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Comitês e Agência PCJ participam de missão na França para aperfeiçoar gestão de recursos hídricos

Visita de estudos de cinco dias incluiu a participação em assembleia mundial de organismos de bacias hidrográficas

Delegação da Agência e Comitês PCJ na RIOB(da esq. para a dir.): Sergio Razera, Mylena Oliveira, Paulo Tinel, Alexandre Vilella e Denis Herisson Silva

Entre os dias 7 e 11 de outubro, representantes dos Comitês PCJ e da Agência das Bacias PCJ (Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) realizaram uma missão internacional na França. A visita de estudos, organizada no âmbito do Projeto InterAgências, incluiu atividades na Bacia do Loire-Bretagne e a participação na Assembleia Geral da Rede Internacional de Organismos de Bacias Hidrográficas (RIOB).

A delegação contou com Sergio Razera, diretor-presidente da Agência das Bacias PCJ; Denis Herisson da Silva, secretário-executivo dos Comitês PCJ; Alexandre Vilella, coordenador da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico (CT-MH); Paulo Tinel, coordenador-adjunto da CT-MH e presidente do Conselho Deliberativo da Agência PCJ; e Mylena Oliveira, presidente do Comitê PCJ Mineiro (CBH-PJ1) e 1ª vice-presidente do PCJ Federal. Razera, Silva e Vilella participaram da visita de estudos à Bacia do Loire-Bretagne, enquanto Tinel e Mylena se uniram ao grupo na Assembleia Geral da RIOB.

“Foram cinco dias para conhecer, na prática, algumas ações desenvolvidas na região do Loire-Bretagne, desde estações de tratamento de água, estações de monitoramento de qualidade, estações de alerta, entre outras. Conhecer também a forma como eles estão se organizando, planejando e executando ações, visando maior resiliência frente às mudanças climáticas. Depois de 60 anos praticando a gestão descentralizada e participativa, os franceses têm muitos resultados a nos mostrar e foi isso que fomos buscar e aprender para fazer aqui, nas Bacias PCJ, um trabalho cada vez melhor”, destacou Razera.

O Projeto InterAgências é fruto de um acordo internacional firmado em 2019 entre a Agência das Bacias PCJ, a Agevap (Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul) e a Agência de Água Loire-Bretagne. O principal objetivo dessa cooperação é promover o intercâmbio de experiências e aprimorar a gestão integrada de recursos hídricos.

O Escritório Internacional da Água (OIEau), que coordena as atividades, iniciou em agosto a terceira fase do projeto. Nesta nova etapa, as discussões giram em torno de temas prioritários para as três agências parceiras: o futuro da Gestão Integrada de Recursos Hídricos nas bacias, as ferramentas práticas necessárias para enfrentar mudanças como a disponibilidade hídrica e os riscos decorrentes da mudança climática.

Embora as regiões envolvidas enfrentem desafios específicos, todas compartilham a necessidade de revisar e atualizar os métodos de gestão hídrica para responder às transformações climáticas e ao uso crescente dos recursos. A visita técnica foi organizada dentro desse contexto, com o objetivo de abordar esses desafios sob diferentes perspectivas.

A programação da missão começou na segunda-feira (7), com um diálogo com a Agência de Água Loire-Bretagne. Ao longo do dia, os representantes da PCJ participaram de apresentações e mesas-redondas sobre temas como a cobrança pelo uso da água e as estratégias para lidar com a estiagem.

Na terça-feira (8), o grupo visitou o pântano de Palluau e uma instalação de abastecimento de água potável na Ilha Aucard. Já na quarta-feira (9), a delegação participou da Assembleia Geral da RIOB, em Bordeaux, que teve como pautas principais a escassez hídrica e a adaptação às mudanças climáticas, com destaque para a importância da governança na gestão dos recursos ao nível de bacia.

Na quinta-feira (10), o grupo realizou uma visita de campo à região rural de Saint Léonard de Noblat, em Haute-Vienne, onde foi apresentado um acordo de resiliência hídrica. Para encerrar a missão, na sexta-feira (11), a comitiva participou das celebrações dos 60 anos da Lei das Águas na França, evento que incluiu palestras sobre o modelo de governança das agências de água, o impacto das mudanças climáticas e as perspectivas para as políticas de gestão hídrica.

“Foram dias de intensos debates e trocas de experiências, dedicados a entender como a região da bacia do Loire-Bretagne está lidando com gestão dos recursos hídricos, especialmente às mudanças climáticas – que é urgente em todo o mundo – e de como trazer a expertise dos franceses, seja na área de gestão e/ou tecnologia, para incorporar ao planejamento de ações dos Comitês PCJ, considerando a realidade da nossa bacia hidrográfica”, concluiu Denis Herisson da Silva.

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