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EM PROL DA SEGURANÇA HÍDRICA, CT-MH DOS COMITÊS PCJ CHEGA AO MARCO DE 200 REUNIÕES

Encontro reuniu coordenadores e parceiros na manhã desta segunda-feira, 11 de novembro, em Piracicaba

Responsável por buscar ações que visem a segurança hídrica e que impactam diretamente no cotidiano num dos maiores parques de desenvolvimento Brasileiro, a Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico (CT-MH) dos Comitês PCJ chegou ao marco de 200 reuniões, na manhã desta segunda-feira, 11 de novembro. Para simbolizar a data, o encontro realizado no auditório do Museu da Água de Piracicaba reuniu antigos coordenadores do grupo, parceiros e os atuais membros.

Na ocasião, a trajetória deste trabalho e as conquistas que beneficiaram a região composta por 76 municípios, nos quais aproximadamente 6 milhões de habitantes, foram relembradas. Responsável por coletar a analisar dados de quantidade e qualidade da água, assim como propor ações, pactuar regras operativas, além de promover a implantação de forma integrada e consensual de ações que visam garantir condições mínimas para a utilização racional de água em sua área de atuação, a CT-MH conta com 130 membros de diversos setores públicos, privados e do terceiro setor.

Desde 2017, é coordenada por Alexandre Vilella. Paulo Roberto Tinel é coordenador adjunto e Luis Felipe Rodrigues secretário.

“É importante ressaltar a competência, o comprometimento e a técnica do trabalho desenvolvido pela CT-MH. Vivemos em uma região com alta demanda, mas pouca oferta de recursos hídricos. E o monitoramento hidrológico é o que permite a região caminhar e se desenvolver”, afirmou o secretário-executivo dos Comitês PCJ e coordenador do grupo de 1993 a 1999, Luiz Roberto Moretti.

Sebastião Vainer Bosquilia que, coordenou a CT de 1999 a 2007, ressaltou as conquistas da primeira renovação da outorga do Sistema Cantareira, em 2004. “Até então, não tínhamos a gestão compartilhada entre PCJ e Alto Tietê. Com as mudanças após 2004, foi ampliado o uso de recursos hídricos do Sistema Cantareira nas nossas bacias”, relembra.

O Diretor-Presidente da Agência das Bacias PCJ, Sergio Razera, também marcou presença na reunião número 200 e revelou que por muitos anos, na década de 80, era ele quem coletava manualmente os dados da leitura da régua do Rio Piracicaba em Piracicaba. “Muitas histórias, decisões passaram e vão continuar a passar pela CT-MH, que é fundamental para a tomada de decisões para a sobrevivência hídrica e tem espaço importante no Plano de Bacias. Me sinto parte desta Câmara Técnica”, afirma.

Também fizeram parte da mesa comemorativa de abertura da reunião, Paulo Roberto Tinel, do engenheiro do DAEE (Departamento de Água e Energia Elétrica) e coordenador da CT entre 2007 a 2017, Astor Dias de Andrade, e do secretário executivo do Consórcio PCJ, Francisco Lahóz.

Conquistas

De acordo com o atual coordenador da CT-MH, Alexandre Vilella, são muitas as conquistas e desafios. Mas vale ressaltar avanços como a consolidação das regras do Sistema Cantareira com vigência até 2027 e a construção de regras operativas para a geração hidroelétrica na região. Iniciativas que trouxeram mais segurança hídrica e decisória nas Bacias PCJ.

“A complexidade das regiões abastecidas pelo Sistema Cantareira traz inúmeros desafios, destacadamente, a integração dos aspectos qualitativos e quantitativos. Ponderou que além daqueles municípios abastecidos com as descargas do Sistema, existem outras 42 cidades com 2,5 milhões de habitantes. Por isso, nosso trabalho visa ser o mais democrático possível e procura olhar para todas as cidades e usuários de todos os setores”.

Ainda segundo Vilella, o legado da pactuação de regras operativas com o setor de geração hidroelétrica deve ser lembrado, assim como ações de limpeza e manutenção da calha do rio Atibainha (em andamento) e o uso de novas ferramentas de previsão meteorológicas e hidrológicas, que apoiam tomada de decisões.

“Além disso, podemos dizer que hoje temos uma rede telemétrica confiável com cerca de 50 postos on-line e mais de 1 milhão de acessos anuais”, acrescentou.

O coordenador adjunto, Paulo Tinel, destacou o papel da CT-MH onde “todos os usuários das bacias trocam experiências, problemas e soluções”.

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