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Comitês PCJ consolidam etapa do Mapa “Propriedade Rural Amiga da Água” e anunciam próximos passos

Encontro na CATI Campinas reuniu representantes do meio rural, técnicos e gestores para discutir boas práticas, adequação ambiental e os próximos passos do projeto

Os Comitês PCJ realizaram na manhã de sexta-feira (28/11), na sede da CATI Campinas, o evento de apresentação do projeto “Propriedade Rural Amiga da Água”, que integra a Cartilha e o Mapa desenvolvidos pela Câmara Técnica de Uso e Conservação da Água no Meio Rural e pelo Grupo de Trabalho Cartilha (GT-Cartilha). O encontro ocorreu durante a 168ª Reunião Ordinária da CT-Rural e contou com a participação de técnicos, gestores públicos, representantes de entidades do meio rural e membros das câmaras técnicas.

O lançamento oficial do projeto deve ocorrer em junho ou julho de 2026. Na abertura do evento na CATI, os organizadores destacaram a importância da articulação entre produtores rurais, instituições e gestão dos recursos hídricos para fortalecer a conservação dos mananciais nas Bacias PCJ.

O secretário-executivo dos Comitês PCJ, Denis Herisson da Silva, ressaltou que o trabalho integrado entre as câmaras técnicas é fundamental para que o projeto avance com consistência. “Os Comitês PCJ, pela sua característica de ser um órgão colegiado que agrega governo, usuários e sociedade civil, veem no proprietário rural uma grande oportunidade para ações relacionadas à infiltração de água, conservação do solo e recomposição de mata ciliar. A gente encara que o produtor rural tem esse papel de protagonista: ele vai ter que não só conservar aquilo que já existe, mas regenerar aquilo que foi destruído, e isso só pode ser feito por meio das boas práticas”, afirmou.

O diretor-presidente da Agência PCJ, Sergio Razera, reforçou o compromisso da instituição com a construção de materiais técnicos que cheguem efetivamente ao campo. “Esse é um material muito bom, com riqueza de detalhes e informações. É um material para ficar dentro de casa, para consultar. O desafio agora é chegar na mão do produtor rural, e isso depende da parceria com órgãos de extensão, assistência técnica e organizações que trabalham diretamente com o produtor. Esse evento é para motivar e mostrar a importância de fazer esse conteúdo qualificado chegar na ponta”, destacou.

Em seguida, o coordenador do GT-Cartilha, Miguel Milinski, apresentou o processo de elaboração da Cartilha Propriedade Rural Amiga da Água, desenvolvida ao longo de três anos de trabalho com foco em linguagem acessível, orientações práticas e referências técnicas sobre boas práticas agropecuárias e adequação ambiental. “Nossa preocupação era justamente a simplicidade da informação. Para que até uma criança ou uma pessoa que não saiba ler consiga entender a comunicação. A expectativa é que surta bastante efeito para a comunicação, uma quebra de paradigma. Esperamos atingir a maior parte dos produtores e que eles sintam segurança em seguir essas orientações”, explicou.

Na segunda palestra do evento, Melissa Pin Lucheti detalhou as orientações presentes na cartilha, reforçando como a ferramenta poderá apoiar produtores que, muitas vezes, não têm acesso fácil às informações ambientais ou às exigências legais. “Estamos buscando entregar aos produtores uma parte mais prática, um local onde possam buscar informações sobre o que precisam executar para deixar a propriedade ambientalmente correta. Não existe um material como esse compilado. Existem materiais separados, e resolvemos juntar tudo no mapa, que permite ao produtor identificar o que está em ordem, o que merece atenção e o que não está adequado”, afirmou. Ela também destacou o uso de QR Codes e os contatos no verso do mapa para facilitar o acesso a conteúdos e instituições de apoio.

A coordenadora de Gestão da Agência PCJ, Katia Gotardi, apresentou os próximos passos do projeto, incluindo estratégias de divulgação, integração com parceiros institucionais, ações de capacitação e formas de ampliar o acesso ao Mapa e à Cartilha nos 76 municípios das Bacias PCJ. Entre as providências previstas estão a contratação de uma empresa para realizar o evento de lançamento, além de um cadastro técnico com profissionais, instituições e dados pertinentes à proteção de mananciais nos municípios; capacitações teóricas e práticas e treinamentos relacionados às boas práticas para manutenção de estradas rurais, prevenção de erosão e proteção dos cursos d’água.

O encontro foi finalizado com um momento de debate e perguntas, no qual participantes puderam contribuir com sugestões, tirar dúvidas e discutir desafios relacionados à conservação dos recursos hídricos no meio rural.

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