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110ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Educação Ambiental

Na primeira reunião do ano da CT-EA, houve a apresentação “Os programas da Política de Mananciais dos Comitês PCJ: formas de implementação, entre outros temas 

15 de fevereiro de 2022

Com quórum elevado, de aproximadamente 60 espectadores, entre membros e ouvintes, foi realizada em 15 de fevereiro de 2022, a primeira reunião do ano da Câmara Técnica de Educação Ambiental, sendo este o 110º encontro ordinário da CT-EA. Feito por meio de videoconferência, os participantes trataram de diversos temas, como a apresentação “Os programas da Política de Mananciais dos Comitês PCJ: formas de implementação, e também do Projeto Escolas Climáticas do Cantareira” – IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas. 

Inicialmente, João José Demarchi abordou questões relacionadas a Política Ambiental destacando o processo de integração entre duas Câmaras Técnicas (CT-RN e CT-Rural), para trabalhar a ampliação do PSA (Programa de Pagamento por Serviços Ambientais) na região das Bacias PCJ. “A ideia era trazer para todos os municípios um conceito de sucesso que já havia sido implementado em Extrema/MG. Então, construímos de forma colaborativa, a estrutura da lei. Mas naquele momento, além deste arcabouço legal, precisávamos de uma segurança maior para que esta política fosse realmente transformadora com a utilização de recursos para que a mesma fosse efetivamente implantada”, disse. Demarchi lembrou que inicialmente houve certo receio visto a complexidade de tal Programa, porém, cumpridas todas as etapas legais e práticas, o PSA foi implementado e hoje é aplicado em diversos municípios, rendendo resultados positivos em sustentabilidade e de preservação ambiental. 

No transcorrer da reunião, houve a apresentação do “Projeto Escolas Climáticas do Cantareira” – IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas-, feito pela bióloga e pedagoga Andrea Pupo. Em sua fala, ela começou destacando a prevalência e predominância feminina no Grupo, o que foi celebrado pelos participantes. Na sequência, apresentou detalhes do projeto Semeando Água, que foi fundado em 1992, tratando-se desde então, de uma organização de cunho ambiental. “Temos hoje raízes bem fortes e trabalhamos em pesquisa, ações e projetos para capacitação de profissionais para atuar na área de sustentabilidade. Temos a missão de desenvolver e disseminar modelos inovadores de conservação da biodiversidade que promovam benefícios socioeconômicos por meio de ciência, educação e negócios sustentáveis”, afirmou. 

Ao abordar o Sistema Cantareira, a bióloga traçou um panorama no complexo hídrico “ Ele (o Sistema) engloba os limites das Bacias PCJ e é responsável pelo abastecimento de água de 5 milhões de pessoas na Região Metropolitana de Campinas e adjacências e de mais de 7 milhões de pessoas na Capital e Região Metropolitana. Além disso, ocupa uma área altamente estratégica para a conservação ambiental, ofertando água para diversos territórios e grande população”, ressaltou Andrea Pupo.  

Ela salientou a ‘instabilidade hídrica’ do Sistema, que é vulnerável ao regime instável chuvas. “Estudos apontam períodos de volume elevado e consequentes danos, bem como o mais recente período de extrema estiagem. Isso acende uma luz amarela que indica que as mudanças estão em curso e que nos últimos 40 anos seu território vem sendo castigado. As represas e os mananciais estão assoreados com sedimentos, o que é preocupante. Em época de chuva em abundância ele transborda com facilidade e em período de estiagem  há falta de água.” A expansão urbana é um fator agravante em todo território do Sistema Cantareira, afirmou a pesquisadora.  “Tudo que não queremos que aconteça com o Cantareira é o mal uso e ocupação do solo como ocorreu no entorno da Represa Guarapiranga, onde, apenas como exemplo, o custo de tratamento da água é muito maior”. 

Falando sobre as Escolas Climáticas, Lídia Duarte explicou que o objetivo é subsidiar com o apoio técnico e financeiro a adoção de medidas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas nas escolas estaduais onde atuam. Isso se dá por meio de treinamento bem como no desenvolvimento e divulgação de conteúdos que incentivem a realização de ações sustentáveis. 

Ao término do evento foi informado que a próxima reunião do CT-EA será realizada no dia 19 de abril de 2022. 

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