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Resultados do Programa Rios Vivos nas Bacias PCJ são apresentados na CT-MH

Outro assunto foi a lista de prioridade para instalação de mais estações automáticas para monitoramento da qualidade da água

02 de maio de 2024

O andamento e os resultados obtidos com o Programa Rios Vivos nas Bacias PCJ foi um dos principais itens de pauta da 254ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico dos Comitês PCJ, realizada nesta quinta-feira, dia 2 de maio, por meio de videoconferência.

A apresentação foi feita pela engenheira da Diretoria da Bacia do Médio Tietê do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), Regina Ribeiro, que destacou as ações do ciclo 1 (2022/2023) e do ciclo 2(2023/2024) e seus três eixos: desassoreamento, hidrossanitários e recuperação de mananciais. Somente no ciclo 2, o investimento previsto é de R$ 172 milhões no setor de desassoreamento. No ciclo 1 foram 97 municípios beneficiados e 140 cursos d’água percorridos.    “O DAEE teve um andamento, digamos assim, bastante difícil sem o nosso querido (Luiz Roberto) Moretti. Agora o programa Rios Vivos veio para dar um ‘up” no nosso trabalho. A Mara (Ramos, superintendente do DAEE) acertou muito em manter os Rios Vivos e estamos aí em um andamento bastante profícuo. Muitos municípios estão sendo atendidos”, destacou Regina.

A engenheira também explicou como os municípios podem aderir ao programa. Mais informações podem ser obtidas neste link da Semil (Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística) e também direto no site do DAEE. “Aqui na CT-MH muitos municípios têm relatado os benefícios de usufruir desses serviços já neste último período chuvoso. Também alguns que vieram aqui fazer o Plano de Comunicação. A gente emitiu as declarações junto da Secretaria Executiva. A CT-MH está super à disposição de nossos municípios para que forneça esse documento e traga aqui a apresentação”, comentou Alexandre Vilella, coordenador da câmara técnica.

No encontro, os participantes também puderam debater sobre a situação dos mananciais, Sistema Cantareira, informações dos usuários e das condições hidrometeorológicas, além de apresentar ocorrências registradas durante o mês de abril. Em 1º de maio, conforme foi divulgado, o Sistema Cantareira estava com 74,3% do seu volume útil. Em 2023, na mesma data (01.05), estava com 85,7%. Em 2022, somente 44%. O Cantareira abastece de forma direta 19 municípios das Bacias PCJ, cerca de 3,5 milhões de habitantes. “Vários dias sem precipitação, altas temperaturas, portanto, alta demanda da sociedade como um todo, este é o cenário que a gente tem hoje pela manhã. Lembrando que ainda nesta reunião a gente não decide sobre as descargas do Cantareira já que o período seco se inicia a partir da nossa próxima reunião, em junho”, declarou Vilella.

Na apresentação da Sala de Situação PCJ, feita pela engenheira ambiental Karoline Dantas, os destaques foram que em abril, apenas duas estações registraram acumulados acima da média histórica; nas Bacias PCJ, os acumulados de chuva variaram espacialmente, com predomínio de acumulados abaixo da média climatológica (1961-1990); e o maior evento de chuva em 24 horas foi de 40,75 milímetros, contabilizado entre 0h de 15 de abril e 0h de 16 de abril, na estação do Rio Corumbataí/Semae, em Piracicaba.

Houve ainda a apresentação do coordenador do GT-Previsão do Tempo e da CT-Indústria, Jorge Mercanti, sobre as previsões meteorológicas para o Brasil e também para a região das Bacias PCJ.  Uma das principais previsões é de que o período seco poderá ser mais intenso nos próximos meses.  A atividade também teve a participação de Marco Antonio Jusevicius, coordenador de Operação na Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná).

“Temos conversado tanto com  Francisco (Lahóz, secretário-executivo do Consórcio PCJ) quanto com o Denis (Herisson da Silva, secretário-executivo dos Comitês PCJ), no sentido de promover campanhas, ou seja, que os municípios se organizem, olhem um pouco para essa estiagem com muita atenção.  Não há caos, não há nada, mas sempre com muita atenção porque os cenários, como estão colocados aí, na contingência a gente tem sempre que olhar a premissa mais conservadora. Imaginamos que vamos ter um ano muito seco e que, naturalmente, determinará vazões maiores do Sistema Cantareira para as Bacias PCJ”, avaliou Vilella, citando também a preocupação com os municípios que não são abastecidos diretamente pelo Cantareira e que possuem população flutuante.

A coordenadora do GT-Qualidade, Lilian Peres, ainda apresentou a lista de prioridades das futuras estações automáticas de monitoramento da qualidade da água, que foi apreciada e debatida entre todos os participantes.

Três estações já foram instaladas na região: no Rio Jaguari, em Bragança Paulista; no Rio Atibaia, em Atibaia; e no Rio Piracicaba, no Distrito de Artemis, em Piracicaba. A rede de estações deve ser ampliada até o final deste ano, com recursos da cobrança pelo uso da água. Na lista, três futuras estações já estão priorizadas: uma a ser instalada no Rio Piracicaba, em Santa Bárbara d’Oeste, à jusante dos Ribeirôes Quilombo e Tatu; outra no Rio Atibaia (posto acima de Paulínia-SP) e a terceira no Rio Jaguari, na captação de Limeira (SP).  “A cada nova oportunidade que a gente tiver recurso, que for possível implantar uma nova estação, a gente tem que ir para o grupo e trazer aqui para a câmara a verdadeira localização que é possível fazer a implantação”, comentou Lilian.

Outro assunto tratado na reunião foi sobre a importância da retomada da licitação das Barragens – Amparo e Pedreira. Mais informações podem ser obtidas neste link da Semil.

A próxima reunião da CT-MH (255ª) será na sede da Replan (Petrobrás), em Paulínia (SP) no dia 4 de junho (terça-feira).

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