Reunião também serviu para debater novo curso de extensão; membros ainda fizeram visita técnica ao Observatório Abrahão de Moraes
18 de abril de 2024
A retomada das discussões sobre o Plano de Monitoramento Quali-Quantitativo das Águas Subterrâneas das Bacias PCJ foi um dos itens de pauta da 86ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Águas Subterrâneas, realizada nesta quinta-feira, dia 18 de abril, na sede da Associação de Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Valinhos.
O tema foi abordado pela coordenadora da CT-AS, Mariza Fernanda Silva, que também assumiu temporariamente a coordenação do GT (Grupo de Trabalho)-Controle, já que o ex-coordenador, Edilson Pentean, está trabalhando em outro Estado. ““O Plano de Monitoramento Quali-Quantitativo das Águas Subterrâneas nas Bacias PCJ é fundamental para conhecimento e acompanhamento dos usos e interferências em aspectos de quantidade e qualidade dos aquíferos. O monitoramento é o primeiro passo para iniciar a gestão sustentável das águas subterrâneas nas Bacias PCJ. Com a implementação da rede de monitoramento daremos um passo fundamental e de grande importância para as águas subterrâneas nas Bacias PCJ”, ressaltou Mariza.
Outro assunto do GT-Controle foi a atualização sobre o Termo de Referência dos Estudos para Identificação de Áreas de Restrição e Controle do uso das águas subterrâneas nos municípios de Americana e Nova Odessa. Os dois municípios estão entre as quatro áreas críticas identificadas no projeto Regionalização de Diretrizes de Utilização e Proteção das Águas Subterrâneas, realizado por DAEE/UNESP (2013), a partir da avaliação da intensidade de uso e da qualidade da água subterrânea, as quais foram classificadas como Áreas Potenciais de Restrição e Controle (ARC-PO) conforme sistema de classificação estabelecido pela Deliberação CRH nº 52/2005.
Já a coordenadora do GT-Comunicação (Divulgação), Julia Noale, e a relatora do GT e coordenadora-adjunta da CT-AS, Deborah Lunardi, falaram sobre a organização do I Fórum de Águas Subterrâneas, que deverá ser realizado pela CT-AS em fevereiro de 2025, em Piracicaba, e trará o tema “Construindo Resiliência Hídrica: Engajamento Municipal na Sustentabilidade das Águas Subterrâneas”.
O GT-Comunicação também expôs sobre a carta resposta em relação à Proposta do Curso de Extensão em Águas Subterrâneas. A sugestão foi feita à CT-AS pelo ambientalista Francisco Moschini, de Salto (SP). A ideia é a de implantar o curso em uma escola das Bacias PCJ a ser definida, no período de agosto a dezembro deste ano. “O objetivo primordial da implementação de um curso de extensão em águas subterrâneas nas Bacias PCJ é capacitar ainda mais profissionais na gestão sustentável deste recurso hídrico. Espera-se que os participantes adquiram conhecimentos sobre disponibilidade, qualidade e uso apropriado desses recursos, além de compreenderem como integrar esses conceitos em planos municipais e de bacia. Torcemos para que a implementação do curso tenha sucesso e ocorra o mais breve possível”, comentou Deborah.
OBSERVATÓRIO ABRAHÃO DE MORAES
Após a reunião, os membros da CT-AS ainda fizeram uma visita técnica ao Observatório Abrahão de Moraes (OAM) do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP), que fica em Valinhos. O grupo foi recebido pelo professor Rama Teixeira e pela monitora e aluna de mestrado em Astronomia, Morgan Camargo. Todos puderam conhecer as instalações do observatório, cúpulas, telescópios, arredores do sismógrafo instalado no local e afloramento de rocha cristalina, onde José Luiz Albuquerque Filho, do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), deu uma aula de hidrogeologia aos participantes. Mais informações sobre o observatório podem ser obtidas neste link: http://www.observatorio.iag.usp.br/.
A próxima reunião da CT-AS (87ª) será no dia 20 de junho, por videoconferência.