Os temas foram discutidos na 4ª Reunião da CT-Mananciais, que aconteceu em Jaguariúna.
26 de fevereiro de 2025
A importância das parcerias com instituições de ensino e o andamento das obras das barragens Pedreira e Duas Pontes, na região de Campinas, foram os temas centrais da 4ª Reunião da CT-Mananciais, realizada no dia 26 de fevereiro de 2025, no Auditório Paulo Choji Kitamura, da Embrapa Meio Ambiente, em Jaguariúna-SP.
A pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente, Maria Lucia Zuccari, foi convidada para apresentar as iniciativas desenvolvidas em parceria com os Comitês PCJ. Ela destacou estudos iniciados em 2013, em conjunto com a ONG TNC, voltados à restauração de matas.
“Aqui em Jaguariúna, temos um projeto piloto em que monitoramos parte da bacia e acompanhamos, ao longo do tempo, as mudanças em questão de qualidade e quantidade da água. As informações coletadas em nossas análises servem como subsídio para os pesquisadores que atuam na área de restauração e para a formulação de políticas púbicas voltadas ao setor”, explicou Maria Lucia.
Outro tema importante foi o andamento das obras das barragens Pedreira e Duas Pontes, na região de Campinas. O engenheiro da SP Águas, Guilherme Marques, apresentou um panorama detalhado do projeto. O empreendimento, que até janeiro deste ano estavam concluídas em 29.95% (Pedreira) e 36.08% (Duas Pontes) aumentarão a oferta de água para 28 municípios da Bacia PCJ, beneficiando mais de 5,5 milhões de habitantes. Os reservatórios terão capacidade útil de 85 bilhões de litros de água, ajudando a regularizar as vazões dos rios Jaguari e Camanducaia.
O coordenador da CT-Manancial, João José Assumpção de Abreu Demarchi avaliou a reunião como produtiva e afirmou que os objetivos da reunião foram atingidos plenamente.
“Estar em uma unidade de pesquisa nos faz refletir sobre a importância das parcerias com as instituições de ensino, como já viemos fazendo com a PUC Campinas, por exemplo, e nas oportunidades de ampliação de parcerias com outras instituições que possam inserir em seus planejamentos estratégicos linhas de pesquisa que resolvam os problemas que temos na Bacia. A gente sabe das dificuldades, mas eu vejo grande potencial”, afirmou Demarchi.
O coordenador ressaltou a relevância da apresentação para conhecer a construção, sua complexidade e impactos, bem como as compensações ambientais estão sendo propostas. “Do ponto de vista da Política de Mananciais, é fundamental identificar as áreas que se tornam prioritárias em função desses novos reservatórios e usar bem as ferramentas já existentes na Políticas para fazer esse trabalho de ampliação das áreas que contribuem para o enchimento desses reservatórios, além do Cantareira”, concluiu.
A 5ª Reunião da CT-Manancial está agendada para o dia 23 de abril, às 9h, por videoconferência.





















