Reunião também abordou orientações para elaboração do Plano de Trabalho da CT-Indústria para o biênio 2026-2027
13 de agosto de 2025
O andamento do contrato nº 024/2024, que trata da “Execução de estudos hidrogeológicos para avaliação de áreas de restrição e controle nas Bacias PCJ: áreas urbanas de Americana e Nova Odessa (SP)”, foi destaque da 106ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Uso e Conservação da Água na Indústria (CT-Indústria), realizada em 13 de agosto, por videoconferência.
A analista de projetos, Mariana Amuy, iniciou a apresentação com uma contextualização do estudo, originado a partir da Deliberação CRH nº 052/2005 e de levantamentos anteriores que identificaram áreas críticas: Regionalização de Diretrizes de Utilização e Proteção das Águas Subterrâneas (DAEE/UNESP, 2013) e Plano de Monitoramento Quali-quantitativo das Águas Subterrâneas das Bacias PCJ (Profi, 2019). Em 2024, foi contratada a empresa Água e Solo Estudos e Projetos, que iniciou os trabalhos em fevereiro, com prazo de 17 meses para a conclusão do estudo.
O coordenador técnico da Água e Solo Estudos e Projetos, geólogo André Bonacin, detalhou que o objetivo principal é realizar um estudo hidrogeológico das águas subterrâneas nas áreas urbanas dos dois municípios, visando delimitar áreas prováveis e/ou confirmadas de restrição e controle da captação e uso, identificando casos de superexploração e interferência entre poços. O estudo também definirá orientações para o estabelecimento de diretrizes e ações de gestão dos recursos hídricos subterrâneos em áreas críticas, conforme a Deliberação CRH nº 259/2021 e a Deliberação CRH nº 052/2005.
Entre os objetivos específicos estão: atualizar os volumes explorados de água subterrânea, comparando-os às vazões de referência que indicam a disponibilidade hídrica; avaliar a evolução histórica do uso das águas subterrâneas nos municípios; integrar dados e informações de diferentes bancos de poços tubulares, formando um banco unificado; contribuir para a elaboração de um modelo hidrogeológico conceitual e de um modelo de fluxo preditivo (com modelagem matemática) com projeções para até dez anos; e criar um banco de dados georreferenciado com as informações coletadas.
A apresentação também mostrou o andamento das sete atividades previstas no estudo. Duas já foram concluídas: elaboração do Plano de Trabalho e levantamento de dados com preparação das bases cartográficas. Uma está em andamento — caracterização geral da área, geologia e hidrogeologia — e outra em fase de planejamento — avaliação da quantidade de águas subterrâneas. As três etapas finais, previstas para agosto de 2026, são: delimitação das áreas críticas, proposição de medidas de gestão e elaboração do relatório final.
Para meados de setembro está prevista a etapa de avaliação da quantidade de águas subterrâneas. Será realizado um levantamento geral, com cerca de 200 poços pré-selecionados, sendo de 40 a 60 em Americana e de 15 a 25 em Nova Odessa. O secretário-executivo dos Comitês PCJ, Denis Herisson da Silva, e a coordenadora da Câmara Técnica de Águas Subterrâneas (CT-AS), Deborah do Valle Nuvens Lunardi, reforçaram a importância da colaboração das empresas para permitir o acesso das equipes de campo, contribuindo para uma gestão eficiente e para a garantia da água para todos.
Outro ponto discutido foi o Plano de Trabalho da CT-Indústria para o biênio 2026-2027. Rebeca Silva, da Secretaria Executiva da Agência das Bacias PCJ, apresentou as orientações para sua elaboração, explicando o processo de formalização, as categorias de planejamento e os documentos de apoio disponíveis.
Também na reunião, o coordenador da CT-Indústria, Jorge Mercanti, apresentou um breve panorama da situação do Sistema Cantareira e das Bacias PCJ, além da previsão climática para os próximos meses. A 107ª Reunião Ordinária da CT-Indústria está agendada para 8 de outubro, às 9h, também por videoconferência.