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CT-MH: Sistema Cantareira tem 47% de índice de reserva

Dados hidrometeorológicos preveem chuvas dentro da média para o trimestre afastando a possibilidade de seca

12 de janeiro de 2023

Foi realizada na manhã de quinta-feira, 12 de janeiro de 2023, a 237ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico (CT-MH). O encontro ocorreu por meio de videoconferência e teve na pauta temas como a análise da situação dos mananciais; , Sistema Cantareira; ocorrências registradas durante o mês de dezembro/2022; e uma apresentação da Sala de Situação PCJ: chuvase vazões; bem como as previsões meteorológicas.

Logo no início dos trabalhos foram informados os dados do Sistema Cantareira que encontra-se com 47,25%  de  reservação, enquadrando-o na faixa 2, de Atenção. Na mesma data em 2022,  o volume de armazenado era de 28,02%, portanto, o atual índice é de quase 20% superior. A vazão descarregada pra SP era de 25,11m³/s, e a vazão média capitada pela Sabesp era de 24,4 m³/s. O volume de descarrego para a RMSP é de 56,1%. A vazão descarregada do Cantareira para o PCJ está em 0,75m³/s. O último comunicado de transposição do Sistema Cantareira para o PCJ, datado de 27 de dezembro de 2022 constava: Cachoeira 0,25 m³/s; Atibainha 0,25 m³/s e Jaguari/Jacareí 0,25 m³/s.

Rafael Leite, coordenador da Sala de Situação PCJ no DAEE destacou os dados referentes ao último mês de 2022. “Dezembro foi um mês com chuvas bem generosas. Das 16 estações que temos anotações nos últimos dez anos, em praticamente todas o volume de precipitação superou a média da última década, especialmente na bacia dos rios Atibaia, Jaguari, Capivari e Jundiaí. isso muito por conta dos fenômenos climáticos característicos do verão”, afirmou.

Jorge Mercanti, coordenador do GT-Previsão hidrometeorológica informou os dados de tempo e clima. “Houve um deslocamento de umidade da região sul em direção ao sudeste. Em fotos de satélite do dia 10 de janeiro é possível observar uma coluna de umidade da região norte até o sudeste. Podemos notar ainda que os ventos do amazonas para são Paulo indicam chuvas sempre ao final do dia, com precipitações ainda mais fortes a partir do dia 17 de janeiro. Para este mês não teremos veranico e até o fim de janeiro teremos mais de 100mm de chuva nas Bacias PCJ. A previsão indica que o mar voltou a esfriar na costa do pacífico, e mantendo as águas frias. Quanto as chuvas, observamos que para a região das Bacias PCJ teremos chuvas na média, sem previsão de seca para o período de janeiro, fevereiro e março de 2023. Quanto aos dados do CPTec, mesmos dados, sem previsão de seca para o referido trimestre”, disse.

Representante da ANA na reunião, Roberto Moraes informou que o Semadem emitiu um comunicado recente. “Dentro das projeções, há um cenário em que pode-se fazer uma pressão na Sabesp. Outra questão é que o Paraíba do Sul não está em uma situação confortável, visto que o Sistema Bivalente está com 20% de índice de reservação”, relatou.

O segundo coordenador adjunto da CT-MH, Luis Filipe Rodrigues, informou a situação atual e projeção hidrológica para o Sistema Cantareira. “A simulação atua com diversos cenários, de chuvas muito abaixo da média, até bastante acima. Podemos ver que com chuvas dentro da média, teremos a previsão de chegar no final de março com 67% da capacidade. Se a chuva for 25% acima da média, chegaríamos numa reservação de 80% do SC. E se for 25% abaixo, teríamos um cenário de 53% de reservação. Lembrando que esses são dados que não consideram a transposição” disse. Ao término do encontro foi informado que a próxima reunião da CT-MH será realizada de forma presencial, em Piracicaba, no dia 03 de fevereiro.

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