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Comitês PCJ debatem ações de enfrentamento e resiliência à estiagem

Webinário realizado no dia 26/09/2024 aprofundou discussões sobre o tema

Um diálogo sobre a situação atual, planejamento de ações e projeções futuras marcou o webinário “Resiliência e enfrentamento à estiagem nas Bacias PCJ”, promovido pela Câmara Técnica de Planejamento (CT-PL) dos Comitês PCJ nesta quinta-feira, dia 26 de setembro de 2024.

A abertura do evento foi feita pelo secretário-executivo do CBH-PCJ e do PCJ Federal, Denis Herisson da Silva, pela 1ª vice-presidente do PCJ Federal e presidente do CBH-PJ1, Mylena Nascimento Rodrigues; pelocoordenador da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico, Alexandre Vilella; pelo diretor-presidente da Agência das Bacias PCJ, Sergio Razera, e pelo presidente dos Comitês PCJ e prefeito de Piracicaba, Luciano Almeida.

Luciano aproveitou a ocasião para falar sobre a atual situação do Rio Piracicaba. “Hoje terei que falar como prefeito e não como presidente dos Comitês. A situação é muito grave. Não é mais uma questão de só discutir políticas públicas. Nós precisamos agir. Nossa cidade de Piracicaba, por ser o fim da linha do nosso Rio Piracicaba – a última que capta – está pegando esgoto puro dada as condições de estresse hídrico, de vazão, dessa falta de chuvas. Até o Rio Corumbataí está em suas piores vazões e a gente não pode mais admitir e ficar pagando um preço. É inadmissível que a gente não tome uma postura mais séria com relação a esses municípios a montante que continuam jogando esgoto ao ar livre”, criticou o prefeito.

Razera comentou o assunto e conclamou todos a se envolverem. “O desabafo e cobrança do prefeito têm muito sentido, dada a situação do nosso rio. A gente sabe que, quem tem poder de polícia, quem tem poder para fazer acontecer, precisa usar essas ferramentas (disponíveis no sistema de gestão). Não é o comitê da bacia, que tem o papel mais de fomento, de estabelecer metas e fazer debates públicos a respeito desses problemas, que será a solução desses problemas. Nosso papel é articular, porque não existe solução única. Tudo está articulado, as diversas políticas públicas. É importante que as pessoas que participam dos comitês ou que estão fora dos comitês percebam isso e nos ajude a trabalhar e a pensar cada vez mais as soluções possíveis para uma situação difícil. Não é simples e não é fácil”, comentou o diretor-presidente da Agência PCJ.  

A primeira palestra foi sobre o Plano Estadual de resiliência à estiagem do Governo do Estado de São Paulo e ações preventivas adotadas em nível estadual, com Dante Ragazzi Pauli, representante da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (SEMIL).

Em seguida, a apresentação foi sobre as ações da Secretaria de Agricultura e Abastecimento na mitigação dos impactos da estiagem sobre a agricultura, com Antoniane Arantes de Oliveira Roque, assistente de Coordenador da CATI (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral).

A terceira palestra foi sobre o “Panorama sobre a estiagem nas Bacias PCJ em 2024 e perspectivas para 2024 e 2025”, com Alexandre Vilella, coordenador da CT-MH, e Karoline de Goes Dantas, assessora técnica da Sala de Situação PCJ/SP Águas.

Na quarta apresentação do webinário, o coordenador de Projetos da Agência das Bacias PCJ, Diogo Bernardo Pedrozo, explanou sobre os editais abertos para o financiamento de ações em Saneamento Básico, no contexto da estiagem.

BARRAGENS

Durante o evento, Denis Silva comunicou que as obras das barragens de Amparo (Duas Pontes) e Pedreira serão retomadas pela SP Águas (DAEE) nos próximos dias e deverão levar 22 meses para serem concluídas. As duas represas vão aumentar a segurança hídrica para 5,5 milhões de pessoas, elevando a oferta de água em âmbito regional, por meio da regularização da vazão dos rios Jaguari e Camanducaia. As barragens deverão ter capacidade de armazenamento útil de 85 bilhões de litros de água, beneficiando direta e indiretamente mais de 20 municípios na região do PCJ. “Isso não isenta o papel que cada município e seus respectivos operadores de saneamento têm que fazer na redução de perdas de água do abastecimento e na melhoria do tratamento de esgoto. Cada município tem que fazer sua parte”, ressaltou o secretário-executivo dos Comitês PCJ.

O webinário completo pode ser assistido no canal da Agência das Bacias PCJ no YouTube:

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