“Onde estamos e onde queremos chegar” foram algumas das perguntas debatidas entre os membros em reunião realizada em Americana
16 de maio de 2025
A discussão sobre ” O papel da inovação e pesquisa no Plano de Bacias do PCJ: onde estamos e onde queremos chegar”, foi uma das principais atividades desenvolvidas durante a 115ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Integração e Difusão de Pesquisas e Tecnologias, realizada no Auditório do Centro de Referência do Consórcio PCJ, em Americana, nesta sexta-feira, dia 16 de maio.
A iniciativa partiu do coordenador da CT-ID, Tadeu Malheiros, com base no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de pós-graduação da Fumep (Fundação Municipal de Ensino de Piracicaba) elaborado por Luiz Antonio Carvalho da Silva Brasi, que tratou da CT-ID e sua atuação na gestão dos recursos hídricos. Brasi coordenou a câmara técnica entre 2013 e 2017 e foi coordenador-adjunto de 2017 até 2021. Ele participou da reunião da CT-ID em Americana.
“Quero parabenizar a CT-ID pelo nível em que ela se encontra nos dias de hoje. Tenho orgulho de ser rotariano e membro da CT-ID. Fui coordenador e o diferencial é incomensurável. Precisamos levar à baila o que existe de tecnologia e inovação aqui dentro. A bola da vez é — e sempre foi — a CT-ID. O que falta é nos conhecerem melhor e saberem as ferramentas e instrumentos disponíveis. Vocês têm feito muito, um trabalho maravilhoso!”, destacou Brasi, que cobrou a mobilização de todos os membros e ressaltou a importância da realização de capacitações dentro dos Comitês. “O Brasi sempre foi uma inspiração pra mim, desde o começo quando vim atuar na CT-ID”, comentou Malheiros.
O atual coordenador ressaltou a relevância do debate. “Das discussões de hoje, destacam-se pontos importantes trazidos pelos membros da Câmara. O primeiro passo agora é fortalecer o diálogo com os programas de pós-graduação das universidades da região, incentivando que compreendam e incorporem as demandas dos Comitês PCJ em seus projetos, promovendo um sentimento de pertencimento à “família PCJ”. Esse vínculo é essencial para o fortalecimento do projeto. Outro ponto relevante, destacado por Eduardo Léo, é a necessidade de usar o Plano de Bacias como uma referência constante, reforçando o hábito de consultá-lo com frequência para orientar ações e promover avanços”, analisou Tadeu Malheiros.
Durante o encontro, também foram acompanhadas e discutidas as atividades do projeto “Plataforma de monitoramento e avaliação do Plano das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí no Estado de São Paulo”, que integra o PPPP (Programa de Pesquisa em Políticas Públicas) da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), desenvolvido em parceria entre PUC-Campinas, USP e Agência das Bacias PCJ. A apresentação foi feita pela pesquisadora da USP, Sabrina de Oliveira Anicio. Dentro da plataforma estão sendo desenvolvidos dois projetos, um relacionado ao combate às perdas de água e outro à educação ambiental com foco em indicadores.
“Ambos os projetos são parcerias com o PCJ e, do ponto de vista operacional, foram aprovados pela Fapesp envolvendo a universidade e a instituição responsável pela implementação da política pública — neste caso, a USP, a PUC e o PCJ. A proposta é que os resultados e aprendizados da pesquisa contribuam para a revisão do Plano de Bacias e gerem desdobramentos nas ações e projetos em andamento, seja no acompanhamento, na definição de indicadores de impacto — como no caso da educação ambiental — ou na priorização de iniciativas, como ocorreu com o material elaborado para controle de perdas. A expectativa é que, com esse aprendizado, seja possível expandir essas práticas para outras bacias e universidades envolvidas”, comentou Tadeu Malheiros.
Na reunião também foi aprovado o Parecer Técnico CT-ID nº 01/2025 em relação ao Relatório de Atividades nº 4 (Março 2025) da PUC-Campinas, no âmbito do acordo de cooperação firmado entre a universidade e a Agência PCJ. “O acordo de cooperação prevê diversas ações, principalmente a participação da PUC em demandas apresentadas pela assessoria ambiental e pelos Comitês e pela Agência. O objetivo é ampliar a discussão sobre a questão hídrica em diferentes níveis dentro da universidade. Neste ano, avançamos na proposição de sugestões e indicações para futuras pesquisas, alinhadas tanto à renovação do Plano de Bacias quanto a temas pontuais, como contaminantes emergentes, uso de inteligência artificial e tecnologias de informação e comunicação no monitoramento hídrico. Essas discussões acadêmicas devem evoluir para produtos, diretrizes ou questionamentos que contribuam para o aprimoramento do Plano”, explicou o coordenador-adjunto, Duarcides Mariosa.
A próxima reunião da CT-ID (116ª Ordinária) será no dia 16 de julho, a partir das 14h, por videoconferência. O encontro integrará o processo de renovação das CTs, que ocorre a cada dois anos. Neste ano, todas as câmaras técnicas irão se reunir virtualmente e separadamente no dia 16 de julho para a posse dos representantes indicados, eleição/recondução dos cargos de coordenação, recomposição dos grupos de trabalho, eleição/recondução das coordenações dos GTs e atualização do calendário de reuniões até 2027.























