Quantidades foram acordadas durante a 30ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico
1º de junho de 2022
Com o início oficial do período seco nesta quarta-feira, 1º de junho de 2022, os Comitês PCJ passam a gerir, pelo quinto ano consecutivo, os volumes hídricos descarregados do Sistema Cantareira para as Bacias PCJ. Em reunião realizada por videoconferência os membros da 30ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico definiram os volumes exatos a serem transferidos no início deste novo ciclo. Conforme a deliberação, os membros definiram os seguintes volumes: Cachoeira passa a receber 4,5 m³/s (até a última vez eram 5,5 m³/s); Atibainha fica com 3 m³/s (4 m³/s anteriormente); e Jaguari/Jacareí que permaneceu nos já estabelecidos 0,50 m³/s.
Na mesma reunião foram discutidas as ações inerentes ao GT-Estiagem e deliberações sobre o início do período seco, conforme informou André Navarro, secretário executivo dos Comitês PCJ. “Foi uma reunião importante tendo em vista o início das descargas do Sistema Cantareira pelos Comitês, o que é um, grande desafio. A primeira reunião deste GT neste ano ocorreu em 25 de maio, quando outras duas já foram definidas para junho e agosto. Também houve uma apresentação da Sala de Situação, e já me adianto, os registros continuam abaixo da média, teremos um período seco complicado, sem previsão de chuvas significativas. Essa perspectiva de chuvas na média ou abaixo delas é necessária ser comunicada para a informação da comunidade”, disse.
Alexandre Vilella apresentou os dados referentes a vazão nos rios que compõe as bacias PCJ após as chuvas mais recentes que variaram de 5 a 25mm. Quanto ao Sistema Cantareira, neste dia 1º/06, operava com volume de 41,7%, sendo que na mesma data em 2021, eram 47,7%.
Emerson Moreira (Sabesp) abordou uma projeção feita em 2021, que era para chegar a 39% de volume no Cantareira ao término do período úmido. Ele cita que o índice atual (41,7%) é levemente superior, ainda que pouco, já representa um ganho. “Esperamos manter esse patamar e no próximo ciclo meteorológico obtermos avanços”, afirmou.
Prosseguindo com a pauta, Isis Franco (Daee/Sala de Situação PCJ) apresentou dados das chuva e vazão dos mananciais nas Bacias PCJ. “Notamos um predomínio de anomalias negativas de precipitação no território das Bacias PCJ durante o mês de maio, mês no qual 14 estações registraram acumulados abaixo da média histórica, predomínio de chuvas pouco distribuídas e no âmbito das Bacias PCJ, a normal climatológica período 1979-1995 não foi superada”, disse.
Jorge Mercanti (GT-Previsão) apresentou dados da climatologia a curto e médio prazos. “A previsão a curto prazo é bastante positiva, mas a médio, nem tanto. Temos novas chuvas prevista para a partir do dia 07/06. Como consequência das chuvas recentes, a vazão dos mananciais das Bacias terá reflexos momentâneos, voltando a cair posteriormente”. Quanto a previsão climática, José Eduardo Gonçalves falou sobre o SPI Replan (Standard Precipitation Index), e apontou que mesmo com as baixas climatológicas, há boa perspectiva de subida no índice de chuvas. “Se compararmos o período de 2014 da estiagem, com o atual, notamos que este é bem mais severo, porém houve bem menos repercussão o que reflete a melhoria na gestão dos recursos hídricos. O monitoramento e a geração de dados refletem a evolução do sistema”, afirmou. Ao término, foi informado que a próxima reunião da CT-MH ficou agendada para 05 de julho, por meio de videoconferência.