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Rede de Monitoramento Hidrológico PCJ registra mais de 718 mil acessos em 2024

Este balanço e outros assuntos foram debatidos na 262ª Reunião Ordinária da CT-MH

15 de janeiro de 2025

A Rede de Monitoramento Hidrológico das Bacias PCJ (Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) contabilizou 718.077 acessos durante o ano de 2024. O balanço foi apresentado na 262ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico, realizada nesta quarta-feira, dia 15 de janeiro de 2025, por videoconferência. Além deste balanço, o encontro abordou a situação dos mananciais e do Sistema Cantareira, chuvas e vazões entre dezembro e janeiro, e previsões hidrometeorológicas.

A rede oferece dados em tempo real sobre chuva, nível e vazão dos rios em cerca de 50 postos de medição distintos e é fundamental para apoiar a tomada de decisões relacionadas ao planejamento e à gestão de recursos hídricos, bem como a atuação da Defesa Civil e o uso dos rios pela comunidade. Segundo o coordenador da CT-MH, Alexandre Vilella, o site da SAISP (Sistema de Alerta a Inundações de São Paulo) concentrou a maioria dos acessos, com 710.843 registros. No site da Sala de Situação PCJ somaram outros 7.185 acessos. Neste caso, os produtos mais procurados referem-se aos dados do Sistema Cantareira, Boletins Diários, Relatórios Síntese Diários, Redes Telemétricas e SiDECC-R. No site do SSD(Sistema de Suporte à Decisão), mantido pela Agência das Bacias PCJ, houve mais 7.234 visualizações. Os produtos mais acessados foram os mapas, dados agregados, série temporal e painel.

“Estamos observando um crescimento constante nos acessos, o que demonstra o interesse da sociedade em acompanhar nossa rede telemétrica. Agora, com a integração dos dados de qualidade pelo Simqua, da Cetesb, esse número deve aumentar ainda mais. Atualmente, contamos com quatro estações automáticas de qualidade em operação e novas unidades estão previstas”, destacou Vilella.

Precipitações e desafios em 2025

A reunião também discutiu o comportamento climático recente. Apesar das fortes chuvas em dezembro, janeiro apresentou um cenário mais seco até o dia 15. “Espero que 2025 seja um ano de abundância hídrica, embora o início do ano não esteja promissor”, comentou Paulo Tinel, primeiro coordenador-adjunto da CT-MH. Ele elogiou a atuação da Câmara Técnica na gestão do Sistema Cantareira, ressaltando o trabalho conjunto dos membros.

Vilella observou que as chuvas de dezembro resultaram em extravasamentos pontuais, mas ressaltou que a infraestrutura deficiente de saneamento em algumas localidades ainda compromete o abastecimento. Ele também destacou que o consumo elevado, impulsionado pelas altas temperaturas e pelo crescimento populacional e econômico, aumenta a pressão sobre os recursos hídricos.

Entre os temas prioritários para 2025, Vilella mencionou o projeto do Sistema Adutor Regional, as obras das barragens de Amparo e Pedreira, e a renovação da outorga do Sistema Cantareira.

Vilella ainda apresentou a situação dos principais rios das Bacias PCJ, observando que, em dezembro, houve “muitos picos de vazão na bacia como um todo”. “Temos rios bastante ‘bipolares’. Sobem muito rápido e caem muito rápido”, disse. Na ocasião, foram apresentadas algumas ocorrências registradas durante o mês de dezembro de 2024, entre elas o extravasamento do Ribeirão Pinheiros e Rio Atibaia.

Cantareira e eventos climáticos

No dia 14 de janeiro, o Sistema Cantareira operava com 50,5% de seu volume útil total, em estado de atenção. Em anos anteriores, os volumes eram de 48% (2024) e 29,2% (2023). A expectativa é de recuperação até março, durante o período chuvoso, segundo Roberto Morais, representante da ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico).

Rafael Leite, da Sala de Situação PCJ, apresentou dados sobre chuvas e vazões em dezembro, destacando eventos significativos nas bacias dos rios Atibaia, Jaguari e Capivari. Ele relatou que os níveis e vazões em alguns casos superaram marcas históricas, com redução no uso da água do Cantareira em 28% em relação a dezembro de 2023, devido às chuvas. O coordenador da CT-Indústria e do GT-Previsão, Jorge Mercanti, finalizou a reunião com uma apresentação sobre as previsões meteorológicas.

Próxima reunião

A 263ª Reunião Ordinária da CT-MH será realizada por videoconferência em 5 de fevereiro de 2025, às 9h. O encontro contará com uma palestra de Mauro de Souza Teixeira, da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), sobre “Emergências Químicas”, com foco nos impactos de acidentes rodoviários e ferroviários sobre os mananciais.

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