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“Estiagem tem tudo para ser bastante severa”, prevê CT-MH

Período seco se inicia em junho, mas falta de chuvas já preocupa

05 de maio de 2021

“A estiagem se iniciou com bastante intensidade conforme o previsto. Tem tudo para ser uma estiagem bastante severa”. A constatação foi externada no dia 5 de maio pelo coordenador da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico (CT-MH) dos Comitês PCJ, Alexandre Vilella, durante a 216ª Reunião Ordinária do grupo, realizada por videoconferência.

Entre outras funções, a CT-MH é responsável por coletar e analisar dados da quantidade e da qualidade da água na região. Esta foi a última reunião do período úmido de 2020/2021, que vai de dezembro até maio. No período seco, que começa em junho e vai até novembro, é a CT-MH que define a vazão de água do Sistema Cantareira para as Bacias PCJ.

“Teremos um 2022 muito preocupante se continuarmos com essa baixa pluviometria na nossa bacia. Teremos que construir um grande alinhamento para enfrentar essa emergência”, comentou o coordenador adjunto da CT-MH, Paulo Tinel.

O nível do Sistema Cantareira em 4 de maio estava em 50,3%, o que é considerado estado de atenção. No total, são 19 municípios das Bacias PCJ – em torno de 3,5 milhões de habitantes-  que dependem diretamente das vazões do Cantareira. “Na área de abrangência de toda a bacia, há quase 45 municípios que não dependem diretamente da calha do Cantareira e alguns, já no mês de maio, têm enfrentado dificuldades de abastecimento”, comentou Vilella. Ele ressaltou que o assunto será levado para a diretoria dos Comitês PCJ para definir que providências serão tomadas.

A coordenadora da Sala de Situação PCJ, Ísis Franco, as chuvas de abril foram “bem insignificantes e abaixo da média”, em torno de 25 milímetros, nos 17 postos de medição das Bacias PCJ. “Foi um mês que mostra como possivelmente se apresentará o período de estiagem”, observou. 

No encontro desta quarta-feira, houve ainda o anúncio do acordo de cooperação técnica firmado entre a Agência das Bacias PCJ e Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais). Segundo o coordenador de Sistema de Informações da Agência, Eduardo Léo, o Cemaden possui uma série de produtos e pesquisas na parte científica que poderá auxiliar no dia a dia desse trabalho de monitoramento realizado pela Agência e Comitês PCJ. Mais detalhes sobre o acordo serão apresentados na próxima reunião da CT-MH.

Foi realizada também uma homenagem ao engenheiro de Meio Ambiente da Rhodia Solvay e ex-presidente da entidade, Maurício Janssen, falecido no dia 20 de abril devido a complicações da Covid-19. Janssen era membro atuante há mais de 20 anos na CT-MH e contribuiu de forma marcante nas negociações sobre a operação e renovação da outorga do Sistema Cantareira, importante manancial para as Bacias PCJ e para a Grande São Paulo.

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