Objetivo é conseguir melhorias na comunicação sobre a abertura das comportas
03 de fevereiro de 2022
Questões relacionadas à barragem da Usina Salto Grande, em Americana, foi um dos assuntos debatidos na 226ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico. O encontro ocorreu por videoconferência, com a participação de cerca de 70 pessoas.
O assunto foi trazido à reunião pelo representante do Semae de Piracicaba, Ivan Canale, que questionou se existe mecanismo de comunicação de manobras e aberturas. O coordenador da CT-MH, Alexandre Vilella, explicou que esteve segunda-feira, dia 31 de janeiro, na barragem acompanhado do presidente dos Comitês PCJ, o prefeito de Piracicaba, Luciano Almeida, e do diretor-presidente da Agência das Bacias PCJ, Sergio Razera.
O objetivo foi iniciar tratativas com a CPFL, responsável pela barragem. “O prefeito fez uma série de considerações em relação à melhoria da comunicação. Mesmo em período normal é importante que essa comunicação aconteça”, observou Vilella. Representante da CPFL ressaltou que a empresa está aberta ao diálogo. Um inquérito civil foi instaurado pelo Ministério Público para tratar o assunto.
Na reunião também foi debatida a situação dos rios das Bacias PCJ. “Apesar de estarmos aliviados com a recuperação do Cantareira, a gente fica também chateado com as fortes chuvas na região porque várias cidades foram atingidas e tiveram complicações”, comentou o segundo coordenador-adjunto da CT-MH, Luís Filipe Rodrigues. Vilella lembrou que 300 municípios no Brasil estão em emergência por causa das cheias. “É um desafio melhorar nossa resiliência”, comentou.
Na apresentação da coordenadora da Sala de Situação PCJ, Ísis Franco, foi demonstrado que em 14 das 17 estações meteorológicas da região a chuva do mês de janeiro foi acima da média. Porém, na análise, foi constatada também que a maioria das vazões dos rios das Bacias PCJ no mês de janeiro de 2022 ficou abaixo da média histórica.
No Sistema Cantareira, os reservatórios aumentaram suas capacidades em 6% em apenas uma semana. Nesta quinta-feira, 3 de fevereiro, a capacidade do sistema estava em 36,1%. Há uma semana era 30%. No entanto, neste mesmo período do ano passado, o Cantareira estava em 42%.