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Reunião discute reutilização de efluentes domésticos para fins industriais

Tema foi debatido durante a 84ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Uso e Conservação da Água na Indústria

13 de abril de 2022

Com o objetivo de debater questões relacionadas ao uso e conservação da água no setor industrial na região das Bacias PCJ, foi realizada na manhã de 13 de abril de 2022, a 84ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Uso e Conservação da Água na Indústria. Entre os principais tópicos tratados esteve a apresentação do estudo Água de Reuso: Segurança Hídrica nos Municípios de Paulínia, Campinas e Sumaré, realizado pela empresa de consultoria Advisian/Worley Group.

Conforme a pauta, a reunião abriu com a fala de Jorge Mercanti (Ciesp-DR Campinas), que informou aos participantes sobre a climatologia e dados de reserva hídrica. “Observamos que o rio Jaguarí, no posto da Replan, em Paulínia, está com o índice de precipitação pluviométrica abaixo da média anual que é de 1.377mm. No auge da crise hídrica, em 2014, foi de 1.005mm, sendo que a média entre abril de 2021 e abril de 2022 é de 862mm, nível que acende um sinal de alerta. Sobre o Sistema Cantareira temos como média climatológica anual de 1.543mm. Em 2014, totalizamos 964mm, sendo que, totalizando o volume entre abril de 2021 e abril de 2022, foi de 1.096mm, também abaixo. Na grande São Paulo, sem a reserva técnica, de acordo com a Sabesp o índice de reserva é de 60% de sua capacidade. Há um ano era exatamente este mesmo volume”, relatou.

Quanto a previsão meteorológica, Mercanti informou não haver previsão de chuvas para abril maio e junho, portanto haverá seca na região das Bacias PCJ. O mesmo deve ser aplicar para junho julho e agosto. Só para julho, agosto e setembro alguma previsão de alta nas chuvas.

Representando a consultoria Advisian/Worley Group, Gabrielle Gomes Calado apresentou o estudo Água de Reuso: Segurança Hídrica nos Municípios de Paulínia, Campinas e Sumaré, referente a reutilização de efluentes domésticos para fins industriais nas Bacias PCJ. O estudo foi feito junto às empresas parceiras BRK Ambiental, Sanasa Campinas e Sabesp no qual, entre algumas premissas, exigiu análise em proposição de soluções por sub-bacia, abordando de forma integrada as bacias PCJ em um possível cenário de seca.

“No âmbito das Bacias PCJ é importante a articulação institucional entre as concessionárias de saneamento de forma independente do limite municipal de suas concessões. O estudo foi feito com base no SSD-PCJ, ferramenta que analisa as demandas da região sem que ocorra a descontinuidade do abastecimento”, afirmou Gabrielle.

Entre os resultados, o estudo apontou vazão de até 2.957 m³ disponível para outros usos na bacia do rio Atibaia sem afetar outras captações a jusante. Os benefícios diretos e indiretos para os três municípios do estudo e maior segurança hídrica para abastecimento nas Bacias PCJ. Após a conclusão, houve ampla discussão entre os participantes da CT sobre a viabilidade econômica, benefícios ambientais e sociais, sustentabilidade, entre outros. O tema prosseguirá em futuros encontros.

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