Projeto será lançado em setembro e terá inscrições abertas entre maio e junho
15 de abril de 2025
O cronograma e o planejamento da 3ª Edição do “Jovem, vem para o PCJ” foram apresentados e discutidos durante a 130ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Educação Ambiental, realizada nesta terça-feira (15 de abril), por videoconferência. O encontro foi conduzido pela coordenadora da CT-EA, Ana Lúcia Floriano Vieira.
As informações foram compartilhadas por Kátia Gotardi, coordenadora de Gestão da Agência das Bacias PCJ. O conteúdo foi elaborado a partir de quatro encontros realizados entre março e a primeira semana de abril, com a participação de Kátia, Stefani Barros (analista técnica da Coordenação de Gestão) e membros do GT-Educomunicação da CT-EA.
O projeto prevê a participação de 12 a 36 jovens, de 18 a 30 anos, sendo também aberto para pessoas com mais de 30 anos, mas ainda “jovens de conhecimento” – todos os que têm interesse em saber mais sobre a gestão dos recursos hídricos nas Bacias PCJ, que não tiveram a oportunidade, bem como profissionais no começo da carreira, mas com formação acadêmica necessária para contribuir com ideias e ações. O objetivo é prepará-los para se tornarem futuros membros dos Comitês PCJ. Cada participante terá um tutor, representante da respectiva Câmara Técnica, e deverá ter vínculo com entidade membro dos colegiados.
A divulgação pública do projeto está prevista para o mês de maio, quando se abrirá o prazo de inscrições, que seguirá até junho. O evento de lançamento será presencial, em setembro, na cidade de Jundiaí (SP). A terceira edição se estenderá até fevereiro de 2027, com encerramento previsto por meio de um seminário de avaliação.
A formação será oferecida majoritariamente online, com encontros bimensais e possibilidade de participação em reuniões presenciais das CTs a partir de 2026. Os conteúdos incluem temas como o funcionamento dos Comitês PCJ, a construção das deliberações, os instrumentos de planejamento financeiro (PAP e POA), e outros tópicos ligados à gestão de recursos hídricos.
“É um novo modelo. Praticamente, um piloto novamente (em relação às duas edições anteriores). Eu acredito que com o planejamento que foi feito, vai ter muito sucesso. Esse trabalho vai nos ensinar muita coisa, abrir portas para outras oportunidades”, ressaltou Kátia.
Segundo ela, até julho de 2025 deverá ser disponibilizada no site da Agência das Bacias PCJ uma plataforma (Google Classroom) com materiais de apoio, incluindo cursos online até referências bibliográficas. Parte das atividades vai se basear na dissertação de mestrado do analista da Secretaria Executiva, Tiago Georgette, que pode ser acessada neste link.
“Não será só aprender sobre gestão, mas sim a fazer a gestão. Aprender inclusive a fazer cálculo de cobrança, para que essa pessoa quando estiver apta a ser representante de sua entidade tenha a consciência de como vai ser todo o trabalho e a trajetória dela dentro dos Comitês. Nós vamos preparar as pessoas para isso”, explicou Kátia. “Esse jovem vai vivenciar e aprender ao mesmo tempo. A prática e a teoria juntas. A intenção não é só ter um espectador absorvendo informação. E sim, fazer essa pessoa criar uma massa crítica de qual é o papel dela dentro do Comitê”, acrescentou.
Ana Lúcia elogiou o escopo do projeto. “Estou positivamente impressionada com a estrutura que esse projeto nosso tomou. Eu amaria que isso acontecesse com todos os membros. Imagine se todo mundo ingressasse nesse colegiado com essa consciência, conhecimento e engajamento. Estou impressionada, de verdade. Ficou muito interessante. Não faltou nada”, destacou.
“O avanço foi enorme. Vocês estão de parabéns”, elogiou também Julia Carolina Fatuch, da Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo.
LINGUAGEM SIMPLES
Outro ponto da reunião foi a discussão de uma proposta de capacitação sobre “Linguagem Simples”, preconizada pela ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico). Segundo a ANA, trata-se de uma forma de comunicação mais acessível, que facilita a compreensão dos serviços públicos e o entendimento dos direitos e deveres dos cidadãos.
A ideia é fazer um processo formativo aos demais coordenadores nas reuniões do GT-Integração ou até mesmo promover um evento presencial sobre o tema. O tema foi apresentado pela coordenadora-adjunta da CT-EA, Adriana Sacioto, às demais coordenações de câmaras técnicas dos Comitês PCJ em reunião do GT-Integração, no âmbito da Câmara Técnica de Planejamento (CT-PL), em 11 de fevereiro.
“A ideia é tornar mais palatável o que acontece na gestão dos recursos hídricos, para as pessoas entenderem melhor, sem linguagem tecnocrata”, definiu Ana Lúcia. “O processo está em construção. Aceitamos sugestões”, disse. Na reunião foram divulgados dois cursos on-line sobre o tema: Primeiros passos para uso de Linguagem Simples e o Linguagem simples aproxima o governo das pessoas. Como usar?.
NOVO MEMBRO
A CT-EA também aprovou a entrada de um novo membro: a Secretaria Especial de Meio Ambiente e Agricultura de São Pedro (Semagri), representada por Caroline Rocha Campagni (titular) e Naiara Oliveira da Fonseca (suplente).
PLANO DE TRABALHO
Nos informes finais, os membros discutiram os avanços e pendências do Plano de Trabalho da CT-EA (2023-2025). Entre os destaques está o evento presencial previsto para novembro de 2025, chamado “Conectando redes de EA”.
Também ficou definido que a Coordenação de Gestão se reunirá com o GT-Capacitação da CT-EA no início do segundo semestre para avaliar a minuta do Plano de Capacitação dos Comitês PCJ (2026-2030). Esse plano poderá incluir a oferta de um curso de pós-graduação em Educação Ambiental, além da capacitação em Linguagem Simples.