Webinário sobre segurança hídrica destaca força dos Comitês PCJ nessa área
Programação foi das 9h até as 17h no formato online
A segurança hídrica nas Bacias PCJ foi o principal tema abordado no webinário dos Comitês PCJ promovido nesta quarta-feira, dia 14 de setembro, pelo Grupo de Trabalho (GT) “Operação Estiagem 2022”, com o apoio da Agência das Bacias PCJ. Os objetivos foram os de discutir sobre a segurança hídrica nas bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Bacias PCJ) e incentivar ações voltadas ao enfrentamento da estiagem pelos setores usuários (rural, indústria e saneamento). Houve várias palestras e apresentações de casos de sucesso. O evento serviu também para destacar a força dos Comitês PCJ na gestão dos recursos hídricos.
“O GT-Estiagem foi criado pelos Comitês PCJ para discutir de maneira um pouco mais aprofundada algumas questões relacionadas ao enfrentamento da estiagem nas Bacias PCJ, atividade complementar à que é realizada no âmbito da CT-MH, por exemplo, e outras Câmaras Técnicas dos Comitês PCJ. É um prazer contar com a presença de todos para esse evento”, declarou André Navarro, coordenador do GT e secretário-executivo do CBH-PCJ e do PCJ FEDERAL, na abertura do webinário.
“É uma satisfação falar com todos vocês para a gente discutir esse tema tão importante, que nos impactou sobremaneira no passado. Esse GT tem a finalidade de fazer uma previsibilidade, de desenvolver ferramentas para a gente antecipar a fatos e conseguir através dessas previsões minimizar impactos da estiagem. É um momento ímpar paras todos nós dos Comitês PCJ. Tenho certeza de que aprenderemos bastante”, ressaltou Sidney Rosa, presidente do CBH-PJ1(Comitê mineiro) e vice-presidente do PCJ FEDERAL.
O diretor-presidente da Agência das Bacias PCJ, Sergio Razera, destacou a importância do webinário. “É um evento importante, principalmente neste final de estiagem. Esperamos que seja o final da estiagem. Mês de outubro já se avizinha e a gente sempre torce e reza para que as chuvas venham dentro das médias, dentro da normalidade. Mas, enquanto isso não acontece, temos que cumprir nosso papel: fazer o bom uso, aprender cada vez mais e melhorar cada vez mais o nosso modo de usar a água potável aqui na nossa região. Desejo que todos aproveitem o dia de hoje, vejam o que estamos fazendo e ajudem a fazer cada dia melhor e que cada estiagem a gente sofra menos”, comentou Razera.
Dentro do subtema “Planejamento e gestão no enfrentamento da estiagem”, as palestras abordaram “Segurança hídrica: destaques do Plano das Bacias PCJ 2020 a 2035”; “Gestão compartilhada do Sistema Cantareira e redes telemétricas”; “Apresentação sobre a Sala de Situação PCJ e o monitoramento hidrológico no âmbito das Bacias PCJ”; “Regulação do saneamento básico no contexto da estiagem”; “Experiências de alocação de água em bacias críticas”; e “Obras e ações planejadas e em desenvolvimento”.
“Fico muito satisfeito com a fala de todos, porque para problemas complexos necessitamos de soluções complexas também. E vejo aqui um alinhamento bastante importante entre instituições chaves que gerenciam e estão a cargo de lidar com esses desafios, como os Comitês PCJ, a Agência das Bacias PCJ, a ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico), o DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), e a ARES-PCJ (Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento das Bacias PCJ). Saio muito satisfeito dessa mesa por entender que temos instrumentos para lidar com essa problemática que nos aflige anualmente. Na verdade, há muito tempo. Há alguns anos de uma maneira mais aguda, como temos observado desde 2020 com essas diminuições de precipitação”, avaliou Navarro, que coordenou os debates.
O evento também contou com seis apresentações de casos de sucesso nos setores da “Indústria”, do “Saneamento” (Experiências municipais em perdas hídricas e monitoramento) e “Rural”, dentro do subtema “Boas práticas para o uso eficiente dos recursos hídricos nas Bacias PCJ”.
“Muito possivelmente chegaremos próximo a um limite do uso da água na bacia. Temos uma complexidade enorme aqui de transposições, de interligações hidráulicas. Quanto mais isso se complexifica, mais se complexifica a gestão. E na hora que a gente fala em eficiência, é um termo muito importante porque ele nos permite fazer mais com o mesmo. Então, para que a gente mantenha o desenvolvimento da região, pensando que alcançaremos um limite em algum momento, é nosso compromisso enquanto gestores e atores do sistema de gestão de recursos hídricos que tenhamos essa conduta eficiente do uso da água na nossa região. Fica essa reflexão finalizando aqui o evento”, concluiu Navarro.
A programação foi das 9h às 17h. O conteúdo está disponível no YouTube e você pode conferir ao lado.
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Entre as atribuições do GT-Estiagem, está a de definir medidas coletivas e integradas destinadas a incentivar o uso eficiente da água nas Bacias PCJ pelos setores usuários, ou seja, o abastecimento das cidades, das indústrias e do meio rural. O grupo também coordena a interlocução junto a outras entidades que atuam com recursos hídricos, como autarquias de água e esgoto, empresas privadas de saneamento, órgãos de governo ligados ao abastecimento, agências reguladoras e Ministério Público, por meio do chamado “Movimento PCJ pelo Uso Eficiente da Água”.
O Plano de Trabalho do grupo prevê uma série de ações técnicas de cooperação e divulgação de dados, benchmarking de ações realizadas nos municípios, além de uma ampla campanha publicitária. O movimento é destinado a sensibilizar os atores locais sobre a problemática, bem como reunir, em seu hotsite (www.movimentopcj.org.br), documentos e outros materiais produzidos nas operações de estiagem.