O gerenciamento dos recursos financeiros pela Agência das Bacias PCJ considera impactos ambientais, sociais e econômicos de sua região de atuação. A gestão orientada para estes aspectos de sustentabilidade é vital para um território como o das Bacias PCJ, que garante o abastecimento de água a mais de 5,8 milhões de pessoas.
A cobrança pelo uso dos recursos hídricos impulsiona a sustentabilidade nas Bacias PCJ, já que os recursos arrecadados sempre retornam ao território em projetos e obras que visam à melhoria da gestão dos recursos hídricos.
A construção de uma nova cultura organizacional, nos últimos anos, vem inserindo cada vez mais a sustentabilidade nos processos e projetos da Agência das Bacias PCJ, tornando a aplicação dos recursos públicos ainda mais transparente e sustentável, além de conferir mais eficiência e visibilidade aos trabalhos. A3P; Pacto Global, em consonância com os ODS; e Acordo de Paris são alguns dos compromissos públicos assumidos pela instituição, reforçando esse posicionamento. Veja mais neste capítulo.
Em novembro de 2020, a Agência das Bacias PCJ foi uma das organizadoras do “II Sustentare e V WIPIS”, evento online que reuniu seminário e workshop que teve como principal proposta discutir, estabelecer parâmetros referenciais e teóricos e promover trocas de experiências entre agentes e pesquisadores, nacionais e estrangeiros, sobre “Sustentabilidade, Indicadores e Gestão de Recursos Hídricos”.
O evento agregou o Seminário de Sustentabilidade da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) e o Workshop Internacional sobre Indicadores de Sustentabilidade, da Universidade de São Paulo, campus São Carlos (EESC-USP). Além das instituições de ensino e da Agência das Bacias PCJ, participaram da organização os Comitês PCJ, por meio de seu Grupo de Trabalho Indicadores e Monitoramento (GT-Indicadores), das Câmaras Técnicas de Conservação e Proteção de Recursos Naturais (CT-RN) e de Integração e Difusão de Pesquisas e Tecnologias (CT-ID).
Foram 530 participantes, 39 mesas de discussões e 103 artigos aprovados em três dias de evento.
A Agência das Bacias PCJ foi a primeira agência de bacia do mundo a aderir, em 2018, ao Pacto Global. A instituição também endossa os ODS e suas iniciativas têm foco, principalmente, no ODS 6, cujo objetivo é “assegurar disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todas e todos”. Veja na figura a seguir a relação de todos os ODS que orientam a atuação da Agência das Bacias PCJ.
Também integra a A3P, do Ministério do Meio Ambiente (MMA), e é signatária do Pacto de Paris sobre a água e a adaptação às mudanças climáticas nas bacias dos rios, lagos e aquíferos. Este último, que envolve diversos atores e é promovido pela Rede Internacional de Organismos de Bacias (RIOB), tem como objetivo central integrar a gestão da água no plano de ação contra a mudança global do clima.
Reforçam a atuação sustentável da instituição projetos como o ED Digital – Papel Zero, a certificação ISO 9001 e a própria adoção das GRI Standards, que orientam o conteúdo deste relatório. (GRI 102-12)
Os ODS compõem uma agenda mundial com 17 objetivos ambiciosos e interconectados que abordam os principais desafios de desenvolvimento enfrentados por pessoas no Brasil e no mundo. No contexto da Agência das Bacias PCJ, foram abordados, de forma mais efetiva os ODS 2, 6, 8, 11, 13, 15 e 17, conforme destacados na imagem ao lado.
A adesão ao Programa A3P, em dezembro de 2018, levou a Agência das Bacias PCJ a elaborar um plano de trabalho que implicou na adoção de boas práticas relacionadas às questões de sustentabilidade. As iniciativas são coordenadas por uma Comissão de Acompanhamento e um Comitê Operacional, com diretrizes para a efetivação do Programa, estabelecimento de metas e indicadores e cumprimento das ações.
O Plano de Gestão Socioambiental (PGS) instaurado, com ações nos seis eixos temáticos do Programa (veja figura a seguir) e horizonte de cinco anos para execução, tem orientado os processos e a gestão.
O distanciamento social imposto pela pandemia da Covid-19 exigiu mudanças no acompanhamento de algumas ações planejadas, o que se refletiu nos status do PGS ao fim de 2020. Iniciativas relacionadas à segregação de resíduos, por exemplo, foram realizadas até o mês de março (veja dados a seguir), quando também foi lançado o “Guia Prático para o Gerenciamento de Resíduos Sólidos”, com orientações para a adoção de boas práticas no trabalho e em casa. Também foram revisados procedimentos internos para o uso de copos descartáveis e para o monitoramento de resíduos sólidos, visando a melhoria dos processos.
Após o mês de março, não houve ações relacionadas à segregação de resíduos na sede, já que os colaboradores passaram a trabalhar em home office e, portanto, não ocuparam as instalações da instituição depois desse período. No entanto, a iniciativa foi replicada por muitos colaboradores em suas residências. Já as capacitações, com a possibilidade de realização online, tiveram continuidade, assim como outras ações de conscientização junto aos colaboradores.
Segregação de resíduos até março/2020
de papel foram destinados para fragmentação
de tampinhas foram doadas para o projeto
“Atitude Solidária”