Prognóstico foi traçado durante a 12ª Reunião do GT-Previsão Hidrometeorologica
30 de junho de 2022
Dando prosseguimento às reuniões para discussão das condições e dos dados relacionados ao tempo e a chuvas na região das Bacias PCJ, foi realizada na quinta-feira, 30 de junho de 2022, a 12ª reunião do GT-Previsão Hidrometeorologica. O encontro foi feito por meio de videoconferência e apontou para a manutenção nas condições de estiagem, ao menos, até a segunda quinzena do mês de julho.
De acordo com José Antonio Mercanti, os mapas de satélite indicam a prevalência de ventos de noroeste e que viram, o que é uma variação normal e nada que indique mudança nas condições do tempo para os próximos 15 dias. “Mesmo o Cantareira estando baixo, está acima do observado um ano atrás. A Previsão climática indica prevalência do fenômeno La Niña, o que só deve mudar perto de janeiro ou fevereiro do próximo ano”, disse.
Com relação ao volume pluviométrico no Rio Jaguari, no posto situado à rodovia SP-322, a média climatológica anual é de 1.377mm, sendo que em 2014, no auge da crise hídrica o índice atingido foi de 1.022mm. Por sua vez, o acumulado entre julho de 2021 e junho de 2022, ficou em 965mm. A precipitação pluviométrica média em outros 10 pluviômetros da região também entre junho de 2021 e maio de 2022 ficou em 992mm.
No Sistema Cantareira o índice de reserva em 30 de junho de 2022 era de 55%. Há exatamente um ano, em 30 de junho de 2021, o índice era de 52%. De acordo com a Sabesp, o nível dos reservatórios da Grande São Paulo, sem a reserva técnica são os seguintes: Cantareira 981 hm³; Alto Tietê 560 hm³; Guarapiranga 171 hm³; Rio Grande 112 hm³; São Lourenço 89 hm³; Alto Cotia 17 hm³; Rio Claro 14 hm³.
DADOS – De acordo com o CPC/IRI Previsão Probabilística Oficial Enso, que foi publicada em 9 de junho de 2022 impontou para a previsão de probabilidade com base em um consenso dos analistas do CPC e do IRI. O dado é atualizado durante a primeira quinzena do mês, em associação com a Discussão Diagnóstica oficial do CPC/IRI Enso e baseia-se em informações observacionais e preditivas do início do mês e do mês anterior. Ele usa o julgamento humano além da saída do modelo, enquanto a previsão mostrada na Previsão Probabilística Enso baseada em modelo depende exclusivamente da saída do modelo. Este é atualizado na segunda quinta-feira de cada mês.
O palestrante foi o professor da USP, José Carlos Mierzwa
28 de junho de 2022
Uma palestra sobre Plano de Segurança da Água (PSA) foi o principal item de pauta da 95ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Saúde Ambiental (CT-SAM). O encontro ocorreu nesta terça-feira, dia 28 de junho, por meio de videoconferência, e contou com participantes de outras câmaras técnicas dos Comitês PCJ.
O palestrante foi o professor José Carlos Mierzwa, da USP (Universidade de São Paulo). A atividade, com o tema “Passos para elaboração do Plano de Segurança da Água”, foi dividida em duas partes. “O tema é muito relevante. Os Comitês PCJ são os únicos comitês do Brasil que têm uma publicação que orienta os gestores a elaborarem o Plano Municipal de Segurança da Água”, destacou a coordenadora da CT-SAM, Roseane Maria Garcia Lopes de Souza (ABES-SP).
A primeira parte foi sobre o Guia Prático para o Desenvolvimento de Planos Municipais de Segurança da água elaborado pela Agência das Bacias PCJ. Na segunda parte, o professor abordou a proposta de norma para a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) PROJETO 177:004.001- Plano de Segurança da Água – Princípios e diretrizes para elaboração e implementação. A proposta será encaminhada para consulta nacional.
“Existiam várias iniciativas dentro e fora do país, mas numa linguagem muito complexa, não muito prática quanto à viabilidade, deixando muitas incertezas. Nesse esforço conjunto, que tive a felicidade de coordenar, o resultado do trabalho foi o esforço de toda equipe que atuou na elaboração desse guia. É uma referência nacional bastante relevante. Parabenizo os Comitês PCJ por essa iniciativa”, comentou Mierzwa.
O Guia tem o objetivo de fornecer aos responsáveis pelos Sistemas de Abastecimento de Água, independentemente do seu porte, diretrizes gerais para a elaboração, implantação, manutenção e verificação de um Plano Municipal de Segurança da Água, a fim de garantir que a água distribuída não ofereça risco à saúde pública, apresente padrões de qualidade uniformes e de acordo com as exigências da legislação vigente.
O Plano Municipal de Segurança da Água é o instrumento que identifica e prioriza perigos e riscos em um sistema de abastecimento de água, desde o manancial até o consumidor, visa estabelecer medidas de controle para reduzi-los ou eliminá-los, e assegura de forma consistente a segurança do abastecimento público. “O cronograma do desenvolvimento do PSA não pode ser aberto. Tem que ter data para começar e data para terminar”, observou o professor da USP.
“Foi uma excelente aula. Um aprendizado imenso”, destacou a coordenadora adjunta da CT-SAM, Cassiana Maria Reganhan Coneglian (FT/UNICAMP), que ressaltou que a CT-SAM vai levar a discussão para as demais câmaras técnicas dos Comitês PCJ.
Na reunião, também houve a aprovação de um novo membro da CT-SAM, o DAE de Valinhos (DAEV), representado por Rosa Maria Fontalva Cordeiro (titular) e Ana Flávia Paulino dos Santos (suplente).
Reunião também tratou do planejamento do webinário “Conversando sobre o Rio Jundiaí, como estamos e o que podemos alcançar juntos!”
24 de junho de 2022
A minuta final da Política de Outorgas e Licenças dos Comitês PCJ foi aprovada durante a 96ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Outorgas e Licenças (CT-OL), realizada nesta sexta-feira, dia 24 de junho, por meio de videoconferência. Agora, o documento deverá ser encaminhado para a Câmara Técnica de Planejamento e depois de aprovado na CT-PL, será votado em Plenária.
A minuta foi elaborada e apresentada pelos membros do Grupo de Trabalho de Usos da Água e Difusão de Informações em Recursos Hídricos e Licenciamento Ambiental (GT-Usos da Água e Difusão) da CT-OL. A apresentação foi realizada pelo engenheiro agrônomo Denis Herisson Silva, coordenador do GT, que homenageou Luiz Roberto Moretti e Marco Antonio Garcia de Almeida, que atuaram bastante na elaboração da Política de Outorgas e Licenças. “A aprovação da Política abre um espaço de interação muito grande com os usuários e para conseguir recursos financeiros para programas e projetos dentro dos Comitês PCJ”, destacou Cecília de Barros Aranha, coordenadora da CT-OL.
Além da minuta, o grupo também apresentou os pontos relevantes do tema “Alocação de Água” e recomendações de temas a serem discutidos no GT-Estiagem da CT-PL. Um dos temas é a alocação de água devido ao problema de escassez hídrica em uma barragem de abastecimento público do município de Indaiatuba, demanda apresentada por Roberto Polga, da Prefeitura de Indaiatuba. Uma das ideias é fazer a alocação de água no rio Capivari-Mirim. Na reunião da CT-OL, houve ainda a apresentação e aprovação dos relatos da 7ª reunião do GT-Usos.
No mesmo encontro, foi debatido sobre o planejamento do terceiro webinário “Conversando sobre o Rio Jundiaí, como estamos e o que podemos alcançar juntos!”. O evento está sendo organizado pelo Grupo de Trabalho de Enquadramento dos Corpos D’água (GT-Enquadramento), deverá ser realizado no segundo semestre e é referente às ações de efetivação do enquadramento do Rio Jundiaí (SP). Ficou decidido a realização de uma reunião do GT com representantes dos munícipios da Bacia do Rio Jundiaí.
Na reunião, os participantes ainda aprovaram a inclusão de uma nova entidade na CT-OL, o Instituto de Estudos Vale do Tietê (INEVAT). A representante titular é a coordenadora da câmara, Cecília de Barros Aranha. No final, Cecília também falou sobre o empreendimento “ampliação de atividade de extração de granito e saibro, em Bragança Paulista(SP)”, que será analisado pela CT-OL dentro do GT-Empreendimentos dos Comitês PCJ.
Ações do Governo Paulista foram temas de palestra
23 de junho de 2022
O Programa “Água é Vida”, do Governo do Estado de São Paulo, foi o principal assunto discutido durante a 74ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Águas Subterrâneas (CT-AS) dos Comitês PCJ. O item de pauta foi tema de uma apresentação no encontro, realizado por meio de videoconferência nesta quinta-feira, dia 23 de junho.
A apresentação do Programa “Água é Vida“ , foi feita pelo coordenador da CT-AS, Vinicius Rodrigues, que divulgou dados dos eixos que fazem parte do programa. No Eixo Rios Vivos, que prevê ações de desassoreamento; sistema de afastamento e tratamento de esgoto; recuperação e proteção de mananciais superficiais serão investidos R$ 90 milhões. No Eixo Águas Subterrâneas, com perfuração de poços e instalação de reservatórios, o investimento será de R$ 140 milhões. No Eixo Barragens, o investimento será de R$ 175 milhões para a construção de barragens na Bacia do Rio Corumbataí, na divisa entre Ipeúna e Rio Claro, e no Rio Piraí, em Salto (SP). Há ainda o Eixo Cooperação Técnica, de ações de auxílio e suporte aos produtores rurais, na reservação de água e segurança hídrica, cujos valores ainda não foram divulgados.
O convidado para falar sobre o Eixo Águas Subterrâneas foi o geólogo José Luiz Galvão de Mendonça, do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado) de Araraquara. Mendonça respondeu especificamente em relação às ações de perfuração da malha de poços, objetivos e andamento dos trabalhos nessa área.
Segundo ele, serão perfurados 150 poços em 130 municípios. “Cinquenta poços estão prontos. Nenhum foi entregue oficialmente, pois ainda depende da instalação de reservatórios. É algo realmente dinâmico. É um programa importante. A ideia é que a população tenha acesso à água potável”, ressaltou Mendonça.
Ele explicou que os 150 poços foram divididos em três lotes. Dois lotes já foram licitados e as ações estão em andamento. Nas Bacias PCJ, serão beneficiados seis municípios: Analândia, São Pedro, Ipeúna, Tietê, Santo Antônio da Posse e Rio das Pedras. Os projetos dos poços das Bacias PCJ foram elaborados pelos engenheiros do DAEE de Rio Claro e estão no lote que já foi licitado. Membros da CT-AS defenderam a ampla divulgação das informações relacionadas às águas coletadas nos poços para a comunidade científica.
Na reunião também foi informado que a Comissão Científica do XXII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas e do XXIII Encontro Nacional de Perfuradores de Poços aprovou o “Plano de Monitoramento das Águas Subterrâneas dos Comitês PCJ” para apresentação no formato oral. O evento será realizado entre os dias 2 e 5 de agosto em São Paulo (SP).
Jean Paul Walter Metzger, docente da USP apresentou ações de projeto realizado com apoio da Fapesp
22 de junho de 2022
Na manhã de quarta-feira, 22 de 2022, ocorreu a 107ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Conservação e Proteção de Recursos Naturais. O encontro, realizado em forma de videoconferência e coordenado por João José Demarchi (IZ/APTA/SAA), debateu temas inerentes a esta CT, com destaque para a apresentação da palestra Biota Síntese, por Jean Paul Walter Metzger, professor da USP e coordenador do projeto.
Metzger é professor titular de ecologia do Instituto de Biociências (IB) da USP e coordenador, desde 2014, do Grupo de Pesquisa Serviços de Ecossistemas do IEA. O Biota Síntese é uma das 12 propostas de Núcleos de Pesquisa Orientada a Problemas em São Paulo (NPOP-SP) aprovadas em dezembro pela Fapesp. O projeto envolve 27 instituições, entre as quais três secretarias estaduais, a Prefeitura de São Paulo, as três universidades públicas paulistas, as duas universidades públicas federais existentes no estado, vários institutos de pesquisa paulistas e quatro organizações não governamentais da área ambiental.
Segundo Metzger, o Biota Síntese é estratégico por diversos motivos. Um dele é promover a “ciência de síntese”, uma abordagem de análise de dados ainda não costumeira no Brasil, mas já amplamente utilizada nos Estados Unidos, Canadá, Europa e Austrália, “com resultados extremamente significativos e impactantes”. “Não se trata apenas de agrupar e revisar dados científicos, mas sim de uma metodologia que permite trazer um olhar inter e transdisciplinar para ressignificar dados já coletados, permitindo a geração de novas ideias, modelos, paradigmas e teorias.”
Outro aspecto inovador do projeto, de acordo com Metzger, é o fato de o Biota Síntese promover sínteses transdisciplinares voltadas ao embasamento de políticas públicas na área socioambiental, “ao contrário da maioria das sínteses feitas nos países desenvolvidos, mais voltadas a questões teóricas, restritas ao mundo acadêmico”. “No nosso caso, estamos atendendo a demandas feitas por órgãos do governo do estado de São Paulo, especialmente a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente, a Secretaria da Agricultura e a Secretaria Especial da Saúde.” A pertinência das sínteses dependerá, afirma Metzger, do trabalho conjunto de profissionais do governo com os pesquisadores de universidades e institutos de pesquisa do estado, além de organizações não-governamentais.*
*Parte deste conteúdo foi extraído da página: http://www.iea.usp.br/noticias/biota-sintese
Outra atividade da reunião desta terça-feira foi a aprovação da proposta de Orientação Técnica para as Redes de Ensino
21 de junho de 2022
Um grupo de trabalho específico para revisar a Política de Educação Ambiental dos Comitês PCJ foi criado durante a 112ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Educação Ambiental (CT-EA). O encontro ocorreu nesta terça-feira, dia 21 de junho, por meio de videoconferência.
“Estamos num segundo processo de revisão da nossa Política de Educação Ambiental, que existe desde 2004”, explicou a coordenadora da CT-EA, Ana Lúcia Floriano, que ressaltou a necessidade de criar um grupo de trabalho para acompanhar essa atividade.
O GT transitório será formado por Alynne Sant’Anna (Prefeitura de Hortolândia); Paulo Mancuso (Prefeitura de Hortolândia); Andrea Borges (Consórcio PCJ); Deborah Carreira (Assemae/Sanasa); Rosângela Grigolleto (Elo Ambiental); Malu Palmieri (IPA); Denise Rezende (Prefeitura de Vinhedo); Adriana Sacioto (Apta/SAA); e João Demarchi (Associação Plantar). Como coordenadora, foi escolhida Ana Lúcia Floriano (Assemae/Sanasa).
Na reunião, os membros também discutiram e aprovaram a proposta de Orientação Técnica para as Redes de Ensino, uma demanda do GT-Estiagem 2022 elaborada pelo GT-Educomunicação. O documento deverá auxiliar professores ao abordarem a questão da estiagem nas Bacias PCJ em suas aulas. São subsídios para reflexão sobre a estiagem nas Bacias PCJ, suas causas, impactos e ações de enfrentamento. O documento será encaminhado pela Secretaria Executiva dos Comitês PCJ às Diretorias Regionais de Ensino da Secretaria Estadual da Educação. A coordenadora da CT-EA também pediu que os membros distribuam o material para as escolas municipais e outras instituições de ensino. “A ideia é fomentar discussões na sala de aula”, comentou Ana Lúcia.
Houve ainda a apresentação do “município anfitrião”, feita por Andrea Borges, do Consórcio PCJ, com sede em Americana (SP). Andrea apresentou a Casa Mais Sustentável. Mais informações sobre este espaço de Educação Ambiental podem ser acessadas aqui. Em toda reunião da CT-EA, há o quadro “município anfitrião”, no qual é apresentado uma ação ou projeto de um município das Bacias PCJ.
No encontro, também foi aprovado um novo membro da CT-EA, a Associação Ambiental Plantar, representada por Aline Pereira da Silva (titular); João Demarchi; Patrícia Pulcini Rosvald e Genaro Santos do Lago(suplentes). A Secretaria Executiva ainda informou sobre a alteração dos representantes da Prefeitura de Piracicaba, na CT-EA: a saída de Elizabeth da Silveira Nunes Salles devido à aposentadoria, ficando Laís Ferraz Camargo como titular e Kelly Monaco Coletti como suplente.
Durante o encontro foram apreciados e votados três temas conforme a pauta da reunião
20 de junho de 2022
Com o objetivo de deliberar e votar os itens constantes em pauta, foi realizada na manhã de 20 de junho de 2022, uma reunião ordinária do Comitê PJ1. Na ocasião foram tratados temas como a deliberação de ad referendum: Deliberação Normativa “Ad referendum nº 006/2022 – para aprovar o calendário de reuniões 2022; apresentação e deliberação da Minuta CBH PJ1 para alteração do Regimento Interno de acordo com a DN69/2021 CERH; e a análise e deliberação do Processo SEI n° 1370.01.0046849/2020-36 e processo de outorga nº 6281/2021 – empresa KSM Empreendimento Logístico Extrema Ltda.
Inicialmente, esta reunião ordinária do PJ1 estava prevista para ocorrer em 20 de maio, porém foi adiada pela falta de quórum naquela oportunidade. De acordo com o calendário, as próximas reuniões do Comitê PJ1 devem ocorrer em 19 de agosto e a última do ano, em 17 de novembro, todas por meio de videoconferência. Desta forma, o calendário de reuniões ordinárias do PJ1 para o ano de 2022 foi aprovado por unanimidade, já cumprindo assim o segundo item de pauta.
No terceiro item de pauta, houve, por parte do Igam, a imposição de adequações no regimento interno de acordo com a DN69/2021 CERH. Sobre este tema, a representante do Igam, Maria de Lourdes Amaral explicou que o item trata, entre outros, de regras de substituições de conselheiros em caso de vacância, tornando-as mais claras; alteração na questão da utilização de procurações para substituição de participantes; e a alteração no artigo que trata dos usuários que definia a questão da paridade. Houve mudança também sobre caso haja consórcio e associações de municípios pleiteando a vagas; entre outras pequenas alterações na redação para tornar o texto mais claro e compreensível.
Na sequência houve a análise e deliberação do Processo SEI n° 1370.01.0046849/2020-36 e processo de outorga nº 6281/2021 – empresa KSM Empreendimento Logístico Extrema Ltd. O empreendimento solicitou ao Igam e por ser de grande porte, precisou passar pelo crivo dos Comitês de Bacias a análise do processo. Marianne Barros, gestora e avaliadora do processo elucidou as tratativas do empreendimento de logística instalado em Extrema/MG. Sidney Rosa, presidente do CBH-PJ1 teceu comentários relacionados a preservação das fontes hídricas e a necessidade de critérios rígidos na aprovação de novos empreendimentos. “Não estamos acusando a empresa em questão, o que coloco é que houve a pavimentação por parte da prefeitura, autorização da mesma prefeitura para construção de galpão e aprovação para outras obras nas imediações. O mais incrível é que o município de Extrema tenha todas as ferramentas de gestão necessárias, técnicos e legislação que possam avaliar o impacto de um empreendimento desta magnitude, mas não o fizeram. Se o fizessem, não estaríamos aqui tratando deste assunto”. Após as discussões, o processo foi aprovado, com a condicionante, solicitada por Sidney Rosa, que seja feito o envio para a Prefeitura de Extrema/MG, de uma moção com a “finalidade de que se coíba esse tipo de ação em seus processos de licenciamentos”, afirmou o presidente do CBH-PJ1.
Representantes pelos loteamentos apresentaram detalhes dos espaços durante encontro do GT-Empreendimentos
14 de junho de 2022
Com o objetivo de debater os impactos e desdobramentos decorrentes da instalação de dois empreendimentos habitacionais, foi realizada na terça-feira, 14 de junho de 2022, uma reunião com os membros do GT-Empreendimentos dos Comitês PCJ. No encontro, por meio de videoconferência, foi feita a análise do EIA/RIMA do Loteamento Residencial Fazenda Sete Lagos, no município de Itatiba/SP, sob o interesse de Real Park Empreendimentos Imobiliários Ltda, bem como a análise do EIA/RIMA do empreendimento urbanístico Terras de Antônio e Antonieta, no município de Jundiaí/SP.
A reunião teve início com a apresentação da análise do EIA/RIMA do empreendimento Loteamento Residencial Fazenda Sete Lagos — fase 01 e fase 02, no município de Itatiba/SP, sob o interesse de Real Park Empreendimentos Imobiliários Ltda, que foi feita pela equipe Global Ambiente, empresa de consultoria ambiental com sede em Campinas e que é composta por Plinio Escher Junior (engenheiro responsável), Thiago Aragão Escher (responsável pela apresentação), Giovanna Ramos Maccari, Keryman Ramos da Costa, Marcos Fernando Villela de Oliveira.
Na ocasião foram abordados detalhes do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e seu respectivo Relatório de Impacto do Meio Ambiente (RIMA) que tem por objetivo a entrada na CETESB para obtenção da Licença Prévia (LP) e emissão do Certificado Graprohab de um EIA/RIMA aprovado anteriormente pela Cetesb em 2014 (início do processo em 2008) com emissão do Certificado Graprohab nº 509/2014, cujo seu vencimento é datado de Outubro/2018.
Algumas características do empreendimento foram apresentadas visto que trata-se de um loteamento de uso misto (residencial e comercial), que ocupa uma área total e 1.204.812,51 m²; área loteada: 353.773,44 m²; áreas públicas: 767.687,45 m²; e uma quantidade total de lotes sendo 940 lotes, destes 938 são lotes residenciais e dois de uso misto. A população fixa estimada em 3.752 habitantes, com uma população flutuante de 310 pessoas e população total estimada: 4.062 pessoas/dia.
O empreendimento ocupa uma AID EAA da Microbacia do Córrego Fazenda Santa Bárbara e AlI: Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHI — 5) na Bacia do Rio Atibaia. São algumas características do empreendimento: uso do solo; edificações: incluindo áreas residenciais, indústrias, e demais áreas e edificadas; áreas agropastoril: incluindo campos de cultivo agrícola e pastagem; corpos hídricos: incluindo cursos d’água diversos, lagos, lagoas e represas; mata: áreas florestais; reflorestamento: áreas provenientes de reflorestamento; solo exposto: áreas sem uso, apresentando solo exposto.
JUNDIAÍ – Posteriormente, houve a análise do EIA/RIMA do Empreendimento Urbanístico Terras de Antônio e Antonieta, no município de Jundiaí/SP, cuja proprietária da gleba é a Fundação Antônio-Antonieta Cintra Gordinho, do empreendedor. O empreendimento conta com acessos pela Rodovia dos Bandeirantes (SP-348) e Rodovia Anhanguera (SP-330), tendo como principais acessos ao empreendimento a avenida Antônio Pincinato e Rod. Dom Gabriel Paulino Bueno Couto (SP-300).
O empreendimento tem como características o fato de ser um loteamento exclusivamente residencial, em área total: 987.478,72 m², 411 lotes residenciais de concepção urbanística com foco na preservação ambiental dada a localização dentro da APA de Jundiaí, resultando em uma nova ocupação urbana de baixa densidade, assegurando a preservação dos atributos ambientais da gleba as ações socioambientais. Quanto as áreas de influência indireta e direta: AII – Bacia Hidrográfica do Ribeirão Caxambu e Ribeirão Ermida; AID – Área de Influência Direta: Bacia hidrográfica do Ribeirão da Ermida; ADA – Área Diretamente Afetada: Local onde os componentes naturais e antrópicos serão efetivamente afetados pela implantação do empreendimento.
Após as apresentações, as equipes responsáveis pelas apresentações responderam aos questionamentos dos membros do GT-Empreendimentos. Ao encerramento, André Navarro (Comitês PCJ), informou que as questões seguirão os trâmites de praxe com a elaboração dos pareceres técnicos dos dois empreendimentos. Há a possibilidade de uma nova reunião para discussão de eventuais complementações.
8ª Reunião do GT-Usos da Água da Câmara Técnica de Outorgas e Licenças (CT-OL)
10 de junho de 2022
O encontro contou com a apresentação do estudo: Alocação de Água, o que foi feito por Wilde Cardoso Gontijo Júnior (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico).
De acordo com o material produzido e coassinado por Wilde Cardoso Gontijo Júnior, “a metodologia para alocação de água em sistemas hídricos foi elaborada considerando diretrizes gerais para implementação de marcos regulatórios e alocações de água a partir de experiências da ANA nos últimos 15 anos, na atuação da COGERH, do Estado do Ceará, desde 1994, e na prática da COMAR/SRE/ANA, entre 2014 e 2016, em 30 (trinta) sistemas hídricos no semiárido. Tal metodologia é integrada pelas seguintes etapas: definição do problema; estudos de disponibilidade e demandas; proposição de estados hidrológicos; processo participativo de tomada de decisão; formalização de atos regulatórios e implementação de programa para operação, monitoramento e manutenção dos sistemas. As alocações são definidas a partir da acumulação observada em cada sistema hídrico após a recarga anual (estado hidrológico), tendo como referência um período de planejamento mínimo de duas estiagens e um período úmido com baixas vazões afluentes. A participação direta dos atores envolvidos com o uso da água, tanto na definição das condições de uso e na tomada de decisão quanto no seu acompanhamento, tem permitido êxitos pouco vivenciados na gestão de recursos hídricos no País. No entanto, a adequada operação, manutenção e monitoramento dos sistemas hídricos continua sendo o elo frágil da efetivação das alocações Alocação de água – Instrumento regulatório.”
Após a apresentação, os membros da CT-OL apresentaram questionamentos ao palestrante, que esclareceu todos os pontos levantados pelos participantes.
Encontro debateu calendário de eventos previstos para o segundo semestre de 2022
9 de junho de 2022
Eleição de novo(a) coordenador(a) da CT-SA; criação de comissão para o eventos e reuniões preparatórias para eventos da CT-SA previstos para o segundo semestre de 2022, e a atualização sobre a coleta de preços 003/2022 que visa a contratação de empresa de engenharia para implantação da ferramenta Giswater no sistema de abastecimento de agua do município de Capivari/SP, sob a Coordenação de Projetos da Agência das Bacias PCJ.
No princípio do encontro, Ariella Montebello, até então coordenadora desta Câmara Técnica, informou sobre seu desligamento da função e solicitou a manifestação dos membros sobre quem se disponibilizaria a ocupar a coordenação em seu lugar. Luis Eduardo Grisotto (ABES/SP, coordenador adjunto da CT) enalteceu e agradeceu pelo trabalho realizado por ela, toda contribuição e participação no cargo e manteve acordo com os membros sobre a necessidade de encontrar um novo nome para a coordenação, o que será definido em futura reunião da CT.
Na sequência, Grisotto tratou da criação de comissão organizadora para o eventos e reuniões preparatórias para eventos da CT-SA previstos para o segundo semestre de 2022 e primeiro de 2023. Os eventos previstos são: seminário sobre o avanço do marco legal do saneamento (previsto para outubro/2022); workshop e visita técnica sobre reuso e remoção de nutrientes e resíduos sólidos ‘lodo’(julho/2022); e para o próximo ano (abril/2023), o workshop de resíduos sólidos da CT-SA. Houve entendimento para a realização de reuniões da nova comissão que ficará encarregada de discutir e promover tais eventos composta por Sergio Grandin, Renata de Lima, Hugo Leme, Silvana Broleze e Luís Grisotto. O primeiro encontro ficou marcado para 19 de julho, às 16h.
Prosseguindo com a pauta, houve uma atualização sobre a coleta de preços 003/2022 que visa a contratação de empresa de engenharia para implantação da ferramenta Giswater no sistema de abastecimento de água do município de Capivari/SP. De acordo com Mariane Rodrigues Amyu (Projetos Agência PCJ), houve um recurso administrativo para impugnação da licitação, em 12 de maio, pela empresa Nexus GeoEngenharia e Comércio Ltda, que foi acatado pela Agência PCJ, portanto, desde então, o tramite está suspenso. “Seguimos rigorosamente dentro dos trâmites legais e de transparência, mas frisamos que não há intenção de cancelar a licitação. Buscamos os subsídios para responder os questionamentos da empresa. Na sequência, a partir da nossa resposta, prosseguiríamos com o processo”, explicou Elaine Campos (Agência PCJ).
Assunto foi abordado durante 85ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Uso e Conservação da Água na Indústria
8 de junho de 2022
A Cartilha de Estiagem na Indústria, em produção pelo departamento de comunicação da Agência das Bacias PCJ foi um dos temas debatidos durante a 85ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Uso e Conservação da Água na Indústria. O setor de comunicação informou manter-se aberto para o recebimento de sugestões que irão compor o conteúdo da cartilha. Além deste assunto, houve também uma apresentação do SSD – Sistema de Suporte a Decisões das Bacias PCJ — uso na gestão de recursos hídricos.
Everton Quiararia assessor de comunicação da Agência PCJ atualizou os membros da CT sobre o andamento da Cartilha de Estiagem na Indústria, em execução pela equipe de comunicação . Ele iniciou sua fala abrindo espaço para sugestões e contribuições a fim do material final adequar-se às demandas do setor. “Buscamos sempre produzir conteúdo que estejam em consonância com as necessidades do segmento. Assim, abrimos um canal para receber sugestões das mais diversas para realizarmos as melhores práticas por meio da comunicação pelas cartilhas institucionais. Sabemos que a indústria está a serviço da sociedade. É a partir dela que temos os alimentos, bens de consumo e o dinamismo do cenário econômico. Estamos abertos às contribuições e recomendações de uso eficiente para tornar a comunicação efetiva a fim de enriquecer o material”, disse Everton Quiararia que foi teve sua solicitação plenamente respondida e aceita por Jorge Mercanti (Fiesp) que se colocou à disposição para envio de informações a fim de complementar o material.
Na mesma reunião, Jorge Mercanti apresentou os dados de precipitação pluviométrica na região das Bacias PCJ. “Desde 1990, temos uma forte oscilação, como a de 2004, a de 2014, houve então um período úmido entre 2016 e 2017. Até que com a estiagem de 2021 e 2022 chegamos no auge da seca, mas há possibilidade de recuperação para o segundo semestre deste ano, especialmente em virtude do La Niña”, disse.
A média climatológica anual no Sistema Cantareira é de 1.543mm; totalizados em 2014, 964mm; e para o período entre junho de 2021 a maio 2022 o volume de 1.129mm. De acordo com a Sabesp, até a medição mais recente, o nível dos reservatórios da Grande São Paulo, sem a reserva técnica são os seguintes: Cantareira 981 hm³; Alto Tietê 560 hm³; Guarapiranga 171 hm³; Rio Grande 112 hm³; São Lourenço 89 hm³; Alto Cotia 17 hm³; Rio Claro 14 hm³.
Na sequência, Eduardo Léo (coordenador do Sistema de Informações na Fundação Agência das Bacias PCJ), fez uma apresentação sobre o SSD (Sistema de Suporte a Decisões) das Bacias PCJ e seu uso na gestão de recursos hídricos pela indústria. Conforme a Lei das Aguas (9.433/97), ‘são instrumento na política nacional de recursos hídricos o sistema de informações sobre recursos hídricos informação de recursos hídricos dedicados a coleta, tratamento armazenamento e recuperação de informações sobre recursos hídricos e fatores intervenientes em sua gestão.’
Sobre o SSD, Diogo Prezoto (Agência PCJ) informou tratar-se de um sistema dinâmico, acessível, sem a necessidade de instalação de software e banco de dados disponível em servidores remotos. “As informações disponibilizadas são em níveis operacionais, táticos e estratégicos. “O Sistema de Suporte a Decisões das Bacias PCJ é fruto de uma parceria entre a Agência das Bacias PCJ e o Laboratório de Sistemas de Suporte a Decisões em Engenharia Ambiental e de Recursos Hídricos (LabSid), para apoiar os Comitês PCJ, a Agência das Bacias PCJ e os órgãos gestores na gestão e no planejamento dos recursos hídricos da região. A fermenta faz o Monitoramento e realiza a integração de dados atuais e históricos em gráficos e tabelas, com análises personalizadas em dados resumidos ou ao longo do tempo”, disse.
Temas foram tratados durante a 20ª Reunião do GT-Educomunicação dos Comitês PCJ
7 de junho de 2022
Com o objetivo de discutir uma pauta de ações voltadas a educomunicação na área de abrangência das Bacias PCJ, foi realizada na terça-feira, 7 de junho de 2022, a 20ª reunião do Grupo de Trabalho Educomunicação. O encontro foi realizado por meio de videoconferência e tratou de temas como os encaminhamentos sobre formato, conteúdo e responsáveis pela elaboração do e-book ‘Jovem, vem pro PCJ! – 1ª edição’, e entre outros.
A reunião teve início com a fala de Andrea Borges (Consórcio PCJ), sobre o formato do material educacional. “Inicialmente, se pensa fazer em formato, cada dupla ou trio responsável pelo encontro poderia apresentar um breve resumo de como foi aquela experiência”, disse ela. Andrea pensou também num capítulo dos mediadores, com os jovens contando como foi a sua participação. Neste sentido, Ana Lucia Floriano (Assemae/ Sanasa) apontou a necessidade de, por se tratar de um e-book, elaborar algo dinâmico. “Como a previsão era para o primeiro semestre de 2022, quero saber se temos que entregar o material até o fim deste mês. O conteúdo entregamos ainda neste primeiro semestre, cabendo ao departamento de comunicação da Agência das Bacias PCJ o trabalho de diagramação e montagem”, disse Andrea.
Prosseguindo com a pauta, Andrea Borges abordou o início do planejamento das atividades para a organização do evento sobre a revisão da Política de EA dos Comitês PCJ, previsto para agosto/2022. “A ideia é que façamos uma oficina com o pessoal da OCA, porém, todos os detalhes como a compilação de informações, faremos em reuniões específicas sobre esse assunto”, relatou.
Andrea afirmou que recentemente abordou em reuniões anteriores alguns temas e detalhes relacionas a Políticas de EA dos Comitês, a fim de discutir e manter todos na mesma página do desenvolvimento das políticas. Houve ainda a criação de um grupo de Whatsapp para início das discussões sobre o evento como formato, abertura para convidados e outras questões. Houve uma consonância entre os participantes com o GT- Educom passando a contribuir com o GT-Políticas.
Hotsite, cartilha, campanha publicitária e webinário são algumas das atividades discutidas
7 de junho de 2022
O detalhamento sobre a implementação das ações previstas no Plano de Trabalho da “Operação de Estiagem PCJ – 2022” foi um dos itens de pauta da 2ª Reunião do GT-Estiagem 2022. O encontro aconteceu na manhã desta terça-feira, dia 7 de junho, por meio de videoconferência.
Uma das ações apresentadas pelo secretário-executivo do CBH-PCJ e PCJ FEDERAL, André Navarro, foi a realização de um evento com programação destinada a incentivar ações voltadas ao enfrentamento da estiagem pelos setores usuários (rural, indústria e saneamento). A proposta preliminar é a realização de um webinário em 14 de setembro, manhã e tarde, com o tema “Segurança hídrica nas Bacias PCJ: monitoramento, planejamento e práticas”. Entre os tópicos a serem discutidos em mesas redondas estão: – Monitoramento hidrológico e dos usos de recursos hídricos; Obras e ações planejadas e em desenvolvimento; Plano das Bacias PCJ 2020-2035; e Financiamento de ações para o enfrentamento dos impactos da estiagem.
O evento também prevê a apresentação de casos de sucesso no setor “Indústria”, no setor “Saneamento” (Experiências municipais em perdas hídricas) e no setor “Rural”. “A estiagem nas Bacias PCJ é caracterizada pelo período de redução significativa das vazões dos cursos d ́água. Dentre as ações para o enfrentamento desse período, o webinário tem como objetivo principal difundir boas práticas de uso sustentável dos recursos hídricos nas Bacias PCJ”, informa a proposta aprovada pelo grupo.
O GT-Estiagem também debateu a atualização do conteúdo do hotsite “Movimento PCJ pelo Uso Eficiente da Água”. A proposta de atualização foi apresentada pelo assessor de comunicação da Agência das Bacias PCJ, Everton Campos. Outra proposta foi quanto ao roteiro para TV na campanha publicitária que será desenvolvida para o “Movimento”.
A cartilha institucional geral elaborada em 2021, que trata sobre a estiagem e suas características específicas nas Bacias PCJ, foi atualizada, além de criadas novas cartilhas para moradores, segmento rural e segmento da indústria. O coordenador adjunto da CT-MH, Paulo Tinel, sugeriu ainda uma cartilha sobre combate a perdas hídricas para dirigentes. O membros do GT-Estiagem têm até 30 de junho para revisar o material. “Um dos grandes eixos que estamos trabalhando, talvez o mais importante, é o da comunicação”, comentou Navarro.
O GT-Estiagem também aprovou uma proposta de atualização do Plano de Trabalho, feita pelo Consórcio PCJ. A ideia é a de realizar discussão sobre o fomento à criação e operacionalização de fundos públicos voltados a apoiar municípios em ações de enfrentamento dos efeitos da estiagem. O grupo tem até 30 de agosto para elaborar um documento sistematizando as discussões.
Outro assunto debatido foi o TR dos Planos Municipais de Mata Atlântica (PMMA) e Cerrado
6 de junho de 2022
O futuro do Grupo de Trabalho Rede de Áreas Protegidas (CT-RN, EA e Rural) foi um dos temas debatidos na 30ª Reunião do GT, realizada por meio de videoconferência na tarde desta segunda-feira, dia 6 de junho. No encontro, o coordenador da Câmara Técnica de Conservação e Proteção de Recursos Naturais (CT-RN), João Demarchi, fez uma apresentação sobre o planejamento da CT-RN, o que resultou na discussão sobre o futuro do GT-Rede de Áreas Protegidas.
No âmbito da CT-RN, há três GTs -Mananciais; Indicadores e Monitoramento; e Rede de Áreas Protegidas, que estão vinculados à outras CTs. Uma das propostas é transferir o GT-Indicadores e Monitoramento para a CT-ID. “Assim que o regimento interno da CT-PL for aprovado, o GT-Mananciais vai para a CT-PL”, adiantou Demarchi.
Outra ideia é ampliar a discussão e levar os assuntos de planejamento do GT-Rede de Áreas Protegidas para a CT-RN. “Tem discussões que seriam mais bem realizadas nas Câmaras Técnicas”, comentou Cristiano Krepsky, ao falar sobre o risco de GTs “esvaziarem” CTs. “É possível que o GT continue, mas não nesse formato de reunião a cada dois meses e sim reunião por demanda”, completou. O grupo debateu o futuro do GT-Rede de Áreas Protegidas, com possíveis mudanças que devem acontecer a partir de 2023. Ao final das discussões, os participantes deliberaram pela continuidade do GT até o final desse mandato de Demarchi na CT-RN.
O Termo de Referência (TR) e outras providências para o Guia de Elaboração dos Planos Municipais de Mata Atlântica (PMMA) e Cerrado foi outro assunto debatido na reunião. Na ocasião foram discutidos os resultados do levantamento feito pela Assessoria Ambiental junto aos municípios; a execução do Termo de Referência-PMMA; e a criação de um Grupo de Acompanhamento. Demarchi destacou a importância do trabalho do Reconecta quanto à construção de corredores ecológicos em 20 municípios. “Esse trabalho do Reconecta é importantíssimo que esteja como material obrigatório para a empresa consultar”, comentou. Ficou definido de agendar uma reunião com representantes da Agência das Bacias PCJ.
O grupo também conversou sobre o material de Educação Ambiental que vem sendo preparado com o apoio da Assessoria de Comunicação da Agência das Bacias PCJ. Trata-se de um livro em PDF com fotos, ilustrações e informações sobre cada uma das áreas protegidas localizadas nas Bacias PCJ (Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí). Outro assunto foi sobre um Termo de Referência de Educação Ambiental. Nos dois casos, o GT decidiu agendar uma reunião específica com representantes da Agência das Bacias PCJ.
O GT ainda debateu sobre um evento que deverá promover no segundo semestre, que deverá ter o tema “Experiências e desafios na elaboração dos Planos Municipais de Mata Atlântica”. A ideia é convidar representantes de municípios e gestores de áreas protegidas para falar sobre o assunto. Um grupo de acompanhamento foi formado para organizar o evento.
Outras quatro minutas e o Plano de Trabalho do GT-Estiagem foram apreciados em reunião
3 de junho de 2022
A minuta de deliberação que indica 46 empreendimentos para financiamento com recursos das cobranças pelo uso dos recursos hídricos em rios de domínio da União e do Estado de São Paulo (Cobranças PCJ Federal e Paulista) e da Compensação Financeira pela Utilização dos Recursos Hídricos para Fins de Geração de Energia Elétrica (CFURH), referentes ao exercício de 2022, foi aprovada na 85ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Planejamento (CT-PL). O encontro foi realizado nesta sexta-feira, dia 3 de junho, por meio de videoconferência. Além desta minuta, outras quatro minutas de deliberação foram aprovadas e agora serão votadas na próxima Plenária dos Comitês PCJ, no dia 29 de junho. A Câmara Técnica também referendou o Plano de Trabalho do GT-Estiagem.
No total 46 empreendimentos pré-qualificados se inscreveram para o processo definitivo de seleção, sendo 20 na temática de “Saneamento e Controle de Perdas Hídricas”, oito na temática de “Saneamento Rural”, 11 na temática de “Controle de Perdas Hídricas” e sete na temática de “Saneamento”. A inscrição no processo definitivo ocorreu após as complementações solicitadas pela Agência das Bacias PCJ, pelas câmaras técnicas dos Comitês PCJ e pelos órgãos licenciador e outorgante. Todos os financiamentos são na modalidade “não reembolsável”, isto é, a fundo perdido. O valor de repasse pleiteado é de R$ 29,4 milhões, o valor de contrapartida de R$ 7,6 milhões e valor global de R$ 37 milhões.
“Temos diversos planos nessa deliberação que tratam de saneamento, combate a perdas d’água e saneamento rural. Nesse contexto, é importante podermos financiar com os recursos dos Comitês visto que há uma externalidade positiva bastante importante, que é a inclusão das metas do Plano de Bacias dentro destes planos. Uma dificuldade que temos até então estava na própria implementação do Plano de Bacias, pois não havia uma boa interlocução do Plano de Bacias aos planos municiais de saneamento. Como resultado disso, muito dificilmente o sistema de saneamento ou as concessionárias contratadas para esse fim inserem as metas do Plano em seus planejamentos. Por isso, torna-se tão importante e positiva essa alteração no sentido de que os projetos a serem financiados passem a seguir as metas do Plano de Bacias para cada sistema de saneamento municipal inseridas em seus planejamentos. Isso nos ajuda na implementação do próprio plano. É importante que quando os editais dos Comitês são publicados, os municípios observem essas listas de prioridades, pois havendo recursos disponíveis, aqueles que estão no topo de prioridade com certeza são atendidos”, ressaltou André Navarro, secretário-executivo dos CBH-PCJ e PCJ FEDERAL.
Outra minuta de deliberação aprovada foi a que que estabelece prazos para as diversas fases de execução de empreendimentos indicados pelos Comitês PCJ para serem financiados com recursos FEHIDRO, Cobranças PCJ e contratos existentes.
A CT-PL também aprovou minuta de deliberação que indica empreendimento de interesse regional dos Comitês de Bacias Hidrográficas da Bacia do Rio Tietê, voltado à execução de ações de comunicação social. Neste caso, o projeto refere-se à contratação de uma empresa para prestar serviços de assessoria de comunicação para o Vertentes do Tietê, integrado por seis CBHs.
Na reunião, ainda foram aprovadas minuta que aprova o Parecer Técnico GT-Empreendimentos nº 03/2022, sobre o empreendimento Centrais Geradoras Hidrelétricas Quilombo I e Monte Serrat, no município de Itupeva(SP) com voto contrário do Inevat (Instituto de Estudos do Vale do Tietê) e duas abstenções; e a minuta que reti-ratifica a Deliberação dos Comitês PCJ nº 404/22, de 31/03/2022, que aprova o Plano de Aplicação de Recursos da Cobrança pelo Uso da Água em Rios de Domínio do Estado de São Paulo – Cobrança PCJ Paulista – exercício 2022.
Quanto ao GT-Estiagem, a CT-PL referendou as ações planejadas pelo grupo. A partir da avaliação dos resultados das atividades propostas em 2021, foi realizada uma reorganização da estrutura do Plano de Trabalho para a “Operação de Estiagem – 2022”, considerando como algumas das premissas a continuidade e o aprimoramento das ações e materiais de comunicação e sensibilização desenvolvidos e a concisão da agenda de eventos e atividades propostas, como forma de otimizar os resultados.
Critérios para aplicação da decisão de diretoria foram apresentados na 22ª reunião do grupo
2 de junho de 2022
O Plano de Automonitoramento de Efluentes Líquidos da CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) foi o principal item de pauta debatido na 22ª Reunião do Grupo de Trabalho de Qualidade da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico (CT-MH) dos Comitês PCJ. O encontro ocorreu nesta quinta-feira, dia 2 de junho, por meio de videoconferência.
Na ocasião houve a apresentação dos critérios para aplicação desta decisão de diretoria da CETESB. A apresentação foi feita por Roberto Xavier Oliveira, gerente do EQPP – Setor de Programas e Ações Institucionais da CETESB. O automonitoramento dos efluentes líquidos pode ser definido como o planejamento, a coleta e análise de amostras e interpretação sistemática dos resultados analíticos obtidos e a tomada de decisão, executados pelo responsável legal do empreendimento e submetidos à apreciação da CETESB, para o exercício das ações de controle de poluição.
A implantação de um Plano de Automonitoramento de Efluentes Líquidos objetiva oferecer, tanto para os responsáveis pelas fontes poluidoras, quanto para a CETESB, uma importante ferramenta de gestão para obtenção e tratamento das informações, sistematizadas, que possibilitem a melhoria das atividades produtivas, a minimização dos impactos ambientais e o aperfeiçoamento da gestão ambiental dos recursos hídricos no Estado de São Paulo.
Na reunião, coordenada por Lilian Peres, Gerente da Divisão de Programas e Projetos de Qualidade Ambiental da CETESB, o grupo também discutiu sobre o andamento do contrato de repasse de recursos para a implantação de estações automáticas de monitoramento da Qualidade das Águas em Atibaia (Rio Atibaia) e Bragança Paulista (Rio Jaguari). O investimento é de R$ 750 mil, oriundos da Cobrança PCJ Federal. Em março deste ano foi assinado contrato de transferência entre Agência das Bacias PCJ e Cetesb. A previsão é que as estações estejam instaladas e operantes até setembro de 2023.
O GT ainda conversou sobre o contrato de apoio ao INFOÁGUAS (ferramenta de acesso público para consultas sobre diversas informações referentes à qualidade das águas brutas e assuntos de interesse sobre a Gestão de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo); contratação de webservice; e sobre o Programa de Integração do Monitoramento das Bacias PCJ (PIM-PCJ).
Quantidades foram acordadas durante a 30ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico
1º de junho de 2022
Com o início oficial do período seco nesta quarta-feira, 1º de junho de 2022, os Comitês PCJ passam a gerir, pelo quinto ano consecutivo, os volumes hídricos descarregados do Sistema Cantareira para as Bacias PCJ. Em reunião realizada por videoconferência os membros da 30ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico definiram os volumes exatos a serem transferidos no início deste novo ciclo. Conforme a deliberação, os membros definiram os seguintes volumes: Cachoeira passa a receber 4,5 m³/s (até a última vez eram 5,5 m³/s); Atibainha fica com 3 m³/s (4 m³/s anteriormente); e Jaguari/Jacareí que permaneceu nos já estabelecidos 0,50 m³/s.
Na mesma reunião foram discutidas as ações inerentes ao GT-Estiagem e deliberações sobre o início do período seco, conforme informou André Navarro, secretário executivo dos Comitês PCJ. “Foi uma reunião importante tendo em vista o início das descargas do Sistema Cantareira pelos Comitês, o que é um, grande desafio. A primeira reunião deste GT neste ano ocorreu em 25 de maio, quando outras duas já foram definidas para junho e agosto. Também houve uma apresentação da Sala de Situação, e já me adianto, os registros continuam abaixo da média, teremos um período seco complicado, sem previsão de chuvas significativas. Essa perspectiva de chuvas na média ou abaixo delas é necessária ser comunicada para a informação da comunidade”, disse.
Alexandre Vilella apresentou os dados referentes a vazão nos rios que compõe as bacias PCJ após as chuvas mais recentes que variaram de 5 a 25mm. Quanto ao Sistema Cantareira, neste dia 1º/06, operava com volume de 41,7%, sendo que na mesma data em 2021, eram 47,7%.
Emerson Moreira (Sabesp) abordou uma projeção feita em 2021, que era para chegar a 39% de volume no Cantareira ao término do período úmido. Ele cita que o índice atual (41,7%) é levemente superior, ainda que pouco, já representa um ganho. “Esperamos manter esse patamar e no próximo ciclo meteorológico obtermos avanços”, afirmou.
Prosseguindo com a pauta, Isis Franco (Daee/Sala de Situação PCJ) apresentou dados das chuva e vazão dos mananciais nas Bacias PCJ. “Notamos um predomínio de anomalias negativas de precipitação no território das Bacias PCJ durante o mês de maio, mês no qual 14 estações registraram acumulados abaixo da média histórica, predomínio de chuvas pouco distribuídas e no âmbito das Bacias PCJ, a normal climatológica período 1979-1995 não foi superada”, disse.
Jorge Mercanti (GT-Previsão) apresentou dados da climatologia a curto e médio prazos. “A previsão a curto prazo é bastante positiva, mas a médio, nem tanto. Temos novas chuvas prevista para a partir do dia 07/06. Como consequência das chuvas recentes, a vazão dos mananciais das Bacias terá reflexos momentâneos, voltando a cair posteriormente”. Quanto a previsão climática, José Eduardo Gonçalves falou sobre o SPI Replan (Standard Precipitation Index), e apontou que mesmo com as baixas climatológicas, há boa perspectiva de subida no índice de chuvas. “Se compararmos o período de 2014 da estiagem, com o atual, notamos que este é bem mais severo, porém houve bem menos repercussão o que reflete a melhoria na gestão dos recursos hídricos. O monitoramento e a geração de dados refletem a evolução do sistema”, afirmou. Ao término, foi informado que a próxima reunião da CT-MH ficou agendada para 05 de julho, por meio de videoconferência.