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CT-MH mantém volumes atuais de descarrego do Sistema Cantareira

Encontro presencial realizado em Campinas marcou a realização da 245ª reunião da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico

03 de agosto de 2023

A primeira reunião após a recomposição da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico (CT-MH) foi realizada na sede do Ciesp, em Campinas. O ato marcou o 245º encontro desta CT, e reuniu membros para discussão da situação dos sistemas hídricos na região e as perspectivas para o futuro. O evento destacou os dados do Sistema Cantareira, e deliberou pela manutenção dos volumes de descarrego às Bacias PCJ que já vinham sendo feitos anteriormente. Houve também a apresentação e discussão da vazão dos mananciais das bacias, bem como dos dados hidrometeorológicos.

Durante a reunião, o Alexandre Vilella, reconduzido ao posto de coordenador, apresentou dados essenciais sobre o Sistema Cantareira, que atualmente opera com 78,5% de sua capacidade, classificando a situação como “Normal” em termos de risco. Essa marca representa um notável avanço em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o volume era de apenas 36,1%. O volume de água entrando no sistema (Q nat) está registrado em 12,99 m³/s, enquanto o volume de saída (Q Jus) é de 8,75 m³/s. Além disso, a saída de água destinada a São Paulo é de 25,25 m³/s. O sistema integrado da Região Metropolitana de São Paulo também apresentou melhorias, operando com 74,5% de sua capacidade, em comparação aos 49,2% do mesmo período do ano anterior. O volume de água utilizado entre 1º de junho a 2 de agosto foi de 41,23 hm³, enquanto no mesmo período de 2022, esse valor era de 58,78 hm³. A perspectiva para o restante do ano é promissora, com o volume disponível até 30 de novembro estimado em 116,87 hm³, um aumento significativo em relação aos 99,32 hm³ do ano anterior.

A reunião resultou também em nova deliberação sobre as vazões a serem descarregadas do Sistema Cantareira para as Bacias PCJ durante o atual período seco. O comunicado da CT-MH ao Daee estabeleceu os seguintes indicadores: Cachoeira com 5 m³/s, Atibainha com 3 m³/s e Jaguari/Jacareí com 0,75 m³/s, mantendo os valores inalterados.

Após a apresentação dos dados de Vilella, Karoline Dantas expôs os resultados da Sala de Situação PCJ/Daee, oferecendo informações essenciais para a tomada de decisões sobre o gerenciamento dos recursos hídricos na região.

Jorge Mercanti, coordenador do GT-Previsão, forneceu uma análise detalhada das condições hidrometeorológicas nas Bacias PCJ. Ele enfatizou que a previsão de vazão para Buenopolis indica uma tendência de queda, embora ainda acima dos limites estabelecidos na outorga. Já na bacia do Atibaia, a previsão é de manutenção na média. Quanto à captação de Valinhos, a situação é considerada “justa”, ainda dentro do controle. Mercanti também abordou a previsão climática, explicando o conceito do El Niño Canônico, que abrange todas as áreas do Oceano Pacífico Equatorial. Esse fenômeno provoca chuvas acima da média no sul e seca severa no norte e nordeste do Brasil, enquanto na região sudeste ocorre um aumento das chuvas. Para os próximos meses, a previsão aponta para um predomínio de altas temperaturas. Quanto às chuvas nas bacias PCJ, espera-se um volume dentro da média histórica para o período. No entanto, a previsão do CPTEC indica seca no norte e nordeste do país, enquanto no sul, são esperadas chuvas acima da média.

Ao término do encontro foi informado que a próxima reunião da CT-MH foi agendada para o dia 5 de setembro de 2023 e ocorrerá por meio de videoconferência.

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