Orçado em mais de R$ 794,9 mil, trabalho tem prazo de cinco meses para ser executado
Até o fim de 2019, a água do Sistema Cantareira deve chegar mais rápido as torneiras dos moradores da região de Campinas (SP). Na tarde de hoje (10 de junho), a Agência das Bacias PCJ e a empresa Serg Paulista Construções e Serviços Técnicos Ltda assinaram o contrato n° 017/2019 e a emissão de serviço para a realização da limpeza da calha do Rio Atibainha.
Na ocasião, a Diretora-Técnica da Agência das Bacias PCJ, Patrícia Barufaldi, explicou que a iniciativa atende demanda da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico dos Comitês PCJ. O início operacional do serviço está previsto para julho.
“O objetivo da limpeza da calha do manancial é melhorar a condição de fluxo do Atibainha de forma a tornar mais eficiente as descargas de vazão do Sistema Cantareira e, desta forma, evitar o desperdício”, explicou Patrícia.
A coordenadora de Projetos da Agência das Bacias PCJ e gestora do contrato, Elaine Franco de Campos, destacou a importância deste trabalho. “É uma forma de evitar que em períodos de estiagem haja necessidade de liberar mais água do que o necessário e, assim, manter a água armazenada no reservatório do Cantareira”, ressaltou.
A empresa responsável pela ação tem o prazo de um mês para apresentar o planejamento de trabalho. Após aprovado, a execução deve ser feita em três meses. Em seguida, há outros 30 dias para a análise e aprovação do trabalho.
“A última limpeza da calha do Rio Atibainha ocorreu em 2007. Na ocasião, a velocidade de escoamento da água do Cantareira ficou quase 30% mais rápida. Ao longo de uma década, a ocupação do solo na região mudou de forma significativa. Mas nossas expectativas é que os mesmos objetivos sejam conquistados”, afirmou o Coordenador da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico dos Comitês PCJ, Alexandre Vilella.
Limpeza
Orçado em R$ 749.993,32, o trabalho ocorre na extensão de 27 quilômetros, das quais, grande parte encontra-se tomada por vegetação herbáceas, com troncos e galhos caídos.
Além disso, existem pontos de assoreamento. A situação foi constatada por uma equipe de hidrometria da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).
O contrato assinado hoje não permite o uso de produtos químicos durante a ação, prevê a retirada da vegetação, além da destinação adequada do que for retirado do espaço. Os troncos devem ser triturados e a roçagem será feita de forma manual. Ao longo do trajeto, a equipe fará uso de roçadeiras e motosserras à gasolina.
“Quinzenalmente devemos enviar a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) um relatório sobre todo o material retirado e qual foi a destinação”, informou a Coordenadora de Projetos da Agência das Bacias PCJ, Elaine Franco de Campos.
Será realizada a limpeza da calha no ponto inicial à vazão da barragem, em Nazaré Paulista (SP), até o encontro com o Rio Cachoeirinha.
“Além de melhorar o trânsito da água, o trabalho deve evitar riscos no atendimento de demandas em cidades da região de Campinas, além de evitar os alagamentos registrados em Bom Jesus dos Perdões (SP)”, explicou Patrícia Barufaldi.
Assinatura
O assentimento dos documentos ocorreu na Agência das Bacias PCJ e contou com a participação do Diretor-Presidente da Agência PCJ, Sergio Razera; da Diretora-Técnica da Agência, Patrícia Barufaldi; do Secretário-executivo dos Comitês PCJ, Luiz Roberto Moretti; do Coordenador da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico dos Comitês PCJ, Alexandre Vilella; do presidente do Conselho Deliberativo da Agência PCJ, Paulo Tinel; da Coordenadora de Projetos da Agência das Bacias PCJ, Elaine Franco de Campos; e de representantes da empresa.