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Comitês PCJ deliberam sobre aumento da descarga do Sistema Cantareira ao PCJ

Assunto foi debatido na 234ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico

05 de outubro de 2022

Foi realizada na tarde de quarta-feira, 05 de outubro de 2022, a 234ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico. Na ocasião, foram debatidas as ações de monitoramento e acompanhamento de vazão dos mananciais que compõem as Bacias PCJ, bem como os dados meteorológicos de chuvas ocorridas e previsão futura, além da deliberação dos volumes de vazão do Sistema Cantareira ao PCJ.

Inicialmente, Alexandre Vilella (CT-MH) informou os dados de vazão dos mananciais que integram as Bacias PCJ, entre eles os rios Camanducaia, Corumbataí, Piracicaba, Jaguari, Capivari, Jundiaí, Atibainha, Cachoeira e Atibaia. Conforme os dados mais recentes, de 05 de outubro, a Sabesp informa que o Sistema Cantareira encontra-se com 32,7% de sua capacidade, portanto continuamos na faixa de alerta do reservatório. Quanto aos descarregamentos, o PCJ atualmente recebe 8,25 m³/s, sendo: 5 m³/s Cachoeirinha; 3 m³/s Atibainha; e 0,25 m³/s Jaguari/Jacareí. Bem como São Paulo fazendo a retirada de 20,97m³/s.

A Cota para descarga do Sistema Cantareira ao PCJ é de 158,1 hm³. No ano de 2021 foram utilizados 117,10 hm³ (74%), restando o saldo de 41 (26%). Agora, faltando 57 dias para 30/11, quando chega ao fim o período seco, nota-se um consumo diário médio de 10,56 m³/s, perfazendo 1 hm³/dia. O Volume necessário em um cenário pessimista e com zero chuva ou chuvas abaixo da média é de até 57 hm³. Partindo do princípio que o déficit da cota é de 158,1 hm³, faltam até 14 hm³ adicionais ou talvez seja necessário iniciar o período úmido 14 dias antes.

Na sequência, representantes da Sala de Situação PCJ/Daee, informaram sobre os dados hidrometeorológicos com relação a distribuição no volume de chuvas. Em setembro, 16 estações registraram acumulados acima ou muito próximos da média histórica. No âmbito das bacias PCJ, o acumulado de chuva ficou acima da normal climatológica período 1961-1990.

As informações relacionadas a previsão meteorológicas foram transmitidas por Jorge Mercanti (GT-Previsão Hidrometeorológica dos Comitês PCJ), indicando a aproximação de uma instabilidade e uma massa de chuva, acompanhada com descargas atmosféricas, conforme mapas do Simepar. As previsões numéricas, de acordo com o CPTEC, chuva abundante a partir de amanhã, 06/10. Não se trata de uma frente fria, mas sim, uma linha de instabilidade. 

Quanto a previsão a longo prazo, no final de setembro há indicação de continuidade de baixas temperaturas na região do oceano Pacífico Equatorial. O fenômeno La Niña deve permanecer até janeiro ou fevereiro de 2023, mas que mês a mês o fim do la nina vai sendo postergado, indicando a maior duração da incidência do fenômeno. A Universidade de Columbia indica chuvas abaixo da média no trimestre atual. Conforme o CPTEC, a previsão de chuva para outubro, novembro e dezembro deve permanecer levemente abaixo da média prevista.

Na sequência ocorreu, por convocação de Alexandre Vilella, a deliberação sobre as vazões a serem descarregadas do Sistema Cantareira para as Bacias PCJ ficando estabelecido os seguintes volumes: Cachoeira com a elevação dos atuais 5 m³/s para 6m³/s; Atibainha aumentando dos 3 m³/s atuais para 4 m³/s; e Jaguari/Jacareí sendo mantido nos atuais 0,25 m³/s.

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