãos públicos estaduais e federais. Nos Comitês PCJ, entre plenários e câmaras técnicas, participam mais de mil pessoas.

As regras do processo eleitoral estão previstas na Deliberação dos Comitês PCJ nº 482/2024, disponível neste link: https://bit.ly/ComitêsPCJEleições2025regras. Os documentos referentes ao Processo Eleitoral estão disponíveis neste link do site da Agência das Bacias PCJ: https://bit.ly/ComitêsPCJEleições2025.  

PRÓXIMAS ETAPAS PRINCIPAIS:

  • 17 a 27/01/2025: inscrições das chapas de usuários de recursos hídricos e organizações civis.
  • 18/02/2025: votações para a eleição das chapas representantes do segmento Organizações Civis e das Assembleias Geral e Setoriais para apuração dos votos, e homologação pela Comissão Eleitoral.
  • 20/02/2025: votações para eleição das chapas representantes do segmento Usuários de Recursos Hídricos.
  • 21/02/2025:  realização da Assembleia Geral e Setoriais para apuração dos votos e homologação dos resultados das votações do segmento Usuários de Recursos Hídricos, pela Comissão Eleitoral, e divulgação pela Secretaria Executiva dos Comitês PCJ.
  • Até 03/03/2025: indicação, pelas entidades eleitas para os segmentos Usuários de Recursos Hídricos e Organizações Civis, dos seus representantes nos Plenários.
  • 28/03/2025: posse dos novos membros e a eleição para os cargos de presidentes, vice-presidentes, secretário-executivo do CBH-PCJ e do PCJ FEDERAL e secretário-executivo adjunto do CBH-PCJ ocorrerão em Reunião Ordinária dos Comitês PCJ (33ª Reunião Ordinária dos Comitês PCJ – CBH-PCJ, PCJ FEDERAL, CBH-PJ1), que será realizada no Instituto Pecege, em Piracicaba (SP), a partir das 9h30.

SOBRE OS COMITÊS PCJ

Os três colegiados que formam os Comitês PCJ – Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (CBH-PCJ), Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ FEDERAL) e o Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba-Jaguari (CBH-PJ1) — compartilham uma diretoria integrada e são as instâncias máximas para a tomada de decisões sobre a gestão de recursos hídricos nas Bacias PCJ.

O comitê paulista (CBH-PCJ) completará 32 anos de instalação no dia 18 de novembro deste ano. No mês de março, o comitê federal completará 22 anos e o mineiro (CBH-PJ1), 17 anos.

As Bacias PCJ abrangem 76 municípios (71 paulistas e cinco mineiros). Os Comitês PCJ são compostos por representantes dos Governos Federal, dos Estados de São Paulo e de Minas Gerais, dos municípios, usuários dos recursos hídricos e da sociedade civil. Sua gestão é descentralizada e participativa, e busca a convergência de decisões como forma de garantir o desenvolvimento e a continuidade da gestão dos recursos hídricos nas Bacias PCJ.

Entre outros pontos relevantes que marcam a história dos Comitês PCJ está a forte participação da comunidade por meio de suas 12 câmaras técnicas, hoje formadas por mais de 900 pessoas atuantes em diversas áreas.

A região das Bacias PCJ possui cerca de 5,9 milhões de habitantes e responde por cerca de 5% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro e por 14% do PIB do Estado de São Paulo. A Agência das Bacias PCJ, entre outras funções, atua como braço executivo dos Comitês PCJ e foi criada em novembro de 2009.

Este balanço e outros assuntos foram debatidos na 262ª Reunião Ordinária da CT-MH

15 de janeiro de 2025

A Rede de Monitoramento Hidrológico das Bacias PCJ (Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) contabilizou 718.077 acessos durante o ano de 2024. O balanço foi apresentado na 262ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico, realizada nesta quarta-feira, dia 15 de janeiro de 2025, por videoconferência. Além deste balanço, o encontro abordou a situação dos mananciais e do Sistema Cantareira, chuvas e vazões entre dezembro e janeiro, e previsões hidrometeorológicas.

A rede oferece dados em tempo real sobre chuva, nível e vazão dos rios em cerca de 50 postos de medição distintos e é fundamental para apoiar a tomada de decisões relacionadas ao planejamento e à gestão de recursos hídricos, bem como a atuação da Defesa Civil e o uso dos rios pela comunidade. Segundo o coordenador da CT-MH, Alexandre Vilella, o site da SAISP (Sistema de Alerta a Inundações de São Paulo) concentrou a maioria dos acessos, com 710.843 registros. No site da Sala de Situação PCJ somaram outros 7.185 acessos. Neste caso, os produtos mais procurados referem-se aos dados do Sistema Cantareira, Boletins Diários, Relatórios Síntese Diários, Redes Telemétricas e SiDECC-R. No site do SSD(Sistema de Suporte à Decisão), mantido pela Agência das Bacias PCJ, houve mais 7.234 visualizações. Os produtos mais acessados foram os mapas, dados agregados, série temporal e painel.

“Estamos observando um crescimento constante nos acessos, o que demonstra o interesse da sociedade em acompanhar nossa rede telemétrica. Agora, com a integração dos dados de qualidade pelo Simqua, da Cetesb, esse número deve aumentar ainda mais. Atualmente, contamos com quatro estações automáticas de qualidade em operação e novas unidades estão previstas”, destacou Vilella.

Precipitações e desafios em 2025

A reunião também discutiu o comportamento climático recente. Apesar das fortes chuvas em dezembro, janeiro apresentou um cenário mais seco até o dia 15. “Espero que 2025 seja um ano de abundância hídrica, embora o início do ano não esteja promissor”, comentou Paulo Tinel, primeiro coordenador-adjunto da CT-MH. Ele elogiou a atuação da Câmara Técnica na gestão do Sistema Cantareira, ressaltando o trabalho conjunto dos membros.

Vilella observou que as chuvas de dezembro resultaram em extravasamentos pontuais, mas ressaltou que a infraestrutura deficiente de saneamento em algumas localidades ainda compromete o abastecimento. Ele também destacou que o consumo elevado, impulsionado pelas altas temperaturas e pelo crescimento populacional e econômico, aumenta a pressão sobre os recursos hídricos.

Entre os temas prioritários para 2025, Vilella mencionou o projeto do Sistema Adutor Regional, as obras das barragens de Amparo e Pedreira, e a renovação da outorga do Sistema Cantareira.

Vilella ainda apresentou a situação dos principais rios das Bacias PCJ, observando que, em dezembro, houve “muitos picos de vazão na bacia como um todo”. “Temos rios bastante ‘bipolares’. Sobem muito rápido e caem muito rápido”, disse. Na ocasião, foram apresentadas algumas ocorrências registradas durante o mês de dezembro de 2024, entre elas o extravasamento do Ribeirão Pinheiros e Rio Atibaia.

Cantareira e eventos climáticos

No dia 14 de janeiro, o Sistema Cantareira operava com 50,5% de seu volume útil total, em estado de atenção. Em anos anteriores, os volumes eram de 48% (2024) e 29,2% (2023). A expectativa é de recuperação até março, durante o período chuvoso, segundo Roberto Morais, representante da ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico).

Rafael Leite, da Sala de Situação PCJ, apresentou dados sobre chuvas e vazões em dezembro, destacando eventos significativos nas bacias dos rios Atibaia, Jaguari e Capivari. Ele relatou que os níveis e vazões em alguns casos superaram marcas históricas, com redução no uso da água do Cantareira em 28% em relação a dezembro de 2023, devido às chuvas. O coordenador da CT-Indústria e do GT-Previsão, Jorge Mercanti, finalizou a reunião com uma apresentação sobre as previsões meteorológicas.

Próxima reunião

A 263ª Reunião Ordinária da CT-MH será realizada por videoconferência em 5 de fevereiro de 2025, às 9h. O encontro contará com uma palestra de Mauro de Souza Teixeira, da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), sobre “Emergências Químicas”, com foco nos impactos de acidentes rodoviários e ferroviários sobre os mananciais.

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