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Transição na CT-AS: reunião define próximas coordenadoras e apresenta balanço da gestão

Atual coordenadora, Mariza Fernanda Silva, terá que deixar o cargo por motivos profissionais; Deborah Lunardi e Marcela Ramos foram indicadas para a futura coordenação

26 de junho de 2025

A indicação da futura coordenação da Câmara Técnica de Águas Subterrâneas para o mandato 2025-2027 foi definida nesta quinta-feira, dia 26 de junho, durante a 93ª Reunião Ordinária da CT-AS, realizada por videoconferência, onde também foi apresentado um balanço do biênio 2023-2025. A atual coordenadora, Mariza Fernanda Silva (Sabesp) anunciou que terá que deixar o cargo por motivos profissionais. No encontro, foram indicadas para a nova coordenação a atual coordenadora-adjunta, Deborah Lunardi, e a hidrogeóloga Marcela Aragão de Carvalho Ramos, que ingressou recentemente na CT como representante da Sabesp.

A eleição das coordenações das 11 Câmaras Técnicas temáticas dos Comitês PCJ ocorrerá no próximo dia 16 de julho, de forma virtual e em reuniões separadas. A reunião da CT-AS está marcada para as 14h. O encontro integra o processo de renovação das CTs, realizada a cada dois anos. No mesmo dia, a partir das 9h00, ocorrerá a Reunião Conjunta de Posse dos Membros das CTs (mandato 2025-2027), também por videoconferência e com transmissão pelo Youtube. Além da eleição/recondução dos cargos de coordenação, as CTs definirão a recomposição dos grupos de trabalho, eleição/recondução das coordenações dos GTs e atualização do calendário de reuniões até 2027.

Mariza informou que permanecerá como membro da CT-AS, mesmo deixando a coordenação. “Não vou poder continuar na coordenação por conta de alguns compromissos que assumi na Sabesp. Sabemos da importância da CT-AS, precisamos realmente desse trabalho, desse grupo, que tem muita parceria e unidade. Vou dar todo o suporte necessário. Tivemos um apoio e participação incrível de todos vocês. Agradeço o engajamento de todos”, declarou a atual coordenadora.

Deborah colocou seu nome à disposição para a coordenação. “Eu acredito na CT-AS e gostaria muito de dar continuidade a esse trabalho. Gosto muito de estar aqui no sentido de tentar trabalhar um pouco mais, em tentar trazer soluções em campos que a gente às vezes precisa de muitas discussões, que não dependem apenas de uma única pessoa ou de alguma única entidade. E isso traz um aprendizado gigantesco. Eu tenho essa gratidão de ter aprendido muito fazendo parte da CT-AS”, comentou. Ela foi acompanhada por Marcela. “Será um grande desafio, mas estamos prontas”, afirmou.

A “gestão Mariza/Deborah” foi bastante elogiada pelos membros. “Acho que vocês trouxeram uma leveza fantástica para CT-AS. A continuidade da Deborah nesse processo é bastante relevante, porque significa que as coisas vão continuar andando. As discussões nesses últimos 10/12 anos elevaram bastante o nível e trouxeram a água subterrânea para uma discussão dentro dos Comitês muito maior do que no passado”, observou Didier Gastmans. “Mariza desempenhou super à altura a responsabilidade que demos a ela. Fiquei impressionado. Só elogios para ela. Apoio totalmente a continuidade da Déborah e Julia Noale (coordenadora do GT-Comunicação da CT-AS)”, acrescentou José Luiz Albuquerque.

FÓRUM DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

No encontro desta quinta-feira, foram apresentados os resultados do I Fórum das Águas Subterrâneas nas Bacias PCJ, realizado no dia 16 de abril, em Indaiatuba (SP). O evento reuniu 110 participantes, com representação de 38 municípios. “A gente conseguiu lotar o auditório. Tivemos uma boa participação das prefeituras, que era o nosso foco principal. É uma semente que a gente planta e espera que seja partilhada entre os municípios”, destacou Mariza. Os objetivos do Fórum foram: engajar os municípios na sustentabilidade das águas subterrâneas; promover a inclusão dessas águas nos planejamentos municipais e fortalecer a gestão integrada dos recursos hídricos. A expectativa é promover novas edições nos próximos anos.

BALANÇO DO PLANO DE TRABALHO

A coordenação da CT-AS apresentou ainda o balanço do Plano de Trabalho – Biênio 2023 a 2025 durante a reunião. Mariza e Deborah detalharam todas as atividades e realizações da câmara nos últimos dois anos.

Um dos destaques foi para o VII Workshop de Águas Subterrâneas dos Comitês PCJ, realizado em outubro de 2023, na Unesp, em Rio Claro (SP). A próxima edição (VIII) será em outubro deste ano. Durante a reunião, foi solicitado que os membros preencham um formulário com sugestões de temas para o Workshop de 2025. A contribuição pode ser feita neste link.

Outro destaque foi a pesquisa interna sobre o Aquífero Guarani, realizada entre os membros da CT. A intenção é consolidar as contribuições em um relatório com diretrizes para futuras ações sobre o tema.

ESTUDO HIDROGEOLÓGICO

A reunião da CT-AS também serviu para apresentar do andamento do estudo hidrogeológico para delimitação de áreas de restrição e controle do uso das águas subterrâneas nos municípios de Americana e Nova Odessa. O contrato, iniciado neste ano, foi firmado com a empresa Água e Solo Estudos e Projetos Ltda, de Porto Alegre (RS), vencedora da licitação, com investimento de cerca de R$ 685,5 mil, provenientes da Cobrança PCJ Federal.

Uma das novidades é a ampliação da área de estudo para partes de outros cinco municípios: Cosmópolis, Limeira, Paulínia, Santa Bárbara d’Oeste e Sumaré. “Foi necessário ampliar o escopo para compreender melhor a realidade regional”, explicou Mariza.

Após análise do segundo produto do contrato entregue recentemente pela empresa, a coordenação da CT-AS concluiu que “o documento levanta todas as bases de dados que serão utilizadas e aponta para alguns desafios, como a incompatibilidade de dados descritivos de perfis litológicos e algumas lacunas de informação e padronização. Porém, há uma grande quantidade de dados a serem avaliados e trabalhados no estudo”.

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