Reunião foi realizada por meio de videoconferência e uniu academia e empresas de saneamento
19 de setembro de 2022
Com o objetivo de fomentar e estreitar ainda mais os laços existentes entre os Comitês PCJ e o meio acadêmico, foi realizada na sexta-feira, 16 de setembro de 2022, a 100ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Integração e Difusão de Pesquisas e Tecnologias. Em pauta, a apresentação e debate de Programas de Pós-graduação, um panorama de pesquisas no tema Recursos Hídricos e Saneamento nas Bacias PCJ, entre outros temas.
No início da reunião, realizada por meio de videoconferência, Tadeu Fabrício Malheiros (USP), coordenador da CT-ID, destacou o fato que, em âmbito federal, o CNPq é uma das principais fontes de pesquisa. “Todo ano a quantidade de investimento é grande. A produção de conhecimento voltada para soluções e tecnologias associadas à mitigação e adaptação às mudanças do clima visa apoiar projetos de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico. Essas ações estão relacionadas ao avanço na fronteira do conhecimento a respeito da compreensão e modelagem do Sistema Climático Global, às vulnerabilidades, aos impactos das mudanças climáticas sobre os sistemas ambientais, sociais e econômicos. Também estão relacionados ao monitoramento e previsão de desastres naturais, à meteorologia e climatologia, em alinhamento com as políticas nacionais, às metas pertinentes aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável – ODS e à implementação da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima no Brasil e o alcance de compromissos internacionais assumidos na área de clima”, disse.
Renata Maria Salvador, assessora de DRN da secretaria de novos negócios do DAE Jundiaí explicou o objetivo do serviço no incentivo à pesquisa. “Trata-se de uma secretaria nova, e mesmo assim já começamos a fazer muitas reuniões com outras empresas como a Sabesp e Sanasa, visando trazer novas experiencias visando transformar a DAE em uma empresa moderna. Queremos aprender com os grandes. Pretendemos implantar o ISSO (14.000; 24.000), fazer o planejamento estratégico”, disse.
Orandi Falsarella, da PUC Campinas (programa de Pós-graduação em sustentabilidade) falou sobre o panorama de pesquisas relacionadas aos recursos hídricos e saneamento nas Bacias PCJ. “Nós, enquanto pesquisadores e orientadores, temos a compartilhar uma série de temas que já desenvolvemos em relação a água e recursos hídricos. Temos muitas publicações, mas não temos percepção do que de fato está sendo usado pela sociedade em forma de desenvolvimento e inovação. As vezes sentimos a necessidade de sermos demandados. Vejo uma serie de oportunidades potenciais para desenvolvimento de pesquisas”, afirmou.
Tadeu, por sua vez, compartilhou uma questão sobre o que ocorre nos EUA. “A Universidade de Michigan realiza anualmente uma feira em que abre espaço para quem apresente as demandas e diálogo. Os programas de pós dão prioridades a partir dessas demandas, e não o contrário. É algo comum isso por lá e acho isso muito relevante até para pensarmos em trazer para nossa realidade”, afirmou.
Eloisa Helena Cherbackian, da Sabesp, citou que a questão de financiamento representa um entrave na proximidade da Sabesp com as empresas de saneamento e as universidades. “Mantemos acordos de cooperação, mas que não é possível o pagamento de bolsas sem a transferência de recursos financeiros. Podemos comprar materiais consumíveis, mas não podemos comprar equipamentos e sede-los, por exemplo. Acaba sendo mais fácil quando o financiamento ocorre por meio da Fapesp”, relatou.
Por fim, conforme a pauta, foi discutido o retorno das reuniões presenciais da CT-ID a partir de 2023, ficando pré-agendado para o dia 17 de março de 2023, ainda sem local definido.