| JANEIRO 2023

CT-ID debate Influência das Barragens de Rejeitos nos cursos d’água à jusante

Assunto foi um dos itens de pauta da 102ª Reunião Ordinária

20 de janeiro de 2023

“Influência das Barragens de Rejeitos nos cursos d’água à jusante, usando o caso da Barragem de Brumadinho”. Este foi um dos temas discutidos durante a 102ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Integração e Difusão de Pesquisas e Tecnologias (CT-ID). O encontro aconteceu na manhã desta sexta-feira, dia 20 de janeiro, por videoconferência.

A apresentação foi feita pela coordenadora adjunta da CT-ID. Dafne Correa, com base em seus trabalhos de conclusão de curso elaborados durante pós-graduação na Fumep (Gerenciamento de Recursos Hídricos), voltado para a bacia hídrica como um todo, e na Unesp (Gestão de Recursos Hídricos e Gerenciamento de Áreas Contaminadas), voltado para a contaminação gerada após o rompimento da barragem. “Foi uma experiência muito incrível. Eu só tenho a agradecer tudo o que a CT-ID e o PCJ me concederam”, comentou Dafne.

Na reunião, houve também a apresentação sobre “Inovações no monitoramento da saúde aquática: o potencial do DNA metabarcoding como ferramenta prática, barata e participativa”. A palestra foi proferida por Pedro Miguel Pedro, do IPÊ (Instituto de Pesquisas Ecológicas). Metabarcoding é o código de barras de DNA/RNA de uma maneira que permite a identificação simultânea de muitas taxas dentro da mesma amostra, no caso, de macroinvertebrados.

Na ocasião, os membros da CT-ID também debateram sobre uma devolutiva do Evento IV Sustentare & VII WIPIS, realizado de forma on-line em novembro de 2022. O Sustentare – Seminários de Sustentabilidade da PUC-Campinas – e WIPIS – Workshop Internacional de Pesquisa em Indicadores de Sustentabilidade e Gestão de Recursos Hídricos (IVSustentare e VII WIPIS) é um evento científico realizado em colaboração sinérgica de três instituições: PUC-Campinas, por meio do Programa de Pós-Graduação em Sustentabilidade (PPGS); Escola de Engenharia da USP de São Carlos, por meio do Programa de Pós-Graduação em Rede Nacional para Ensino das Ciências Ambientais e do Programa de Pós-Graduação em Hidráulica e Saneamento;  e Comitês PCJ, por meio do Grupo de Trabalho Indicadores e Monitoramento,  da CT-ID., com o apoio da Agência das Bacias PCJ.

Segundo um dos organizadores, o professor Orandi Falsarella, da PUC-Campinas, foram três dias de evento, com palestras e mesas redondas e apresentações de 254 trabalhos científicos, com 6.049 inscritos, cerca de 300 % de aumento em relação ao ano anterior. “A gente não imaginava que ia chegar a esse número. A abrangência do evento foi muito grande”, ressaltou Falsarella. “É uma iniciativa que deu certo”, comentou o coordenador da CT-RN, João Demarchi, que também é um dos organizadores. “A gente não tem conhecimento de outro evento, mesmo on-line, que tenha conseguido esse número de participantes”, destacou o professor Duarcides Mariosa, da PUC-Campinas, que falou sobre o planejamento do Sustentare/Wipis para 2023.  “Parabéns ao trabalho de vocês. Que o evento cresça cada vez mais”, concluiu Dafne.

No encontro houve ainda, a aprovação de novo membro na Câmara Técnica: a Prefeitura de Analândia, representada por Wlademir Schalch Junior (titular) e Leandro Eduardo Santarpio (suplente).

CT-MH: Sistema Cantareira tem 47% de índice de reserva

Dados hidrometeorológicos preveem chuvas dentro da média para o trimestre afastando a possibilidade de seca

12 de janeiro de 2023

Foi realizada na manhã de quinta-feira, 12 de janeiro de 2023, a 237ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico (CT-MH). O encontro ocorreu por meio de videoconferência e teve na pauta temas como a análise da situação dos mananciais; , Sistema Cantareira; ocorrências registradas durante o mês de dezembro/2022; e uma apresentação da Sala de Situação PCJ: chuvase vazões; bem como as previsões meteorológicas.

Logo no início dos trabalhos foram informados os dados do Sistema Cantareira que encontra-se com 47,25%  de  reservação, enquadrando-o na faixa 2, de Atenção. Na mesma data em 2022,  o volume de armazenado era de 28,02%, portanto, o atual índice é de quase 20% superior. A vazão descarregada pra SP era de 25,11m³/s, e a vazão média capitada pela Sabesp era de 24,4 m³/s. O volume de descarrego para a RMSP é de 56,1%. A vazão descarregada do Cantareira para o PCJ está em 0,75m³/s. O último comunicado de transposição do Sistema Cantareira para o PCJ, datado de 27 de dezembro de 2022 constava: Cachoeira 0,25 m³/s; Atibainha 0,25 m³/s e Jaguari/Jacareí 0,25 m³/s.

Rafael Leite, coordenador da Sala de Situação PCJ no DAEE destacou os dados referentes ao último mês de 2022. “Dezembro foi um mês com chuvas bem generosas. Das 16 estações que temos anotações nos últimos dez anos, em praticamente todas o volume de precipitação superou a média da última década, especialmente na bacia dos rios Atibaia, Jaguari, Capivari e Jundiaí. isso muito por conta dos fenômenos climáticos característicos do verão”, afirmou.

Jorge Mercanti, coordenador do GT-Previsão hidrometeorológica informou os dados de tempo e clima. “Houve um deslocamento de umidade da região sul em direção ao sudeste. Em fotos de satélite do dia 10 de janeiro é possível observar uma coluna de umidade da região norte até o sudeste. Podemos notar ainda que os ventos do amazonas para são Paulo indicam chuvas sempre ao final do dia, com precipitações ainda mais fortes a partir do dia 17 de janeiro. Para este mês não teremos veranico e até o fim de janeiro teremos mais de 100mm de chuva nas Bacias PCJ. A previsão indica que o mar voltou a esfriar na costa do pacífico, e mantendo as águas frias. Quanto as chuvas, observamos que para a região das Bacias PCJ teremos chuvas na média, sem previsão de seca para o período de janeiro, fevereiro e março de 2023. Quanto aos dados do CPTec, mesmos dados, sem previsão de seca para o referido trimestre”, disse.

Representante da ANA na reunião, Roberto Moraes informou que o Semadem emitiu um comunicado recente. “Dentro das projeções, há um cenário em que pode-se fazer uma pressão na Sabesp. Outra questão é que o Paraíba do Sul não está em uma situação confortável, visto que o Sistema Bivalente está com 20% de índice de reservação”, relatou.

O segundo coordenador adjunto da CT-MH, Luis Filipe Rodrigues, informou a situação atual e projeção hidrológica para o Sistema Cantareira. “A simulação atua com diversos cenários, de chuvas muito abaixo da média, até bastante acima. Podemos ver que com chuvas dentro da média, teremos a previsão de chegar no final de março com 67% da capacidade. Se a chuva for 25% acima da média, chegaríamos numa reservação de 80% do SC. E se for 25% abaixo, teríamos um cenário de 53% de reservação. Lembrando que esses são dados que não consideram a transposição” disse. Ao término do encontro foi informado que a próxima reunião da CT-MH será realizada de forma presencial, em Piracicaba, no dia 03 de fevereiro.

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