Análise foi transmitida durante 229ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico
04 de maio de 2022
Durante a 229ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico, realizada por meio de videoconferência em 04 de maio de 2022, técnicos e especialistas integrantes da CT-MH apontam para a ocorrência de chuvas dentro do padrão previsto para o período na área de abrangência das Bacias PCJ. Desta forma, foi descartada qualquer possibilidade de precipitações elevadas e que possam aumentar os índices de reserva de água na região das bacias.
Logo no início da reunião, Jorge Mercanti analisou mapas e dados meteorológicos. “Imagem de satélite do dia 03 de maio, às 20h, podemos observar a linha de chuva entre SP, MT e PR. A frente se desloca em direção ao RJ. Segundo carta sinótica do Inmet (12h de 03 de maio), a frente evoluiu e chegou hoje na região das Bacias PCJ. Observando o modelo de meteograma do CPTEC, os ventos frios trarão queda nas temperaturas. A chuva é só na quarta-feira (04 de maio), mas logo termina, deixando apenas a queda nas temperaturas. Retorno das chuvas apenas a partir do dia 09 de maio. Segundo o modelo do Simepar, nada de chuva até o dia 10 de maio”, disse Mercanti.
José Eduardo Gonçalves, por sua vez, apresentou dados do SPI que mostra períodos secos e úmidos. “Passamos por um período bem seco, como o fim da série mostra, mas nos aproximamos do zero, o que corrobora com a informação de certa recuperação. São dados que mostram tendências da permanência de períodos mais secos ou mais úmidos. O SPI pode ser observado mensal, bimestral, trimestral ou semestral, sendo o trimestral um dos mais claros e esclarecedores. No entanto, o semestral aponta que os piores períodos são os ciclos de 2014 e o de 2020 e 2021. Atualmente, podemos dizer que estamos abaixo da normalidade, porém caminhamos gradativamente em direção a índices de normalidade”, disse.
Marco Josevicius, do Simepar afirmou que os padrões de chuva e temperatura especialmente durante o El Niño e La Niña tem que ser analisados com cautela, visto que a atmosfera não é tão simples. Fenômeno locais ou remotos podem influenciar nos resultados, por mais que os protagonistas e principais são Niño e Niña, não se pode descartar as participações de outros fenômenos eventuais. Outros são Oscilação de Madden-Julian (OMJ), Oscilação Antártica, que em algum momento geram influências, entre tantos outros. “Ciente de que o maior desafio na região das Bacias PCJ são a necessidade de chuva, seria muito equivocado esperar chuvas acima da média para o período. Então, espera-se que continue no padrão”, relatou.
Ainda Conforme a pauta, houve ainda a organização da participação da CT-MH dos Grupos de Trabalho relacionados ao Planejamento Estratégico dos Comitês PCJ, com a criação do Grupo de Trabalho ‘Plano de Ação do Planejamento Estratégico’ no âmbito da CT-MH, e consequentemente a indicação de representantes para os Grupo de Trabalho criados no âmbito das CTs OL, RN e ID.