GEOLOGIA
As Bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí estão localizadas na borda leste da porção norte da bacia sedimentar do Paraná, sendo o arcabouço geológico composto por rochas do embasamento cristalino. Considerando a distribuição espacial das litologias destaca-se que:
- As sub-bacias Atibaia, Camanducaia, Jaguari e Jundiaí possuem ampla cobertura de rochas do embasamento cristalino (>70%) o que lhes confere respostas hidrológicas e hidrogeológicas análogas.
- As sub-bacias do Corumbataí e Piracicaba, em contraste, possuem estratos pertencentes ao Sistema Aquífero Guarani (SAG) ocupando quase 50% de sua área.
- A sub-bacia Capivari possui quase 70% de sua área ocupada pelos estratos do Grupo Tubarão e seu comportamento no que diz respeito à transformação de chuva em vazão é semelhante ao das bacias onde predominam as rochas granitóides.
GEOMORFOLOGIA
Na área das Bacias PCJ ocorrem três domínios morfoestruturais:
- Depósitos Sedimentares Quaternários: Este domínio é o menos expressivo sendo observado ao longo de alguns cursos d’água distribuídos em todas as porções das Bacias PCJ. De acordo com IBGE (2009), a unidade Planícies e terraços fluviais é caracterizada por áreas planas resultantes de acumulação fluvial, periodicamente alagadas, comportando meandros abandonados e cordões arenosos.
- Bacias e Coberturas Sedimentares Fanerozóicas: Este domínio é o que ocupa as maiores áreas nas Bacias PCJ, se estendendo da porção central até a foz do Rio Piracicaba, sendo composto por Planaltos e chapadas desenvolvidos sobre rochas sedimentares horizontais a sub-horizontais, eventualmente dobradas e/ou falhadas, em ambientes de sedimentação diversos, dispostos nas margens continentais e/ou no interior do continente.
- Cinturões Móveis Neoproterozóicos: Este domínio está localizado no leste e se estende até a porção central das Bacias PCJ, onde chega até a Depressão Periférica Paulista. Segundo classificação do IBGE (2009), divide-se em três unidades: Planalto de Amparo, Serra da Mantiqueira e Depressão do Médio Vale do Rio Paraíba do Sul. De acordo com IPT (2012), essa região é caracterizada por um modelado de relevo com topos convexos, elevada densidade de drenagem e vales profundos. Esse compartimento apresenta encostas íngremes, onde predominam processos de instabilização gravitacionais (escorregamentos). Entretanto, o escoamento superficial da água é bastante acelerado, o que contribui para a formação de processos erosivos laminares do tipo de sulcos e ravinas.
PEDOLOGIA
Mais da metade da área das Bacias PCJ é formada por Argissolos, com predomínio de Argissolos Vermelho-Amarelos (50,5%), sendo também a classe mais representativa em todas as sub-bacias. Os Latossolos ocupam 35,6% da área total das Bacias PCJ, sendo que a classe mais representativa corresponde aos Latossolos Vermelho-Amarelos. Os Neossolos recobrem 4,9% do total das Bacias PCJ, sendo que os Neossolos Litólicos são predominantes. Os Gleiossolos, representados pela classe Gleissolos Háplicos cobrem 1,4% da área das Bacias PCJ. Os Cambissolos Háplicos representam 0,7% da área, enquanto os Nitossolos Vermelhos são a classe menos representativa e correspondem a 0,4% da área das Bacias PCJ.
Fonte: Tomo I do Diagnóstico da Primeira revisão do Plano de Bacias PCJ 2010-2020.
Fonte: Diagnóstico Primeira revisão do Plano de Bacias PCJ 2010-2020.