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Sistema Cantareira fecha mês de janeiro com 73,5% do seu volume útil

CT-MH analisa situação dos mananciais nas Bacias PCJ no período

01 de fevereiro de 2024

O Sistema Cantareira fechou o mês de janeiro com 73,5% do volume útil armazenado. Este foi um dos dados divulgados e debatidos durante a 251ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico, realizada nesta quarta-feira, dia 1º de fevereiro, por meio de videoconferência.

Como é de costume em todas as reuniões, o grupo debateu a Situação dos mananciais das Bacias PCJ, do Sistema Cantareira e das condições hidrometeorológicas. No dia 31 de janeiro, o Cantareira estava com 73,5%, mais de 20% acima do volume registrado na mesma data no ano passado, que era de 51,9%. “O armazenamento comparado com o ano passado, muitas vezes chegou a ser o dobro. Veja que, com as chuvas abaixo da média principalmente no mês de janeiro houve o achatamento dessa distância numa comparação deste ano com o ano passado.  É claro que a situação, diante dos anos anteriores, é mais confortável. Mas, como todos já colocaram aqui, a gente precisa ter esse olhar plurianual no sentido de o que ocorre em 2024 e quais os cenários para 2025, porque é um conjunto de reservatórios, um sistema de abastecimento que opera muito no fio da navalha em termos de armazenamento, mas ainda está operando na faixa normal”, ressaltou o coordenador da CT-MH, Alexandre Vilella.

Na apresentação, ele também falou sobre as vazões dos principais rios das Bacias PCJ medidas pelos postos de monitoramento hidrológico do sistema.  “De uma maneira geral, são números que, evidentemente, dão um conforto momentâneo para as captações, mas claro que a gente sabe que tem os rios mais bipolares do Brasil. Ou seja, sobem muito rápido, mas descem muito rápido. Embora a gente tem observado desde o ano passado que o fluxo de base está um pouco melhor.  Está havendo uma queda menos acelerada do que principalmente no triênio anterior (2020/2021/2022), onde tivemos períodos muito secos e aí o rio despencava muito rapidamente. Com as chuvas do ano passado, a gente percebe que a esponja está um pouco mais cheia, que a queda é acelerada, mas menos do que em anos anteriores no período seco”, comentou Vilella.

Durante o encontro, houve ainda a apresentação da Sala de Situação PCJ, com produtos disponíveis, chuvas/vazões em janeiro/2024 e perspectivas para os próximos meses. Segundo Karoline Dantas, a descarga de água do Cantareira para as Bacias PCJ foi 713% maior em janeiro deste ano do que o mesmo mês do ano passado. Isso aconteceu devido ao volume de chuvas, que foi muito baixo no período.

Entre os destaques apresentados por Karoline estão: em janeiro, pontualmente 16 estações registraram acumulados de chuva abaixo da média histórica; nas Bacias PCJ, os acumulados de chuva variaram espacialmente, com predomínio de acumulados abaixo da média climatológica (1961-1990); maiores acumulados ficaram concentrados próximos às cabeceiras das sub-bacias (Piracicaba, Capivari e Jundiaí); predomínio de chuvas intensas e de curta duração; o maior evento de chuva em 24 horas foi de 104 mm entre 0h do dia 31 de janeiro e 0h de 1º fevereiro, medido pela estação Rio Atibaia/Captação Valinhos.

O coordenador da CT-Indústria e do GT-Previsão do Tempo da CT-MH, Jorge Mercanti, apresentou as previsões meteorológicas a curto e médio prazo nas Bacias PCJ e no Brasil como todo. Na reunião, os participantes também aprovaram o ingresso de um novo membro na CT-MH: a empresa Ypê (unidade de Salto-SP), representada por Lucas Tafner Mazolini (titular) e André Faria Malerba(suplente). 

A segunda reunião da CT-MH de 2024, contou com a participação do secretário-executivo, Denis Herisson da Silva. “Tem muita coisa ainda para os municípios trabalharem o saneamento básico. Gostaria de deixar a Secretaria Executiva à disposição de vocês. Vamos trabalhar juntos. Todas as demandas que a CT-MH tiver a gente atende e faz as alterações possíveis para defender os interesses do Plano de Bacias”, ressaltou Denis.  “Nós prometemos dar o mínimo trabalho possível para a Secretaria Executiva. É o nosso compromisso aqui, mas nem sempre é possível”, brincou o coordenador da CT-MH.

O encontro ainda contou com uma apresentação do coordenador financeiro da Agência PCJ, Tony Segatto, que fez considerações quanto à participação e custeio de membros dos Comitês PCJ em reuniões e eventos. Segatto explicou que a atividade será realizada nas reuniões de todas as CTs para os membros ficarem por dentro das regras e saberem quem tem direito às diárias.  Houve também a participação da diretora técnica da Agência PCJ, Patrícia Barufaldi, que explanou sobre os contratos assinados recentemente relacionados ao trabalho de monitoramento da CT-MH.

A próxima reunião da CT-MH será presencial no dia 5 de março na Barragem Jaguari, no município de Vargem. Na ocasião, será realizada uma visita técnica guiada à barragem.

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