Prognóstico foi traçado durante a 13ª Reunião do GT-Previsão Hidrometeorológica
28 de julho de 2022
Com o objetivo de discutir e apresentar dados relacionados às condições do tempo e a chuvas na região das Bacias PCJ, foi realizada na quinta-feira, 28 de julho de 2022, a 13ª reunião do GT-Previsão Hidrometeorológica. O encontro foi feito por meio de videoconferência e apontou para a manutenção nas condições de estiagem e queda nas temperaturas na virada de meses de julho para agosto.
Tal como verificado na reunião mensal anterior, José Antônio Mercanti informou que os mapas de satélite indicam a prevalência de tempo seco, chuvas dentro da margem prevista e baixa probabilidade de anomalias, como são classificadas as chuvas quando ocorrem acima da média. “A Previsão climática continua indicando prevalência do fenômeno La Niña, o que só deve mudar perto de janeiro ou fevereiro do próximo ano”, disse Mercanti.
Com relação ao volume pluviométrico no Rio Jaguari, no posto situado à rodovia SP-322, a média climatológica anual é de 1.377mm, sendo que em 2014, no auge da crise hídrica o índice atingido foi de 1.022mm. Por sua vez, o acumulado entre agosto de 2021 e julho de 2022, ficou em 945mm. A precipitação pluviométrica média em outros 10 pluviômetros da região também entre agosto de 2021 e julho de 2022 ficou em 967mm.
No Sistema Cantareira o índice de reserva em 31 de julho de 2022 era de 50%. Há exatamente um ano, em 30 de julho de 2021, o índice era de 48%. De acordo com a Sabesp, o nível dos reservatórios da Grande São Paulo, sem a reserva técnica são os seguintes: Cantareira 981 hm³; Alto Tietê 560 hm³; Guarapiranga 171 hm³; Rio Grande 112 hm³; São Lourenço 89 hm³; Alto Cotia 17 hm³; Rio Claro 14 hm³.
Na mesma reunião, Jorge Mercanti apresentou os dados de precipitação pluviométrica sobre o Sistema Cantareira. A média climatológica anual é de 1.543mm. No ano de 2014, um dos ciclos em que a situação de seca ficou em condições mais agravadas, a precipitação pluviométrica no Sistema Cantareira foi de 964mm. A título de comparação, no período de 12 meses, de agosto de 2021, a julho de 2022, esta mesma região registrou 1.055mm de precipitação pluviométrica.
Quanto a previsão meteorológica, Mercanti salientou que, a partir de mapas de satélite de 27 de julho, há a indicação de aproximação de uma frente fria até a região das Bacias PCJ, o que pode ser observado por uma queda na pressão. Isso deve trazer uma chuva efêmera, de cerca de 1 a 3 mm, porém, carregando consigo uma queda considerável nas temperaturas nos próximos dias.
No que tange a anomalia de chuvas, conforme a Universidade de Colômbia, temos chuvas abaixo da média para agosto, setembro e outubro. No trimestre seguinte (setembro, outubro e novembro) a precipitação média cresce um pouco. Para os meses de outubro, novembro e dezembro não há previsão qualquer de chuva, tal como novembro, dezembro e janeiro segue a mesma tendência, sem a previsão de chuva acima da média.