Massa de ar frio chegará ao estado de São Paulo a partir de 5 de setembro
1º de setembro de 2022
Na quinta-feira, 1º de setembro de 2022, foi realizada a 14ª Reunião do GT-Previsão Hidrometeorológica (CT-MH). No encontro, promovido por meio de videoconferência, os membros foram apresentados aos indicadores de tempo e clima e debateram a questão com foco na área de abrangência das Bacias PCJ.
Tal como foi comunicado na reunião mensal anterior, José Antônio Mercanti informou que os mapas de satélite indicam uma provável frente fria entrando pelo sul do país em direção às Bacias PCJ. Segundo o Simepar, observa-se um ‘cavado’ que vai caminhar em direção ao Paraná e São Paulo. Quanto a previsão de chuvas, poucos milímetros previstos para o dia 6. Uma frente fria entra na região das Bacias PCJ perto do dia 5 de setembro. Previsão acumulada de chuva de 6mm a partir de 6 de setembro.
Quanto às chuvas, segundo Mercanti, a Universidade de Columbia indica os meses de setembro, outubro e novembro com registros abaixo da média. Idem para outubro, novembro e dezembro. Depois disso, no trimestre que compreende novembro, dezembro e janeiro o volume de chuvas já volta a ficar dentro da média. Quanto ao CPTEC, os indicadores de chuva estão abaixo da média. “Não temos bons prognósticos pelos próximos meses”, salientou Mercanti.
Com relação ao volume pluviométrico no Rio Jaguari, no posto situado à rodovia SP-322, a média climatológica anual é de 1.377mm, sendo que em 2014, no auge da crise hídrica o índice atingido foi de 1.022mm. Por sua vez, o acumulado entre setembro de 2021 e agosto de 2022, ficou em 771 mm. A precipitação pluviométrica média em outros 10 pluviômetros da região também entre setembro de 2021 e agosto de 2022 ficou em 984mm.
No Sistema Cantareira o índice de reserva em 31 de agosto de 2022 era de 45%. Há exatamente um ano, em 31 de agosto de 2021, o índice era de 44%. De acordo com a Sabesp, o nível dos reservatórios da Grande São Paulo, sem a reserva técnica são os seguintes: Cantareira 981 hm³; Alto Tietê 560 hm³; Guarapiranga 171 hm³; Rio Grande 112 hm³; São Lourenço 89 hm³; Alto Cotia 17 hm³; Rio Claro 14 hm³.
Na mesma reunião, Jorge Mercanti apresentou os dados de precipitação pluviométrica sobre o Sistema Cantareira. A média climatológica anual é de 1.543mm. No ano de 2014, um dos ciclos em que a situação de seca ficou em condições mais agravadas, a precipitação pluviométrica no Sistema Cantareira foi de 964mm. A título de comparação, no período de 12 meses, entre setembro de 2021 e agosto de 2022, esta mesma região registrou 1.090 mm de precipitação pluviométrica.