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Especialista detalha os efeitos negativos da fragmentação de corredores ecológicos

Trabalho foi apresentado durante a 147ª Reunião da Câmara Técnica de Uso e Conservação da Água no Meio Rural

27 de maio de 2022

Realizada por meio de videoconferência, em 27 de maio de 2022, a 147ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Uso e Conservação da Água no Meio Rural debateu diversos temas relevantes a gestão e preservação dos recursos hídricos no campo. Conforme a pauta, a reunião contou com a palestra ‘Corredores Ecológicos’, bem como a atualização do GT-SAA e Comitês PCJ, entre outros assuntos inerentes a esta CT.

O encontro começou com a apresentação do trabalho ‘Corredores ecológicos: Experiências e Desafios’, feito por Lais Santos de Assis (Fundação José Pedro de Oliveira). Em sua fala ela destacou a importância do debate sobre a fragmentação das florestas que foi grande, especialmente no interior do Estado de São Paulo. Esses fragmentos foram bem reduzidos com menos de 50 hectares. Uma das áreas preservadas fica próximo a Serra do Mar, próximo ao litoral. “Vemos que estamos em uma realidade que restaram poucos fragmentos, e fragmentos isolados entre si. Na região das Bacias PCJ há poucos fragmentos que não estão interligados, em sua maioria. Destaco que esses levantamentos de vegetação não levam em conta se os mesmos estão saudáveis, mas sabemos que na maior parte das vezes estão degradados”, disse.

Quanto a ocupação às APPs, Lais de Assis informou que apenas 36% delas preservam suas características originais, as demais estão todas alteradas. “Essa fragmentação do habitat resulta como perdas o chamado ‘efeito de borda’, que é quando as áreas laterais (marginais) estão já ressecadas, degradadas, na comparação com o centro da área. Isso influencia na diversidade da fauna, entre outros”, afirmou.

Base para um estudo aprofundado foi analisada toda a ARIE Mata de Santa Genebra, uma Unidade de Conservação Federal, situada no município de Campinas. O espaço ocupa uma área de 251,7 ha de Floresta Estacional Semidecidual — Bioma Mata Atlântica, tendo como características um fragmento importante no desenvolvimento de pesquisa científica — mais de 300 pesquisas diretas, onde estima-se haver aproximadamente 338 espécies de animais vertebrados e 660 espécies de flora (136 espécies de trepadeiras e 384 espécies arbóreas).

De acordo com o estudo, um dos desafios é a promoção de passagem para a fauna local. Se fazem necessárias as seguintes medidas: realização de estudos preliminares para definição da melhor solução para passagem de fauna nos pontos especificados; elaboração de projeto básico; e estabelecimento das dimensões das passagens de fauna. Após a apresentação de Laís, os membros debateram ações que possam contornar os danos ambientais e as possibilidades para conservação desta e de outras áreas.

Ainda em conformidade com a pauta, houve a atualização do GT-SAA e Comitês PCJ. A primeira reunião do grupo marcada para 02 de junho de 2022, que visa a elaboração do plano de trabalho. Houve ainda a aprovação, por unanimidade da comissão que ficará responsável pela organização do webinar da CT-Rural, composta por: João Baraldi (SR Rio Claro); Denis Herisson (CATI’SAA); José Penatti (Coplacana/AFOCAPI); e Miguel Milinski Daae Rio Claro); e Evelise Motta (Prefeitura de Piracicaba); e João Demarchi (IZ/Apta). Da mesma forma, foi aprovada a indicação dos seguintes representantes para o GT-Plano de Ação da CT-RN: João Baraldi (SR Rio Claro); Denis Herisson (Cati/SAA); Miguel Milinski (Daae Rio Claro); Petrus Well (Cooperativas de Holambra); André Elia Neto) Única.

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