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CT-AS discute resultados de pesquisa sobre ações para preservar o Aquífero Guarani

Reunião define parcerias e iniciativas para ampliar a conscientização sobre as águas subterrâneas

Em reunião virtual, membros da Câmara Técnica de Águas Subterrâneas (CT-AS) definiram como primeira iniciativa a formalização de parcerias com as Câmaras Técnicas de Educação Ambiental (CT-EA) e de Uso e Conservação da Água no Meio Rural (CT-Rural) para ampliar a conscientização sobre a importância das áreas de afloramento do Aquífero Guarani.

Os resultados da pesquisa sobre o tema foram apresentados e debatidos na 91ª Reunião Ordinária da CT-AS, realizada por videoconferência nesta quinta-feira, 20 de fevereiro. A coordenadora da CT-AS, Mariza Fernanda da Silva, explicou que o levantamento foi conduzido junto aos membros da Câmara Técnica para subsidiar a definição de ações voltadas à preservação e à conscientização sobre o aquífero. Como encaminhamento imediato, a CT-AS entrará em contato com a CT-EA para elaborar uma apresentação sobre o Aquífero Guarani na CT-Rural, dado que a maior parte das áreas de afloramento está situada em zonas rurais. “A CT-Rural pode contribuir com questões relacionadas ao manejo e uso do solo”, destacou Mara Akie Iritani.

O pesquisador e professor da Unesp de Rio Claro, Didier Gastmans, alertou para a crescente superexploração do aquífero e a falta de medidas eficazes para mitigar esse problema. Paralelamente à parceria com a CT-Rural, a CT-AS também pretende desenvolver, em conjunto com a CT-EA, iniciativas de educação ambiental voltadas às águas subterrâneas, abrangendo diferentes públicos.

Segundo os resultados da pesquisa, a CT-EA (32%) e a CT-Rural (17%) foram as mais citadas pelos membros da CT-AS entre as Câmaras Técnicas com potencial para contribuir com ações relacionadas ao Aquífero Guarani. Entre as sugestões apresentadas, destacam-se palestras e oficinas sobre o tema, monitoramento da quantidade de água e preservação de nascentes, elaboração de um plano de monitoramento de águas subterrâneas em parceria com a CT-MH, divulgação de pesquisas e projetos, debates com órgãos gestores e ações de restauração florestal em áreas degradadas.

Os participantes da pesquisa também sugeriram medidas simples para a preservação das áreas de afloramento, como visitas educativas, programas de conscientização sobre o uso de águas subterrâneas, continuidade dos Projetos Nascentes, divulgação do tema por meio de palestras e visitas técnicas, reflorestamento, desassoreamento, limpeza das áreas e monitoramento hidrológico, além do incentivo à infraestrutura verde. “Qualquer ação que realizarmos será benéfica”, avaliou Michele Consolmagno. A coordenadora-adjunta da CT-AS, Deborah Lunardi, reforçou a importância de compartilhar informações e trabalhar em sinergia com os grupos de trabalho para garantir resultados concretos.

Contrato

Outro tema abordado na reunião foi o “Estudo das Áreas de Restrição e Controle de Americana e Nova Odessa”. O contrato foi assinado em 28 de novembro de 2024, e a primeira reunião de trabalho ocorreu em 24 de janeiro, com a participação de seis membros da CT-AS: Mariza Fernanda da Silva, Deborah Lunardi, Andréa Franzini, José Luiz Albuquerque Filho, Sara Giandomingo e Letícia Daleffe. “Foi um encontro muito produtivo, no qual conseguimos alinhar várias questões”, afirmou Mariza. Durante a reunião desta quinta-feira, ela apresentou atualizações sobre o contrato, cuja ordem de serviço foi emitida em 5 de fevereiro. O próximo encontro com os membros da CT-AS, representantes da empresa contratada e colaboradores da Agência das Bacias PCJ está previsto para 11 de março, quando será apresentado o Plano de Trabalho.

Novo membro

A reunião também marcou a aprovação de um novo membro para a CT-AS: a Prefeitura de Paulínia, representada por Nara Cristina Chiarini Pena Barbosa e Felipe de Alva Escuredo D’Orazio.

Fórum em abril

A próxima Reunião Ordinária da CT-AS (92ª) está agendada para o dia 17 de abril, a partir das 9h, no Museu da Água de Indaiatuba. O encontro contará com uma programação especial: o Fórum das Águas Subterrâneas, que trará como tema “Construindo Resiliência Hídrica: Engajamento Municipal na Sustentabilidade das Águas Subterrâneas”. A divulgação do evento ocorrerá em breve. “A expectativa é de que seja uma manhã de muito conhecimento e engajamento, especialmente por parte das prefeituras”, concluiu Deborah.

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