Assunto foi apresentado pela coordenadora da CT-AS, Deborah Lunardi, em encontro realizado na Rodhia, em Paulínia (SP)
10 de dezembro de 2025
O panorama do uso das águas subterrâneas nas Bacias PCJ foi o principal tema debatido durante a 108ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Uso e Conservação da Água na Indústria, realizada nesta quarta-feira, dia 10 de dezembro, na Rodhia (Grupo Solvay), em Paulínia (SP). A apresentação foi realizada pela coordenadora da Câmara Técnica de Águas Subterrâneas, Deborah Lunardi, convidada pela coordenação da CT-Indústria. Além do uso dos recursos hídricos subterrâneos, ela também relatou os resultados do VIII Workshop de Águas Subterrâneas dos Comitês PCJ, promovido pela CT-AS nos dias 13 e 14 de novembro, na Unesp – Rio Claro.
O coordenador da CT-Indústria, Jorge Mercanti, destacou a importância do tema e o interesse em fortalecer a parceria entre as câmaras técnicas para o desenvolvimento de estudos e ações conjuntas. “Os motivos do convite foram vários. Primeiro, pela prestação de contas sobre o Workshop, do qual a CT-Indústria foi apoiadora. A Deborah fez uma excelente explanação, trazendo informações importantes, com temas de ponta, como uso de inteligência artificial. Também apresentou o cenário das águas subterrâneas nas Bacias PCJ. Aqui há diversas indústrias que usam essa fonte, então é importante conhecer o panorama para planejar. A partir dessa conversa, iniciaremos um trabalho conjunto entre CT-MH, CT-Indústria e CT-AS, no sentido de termos programas que contemplem as três câmaras técnicas. Foi um pleno êxito, um sucesso”, ressaltou.
Déborah enfatizou a relevância da integração entre as CTs e a preocupação crescente com os recursos subterrâneos em cenários de escassez hídrica vivenciados pela indústria e pela sociedade. “É muito significativo estarmos aqui contribuindo com uma pauta da CT-Indústria. Essa comunicação entre as câmaras traz integração e fortalece a gestão. Costumamos dizer que, antigamente, as águas subterrâneas eram uma alternativa de abastecimento para a indústria. Hoje vemos que, em alguns pontos, tornaram-se necessidade devido à escassez hídrica. Se não olharmos para a gestão das águas subterrâneas, poderemos sofrer consequências futuras para a produção industrial. É uma atenção que precisamos reforçar”, comentou.
Cantareira
Durante o encontro, Jorge Mercanti apresentou um breve panorama sobre a situação do Sistema Cantareira, que estava com 19,9% de sua capacidade no dia 10 de dezembro e deverá passar, a partir de janeiro, da faixa de restrição para a faixa especial. Ele também apresentou previsões meteorológicas, destacando a expectativa de chuvas nos próximos dias. Informou ainda que a média climatológica anual na estação da Replan, em Paulínia, foi de 1.043 milímetros entre dezembro de 2024 e novembro de 2025 — apenas 38 mm acima da média registrada em 2014 (1.005 mm).
Novo membro e despedida
A reunião contou ainda com a aprovação de um novo membro e a despedida do coordenador-adjunto da CT-Indústria, Vlamir Mitsuo Kanashiro, que está se aposentando da Rodhia este ano e deixará também a Diretoria Regional Campinas do CIESP, instituição que representa nos Comitês PCJ.
“Quero deixar meus agradecimentos pela oportunidade. Espero ter contribuído no trabalho da CT-Indústria e recomendo que continuem, porque é uma Câmara Técnica importante para a região. A indústria tem papel fundamental no cenário das águas — seja na utilização, preservação ou otimização — e muitas ideias nascem aqui e podem contribuir para a comunidade. Tenho esperanças de que os excelentes trabalhos continuarão nos Comitês PCJ”, destacou Kanashiro.
“Eu agradeço demais a sua colaboração, sua parceria e a amizade que desenvolvemos ao longo desses anos”, completou Mercanti.
O novo membro aprovado por unanimidade foi a empresa Miracema Nuodex Indústria Química, representada por Anderson Munhos Bandeira (titular) e Nicolas Munhos Bandeira (suplente).
Próxima reunião
A 109ª Reunião Ordinária da CT-Indústria está marcada para 11 de fevereiro, a partir das 9h, por videoconferência. Na ocasião, os membros finalizarão o Plano de Trabalho da CT para os anos de 2026 e 2027.


















