Um workshop organizado pela Câmara Técnica de Saneamento e pela Secretaria Executiva dos Comitês PCJ debateu o “Reúso da água, remoção de nutrientes e tratamento do lodo” nos dias 20 e 21 de outubro. No primeiro dia, a CT-SA realizou um webinar pelo YouTube. No segundo dia foram feitas duas visitas técnicas, uma na EPAR (Estação Produtora de Água de Reúso) Capivari II e outra na Usina Verde de Compostagem, em Campinas (SP).
“Este é um evento da máxima importância para ampliar as discussões e qualificar o debate sobre questões de segurança hídrica, de saneamento, de sustentabilidade dos serviços e dos prestadores de serviços de tratamento de esgoto e processamento de resíduos. Então isso deve contribuir, deve inspirar muitas pessoas, profissionais, especialistas empresas a melhorar, ampliar, enfim, a poder sempre aprimorar os seus serviços, suas atividades”, ressaltou o coordenador adjunto da CT-SA, Luís Eduardo Gregolin Grisotto.
O secretário-executivo do CBH-PCJ e PCJ FEDERAL, André Navarro, também ressaltou a importância do workshop, especialmente em relação ao Plano das Bacias PCJ. “Além de todos os tópicos de importância que o Grisotto salientou aqui, três temas muito caros para a implementação do nosso Plano de Bacias. Temas umbilicalmente ligados ao cerne do Plano. Quando a gente fala de reúso, pela importância do tema aqui para a região, nosso plano trouxe um índice de favorabilidade para o reúso e a perspectiva de elaboração de um Plano Diretor de Reúso de Água para as Bacias PCJ dentro desse horizonte de 2020 a 2035. Quando a gente fala da remoção de nutrientes, um dos grandes objetivos do Plano também foi trabalhar a questão de como se atingir o enquadramento até 2035 e os nutrientes acabam tendo uma importância fundamental em razão das novas barragens que temos em construção, Duas Pontes, Pedreira e Piraí. A importância dessas barragens para a segurança hídrica da Bacia e também de que elas não sejam eutrofizadas. Então, a remoção de nutrientes especialmente nas bacias de contenção para essas barragens é muito importante. E com o tratamento de lodo com novas tecnologias, possivelmente aplicação de membranas, teremos mais lodo para lidar também. Então, acho que foi muito bem dimensionado o conteúdo”, comentou Navarro.