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GT-Estiagem prepara webinário para o dia 14 de setembro

Este e outros assuntos foram discutidos durante a 3ª reunião do grupo de trabalho

12 de agosto de 2022

A realização de um webinário no dia 14 de setembro foi um dos assuntos discutidos na 3ª Reunião do GT-Estiagem 2022, nesta sexta-feira, dia 12 de agosto. A programação do evento, que será on-line das 9h às 17h, já está praticamente definida e é destinada principalmente aos representantes dos setores usuários dos recursos hídricos (indústria, saneamento e rural), com os temas “Planejamento e gestão no enfrentamento da estiagem” e “Boas práticas para o uso eficiente dos recursos hídricos nas Bacias PCJ”. O evento será transmitido pelo YouTube da Agência das Bacias PCJ e começa a ser divulgado até o final de agosto.  

A promoção de palestras é uma das ações previstas no Plano de Trabalho do GT-Estiagem. Outra ação, que também foi discutida durante o encontro desta sexta, foi a elaboração de cartilhas com orientações sobre a estiagem destinadas aos moradores das Bacias PCJ, à indústria e ao setor rural, além de uma cartilha geral. O material, elaborado pela Assessoria de Comunicação da Agência das Bacias PCJ, estará disponível no site do Movimento PCJ. O grupo também debateu sobre outras ações que estão sendo executadas. Entre elas um roteiro de uma campanha na TV relacionada à conscientização sobre o uso da água.

O assessor de comunicação da Agência PCJ, Everton Campos Quiararia, explicou um novo conceito a ser adotado nos materiais de divulgação dos Comitês PCJ, que passam a trazer a ideia de ‘o novo normal da água’. “Quando falamos em ‘novo normal’, pretendemos abordar um cenário que ao longo do tempo tornou-se a nova realidade em todas as Bacias PCJ que tem como foco a menor disponibilidade hídrica. Algo que antes era pontual, ocorrendo com maior incidência durante o inverno (período seco), mas que ao longo dos últimos anos tornou-se prolongado, fazendo com que fosse preciso mudar a ideia sobre o consumo de água, que deve ser permanente e não apenas em um período do ano. É necessário aprender a encarar esta nova e menor oferta hídrica, e a sociedade precisa entender e se habituar com uma nova forma de utilização e consumo destes recursos”, disse.

Ainda em relação às ações do GT-Estiagem, foram divulgados o material disponibilizado no final de junho com a orientação técnica para os professores e o 1º Boletim de Estiagem – JUNHO 2022 e o 2º Boletim de Estiagem – JULHO 2022.

Na reunião, houve ainda relatos de ocorrências relacionadas à estiagem em Indaiatuba (Rio Jundiaí), Limeira (Rio Jaguari), Campinas (Rios Atibaia e Capivari), Cosmópolis (Rio Jaguari), Atibaia (Rio Atibaia), entre outros municípios. Os participantes conversaram sobre investimentos necessários para melhorar a qualidade da água e combater às perdas de água e necessidade de articulações do GT-Estiagem com os “atores” envolvidos, além de tratar sobre as obras das barragens de Pedreira e Amparo e estudo do SAR (Sistema Adutor Regional).  “Embora as chuvas do mês de agosto tenham superado a média histórica, nós temos uma situação crítica”, comentou o coordenador adjunto da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico (CT-MH), Paulo Tinel.

Os participantes também puderam fazer o acompanhamento das condições hidrometeorológicas e perspectivas futuras. Sobre este assunto, houve apresentações de Rafael Leite, da Sala de Situação PCJ; Luis Filipe Rodrigues, da CT-MH, e Roberto Morais, da ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico).  “Notamos a hipótese de haver a necessidade de descargas superiores às realizadas nos anos anteriores neste mesmo período (estiagem). Acho importante trazer o tema para eventuais necessidades de articulação que podemos vir a ter nesse sentido, pois a tendência que está se consolidando, até o momento, é de utilização um pouco mais intensiva que pode até antecipar o uso total da cota (do Sistema Cantareira) antes do encerramento do período seco”, comentou o secretário executivo dos Comitês PCJ, André Navarro.

A próxima reunião do GT-Estiagem será às 9h do dia 14 de outubro, quando o grupo vai ter uma possibilidade melhor de avaliação do período mais crítico da estiagem, que deve ir até o final de setembro.

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